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Escrito por José Joaquim

Mais uma vez o time do Náutico não montou no cavalo selado que passou à sua porta. 
Os Deuses do Futebol tentaram dar uma ajuda ao alvirrubro, mais a equipe não entendeu o que acontecia com o G4 continuando no processo de estagnação, com a derrota do Vasco, empates do Atlético-GO e CRB, faltando apenas o jogo do Ceará contra o Avai que será realizado no dia de hoje, e foi derrotada pelo time mais fraco da competição, o Sampaio Correa, com duas viradas e um placar grotesco de 4x3.
A Série B de 2016 é uma das mais pobres de todos os anos. O nivelamento é a sua cara. Não existe um desnível entre os disputantes. Até o Vasco que era favorito viu suas gorduras serem queimadas com cinco rodadas sem vitórias. Brasil de Pelotas, Londrina e Bahia se aproveitaram do momento e o primeiro já está no G4, enquanto os outros dois se aproximaram.
Enquanto isso o Náutico continua sua via crucis. Permaneceu na 8ª colocação, mas aumentou a diferença para sete pontos em relação ao 4º colocado, que poderá ser dilatada para oito com a vitória do time cearense no último jogo da rodada.
O maior problema do alvirrubro pernambucano é que o time não tem o desejo de ganhar. Não existem diferenças técnicas entre esse e os demais disputantes, mas o sonho da Série A é muito maior naqueles que estão chegando na reta final do Campeonato com mais força e os resultados confirmam, em especial no Bahia que vem subindo numa série de jogos sem derrotas.
Temos a experiência vitoriosa numa Série B, e sabemos que para a obtenção do sucesso é necessário alguns componentes, tais como a união do grupo, salários pagos nos dias dos seus vencimentos, um planejamento bem elaborado e sobretudo um comando que tenha uma visão macro de uma competição como essa.
O placar de 4x3 mostra bem a verdade. Representa o 7x1 da Alemanha que escancarou uma realidade do futebol brasileiro, que vivia de mentiras e sonhos que ainda era o melhor do mundo. O jogo contra o Sampaio foi fraco. A história que o time foi prejudicado pela arbitragem é mais uma das desculpas esfarrapadas de perdedores, alimentadas por uma imprensa que não reconhece a falência do futebol de Pernambuco, que está sendo bem retratada na participação dos nossos clubes nas diversas competições.
Para que se tenha uma ideia exata da realidade do Náutico na competição que chegou a sua 23ª rodada, basta procedermos com as simulações e as suas chances de acesso que eram de 60%, hoje é de apenas 10%. Os dirigentes não acompanharam tal queda e deixaram o barco navegar com o leme quebrado.
Pernambuco corre o risco de chegar ao final do ano com um somatório negativo nas performances dos seus clubes, que para nós não é surpresa, desde que há alguns anos a decadência tomou conta do nosso futebol, em todos os seus setores.
Hoje somos um nada, e o Náutico assim o tem demonstrado. Perder no jogo é normal, mas uma derrota contra o pior time da competição com duas viradas é grotesco.

 

Escrito por José Joaquim

O que leva um cidadão a permanecer 25 anos à frente de uma entidade esportiva tão importante para o país, mesmo sem um trabalho que possa ser considerado como de utilidade para os nossos esportes?
Na última sexta-feira o cartola Carlos Arthur Nuzman garantiu o registro de sua chapa única para a disputa da presidência do Comitê Olímpico Brasileiro, com a assinatura de 30 seguidores, presidentes das Confederações representantes da indecência que reina nas atividades esportivas do Brasil.
Algo de bom tem que existir para tanto ¨sacrifício¨, que leva um cartola a continuidade do poder por tantos anos, com a colaboração de entidades cujos dirigentes também em sua maioria já são longevos no poder.
Os esportes brasileiros tem a cara do Brasil. Uma podridão geral em seus segmentos, e os resultados são latentes, inclusive nas últimas Olimpíadas quando gastou-se rios de dinheiro para a obtenção de duas medalhas a mais do que aconteceu em Londres, contando inclusive com esportes sem a tradição e sobretudo sem a penetração devida no meio esportivo.
Na realidade a ânsia do poder faz com que os dirigentes percam a vergonha. Transforma-se em meio de vida, quando a manipulação de milhões de reais são realizadas, com comprovações feitas pelos Mandrakes da vida.
O que podemos esperar dos esportes olímpicos brasileiros com esse modelo implantado. O COB é um guarda-chuva de alguns ungidos com altos salários, enquanto o principal que seria o legado não existe.
Os esportes no Brasil, são vitimas de estruturas pesadas e carcomidas, e nada se faz para a construção de um novo sistema. O esquema de manutenção do status quo está bem fincado, quando os clubes sustentam as Federações, que sustentam as Confederações, e finalmente essas seguram o COB e a continuidade de algo que cheira a um cadáver putrefato.
Entra ano e sai ano, e o modelo implantado, em que a velha prática do toma lá, dá cá continua como carro chefe. Não existe a credibilidade necessária ao setor, como também não existem pessoas para muda-lo. São coniventes com a anarquia, tanto o governo, com as entidades, a imprensa, e sobretudo a população que aplaude os corruptos e persegue os honestos.
As entidades que administram os esportes no Brasil, e que são responsáveis pelo COB, construíram uma estrutura de muitas toneladas, deixando os clubes, atletas e sobretudos os torcedores como figurantes no processo, quando não são consultados, e ao mesmo tempo não conseguem acabar com as amarras.
Na primeira eleição de Carlos Nuzman, a preocupação dos presidentes das Confederações estava relacionada a garantia de que o candidato não fosse repetir o seu antecessor que passou décadas no comando do COB, e na ocasião esse afirmou de que isso não iria acontecer. Mas a vida boa, o prestígio e sobretudo contratos feitos de formas não institucionais deram o mote para tanta continuidade.
Precisamos contratar uma empresa especialista em implosão, para que assim possa ser derrubada a pesada estrutura que foi implantada nos esportes brasileiros, e que leve consigo Carlos Nuzman e seus seguidores.
UMA INDECÊNCIA.
Escrito por José Joaquim

Nenhum dos vinte clubes que disputam o Brasileiro, sediados em oito estados, somou uma renda líquida maior do que as receitas recebidas pelas federações estaduais, por conta da taxa de 5% que é cobrada da renda bruta dos jogos.
Trata-se de uma inversão de valores. Os que colocam os jogadores em campo, que pagam suas folhas salariais, abastecem os cofres de quem não faz nada. As entidades locais que auxiliam a CBF nada gastam, cobram tudo em separado, os funcionários, delegados de jogo e hoje a novidade o responsável pelo ridículo protocolo, uma cópia tupiniquim do futebol europeu. A sua parte vem do movimento bruto.
As oito federações abocanharam em 22 rodadas nada mais, nada menos, do que R$ 18.832.165, sendo que a maior parte ficou com São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Lemos uma frase no jornal O Tempo de Minas Gerais, que retrata bem esse artigo, quando textualiza: ¨O futebol é um mar de grana, principalmente nas mãos e nos bolsos dos dirigentes das entidades que deveriam ser meras gerenciadoras das competições, mas agem como donas¨.
Os clubes que são os donos ficam com muito pouco do global. Somando-se o total liquido arrecadado por 13 clubes disputantes do Brasileiro nesses quatro meses, esse não chega próximo aos valores recebidos pelas federações às suas custas. 
A situação é tão grave que Botafogo, Atlético-MG e América MG contemplam rendas líquidas negativas, ou seja, tiveram prejuízos em seus jogos. O Coritiba arrecadou em 11 jogos como mandante R$ 148.377,59, com uma média de R$ 13.488,87 por partida, que não paga as despesas de concentração.
Por conta disso se entregam aos direitos de transmissão, as antecipações de receitas, como as tábuas salvadoras, e aceitam as propostas de forma imediata, no sistema matar ou morrer.
Não tem nada melhor do que ser dirigente da Confederação e Federações. Deitam e rolam com bons salários, mordomias, e quando entram se recusam a sair. A mamata é muito boa.
Enquanto isso o futebol definha, o Brasileiro com uma média de público um pouco mais de 14 mil torcedores, bem menor do que aqueles das Segundas Divisões da Inglaterra e Alemanha, e os clubes vendendo os seus poucos craques para sobreviverem.
O maior exemplo de como é bom participar do sistema, vem de Edu Gaspar, coordenador da seleção do Circo, que em entrevista fez elogios a tudo e a todos da entidade, do porteiro ao presidente que não sai do Brasil com medo do FBI. Sentiu o bom gosto da mamata.
A imprensa Pokemon da parte de baixo do mapa deixa tudo isso passar despercebido, e está mais preocupada com as louvações a Neymar e Tite. São grotescos.
Nós merecemos o que temos.

 

Escrito por José Joaquim

Ao lermos a entrevista de João Martorelli, presidente do Sport, ficamos na dúvida se esse habita o nosso planeta ou está em outro mundo, deixando bem claro que não conhece nada do clube mesmo dirigindo-o por quase quatro anos.
O rubro-negro da Ilha do Retiro é um dos poucos do Nordeste que tem potencialidade para o crescimento, mas as últimas gestões o trucidaram tanto na área esportiva como a patrimonial.
O Sport de hoje é um produto de uma gestão totalmente pessoal de Gustavo Dubeux, que tornou-se o seu dono, afastou alguns personagens do clube que poderiam dar a colaboração mais efetiva, deixando um legado que não pode ser comemorado.
O atual presidente é um herdeiro do desastre, deu continuidade a má gestão, e no início ainda continuava com a obsessão pela arena, que teria sido o fim do clube, desde que hoje só teríamos um buraco em todo o seu patrimônio.
Afirmar que o futebol do Sport ainda pensa no G4, que Oswaldo de Oliveira prestigia a base, entre outras coisas, é a certeza de que o Sport vem sendo dirigido pelo telefone, ou pela internet. G4 só em sonho de uma noite de verão, e aproveitamento da base temos um exemplo bem claro, Everton Felipe, que pouco tem sido aproveitado nos últimos jogos, e era o último dos moicanos.
Quem passa pela sede do clube verifica o abandono. As paredes que eram lavadas todos os anos estão sujas por conta da poluição. A parte que era pintada está escura. Vidros quebrados no salão social, um abandono total, que mostra de forma clara a situação a que esse foi relegado.
O Sport é totalmente terceirizado. Nada lhe pertence e sim aos que o arrendaram. As famílias há muito que não o frequentam, e isso é grave para a formação de uma nova geração para que possa dirigi-lo no futuro.
O mais grave de tudo é a apatia dos rubros-negros que presenciam os problemas do seu clube e não reagem. Se calam, e quem cala consente, embora os torcedores já começaram a abandona-lo deixando os estádios vazios.
Os caminhos do Sport serão tortuosos, embora seja uma entidade viável falta-lhe gestores para que possam conduzi-lo por uma estrada sem buracos ou curvas perigosas, e trazê-lo de volta aos seus grandes dias.
Na realidade hoje o clube é um LEÃO ADORMECIDO na busca de um comando que possa acorda-lo, desde que o atual não conquistou nada.
LAMENTÁVEL.
 
Escrito por José Joaquim

O competente jornalista Claudemir Gomes publicou em seu blog uma análise perfeita sobre o futuro do Santa Cruz, relacionando-o a Copa Sul-Americana.
A vitória sobre o Sport na fase tupiniquim da competição classificou a equipe coral para a segunda fase, e com isso viagens mais longas e cansativas, que certamente irão influenciar na parte física dos atletas, que terão mais 16 rodadas do Brasileirão onde o clube hoje tem quase 90% de chances de ser rebaixado.
Na realidade nem o Sport ou o Santa Cruz teriam condições para o enfrentamento de uma outra competição, em especial por conta das classificações no Campeonato Brasileiro que não garantem as suas continuidades em 2017.
É muito bonito nossa imprensa festejar a classificação, sem analisar o que poderá acontecer no futuro, e que hoje é bem plausível, ou seja, a eliminação na Copa e o rebaixamento no Brasileiro.
O tricolor não tem uma equipe que possa sustentar tal demanda. Essa história de internacionalização é bonita quando se tem condições para tal, que não é o seu caso, e o ingresso nessa empreitada será o golpe final e o retorno a Série B, ficando sem o mel nem a cabaça.
O futebol é guiado pelos números, e os do time do Arruda são negativos. As estatísticas são bem claras. O time está na 19ª colocação. Nos últimos 18 pontos disputados conquistou apenas dois, inferior inclusive ao América-MG que somou cinco.
Na realidade uma gestão não pode seguir os ditames da paixão e sim da razão, e essa é bem cristalina, quando mostra que se continuar pensando na Sul-Americana o caminho da degola estará pavimentado e não terá retorno. Tudo na vida obedece a um projeto, e o do Santa Cruz deveria ter sido o da permanência na Série A, esquecendo outras oportunidades que poderão aparecer no futuro com uma situação bem melhor.
Insistir no erro é certamente colocar a última pá de terra no seu caixão.