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Escrito por José Joaquim

Ao postarmos um artigo sobre as novas cotas que foram estabelecidas pela Rede Globo e que serão distribuídas com os clubes da Série A, estranhamos a presença de uma jabuticaba no sapotizeiro, por conta de redução dos valores para Flamengo e Corinthians sem nenhuma reação das suas diretorias. Era muito estranho.

O pano caiu e a verdade é bem diferente, quando os dois clubes irão aumentar os seus faturamentos com a TV em 2019 que ficará acima de R$ 200 milhões, conforme informou o jornalista Jorge Nicola, da ESPN Brasil.

A reposição da perda que aconteceu com o novo modelo de divisão virá da mudança do pagamento do pay-per-view. Os R$ 100 milhões que não entrarão em seus cofres, serão compensados com a venda dos pacotes da televisão fechada.

O acordo firmado por ambos com a Platinada prevê um lucro gigante com o pay-per-view.

Hoje cada um recebe o valor de R$ 40 milhões, mas a garantia mínima prometida pela emissora é de R$ 110 milhões, praticamente triplicando a receita com os pacotes dos jogos fechados.

Sob a pressão desses dois clubes, a Globo cedeu e repassará um percentual de acordo com o número de assinantes que se declararem torcedores de cada time.

Por conta disso no orçamento do Flamengo de 2019, encaminhado ao Conselho Deliberativo por sua diretoria, há a previsão de R$ 209 milhões de arrecadação com TV, ou seja esse já sabia do acordo.

Na verdade, ambos optaram pelo silêncio dos não inocentes.

Esse é o futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BOM FUTEBOL ARGENTINO

* Tudo que foi relacionado ao jogo entre o Boca Juniors e River Plate já foi amplamente discutido por nossas mídias.

Não comentamos sobre esse encontro na postagem de ontem para que pudéssemos analisar o que foi escrito ou falado nos veículos de comunicação do Brasil.

Todos foram unânimes em elogiar o que aconteceu no gramado da Bombonera. Na realidade foi um jogo de futebol, com a bola sendo bem tratada, e com os dois clubes jogando de forma aberta, sem ônibus biarticulado à frente de suas defesas, e sobretudo com uma boa qualidade.

Não vimos um campo de guerra, e sim um jogo limpo, na busca de presentear os milhares de torcedores que estavam presentes, e os  milhões em todo o mundo que o assistiram.

Não aconteceu catimba, simulações de contusões, goleiros caindo para ganhar tempo. Não observamos nenhuma reclamação junto ao árbitro da partida que foi outro bom ingrediente do bom prato que foi oferecido ao futebol mundial.

O que aconteceu em Buenos Aires foi um futebol bem jogado, bem diferente daquele que vem sendo apresentado em nosso país, que é a resultante de um processo de decadência que vem consumindo esse esporte.

A Argentina mostrou que está retornando aos seus bons tempos.

NOTA 2- UM TÍTULO JÁ DEFINIDO

* Sonhar não é proibido e é grátis para todos.

Por conta disso tanto o Internacional e o Flamengo ainda sonham com a conquista do título do Brasileirinho, que na verdade já está definido pelo time do Palmeiras que vem se mantendo firme na competição, e faltando apenas 5 rodadas tem uma distância de 5 pontos para o segundo colocado, o Colorado, de 7 para o rubro-negro e 9 para o Grêmio.

Com apenas 15 pontos a serem disputados, diferenças como essas só poderiam ser derrubadas por conta de um tsunami que não acontece no Brasil.

As chances do alviverde para essa conquista é de 92%, restando 5% para o Internacional, 2% para o Flamengo e 1% para o tricolor gaúcho.

Na era dos pontos corridos com 20 clubes, apenas uma única vez em que um time liderava a competição na 33ª rodada, esse não levou o troféu. En 2009, o Palmeiras era o líder com cinco pontos acima do Flamengo, que numa arrancada conseguiu supera-lo na linha de chegada.

Por conta desse fato, a diretoria do alviverde tem sido cautelosa evitando o oba-oba. 

O Internacional teve de tudo nas suas chuteiras para desbancar o alviverde paulista, quando o bonde da história passou na sua porta por várias vezes e perdeu todas as chances de subir nesse veículo.

Para comprovação do que estamos afirmando basta analisar os seus últimos jogos fora de casa. Empate com o Ceará, empate com o Vasco da Gama, derrotado pelo Sport em uma virada, o empate contra o Corinthians e uma virada contra a Chapecoense.

Com exceção do alvinegro paulista, os demais estão fugindo da Caetana e sua foice. Esses pontos estão fazendo falta.

Com esses resultados jamais poderia ser campeão.

NOTA 3- TERRA SEM ORDEM E SEM LEI

* Entra ano e sai ano e as torcidas organizadas continuam agindo de forma aberta como donas do pedaço.

Por mais que se discuta o problema, esse se avoluma cada vez mais, como numa terra sem ordem e sem lei.

No Rio de Janeiro antes do clássico entre Flamengo e Botafogo um torcedor do time rubro-negro foi morto por um membro da organizada botafoguense. Mais uma cruz por conta do futebol.

Por sua vez, em Salvador, um torcedor do Vitória, Iuri Campos de Souza, de 22 anos foi atingido por quatro disparos de arma de fogo, na tarde do último domingo antes da realização do BA-VI no Barradão.

O ataque ocorreu no Largo do Tanque, e teria sido realizado por tricolores da torcida organizada, Bamor.

De acordo com a Policia Militar, dois veículos passaram pelo local e efetuaram disparos contra o homem que é membro da torcida organizada do Vitória, Os Impartíveis, inclusive estava com uma camisa dessa organização.

Após o ocorrido, um carro foi interceptado por guarnições da PM, e o outro conseguiu fugir.

A vitima foi socorrida para o Hospital Ernesto Simões onde está internado. Não há detalhes do estado de saúde dele.

Os cinco ocupantes do carro, inclusive um cadeirante foram presos e encaminhados para a Central de Flagrantes.

Existe uma leniência dos poderes com relação as organizadas, cuja única solução seria extingui-las para o bem da sociedade.

Hoje o torcedor sai de casa para um jogo sem ter a certeza da volta.

O governo brasileiro deveria se espelhar no inglês, quando esse último resolveu interferir no esporte e promoveu uma revolução no sistema acabando totalmente com os holligans que estavam destruindo através da violência o futebol desse país, que hoje é o maior do mundo.

NOTA 4- FUTEBOL ORGANIZADO

* Obvio que o título dessa Nota nada tem a ver com o nosso país, desde que tem o futebol mais avacalhado do planeta.

Uma notícia que foi divulgada pela BBC de Londres informa que a Federação Inglesa de Futebol (FA) pedirá explicações ao técnico do Manchester City, Josep Guardiola, pelos comentários que fez sobre o árbitro Anthony Taylor em entrevista antes do clássico do domingo passado contra o Manchester United.

A emissora afirmou que os treinadores não devem falar sobre os árbitros antes das partidas da Premier League, mas Guardiola citou Taylor, dizendo que ele iria fazer o seu trabalho o melhor possível, assim como os técnicos e jogadores. ¨O senhor Taylor vai tentar fazer uma boa partida. O importante é nos concentrarmos no nosso jogo, conhecendo quem vamos enfrentar isso tudo¨, disse o espanhol.

Na verdade um recado com a forma de pressão para o árbitro.

Como o futebol inglês é organizado, Guardiola terá que responder à FA até a próxima quinta-feira, segundo a BBC.

No futebol brasileiro no momento em que a escala dos árbitros é divulgada, as criticas, as pressões e intimidações são feitas pela cartolagem. Nos intervalos dos jogos e após os seus finais, esses só faltam apanhar. 

É a diferença de civilizações e de suas civilidades.

NOTA 5- A CHAPECOENSE RESSUSCITOU

* A Chapecoense conseguiu a sua primeira vitória fora de casa ao derrotar o Santos no Pacaembu pelo placar de 1x0.

Um resultado inesperado para os que analisam o futebol, e que serviu para o time de Chapecó dar uma salto grande para que possa fugir da Caetana.

Chegou aos 37 pontos, com a mesma pontuação do Sport que pelos critérios técnicos continuou na 16ª posição.

A luta contra a degola embolou mais ainda com essa conquista do time de Chapecó que tem uma tradição de ressuscitar durante os eventos que participa.

É uma Fênix sempre saindo das cinzas.

Na verdade foi uma vitória justa de um time que se empenhou para consegui-la, perdendo muitos gols e aproveitando bem os desfalques da equipe santista.

A Chapecoense voltou a respirar.

NOTA 6- GENIVAL COSTA BARROS LIMA, O GENA 

* Somos de uma geração que teve a chance de assistir o lateral Gena nos gramados de Pernambuco. Um craque de bola que entrou na história do futebol como um dos maiores em sua posição.

Formado nas base do Náutico, teve uma participação destacada em quatro títulos conquistados pelo alvirrubro na década de sessenta, componentes do famoso Hexa-Campeonato.

Nos anos setenta transferiu-se para o Santa Cruz, conquistando quatro títulos entre os cincos do penta campeonato.

Gena foi ganhador do Premio Belfort Duarte ofertado pela antiga CBD, pelo fair-play de nunca ter sido expulso de um jogo durante 10 anos.

O conhecemos de perto e sem duvida além de ser um craque da bola era um bom caráter.

Como na vida todos nós temos um ciclo de nossa presença na terra, na noite de ontem Genival nos deixou, e tomou um novo caminho para encontrar-se com outros grandes jogadores do futebol brasileiro.

Que os Deuses do Futebol possam recebe-lo com as reverências que merece.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM SHOW DE HORRORES

* O empate foi um ótimo resultado para o Sport que continuou fora da zona do rebaixamento, independente do resultado do jogo entre o Santos e Chapecoense, mas o futebol apresentado pelos dois times foi um show de horrores.

A bola foi tão maltratada que no final do jogo entrou com uma queixa no Juizado do Torcedor.

Dois times beirando a mediocridade, com o rubro-negro jogando por uma única bola, e quase conseguiu com um chute na trave de Michel Bastos.

O tricolor teve 16 finalizações inócuas e o Sport apenas 2. Apesar dessa diferença o resultado foi justo, desde que o Fluminense não merecia sair como vencedor de uma partida que foi tão ruim que deu sono.

O time da Ilha do Retiro deixou o Maracanã com dois pontos na bagagem, enquanto o Fluminense por ser o mandante conquistou apenas um e perdeu dois.

Na próxima quarta-feira o destino do Sport será selado no encontro com o Vitória que valerá seis pontos.  

NOTA 2- TODOS PELO PALMEIRAS

* A rodada foi feita para o Palmeiras. O alviverde mesmo jogando um futebol abaixo do regular, pragmático, sofreu gol do Galo e empatou com um pênalti meio Mandrake. Um jogo feio, abusando das ligações diretas. Teve algumas chances e nada mais

O Flamengo já tinha perdido no último sábado, e o Internacional era o único com chances de chegar mais perto do líder, mas ficou no empate com o Ceará (1x1). Saiu na frente do marcador com um gol de Leandro Damião, mas o alvinegro cearense reagiu e aos 41 minutos empatou.

O primeiro tempo foi eletrizante, com chances para os dois lados. O Ceará foi melhor. No segundo tempo as ações foram mais equilibradas, com os dois times buscando o gol da vitória.

Foi sem duvida o melhor jogo da rodada, cujo resultado foi um belo presente para o alviverde de São Paulo.

Em Porto Alegre, uma falha que poderá custar caro para o Vasco, quando o goleiro vascaíno no final de um jogo que estava pronto para terminar empatado, levou um frango que decretou a vitória gremista, aos 49 minutos.

Um joguinho de futebol, com um resultado de 2x1 para o tricolor gaúcho que entrou no G4.

Na Fonte Nova um outro show de horrores. Dois times ruins fizeram uma partida medíocre, e o placar de 2x2 foi de bom tamanho pelo futebol de Vitória e Bahia. O rubro-negro esteve duas vezes à frente do placar, mas as lambanças de sua defesa permitiram a reação do tricolor baiano.

Na realidade nunca vimos jogos tão ruins em uma tarde/noite do futebol brasileiro, com cinco jogos, quatro empates e apenas uma vitória gremista.

O papai Scolari agradeceu a ajuda de todos.

NOTA 3- O SALVADOR

* Em menos de 24 horas, o América MG se livrou do técnico Adilson Batista e já anunciou o seu substituto.

Como sempre na hora em que a Caetana aparece no Horto e ameaça degolar o Coelho, o salvador é Givanildo Oliveira, que irá dirigir o time nas últimas cinco rodadas, na tentativa de um milagre, que será bem difícil de acontecer.

A empatia do novo técnico com a torcida do América-MG é grande, e testemunhamos esse fato por muitas vezes. O Coelho é a cara de Givanildo, e Givanildo é a cara do Coelho.

Esse será contratado até o mês de dezembro de 2018, e chega com a incumbência de salvar o time do rebaixamento à Serie B Nacional.

Trata-se de um profissional sério e ao aceitar esse chamamento não o fez por dinheiro e sim pelo simbiose que tem com o time mineiro.

Sem duvida é corajoso ao pegar um time que tem mais de 80% de chances para ser rebaixado, na 18ª colocação do Brasileirinho, com 34 pontos.

A derrota contra o time do Paraná foi a décima consecutiva sem vitória, a última aconteceu em 6 de setembro, quando bateu o Vasco, pelo torneio nacional. Foram cinco empates e cinco derrotas.

Agora só nos resta esperar um milagre concedido pelos Deuses do Futebol para ajudar o novo salvador da pátria alviverde.

NOTA 4- QUE BRASILEIRINHO É ESSE? 

* Onde estão os equipamentos deixados pela FIFA para o controle da linha de meta, a fim de avisar se a bola entrou ou não.

Se estivesse sendo utilizado, não estaríamos discutindo a lambança do árbitro Rodolfo Toskis, ao não marcar um gol do Corinthians cuja bola adentrou na meta do São Paulo. O mais grave é que o auxiliar samambaia que estava numa distância de um metro, não viu o lance.

O VAR que estava superfaturado pelo Circo não foi aprovado pelos clubes por conta do valor estimado pela entidade, que era quase três vezes maior do que o utilizado pela Federação de Portugal.

Se essa tecnologia estivesse sendo utilizada, o mesmo árbitro não deixaria de marcar dois pênaltis favoráveis ao alvinegro paulista, alterando o resultado final.

O surrealismo é que o mesmo apitador em diversos jogos cometeu erros graves, mas o Coronel Marinho insiste em coloca-lo para apitar.

Aliás esse é o culpado por tudo que vem acontecendo na arbitragem brasileira, desde que preside uma comissão que tem uma única filosofia de trabalho, que é o de justificar os erros dos comandados.

A sua conversa sempre é a mesma, de que vai melhorar mas nada acontece, e as lambanças dominam as partidas. Dessa vez disse que o samambaia estava mal posicionado. 

A entrevista do goleiro Cassio no pós jogo escancarou o momento da arbitragem nacional, ao afirmar que Rodolfo Toskis pediu desculpas pelos erros cometidos. Grotesco.

Aliás o que aconteceu antes do jogo no estádio de Itaquera, mostra bem como anda o setor dirigido pelo Coronel Marinho, quando o árbitro recebeu em seu vestiário Ricardo Rocha que é funcionário do São Paulo, fato esse que é proibido pelo protocolo.

Uma vergonha.

NOTA 5- A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO

* O Brasileiro da Série B estava na 24ª rodada, quando o Brasil de Pelotas foi derrotado por 1x0 pelo Coritiba, caindo para o 18º lugar na tabela de classificação.

O técnico Gilmar Dal Pozzo foi demitido, e teve o retorno de Rogério Zimmermann, que foi o responsável por leva-lo à essa divisão.

Obvio que ninguém conhecia mais o time xavante do que ele.

Doze rodadas depois o time de Pelotas ocupa a 11ª colocação com 45 pontos, cinco a mais do que o time do Paysandu, o primeiro da zona da degola, com apenas seis pontos a serem disputados.

Com Zimmermann o time ganhou do Sampaio Correa, CRB, Ponte Preta, Criciúma, Juventude, Vila Nova e Boa.

O filho pródigo resolveu o problema.

NOTA 6- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS

* Após o Grêmio superar o São Paulo no G4, o uruguaio Diego Aguirre não é mais o técnico do São Paulo.

Na tarde de ontem o treinador teve uma reunião com a diretoria do clube, que acertou a sua demissão.

Um retrocesso movido por Rai, que está perdido no tempo e no espaço pela falta de competência para ocupar um cargo diretivo, resolveu tirar o corpo fora de seus próprios erros.

Contratou jogadores que não deram certo, e a culpa não foi de Aguirre. Submeteu-se a influência de Nenê que estava barrado pelo técnico.

O São Paulo continua o mesmo de sempre, um clube com donos que tomam medidas açodadas.

Demitir um profissional que com um elenco mediano para baixo liderou o primeiro turno e que está na zona da Libertadores com 56 pontos, é a demonstração de uma doença patológica.

Faltando apenas cinco rodadas para o encerramento do campeonato e o 27º treinador foi demitido.

Além da mediocridade, o nosso futebol é feito por aloprados.

Escrito por José Joaquim

Uma excelente matéria do jornalista Marcus Azevedo, do jornal Estado de São Paulo, trouxe uma analise do estudo da EY, em parceria com a Grafietti, Cesar Finance & Mgmt Consultoria, que aponta o impacto da nova distribuição das cotas de TV, e o desafio que os clubes do futebol brasileiro terão no ano de 2019.

Já mostramos em uma postagem que a partir da próxima temporada, os valores de acordo com a Globo e Turner, além de um cota fixa, vão levar em consideração jogos transmitidos e desempenho em campo, com uma menor concentração de verba nos primeiros quatro meses.

Um mínimo é fazer um planejamento financeiro para o ano que vem, só assim vão conseguir honrar os compromissos.

A Globo pagará 40% do montante do ano divididos igualitariamente (R$ 22 milhões por clube), com recebimento de 75% do valor entre janeiro e junho, e 25% entre julho e dezembro, mensalmente. A parcela de audiência (30%) será paga entre maio e dezembro. Por fim os 30% referentes ao desempenho do time serão pagos em dezembro. A Turner usa uma formula parecida com um divisão de 50%, 25% e 25%.

Na realidade os clubes irão procurar os bancos para antecipar os recursos, reduzindo por conta dos juros os valores recebidos. Existe um ponto bem importante nesse sistema e que não pode passar despercebido, é que as antecipações não poderão ser aprovadas pelas entidades financeiras, desde que os clubes não sabem o valor final dos contratos.

Por outro lado o impacto para os rebaixados será muito maior, desde que não existe mais o paraquedas, e irão migrar imediatamente da Série A para a B. Na realidade será um caos, desde que esses não poderão cortar as despesas na mesma velocidade que perderão receitas.

No inverso, os clubes que ascenderem serão privilegiados com altos recursos.

Trata-se de um novo momento no futebol nacional com relação aos direitos de transmissão, e não existe a menor duvida de que teremos uma crise financeira mais profunda com relação a atual temporada.

Quem não planejar vai se trumbicar.

Escrito por José Joaquim

Uma matéria da Revista Veja nos mostrou algo que poderá acontecer no Brasileirinho de 2019, quando um quarto de seus jogos poderão sumir da televisão.

Uma partida que contemple um clube com o contrato com o Esporte Interativo atuando com um adversário que esteja ligado à Rede Globo, essa não poderá ser televisionada.

A Lei Pelé, que rege o futebol brasileiro permite que tal fato possa acontecer. De acordo com o seu texto, os direitos de transmissão pertencem aos dois times envolvidos.

Na verdade é um verdadeiro absurdo.

Portanto, quem deseja exibir um jogo deve firmar contrato com as duas equipes. Isso é claro, exclui os acordos coletivos, nos quais os participantes de uma competição cedem os seus direitos ao organizador, caso da Copa Libertadores por exemplo.

Uma jabuticaba floresceu em um sapotizeiro, e isso levou à insólita situação.

Desde 2011, quando os clubes passaram a negociar individualmente o acordo com a televisão, não houve conflito, pois todos assinaram com a mesma emissora em todas as plataformas possíveis: TV aberta, fechada, pay-per-view e digital.

Nas próximas seis temporadas, contudo, dezesseis clubes- entre eles sete times da Série A- já venderam a exibição de seus jogos na TV a cabo a outro canal, o Esporte Interativo que ofereceu nove vezes superior à da Globo.

O Palmeiras é um deles. Tem acordo com o EI para TV fechada, mas ainda não acertou com nenhuma TV aberta nem pay-per-view. Já o Corinthians vendeu todos os seus direitos à Globo. Atlético-PR e Bahia também estão com contratos ainda sem assinatura para a TV aberta.

Tudo somado, estimamos que, em 2019, 102 das 380 partidas do Campeonato Brasileiro talvez não sejam transmitidos pela TV.

Esse é um dos artigos da Lei Pelé que deveria ser modificado, desde que beira a insanidade o clube mandante não ter o direito da escolha da emissora que irá televisionar os seus jogos.

Obvio que no jogo de volta o dono da casa será compensado. 

Na realidade é um fato grotesco de um futebol surreal, e do triste monopólio que o domina.