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Escrito por José Joaquim

Antigamente quando as nossas praias não tinham tubarões, tanto humanos, como animais, existia uma brincadeira de se fazer um castelo de areia, que muitas vezes ficava na espera de um vento forte, ou da maré alta para derruba-lo, por não ter uma base para a sua sustentação.

No futebol a base do profissionalismo começa pelos clubes, e esses na sua quase totalidade nos dão os piores exemplos, bem retratados diariamente por nossas mídias juvenis.

Nada de novo acontece a não ser jogadores reclamando de salários atrasados, cartolas reclamando da arbitragem, entre outros temas, quando por um acaso aparece alguma cabeça mais arejada, com pensamentos diferentes, o trabalho para a sua degola inicia-se por aqueles que não desejam mudanças.

Há pouco vimos algumas fotos da reunião de alguns ex-dirigentes do Sport para a escolha de um candidato da oposição, e o que vimos foi a presença completa de nossa geração, e nenhuma cara nova. Nada contra a idade, entretanto renovar é preciso, mas em nossos clubes isso é uma palavra difícil de ser adotada.

O futebol brasileiro há anos que vem sendo mal administrado. O Circo da Barra da Tijuca é composto pelos arautos da continuidade e da mediocridade. Foram esses que levaram esse esporte ao estado atual, ao deixar de lado o bom planejamento, para construir os seus castelos de areia, bonitos por um momento, e arrastado pelos ventos por falta de um alicerce. Tudo por interesses pessoais.

Para os torcedores um título é melhor do que uma possível falência do seu clube. É uma realidade de apaixonados em contraste com a verdade, incentivando as insanidades que foram e continuam sendo cometidas.

No dia de ontem lemos em um dos jornais do Rio de Janeiro, uma declaração de um atleta do Botafogo pedindo o pagamento dos salários atrasados. Enquanto isso os torcedores vão para as portas do clube pedirem vitórias. São uns alienados.

O bom dirigente é um fato raro nesse futebol nacional. Aquele que deseja a organização financeira, de uma politica de pés no chão, sempre é vitima dos insanos que desejam um título, sem pensarem que estão ajudando a afundar os seus clubes. A política atual do futebol brasileiro é baseada no aleatório, de pagar para verificar o que vai acontecer, sem um fundamento estratégico que garanta um bom futuro.

Implantar reformas nesse esporte é uma luta inglória, desde que as forças do atraso são poderosas e trabalham no sistema de quanto pior melhor, para que possam se beneficiar de alguma maneira.

O dirigente quando deseja implantar reformas sérias, com um bom planejamento, é logo comparado ao velho de uma antiga história do burro e seu filho, que queria agradar a todos, inclusive carregando o animal nas costas, e apesar de tudo não agradava a ninguém. Revoltou-se com tantas críticas, jogando no final o burro no rio. Fez de tudo para atender a todos, mas não conseguiu.

O futebol brasileiro é igual. Quando alguém deseja muda-lo, passa a ser tratado como o velho do burro, e muitas vezes esse sucumbe à tentação, abandonando as suas ideias, permitindo a continuidade dos problemas existentes.

Esse esporte só voltará a ser grande com uma mudança radical de pessoas e mentalidades, e que tenham a convicção de que planejar é fundamental e não ouvir os críticos como os do velho do burro, pois certamente os burros são aqueles que criticam.

Algo montado na praia como um castelo de areia na primeira onda é destruído.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FALTA DE COMANDO ESTÁ DESTRUINDO O FUTEBOL BRASILEIRO

* Na Inglaterra, o técnico José Mourinho do Manchester United, após um jogo do seu time fez uma citação sobre a arbitragem e soltou uma pornografia em sua língua nativa, como uma maneira de driblar os dirigentes da Premier League, que a traduziram e levaram-no ao banco da Justiça Desportiva.

Algo que mostra um bom comando no futebol inglês.

No Brasil a cada dia fica mais insuportável assistirmos jogadores cercando os árbitros reclamando de forma acintosa, e em especial os treinadores para justificarem as suas incompetências entrando no gramado após o apito final, usando palavras  agressivas contra a arbitragem. Tal fato vai para o relatório e nada acontece.

Na Europa as penas são com multas pecuniárias e bem altas.

São cenas grotescas que não cabem mais no futebol.

Após a partida da última segunda-feira entre Internacional e Santos, quando os árbitros caminhavam para o vestiário, o executivo do futebol do time Colorado, Rodrigo Caetano, proferiu em tom alto palavras agressivas, chamando  Ricardo Marques de safado, inclusive ameaçando-o com uma bengala. Uma cena ridícula de um enganador.

Vivemos um momento de intimidação aos árbitros brasileiros, por conta de declarações de dirigentes e executivos do futebol.

Alexandre Mattos, do Palmeiras é useiro e vezeiro em tais atitudes, e agora conta com Luiz Felipe Scolari que é do tempo da brilhantina, onde o revólver resolvia.

Qual as punições que são dadas a tais personagens? Nenhuma, pela falta de comando do Circo e de sua Comissão de Arbitragem que deveria ter recebido há muito tempo o cartão vermelho.

Quanto ao técnico Odair Hellmann, do Internacional, apenas para avivar a sua memória, lembramos que o seu time perdeu seis pontos em dois jogos contra times da zona do rebaixamento, Chapecoense e Sport, e esses estão fazendo falta.  

O futebol brasileiro é o sinônimo da avacalhação.

NOTA 2- A TRAGICOMÉDIA FUTEBOLÍSTICA 

* Há algum tempo que estamos escrevendo sobre o árbitro de vídeo pirata em nossos jogos de futebol.

Como não temos VAR, que é inimigo da cartolagem, foi criado um sistema de comunicação com o quarto árbitro que ficou encarregado de receber as noticias sobre os lances duvidosos.

O replay da televisão era o informante.

No último domingo tivemos um exemplo dessa influência no jogo entre Palmeiras e Ceará, na marcação de um pênalti favorável ao alviverde. Nem o samambaia, nem o assistente, e o próprio apitador não chegaram a nenhuma conclusão, e com um passe de mágica foram salvos pelo quarto árbitro, que com uma visão biônica definiu que aconteceu a penalidade.

Nada mais, nada menos do que a interferência de terceiros.

Na noite da segunda-feira, numa cena patética, o árbitro Ricardo Ribeiro enfim desnudou a farsa de que não existia a interferência externa nas decisões tomadas pelos apitadores quando passou seis minutos para definir se aconteceu impedimento ou não de Laendro Damião no segundo gol do Colorado.

Como a Globo não passou o Replay do lance, já por conta do que vinha acontecendo, os seis árbitros ficaram perdidos no gramado ganhando tempo na espera da Platinada, que não aconteceu e então resolveram anula-lo.

Como o lance foi duvidoso, de difícil solução, e que iria gerar debates no pós jogo com qualquer decisão adotada, Ricardo Marques deveria ter tomado a sua decisão, mas entregou de forma aberta o que vinha acontecendo com a pirataria do arbitro de vídeo. Foi uma verdadeira tragicomédia futebolística. 

O esporte da chuteira está nu, e um árbitro sem personalidade fica dependente da televisão.

São coisas de um futebol também pirata.

NOTA 3- DIEGO ALVES E MAGRÃO

* Não existe no contrato de um jogador profissional uma cláusula que garanta a sua titularidade por todo o tempo, e que esse fique dispensado de ficar no banco de reservas.

O caso de Diego Alves, goleiro do Flamengo, que negou-se a viajar com o seu time para o Paraná por não concordar em ficar na reserva, é algo que deveria ser discutido de forma ampla.

Uma atitude equivocada e que mostra a cara do novo futebol quando atletas ficam bem maiores do que os clubes.

Além de confrontar o treinador, o atleta ficou mal perante Cesar que depois da su contusão assumiu a titularidade. Uma falta de respeito com um colega de profissão, que jamais reclamou por ter sido seu reserva por muito tempo.

A atitude da diretoria do rubro-negro foi correta ao afasta-lo do clube que é maior do que qualquer personagem.

Na último domingo quando tomamos conhecimento desse fato, nos lembramos do que tinha acontecido com o goleiro Magrão, do Sport, no ano de 2015 quando ficou afastado por uma grave contusão, e por conta disso perdeu o seu lugar para Danilo Fernandes mesmo após o seu retorno, e terminou o Brasileiro dessa temporada no banco de reservas.

Jamais abriu a boca para contestar a titularidade do seu substituto que fez um excelente campeonato. Um exemplo que mostra de forma clara dois caracteres distintos.

Por outro lado o comportamento de Diego Alves não é compatível com o seu tempo na primeira temporada no Valencia, quando em 2012 ficou na reserva de Guaita no Espanhol, e titular na Copa do Rei e na Liga Europa.

Nesse período não reclamou por conta do banco de reservas.

São coisas do futebol e de jogadores que pensam que são Deuses.

NOTA 4- O SEGUNDO ENCONTRO ENTRE ARGENTINA E BRASIL PELA LIBERTADORES

* O estádio da Bombonera estará lotado nessa noite para abrigar o segundo jogo das semifinais da Copa Libertadores, quando o Boca Juniors irá receber a equipe do Palmeiras.

O time portenho tem uma camisa pesada, com um bom elenco, mas no campeonato nacional encontra-se na sexta posição, desanimando o seu torcedor.

A equipe alviverde lidera o Brasileirinho com um returno brilhante, com mais de 89% de chances para a conquista do título, poderá aproveitar esse momento ruim do adversário para tentar conquistar um bom resultado.

O Boca contratou alguns jogadores que ainda não conseguiram mostrar um bom futebol, e a maior estrela, Pavon, teve uma queda em sua produção.

O técnico Guilherme Schelotto ainda não confirmou a escalação do seu time, que tem na defesa o seu maior problema, principalmente no gol, desde que Andrade está fora de combate graças a gentileza de Dedé no jogo de ida contra o Cruzeiro, e o boliviano Carlos Lampe ainda não conseguiu se firmar.

O ataque tem bons jogadores, enquanto a defesa representa as suas maiores dificuldades.

Por outro lado, o time do Palmeiras tem um maior entrosamento, está em um ótimo momento e isso poderá fazer a diferença.

Na realidade será um encontro difícil para a equipe paulista, desde que os portenhos tem a força de uma camisa tradicional que merece todo respeito.

Esperamos que Felipe Melo não estrague um dos maiores clássicos do futebol continental.

Esse é o perigo.

Antes desse encontro teremos uma partida que foi adiada, pela 28ª rodada do Brasileirinho que já está na 31ª, envolvendo o Cruzeiro e Ceará, com favoritismo para a equipe Celeste.

O futebol brasileiro continua ¨lindo¨.

NOTA 5- DÉFICIT DO CORINTHIANS CRESCEU EM AGOSTO

* O Corinthians publicou no seu site o balancete do mês de agosto, e mais uma vez apresentando um crescimento do seu déficit.

No mês anterior esse era de R$ 17,3 milhões negativos, e aconteceu um crescimento de 22%, chegando a R$ 21,1 milhões.

A divida total permaneceu estável com um pequeno crescimento de 0,86%, totalizando R$ 504 milhões.

O departamento de futebol teve um superávit de 3,9 milhões, mas o clube social e os desportos amadores deram um prejuízo de R$ 25,1 milhões.

Um clube com um potencial gigantesco como o Corinthians passar o ano no vermelho, é nada mais, nada menos, do que um problema de gestões desastradas.

NOTA 6- A VITÓRIA DO PRAGMATISMO

* O Grêmio com uma cabeçada, a sua bola única, derrotou o River Plate por 1x0, e deu um importante passo para chegar ao confronto final pelo título da Libertadores.

Foi a vitória do pragmatismo de um time que teve uma postura em campo para não perder, e conseguiu ganhar.

Taticamente o time gaúcho foi perfeito, enquanto o rival portenho tinha a posse da bola e não sabia o que fazer.

Para quem gosta de um bom futebol o jogo foi um show de horrores, com bolas aéreas, longas, chutões, e poucas defesas dos goleiros.

Imperou o futebol de resultado, e o Grêmio soube aproveitar, desde que foi para Buenos Aires com tal propósito.

As mídias ufanistas deram um grande destaque a atuação gremista, mas na verdade quem sofreu foi a bola, que foi maltratada.

No sistema do importante é ganhar, Renato Portaluppi conseguiu o que desejava, e o bom futebol ficou lamentando.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA SEGUNDA DE BOM FUTEBOL 

* O futebol no dia de ontem começou à tarde com uma partida do mais alto nível entre o Arsenal e Leicester City.

O primeiro tempo terminou com o empate de 1x1, com um maior do domínio do time visitante. Na segunda etapa com suas substituições o Arsenal teve uma grande melhora e mudou o placar para 3x1, com uma atuação de gala de Ozyl que foi ovacionado de pé pelos seus torcedores. 

No período noturno, o Beira Rio com um bom público presente foi palco da melhor partida da rodada, salvando assim da mediocridade reinante nos demais jogos.

Internacional e Santos fizeram um jogo com diversas variações. Em um momento o time santista era o melhor, em outro o Colorado dominava a partida.

A equipe mandante saiu à frente do placar aos 43 minutos do primeiro tempo, em uma bela jogada trabalhada, que terminou com uma cabeçada de Leandro Damião. O empate do Santos veio aos cinco minutos do segundo tempo com um belo gol de Gabriel.

A partida continuava intensa e aos 10 minutos aconteceu um gol do Colorado que foi anulado pelo auxiliar.

Começou então as conferencias entre os membros da arbitragem, quando então o árbitro Ricardo Marques anulou o gol, depois de seis minutos de paralização.

A ausência dp VAR foi cobrada, desde que teria evitado esse festival de besteira que assolou no gramado do Beira-Rio.

O jogo esfriou um pouco, mas voltou a ritmo inicial, quando em um contra ataque fulminante o Internacional desempatou.

Tudo caminhava para uma vitória da equipe gaúcha, quando em uma lambança geral, o lateral Fabricio bateu cabeça com seu goleiro e marcou um gol contra, cedendo o empate para o Santos.

Um excelente jogo em um futebol tão fraco de emoções.

NOTA 2- O PÚBLICO SUMIU NA 30ª RODADA

* A queda de público na 30ª rodada do Brasileirinho foi radical, quando saiu do patamar dos 20 mil por jogo para 14.476.

Quem salvou da catástrofe foi o Internacional no seu jogo de ontem, que teve o maior número de torcedores nas arquibancadas, no total de 39.136 pagantes.

O segundo  lugar ficou com o Palmeiras, com 33.355. Nos demais oito jogos nenhum  conseguiu superar a casa dos 20 mil e quatro ficaram abaixo dos 10 mil.

A maior queda foi a do São Paulo, que vinha com grandes públicos no Morumbi, e em seu jogo contra o Atlético-PR só colocou 13.033 torcedores em suas dependências.

Os mandantes tiveram 4 vitórias, com 2 dos visitantes e 4 empates. Foi equilibrado.

No contexto geral, em 299 jogos, os donos da casa somaram 159 vitórias, contra 52 dos que visitam e 88 empates.

A média de público de todo campeonato é de 18.414, apresentando uma queda grande com relação a anterior.  

NOTA 3- CHANCES DO TÍTULO E DA DEGOLA

* Os dois mais importantes sites de probabilidades do nosso país, o Chance de Gol e Infobola, divulgaram ontem as chances dos times que lutam pelo título, e daqueles que poderão ser degolados pela Caetana.

Para o Chance de Gol, o Palmeiras que lidera a competição com 62 pontos, tem 77% de chances de ficar com o troféu, seguido pelo Internacional com 12% e do Flamengo com 10,6%.

Na parte de baixo da tabela de classificação existem três vagas na briga do rebaixamento, a quarta vaga já foi entregue ao Paraná.

Os clubes com maiores chances de receber um abraço da Caetana são: Sport (85,8%), Chapecoense (62,3%) e Vitória (43,6%), Vasco (29,6%), América-MG (25,7%), Botafogo (25,6%), Ceará (23%) e, Corinthians (3,5%).

O INFOBOLA apresenta percentuais diferenciados. Para o título, o Palmeiras tem 69% de chances, Flamengo (16%) e Internacional (12%).

No tocante a turma da degola aparece o Paraná (99%), Sport (74%), Chapecoense (64%), Ceará (46%), Vitória (33%), América-MG (27%), Vasco (25%), Botafogo (18%), e Corinthians (9%).

Ambos não consideraram o rebaixamento do Vasco, que na verdade é o time com maiores problemas com os seus adversários.

Nas próximas oitos partidas o time da Cruz de Malta terá pela frente o Internacional, Grêmio, São Paulo e Palmeiras, clubes que estão na parte de cima da classificação. Além desses irá ainda enfrentar o Fluminense, Atlético-PR, Corinthians e Ceará.

Pedreiras.

NOTA 5- CRITÉRIOS DE DESEMPATE DO BRASILEIRINHO

* O Regulamento do Brasileirinho tem um artigo que determina os critérios de desempate no caso de empate por pontos entre dois ou mais clubes na seguinte ordem:

1- Número de vitórias,

2- Saldo de Gols,

3- Gols Pró,

4- Confronto direto,

5- Menor número de cartões vermelhos,

6- Menor número de cartões amarelos e,

7-Sorteio.

O ponto de corte que estava em 43, começou a subir nessas ultimas rodadas e poderá chegar aos 44, com alguns clubes empatados, com a decisão sendo feita através desses itens.

O Sport que está na 19ª colocação, com 30 pontos, tem 8 vitórias e um saldo de gol negativo de -23. O adversário mais próximo é o Vitória com 33 pontos, 9 vitórias e saldo negativo de -21.

No caso de uma vitória do Leão frente ao Grêmio, e se for com a diferença de 2 gols, e com uma derrota da equipe baiana para o São Paulo,  essa será ultrapassada.

Se os dois resultados forem iguais, 1x0 para o Sport e para o tricolor do Morumbi, nada será modificado, desde que ficarão empatados no número de vitórias e saldo de gols em -22, e o desempate será pelo gols pró, que é favorável ao Vitória.

Na realidade essa narrativa está feita através do condicional ¨SE¨, e isso poderá ser derrotado pela lógica do futebol que faz a equipe gaúcha mesmo com os reservas, favorita, principalmente por jogar em casa.

Sonhar é de graça, mas quando se acorda a situação é bem outra.

NOTA 5- O GRÊMIO CONTRA A PEDREIRA RIVER PLATE

* O Grêmio enfrenta na noite de hoje o seu maior desafio na atual temporada, ao enfrentar o River Plate que é o melhor time do futebol portenho.

A única derrota sofrida pelo River dentro de casa em mata-mata sob o comando de Marcelo Gallardo, aconteceu em 2015, ano em que o clube foi campeão.

Foi derrotado pelo Cruzeiro no Monumental por 1x0 no jogo de ida, mas deu o troco com um 3x0 no Mineirão na volta.

Desde o jogo contra o time Celeste, o River acumula uma sequência em casa com 7 vitórias e um empate. 

Os últimos quatro jogos no Monumental no sistema de mata-mata foram vitoriosos.

É um currículo que o torna favorito.

O Grêmio que tem sem duvida o melhor futebol do país, abandonou o Brasileirinho para poder abraçar a Copa do Brasil e Libertadores.

Foi eliminado na competição nacional, e aposta todas as fichas na Sul-Americana, e para tal terá que superar uma pedreira, e com o agravante o da ausência do seu melhor jogador, Everton, que irá fazer falta.

Com relação a Luan que também estava com uma contusão, esse pediu para viajar com grupo e existem chances de que possa jogar.

Não temos duvida que será uma partida difícil, e dependendo do resultado poderá tirar do caminho o time gremista que corre o risco de ficar sem mel nem cabaça, desde que a sua classificação para a Libertadores na tabela do Brasileirinho está formatada para a fase inicial, e não a de grupos.

Mesmo com o desfalque deveremos ter uma excelente partida, que envolve dois clubes tradicionais do futebol continental.

NOTA 6- O RETROSPECTO DE JAIR VENTURA

* Jair Ventura tem o pior retrospecto de um técnico do Corinthians nos últimos 12 anos.

Obvio que esse pegou uma bomba com o pavio acesso que tende a estourar.

O alvinegro tem 9% de chances de ser abraçado pela Caetana. 

Sob o comando atual o processo vem sendo acelerado.

A aventura de Jair tem os seguintes números:

- 11 jogos, -

- 2 vitórias,

- 4 empates,

- 5 derrotas,

- 8 gols à favor, -13 gols contra,

- um aproveitamento de 30,3%.

De time rebaixado. 

Escrito por José Joaquim

Com poucas exceções, o moderno jogador de futebol é pré-fabricado.

Hoje além de jogar bola que é a sua profissão, esse conta, com uma assessoria diversificada que vai do vestir, do corte do cabelo até os fakes pelas redes sociais. As suas coloridas cuecas e namoradas são festejadas.

De repente, um jogador de nível mediano, que faz um gol bonito, é considerado como craque, desde que o marketing já o elegeu e colocou nas cabeças dos jornalistas esportivos, que o divulga para os torcedores.

Em nosso país não temos craques, apenas algumas promessas que estão sendo apresentadas. O ultimo que tínhamos foi Neymar que se bandeou para a Europa.

Na realidade sabemos que a força das mídias é tão grande que cria novos costumes e até mesmo quem é craque. Isso também acontece em outros segmentos. Um cantor lança uma nova música, a qual faz sucesso, e esse se transforma em celebridade. Hoje se escreve um livro mequetrefe, já é escritor e candidato às Academias de Letras que proliferam no país.

Quando assistimos os programas esportivos dos diversos canais, um gol diferenciado, ou uma jogada com mais qualidade transforma o jogador, que pula de status mediano para craque.

Existe uma forma correta para definir as qualidades que um atleta tem que apresentar para que seja considerado como acima da média.

O verdadeiro craque antevê a jogada. Quando a bola chega aos seus pés, já sabe-se o que e como se faz, possui habilidade técnica para executar lances inesperados, incomuns. É aquele que pensa antes do que o adversário.

Quantos jogadores que atuam no Brasil tem essas virtudes? Os amigos irão quebrar a cabeça procurando um como uma agulha no palheiro.

Voltando ao tempo, sem contarmos com a era de Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Gerson, Tostão, Dirceu Lopes, Rivelino, e tantos outros que existiam em grande quantidade, além de Zico na década de 80, a partir de 1990 a safra foi reduzida, com destaques para Rivaldo e Romário, e nada mais.

Hoje se confunde o craque com o artilheiro que faz gol. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. O craque também faz gol, mas no seu cardápio tem algo mais de qualidade.

Iniesta foi um exemplo, fez poucos gols, mas para muitos ficou entre os três melhores jogadores do mundo.

Craque foi Pelé que continua insubstituível até hoje. Craque é Messi nestes últimos anos. O que eles tem em comum? São geniais, criativos, habilidosos, armadores, dribladores e também fazem gols.

Na verdade a pobreza franciscana do futebol nacional, criou a necessidade da busca por um craque para que possa alavanca-lo e levar torcedores aos estádios, mas esse não pode ser formatado em agências de marketing, ou nas pranchetas dos jornalistas.

O craque já nasce craque, e há mais de 20 anos poucos são aqueles que estão nascendo em nosso país.

Escrito por José Joaquim

A temporada de 2018 está na sua reta final faltando muito pouco para o seu encerramento. O futebol apresentado foi medíocre e os gols sendo resolvidos por algo tão antigo o das bolas paradas.

As péssimas arbitragens e o trucidamento dos jovens treinadores são os maiores destaques da competição maior do futebol nacional.

Das caras novas que surgiram nos diversos bancos dos clubes o único sobrevivente é Jair Ventura, do Corinthians, embora tenha sido demitido do Santos. Com a atual situação do time alvinegro será a próxima vitima da famosa dança as cadeiras.

Surge uma pergunta: Qual a razão da não formação de treinadores a partir das categorias menores, pois se formam atletas, por que não conseguem com técnicos?

A escola de um jogador é a base. Começa no Sub-15, vai para o Sub-17 e chega ao Sub-20. São degraus que vão sendo alcançados. No final são profissionalizados de verdade.

Os futuros técnicos deveriam nos clubes obedecer a mesma escola. Começariam na base menor, chegariam ao juniores e um passo maior como assistente de um treinador, e posteriormente o acesso ao cargo maior.

Durante a escalada, o diploma de educação física seria conquistado, além de cursos de mestrado ligados ao futebol, estágios em clubes maiores, inclusive no exterior. Antes de assumir um time de maior porte deveria passar por um menor.

Hoje um pretendente à ser técnico de futebol faz um curso qualquer, inclusive o ministrado pelo Circo do Futebol Brasileiro que não tem a menor qualidade. Com canudo nas mãos se aventura em um time de ponta e a pressão é grande que termina sendo degolado.

Rogerio Ceni é um bom exemplo, optou pelo São Paulo, um clube exigente, de grande torcida e foi um fiasco. Voltou a realidade quando assumiu o Fortaleza e está muito próximo de leva-lo a Série A Nacional.

Nada na vida se começa pelo andar de cima. Tem uma estrada longa à ser percorrida até chegar ao ponto ideal.

Se os clubes brasileiros tivessem projetos como esse, certamente estariam dando uma contribuição para mudanças no mercado de trabalho, e as mídias não estariam perdendo tempo com hipóteses sobre contratações e demissões de treinadores.

Aliás esse sistema criaria um sentimento clubístico que hoje deixou e existir, e a quebra do paradigma de que só os famosos poderão levar os clubes a grandes conquistas.

Por sua vez a formação de treinadores serviria para contribuir na redução dos custos do futebol, desde que os salários que são pagos aos chamados TOPs beiram a irracionalidade, e os valores menores também afetariam o mercado com a aplicação da lei da oferta e procura.

Trata-se de um processo lógico e racional, que deveria fazer parte do planejamento dos clubes, sobretudo na escolha de profissionais para as suas bases. 

O futebol brasileiro perdeu-se no rumo que foi tomado e necessita de novos procedimentos para encontrar o caminho certo, e a formação de treinadores é um que poderá dar uma grande contribuição ao processo.