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Escrito por José Joaquim

* Por Paulo Cezar Caju - O GLOBO 

* Romero Jucá, César Maia, Sarney Filho, Roberto Requião, Edison Lobão... há quantos anos ouvimos esses nomes circulando pela política? Pelo que li, esses aí não conseguiram se reeleger, o que já não deixa de ser um grande avanço. Adoraria que uma renovação dessas fosse feita no futebol. O problema é que nem sempre os substitutos aproveitam a chance, muitos rezam pela mesma cartilha.

Os políticos mudam de partidos sem qualquer cerimonia, e no futebol o cenário não é diferente. Os nomes não mudam e não há qualquer novidade no formato de trabalho, zero inovação. Por exemplo, há time mais previsível do que o Internacional? E o Palmeiras? Corre o risco de o Felipão ser campeão do Brasileiro com o mesmo esquema de sempre. Ou a mesmice de Mano ser premiada. Dois ex-seleção brasileira. Tite que se cuide, Kkkk!!!!

Sério, qual foi a grande sacada de Felipão? Insistir com Deyverson, um atacante que provoca, tumultua o jogo, mas depois chora e diz que é bonzinho. Que mala!!! Fora que o Palmeiras tem um elenco gigante, e Roger montou boa parte desse grupo.

Os candidatos ao título estão longe de pelo menos tentarem algo diferente. O Dorival já rodou mil clubes e agora volta ao Flamengo de onde o próprio Bandeira de Mello o mandou embora. Ganhou de um Corinthians desarrumado e visivelmente se poupando para a final da Copa do Brasil e virou gênio. Basta olharem o jogo.

Mais irritante ainda é ouvir os comentaristas dizendo que ele ¨arrumou a casa¨. Fora que contei sete profissionais na comissão técnica do Dorival. É preciso tanta gente mesmo?

Outra coisa que me irrita é essa história de os ¨professores¨ trazerem seus filhos para fazer parte do grupo. Será que, assim como os políticos, eles também querem se eternizar no poder? Olha que vários filhos de políticos não conseguiram se eleger nessa eleição, hein!

Renovação assim é ruim porque os pupilos seguirão com os mesmos erros. Fora que não deixa de ser nepotismo. Já falei que renovação não é pela idade, mas pelo pensamento. Zé Ricardo e Barbieri, por exemplo, são de uma nova safra que não ousou, que talvez querendo garantir o emprego, jogaram se defendendo.

Saudade da tranquilidade de Jaime e da sabedoria de um Carlinhos Violino. Nos últimos tempos, o único que vi tentar algo diferente foi o Fernando Diniz. Por onde ele anda, por falar nisso? Adoraria ver uma garotada surgindo com novas propostas. Se é assim que sonhamos para o país, o futebol, maior paixão do povo, também deve seguir os mesmos passos.

Há de surgir um dia alguma alma salvadora que passe uma borracha nessa história de quatro volantes, não é possível! O país assiste a partidos políticos trocando insultos e inventando mentiras. Em campo chutões, empurrões e desrespeito. Mas o Leonardo Gaciba diz que carrinho é normal, então tá! O Hino Nacional antes do jogo soa como deboche. O futebol precisa de uma revolução criativa. Como dizia o mestre Didi, quem deve ser rápido é o raciocínio, não as pernas. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PROBLEMA NÃO ESTÁ NO VAR E SIM NOS ÁRBITROS

* O VAR foi escolhido como o maior vilão do jogo entre o Corinthians e Cruzeiro pela Copa do Brasil. Dois lances que interferiram no resultado final foram resolvidos pelo árbitro de vídeo por solicitação do árbitro humano.

Na verdade a arbitragem brasileira com VAR ou sem VAR está no mesmo nível das competições, e dos clubes, abaixo da medida certa, com atuações que alteraram os resultados das partidas.

Qual a razão do árbitro da partida, Wagner Magalhães, depois de ter considerado como legal o lance entre Thiago Neves e Ralf, voltar atrás e consultar o sistema eletrônico?

O mesmo se deu com a pretensa falta de Jadson sobre Dedé, com a mão colocada no peito do zagueiro, e esse caindo segurando a testa.

Peito não é testa, somente no Brasil onde o rabo morde o cachorro.

A grande verdade é que a arbitragem brasileira ainda não aprendeu a utilizar o VAR, e apita com medo de errar, sempre pensando que a salvação virá do sistema eletrônico.

O Brasil não estava preparado para esse avanço, e a arbitragem do futebol também não estava preparada para o seu uso.

O arbitro de vídeo é apenas para tirar duvidas, e Wagner Magalhães ao deixar a bola correr no caso do pênalti que foi marcado a posteriori, não tinha necessidade de optar por tal recurso. O fez, por conta da pressão do que a televisão estaria mostrando.

Errou feio e poderia ter influenciado no placar, e humilhou o VAR que é sem duvidas o maior avanço para moralizar o futebol.

Como o Brasil é um país onde vaca sobe no poste, o árbitro de vídeo está sofrendo um processo de destruição.

NOTA 2- UFC OU FUTEBOL?

* A Primeira Divisão do Futebol de Pernambuco é sofrível, imagine a Segunda, com times sem estádios, jogos sem  público e de nenhuma qualidade técnica.

Algo surreal.

O campeonato de 2018  está chegando à sua fase final, e nenhum torcedor do futebol tem conhecimento do que está acontecendo, nem os clubes que estão participando.

Ninguém viu, ninguém vê.

Na última quarta-feira, a competição ganhou notoriedade nacional quando um jogo terminou numa Delegacia de Policia.

O pau cantou no gramado, inclusive com a briga entre o árbitro e um atleta do Decisão.

Uma cena explicita de UFC.

Não tínhamos tomado conhecimento do fato até recebermos o vídeo que nos foi enviado pelo amigo Vulpian Novaes, em que mostra as cenas lamentáveis.

O jogo era por conta de uma das partidas semifinais do campeonato envolvendo o Decisão (não sabíamos que ainda existia) e Petrolina.

Como o time do Sertão do Rio São Francisco tinha ganho a primeira partida por 4x2, a equipe de Bonito necessitava de dois gols para levar a decisão para os pênaltis.

Por conta da expulsão de um jogador do Decisão pelo árbitro José Washington, Eduardo Eré atleta desse time não gostou, e partiu para cima do árbitro cometendo a agressão. 

O agredido que tem o físico do Magro da dupla ¨O Gordo e o Magro¨ que alegrava a nossa infância, reagiu e deu uma voadora como um dos bons lutadores de UFC.

O tempo esquentou, a Policia foi chamada e acalmou os ânimos que estavam exaltados, garantindo a conclusão da partida.

Logo após as partes foram ouvidas pelo Delegado de Plantão, e o processo terá a sua continuidade.

Há pouco estávamos em São Paulo e não liamos ou ouvíamos nada sobre o futebol de nosso estado, mas no dia de ontem essa sessão de combate foi publicada nas suas mídias, com as capas chamando o ¨Futebol do UFC.¨

São coisas de Pernambuco futebolístico, que já morreu há muito tempo e somente a cartolagem local não tomou conhecimento.

A missa de um ano já foi realizada.

A noticia boa foi para o árbitro, que recebeu uma proposta de Dana White, dono da UFC, para deixar o futebol e ingressar nesse esporte.

NOTA 3- O FUTEBOL ALOPRADO

* O futebol brasileiro tem seus momentos do surreal e boa parte do tempo vive como um aloprado.

Um exemplo bem recente é o da volta de Levir Culpi ao Atlético-MG, quase três anos após a sua demissão, e com um currículo com vários sucessos.

Em 2014 sob o seu comando o Galo conquistou a Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana.

Em 2015 foi campeão Mineiro, e quando foi afastado em novembro desse ano pelo ex-presidente Daniel Nepomuceno, deixou o Atlético-MG como Vice-Campeão Brasileiro.

Foi um caso que até hoje ninguém conseguiu entender, quando um profissional vitorioso foi afastado pela cartolagem. 

Algo que só poderia acontecer em um futebol aloprado.

De Levir Culpi (2015) a Levir Culpi (2018), seis treinadores efetivos passaram pelo clube mineiro, e apenas um título, o estadual de 2017 sob o comando de Roger Machado.

Demitido em 2015, Levir Culpi foi sucedido pelos seguintes técnicos: Diego Aguirre (2016), Marcelo Oliveira (2016), Roger Machado (2017), Rogério Micale (2017), Marcelo Oliveira (2017/2018) e Thiago Larghi (2018).

A média foi de 2 profissionais por ano.

Será que a sua permanência em 2016, com o time vice-campeão do Brasileiro, o destino do Galo seria outro? Obvio que sim, desde que o seu trabalho iria garantir as necessárias condições de continuar com boas participações.

Os cartolas adoram demitir treinadores, é a sua alegria, mas a volta de Levir é uma confirmação de uma mancada histórica. Se não servia em novembro de 2015, obvio que também não poderia ser aprovado em outubro de 2018.

A resposta deveria ser dada por Daniel Nepomuceno o seu executor.

NOTA 4- DOS TRÊS PRIMEIROS, O INTER É O QUE TEM A TABELA MAIS FÁCIL

* O jornalista Jorge Nicola levantou as pontuações de todos os times adversários do Palmeiras, Internacional e Flamengo, e chegou a uma constatação que o Colorado leva vantagem.

O time gaúcho é o que tem rivais que somam menos pontos no total, 312. Dos nove adversários, cinco brigam contra o rebaixamento: Vasco, Ceará, América-MG, Botafogo e Paraná. Com um detalhe importante, o de jogar cinco partidas em casa e quatro fora.

Os rivais do Palmeiras somam 326 pontos, ou seja, 14 a mais do que os do Inter.

Assim como o time Colorado, o Verdão também terá jogos com cinco equipes que estão na parte de baixo da tabela, mas irá enfrentar Flamengo, Santos e Atlético-MG, com o primeiro ainda lutando pelo título e os outros dois por uma vaga na Libertadores.

A tabela do Flamengo é a mais pesada, com adversários que somam 358 pontos, 46 a mais do que o grupo que enfrenta o Inter, e 32 a mais do grupo que irá se deparar com o Inter. Da zona do perigo só enfrentará o Paraná, Botafogo e Sport.

São detalhes bem importantes, e que servem para as analises das probabilidades de cada um. 

NOTA 5- A DESTRUIÇÃO DO BRASILEIRINHO

* Cruzeiro e Corinthians estão no meio da tabela do Brasileirinho como coadjuvantes. Ambos apostaram suas fichas no volume de dinheiro pago na Copa do Brasil para apenas oito jogos.

O time Celeste papou R$ 61,9 milhões dessa competição assim distribuídos: R$ 50,0 milhões pelo título, R$ 2,4 milhões pelas oitavas, R$ 3,0 milhões pelas quartas de final, R$ 6,5 milhões pelas semifinais.

O Alvinegro de São Paulo ganhou R$ 20,0 milhões pelo título, e R$ 11,9 milhões pela participação nas outras fases.

Em 2019 a farra irá continuar e veremos outra vez clubes renegando a que deveria ser a maior competição do futebol do pais, mas que foi trucidada pelos que fazem o Circo do Futebol.

Para que se tenha uma ideia da diferença financeira entre as duas competições, está no valor que será pago ao Campeão Nacional, R$ 20 milhões para jogar 38 exaustivas partidas, enquanto o Cruzeiro que disputou oito matas pela Copa do Brasil recebeu três vezes mais do que o ganhador do Brasileirinho.

Só mesmo no Brasil do futebol que detesta o FBI.

Uma vergonha.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- WALTER DESAFIA TODOS OS CONCEITOS DO FUTEBOL 

* Dois jogos fizeram a abertura da 32ª rodada do Brasileiro da Série B, cujos resultados esquentaram a briga por duas vagas no grupo de acesso.

O Coritiba que tinha esperança de recuperação após a contratação do técnico Argel Fucks, com o empate contra o CSA (1x1) praticamente essa desapareceu.

Debaixo de um temporal que transformou o gramado do Couto Pereira em uma piscina olímpica, desde que choveu na cidade o que não chovera outubro inteiro. Para quem necessitava de uma vitória tal fato foi impiedoso.

Aos oito minutos mais uma tijolada no Coxa, com o gol do time alagoano, quando Walter que não jogava há três meses e com seus 110 quilos, arrumou de peito como uma jogada de vôlei de praia, e Didira abriu o placar.

O Coritiba rapidamente empatou e ficou nisso, e só não foi derrotado por conta do goleiro Wilson que ganhou o jogo particular de Walter, que com barriga e tudo foi o melhor em campo.

Na realidade esse jogador desafia todos os conceitos do futebol, com um excesso de peso, e consegue ainda jogar no alto nível, mostrando o quanto o país perdeu de qualidade se esse tivesse condições reais de um atleta profissional. Um desperdício.

Estava tão pesado que os maqueiros saíram reclamando quando o carregaram para o atendimento médico fora do campo.

Com o resultado o CSA somou mais um ponto, e irá permanecer mais uma rodada no G4, mas poderá ter a companhia do Vila Nova, caso o time goiano vença o seu jogo contra o Juventude, em casa.

Por outro lado o resultado do segundo jogo com a vitória de virada do Atlético-GO frente ao Brasil de Pelotas, esse somou 48 pontos, distando de apenas 3 pontos tanto do time alagoano, como do Avaí que irá enfrentar em casa o Oeste.

A competição em seu final esquentou.

NOTA 2- O UNGIDO MILTON BIVAR COMEÇOU ERRADO

* Enfim depois de tantas reuniões o grupo que se denominava de oposição escolheu um candidato que não saiu do seu meio.

Milton Bivar foi ungido, e irá disputar a eleição contra o indicado pela situação, e de um outro opositor, o advogado Eduardo Carvalho.

Na verdade, na sua primeira entrevista o novo candidato pisou na bola ao descartar a presença de um CEO para o clube e de um executivo para o futebol, sob a alegação que tinha dirigido o rubro-negro com o seu grupo que cabia numa Kombi.

O amadorismo está sendo eliminado do esporte da chuteira, dando lugar ao profissionalismo competente que trabalha com os conceitos de uma governança corporativa.

Fora disso não existe o menor futuro, e hoje todos os grandes clubes brasileiros aos poucos estão ingressando na nova era profissional.

Da sua gestão até os dias de hoje já se foram 10 anos, e o futebol está acompanhando as modificações dos conceitos de administração, que deixaram de ser os das cadernetas das vendas, para o mundo da tecnologia.

O futebol passou a ser um grande negócio que faz parte de um sistema que mais cresce no mundo, que é o da indústria de entretenimento. 

Estamos vivendo em um mundo plano, e para que o dirigente tenha uma boa administração caso conquiste os votos dos associados do Sport, torna-se necessário que entenda o sistema em vigor. 

NOTA 3- OS POSSÍVEIS QUATRO REBAIXADOS 

* Os números cada vez ficam mais claros com relação ao abraço que será dado pelo Caetana em três clubes.

Um já foi degolado pela sua foice, Paraná, que agora tem um técnico novo Dado Cavalcante, que pulou por várias vezes das cadeiras no decorrer da temporada.

Nas 9 rodadas finais, com 27 pontos disputados, e utilizando-se todos os percentuais como mandantes, visitantes e os do returno, os três que irão escapar sem problemas serão o Bahia (47 pontos), Botafogo (45) e Vasco (44).

Um time entre o América-MG, Vitória e Ceará, que terão 42 pontos, poderá ser degolado pelos critérios técnicos. Se fosse hoje seria a equipe cearense, que irá chorar pelo pênalti perdido no seu último jogo contra o Botafogo.

Chapecoense com 40 pontos, Sport com 35, morrerão abraçados com a Caetana.

Praticamente os 43 pontos estão firmados como o numero magico para escapar da degola.

NOTA 4- OS BONS PÚBLICOS DOS CLUBES CEARENSES

* O estado do Ceará sempre teve bons públicos nos seus eventos esportivos.

Na atual temporada o Fortaleza e Ceará estão se destacando.

O tricolor em 15 jogos como mandante, tem uma média de 22.273 pagantes.

O CSA é o segundo colocado com uma média de 8.643 torcedores por jogo.

A média geral da Série B é muito baixa, com 4.580 pagantes por partida, ou seja quase cinco vezes menor da que foi obtida pelo tricolor do PICI.

Na Série A, numa campanha contra o rebaixamento, o Ceará tem a sexta melhor média em 15 partidas realizadas em casa (23.295).

Só perde apenas para o Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Internacional, e supera 14 disputantes.

A media do alvinegro cearense é bem maior do que a do próprio campeonato (18.551). 

NOTA 5- OS VETERANOS RETORNANDO E OS JOVENS TREINADORES DANÇANDO

* Em uma postagem anterior mostramos que o momento grandioso criado pelas mídias juvenis com relação aos jovens técnicos estava em fase de queda, e trazendo de volta ao palco os veteranos.

Esses foram sendo demitidos, e o último dos moicanos era Thiago Larghi, técnico do Atlético-MG, que perdeu o lugar na dança das cadeiras na tarde/noite de ontem. O clube alvinegro comunicou em seu site tal saída.

Esses profissionais foram jogados aos lobos por conta de um modismo que foi criado de forma errada sem a menor preparação.

Como acontece nos demais segmentos do futebol o item formação para técnicos não existe, e no final porque treinaram as categorias de base já estavam prontos para uma missão maior.

Deu no que deu.

Thiago Larghi comandou o Galo em 49 partidas na temporada desse ano de 2018. Foram 23 vitórias, 12 empates e 13 derrotas. Sob o comando do treinador, foram 74 gols marcados e 46 sofridos.

Larghi ainda comandou o treino na tarde de ontem quando ouviu a música parar na dança das cadeiras e perdeu o seu lugar.

O futebol brasileiro é uma zorra total, com 24 técnicos deixando os seus clubes durante a competição. Por isso é que estamos na beira do precipício.

No mesmo dia da saída do técnico, a diretoria atleticana comunicou a contratação de veterano Levir Culpi, que é conhecido do torcedor atleticano.

Não tem solução para esse futebol aloprado.

NOTA 6- NA VITÓRIA DO CRUZEIRO O PROTAGONISTA FOI O VAR

* Com o estádio lotado, uma partida pragmática do Cruzeiro e com o Corinthians tirando leite de pedra, o time Celeste conquistou o título da Copa do Brasil derrotando o alvinegro paulista por 2x1.

Obvio que o campeão tinha uma equipe melhor, mais experiente e a vitória foi sem duvida justa. O Corinthians foi muito além de sua capacidade.

No final da partida o debate foi sobre o VAR que mais uma vez foi desmoralizado no Brasil, quando solicitado por Wagner Magalhães, o árbitro da partida, que marcou um pênalti Mandrake favorável a equipe paulista, originando o empate desde que o adversário vencia por 1x0.

Na segunda consulta ao VAR, anulou um belo gol de Pedrinho por conta de uma pretensa falta de Jadson no zagueiro Dedé.

Uma decisão polêmica.

O empate já dava o titulo ao Cruzeiro, que obteve o segundo gol definindo o placar.

Um jogo tecnicamente fraco, bem disputado, e que no seu final desmoralizou o vídeo eletrônico, desde que no Brasil tudo que é bom para melhorar e garantir a seriedade de um jogo sofre avacalhação.

Parece que é programado, os apitadores são ruins até quando estão trabalhando com o VAR.

Escrito por José Joaquim

A Liga inglesa tem a maior audiência na Tv fechada na Europa. Essa noticia foi capa de vários jornais da Inglaterra e que retratam o bom momento do futebol da terra da Rainha.

Tal fato nos motivou a retornar a um tema que debatemos há vários anos para a sua implantação, que é a criação de uma Liga do futebol brasileiro, que possa administra-lo de forma profissional, longe das espertezas dos cartolas, que permitem a manutenção do poder de pessoas sem o sentimento pelo esporte, e que lá estão por interesses não institucionais.

Enquanto as maiores Ligas do mundo fazem os seus campeonatos com rentabilidade, no Brasil alguns clubes pagam para jogar, outros para que possam sobreviver reduzem o preço dos ingressos para R$ 5,00.

Os nossos dirigentes não sentiram o mínimo de vergonha na cara, quando da condenação de José Maria Marin pela Justiça norte-americana, ou do banimento de Marco Polo Del Nero do futebol. O momento era propicio para uma revolução geral, a tomada do poder, mas todos fingiram que nada estava acontecendo.

Uma Liga não contempla um meio de um clube isolado atingir os seus objetivos, pelo contrário, o sistema abraça a todos e não o individual.

Uma das maiores Ligas do Mundo é um exemplo do coletivo e do sucesso. A NFL tem uma receita quase três vezes maior do que a maior do futebol mundial, a Premier League. Entre os 50 clubes mais ricos do planeta estão as suas 32 franquias, o que demonstra que o futebol americano tornou-se o mais rentável entre os demais.

Esse esporte era marginalizado nos Estados Unidos, mas a partir de 1970, com a introdução do sistema chamado de ¨league think¨, quando os times abriram mão de sua individualidade pelo conjunto, tudo mudou, quando o pensamento em coletivo passou a imperar, fortalecendo a Liga, transformando-a em um sucesso comercial, financeiro e esportivo.

A grande diferença dessa entidade é que ela tem o conhecimento que a sua razão de existir é por conta dos clubes, e por isso tem a preocupação grande com a saúde financeira desses.

A NFL divide de forma igual as cotas dos direitos de transmissão entre todos os participantes. Além disso não existe monopólio e quatro canais transmitem os seus jogos. Todos os contratos são negociados em conjunto, e não no modelo individual indecente que é utilizado pelos clubes do futebol brasileiro.

Enquanto isso em nosso país os direitos de transmissão são vendidos individualmente com contratos secretos para uma única emissora, criando um perigoso monopólio.

As franquias menores na NFL ficam com chances de chegarem ás finais, enquanto no Brasil os clubes medianos lutam contra a degola. Obvio que existem franquias mais ricas por conta dos patrocínios e consumidores, que pertencem a estados maiores, mas as menores com boas receitas competem com maior dignidade.

Infelizmente a cultura esportiva brasileira é pautada pelo egoísmo, o de cada um por si, e o reflexo está bem claro em nosso futebol, com um desnível profundo, aliado a uma pobreza franciscana.

Os nossos cartolas são gênios, enquanto os norte-americanos estão errados em seus conceitos, muito embora a sua Liga seja um sucesso mundial.

Escrito por José Joaquim

Golpista é uma palavra que foi muito divulgada nos últimos dois anos em nosso país. Tudo começou com o impeachement da presidente da República, Dilma Rousseff, aquela que foi sem nunca ter sido.

Aliás o Brasil já foi golpeado nesses últimos anos com a roubalheira do dinheiro público, que teve na Operação Lava-Jato o seu ápice. Em comparação com o Mensalão, esse ficou de cueiros.

O futebol brasileiro tem sofrido muitos golpes, através de golpistas de plantão.

A desgraça começou em 1986 com um golpe preparado, igual ao que foi praticado quando da renuncia de Ricardo Teixeira que preparou o mais velho para assumir o seu lugar.

Nesse ano, uma manobra do cartola Nabi Abi Chedid, ex-presidente da Federação Paulista e deputado estadual por São Paulo mudou o panorama eleitoral na última hora.

Nabi havia se candidatado à presidência do Circo com Octávio Pinto Guimarães sendo o vice em sua chapa de oposição a Medrado Dias, que era o candidato apoiado por Giulitte Coutinho presidente da entidade, e o seu último grande gestor.

Nesse processo aconteceu de tudo um pouco inclusive a manipulação financeira para a obtenção de votos pelo grupo opositor. Minutos antes da votação, especulando-se que haveria empate numérico entre os dois disputantes, o cartola paulista resolveu inverter a ordem de sua chapa, desde que Guimarães era mais velho.

No final a oposição ganhou a eleição por um voto de diferença, e dai em diante começou a avacalhação do futebol brasileiro, com uma gestão desastrada, culminando com a eleição de Ricardo Teixeira. Foi um duro golpe que deu início a destruição do futebol brasileiro, abrindo as torneiras para a corrupção.

Os golpistas botaram a cabeça de fora no ano de 2003, quando conseguiram derrubar os torneios regionais que faziam sucesso na época, e que estavam interferindo nos estaduais, que para as Federações representam a sua galinha de ouro. Uma década após a Copa do Nordeste retornou. Foi mais uma golpe de marreta na cabeça do pobre futebol nacional.

Enquanto isso, os golpistas entraram em cena no ano de 2011, chefiados pelo presidente de então do Corinthians, Andrés Sanchez, que atendendo os interesses do Circo e da Rede Globo, conseguiu explodir o Clube dos 13 que tentava negociar o contrato dos direitos de transmissão através de uma licitação pública. Mais um golpe na praça.

Os golpes continuaram em 2012 durante o processo da renúncia de Ricardo Teixeira, quando armaram para que o seu substituto fosse Jose Marin, que assumiu a entidade e por conta de corrupção está bem localizado numa cadeia dos Estados Unidos.

Assumiu Del Nero que participou ativamente dos golpes, e conseguiu armar mais um quando alterou o Estatuto do Circo dando uma pontuação maior no Colégio Eleitoral para as Federações Estaduais. Foi banido do futebol.

De golpe em golpe, inclusive um que abafou em 2016 a CPI do Senado sob a presidência do Senador Romário Faria, o futebol brasileiro continua afundando sob a complacência do governo e dos clubes que são os responsáveis por tudo que acontece no sistema.

Um futebol podre, escurecido pela sombra da corrupção, conseguiu derrubar todos os seus pontos positivos, e por dois motivos, proteger a RGT e as Federações estaduais.

Lamentável.