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Escrito por José Joaquim

O Sport completou na noite de ontem a sua 14ª derrota, ao perder por 1x0 para o Palmeiras, algo que fazia parte do previsível.

Um velho ditado diz que ¨o pau que nasce torto, morre torto¨, esse é o caso do rubro-negro pernambucano.

Quem acompanha o nosso blog, leu os artigos sobre o clube, e sabem que o sinal de alerta foi dado por várias vezes, mas não foi visto pelos seus dirigentes.

Começaram de forma errada e irão terminar com os mesmos erros.

Contratações equivocadas, três técnicos na mesma temporada, crise financeira com atrasos salariais, formaram o conjunto de uma obra que seria destruída cedo ou tarde por conta da estrutura rompida.

Nas 26 rodadas realizadas pelo Brasileirinho, o Sport obteve apenas 6 vitórias, 6 empates e somou 14 derrotas. Marcou 21 gols, e sofreu 39, com a pior defesa do campeonato. 

Uma performance de rebaixado.

Faltando 12 rodadas e 36 pontos a serem disputados, o time da Ilha do Retiro precisa somar 21 pontos, ou seja sete vitórias, com um aproveitamento de 58,33, praticamente o dobro do atual que é de 31%.

Em 26 rodadas só obteve 6 vitórias, como irá conquistar em 12, 7? Algo impossível de acontecer.

O torcedor na sua paixão não atentou para o que estava acontecendo na Ilha do Retiro. Os sinais emitidos eram de um clube abraçado com a Caetana.

O jogo contra o misto do Palmeiras, que é melhor do que os elencos de diversos times que disputam o Brasileirinho, teve um primeiro tempo medíocre para os dois lados. Assim mesmo Deyverson perdeu um gol inacreditável.

A segunda fase foi bem melhor, quando o alviverde teve 15 minutos de pressão, não deixando o Sport respirar, perdendo duas chances para abrir o placar, uma com Guerra e outra com Deyverson após driblar o goleiro Magrão.

O rubro-negro no desespero partiu para o tudo ou nada, com um futebol desorganizado, perdendo algumas chances de gol.

Os Deuses do Futebol não perdoam os incompetentes, e colocou as  suas mãos na cabeça de Luiz Felipe Scolari para que esse colocasse Willian em campo. Isso aconteceu e um minuto após a sua entrada, esse marcou o gol da vitória do seu time.

Um golpe mortal no rubro-negro e que aumentou o seu processo de morte lenta. A vitória do Botafogo sobre o Vitória-BA foi uma ducha gelada em qualquer pretensão que tinha de fugir da degola, que poderá piorar na noite de hoje com vitórias da Chapecoense e Vasco da Gama.

O Sport irá encerrar a rodada com 94% de chances de rebaixamento.

Os protestos no pós jogo contra o presidente Arnaldo Barros tomou conta da sede do clube, que teve que ser protegida pela policia.

Gostaríamos muito de errar em nossas previsões, mas na verdade o clube da Ilha do Retiro já está com as chuteiras na Segunda Divisão do futebol brasileiro, completando a morte de nosso futebol, cuja entidade tem um presidente que elogia um ladrão preso nos Estados Unidos por roubo nos contratos do Circo, José Maria Marin, e de um fugitivo do FBI, Marco Polo Del Nero.

Nós temos o que merecemos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1O DESTEMIDO CEARÁ

* O futebol do domingo teve uma matinal bem movimentada com um jogo entre Grêmio e Ceará.

Os gaúchos sabiam muito bem que não iriam ter moleza, desde que o retrospecto do time cearense mostrava isso, através dos seus últimos quatro jogos pelo Brasileirinho quando havia vencido três, e entre os derrotados estavam o Flamengo e Corinthians.

Apesar disso a equipe gremista jamais iria esperar uma partida dura como a que aconteceu. Na verdade foi de tirar o folêgo.

No primeiro tempo o time gaúcho pressionava, e o cearense dava os seus botes, sendo que foi o que teve mais chances de gol. Aos 12 minutos abriu o placar, aos 20 o Grêmio igualou, aos 26 o desempate para o Ceará, e aos 43 o tricolor novamente empatou.

Quatro gols em 47 minutos sem duvida era para se comemorar.

Os dois gols gremistas foram resultantes de bola parada.

No segundo tempo o jogo caiu de ritmo com posse de bola para a equipe gaúcha de 63%, mas com o adversário com mais intensidade na busca do gol da vitória.

O domínio era grande, e mais uma vez a bola parada funcionou com um gol de falta de Luan, que foi vaiado no final do primeiro tempo, e aplaudido no encerramento da partida.

Valeu o antigo ditado, quando diz que a mão que afaga é a mesma que apedreja.

O Grêmio mostrou que está muito vivo, e que ainda sonha alto com a conquista do título.

NOTA 2- O JORNALISMO ESPORTIVO BRASILEIRO

* O jornalismo esportivo brasileiro está como um rio seco, por ter baixado o seu nível.

Não bastassem os vários programas de humor que tomaram conta das telinhas, a moda atual é o da troca de farpas entre comentaristas dos jogos, com palavras agressivas chegando quase às vias de fato.

A FOX-Sports é a empresa que tem os maiores problemas entre os seus jornalistas.

Já assistimos um debate que só faltou tapas entre Renato Mauricio Prado e Fabio Sormani, que culminou com a saída do primeiro.

Um outro entre Edmundo e Paulo Vinicius Coelho em dois jogos em que estavam trabalhando, mas o que aconteceu nessa última semana foi ridículo, envolvendo o mesmo Fabio Sormani e o jornalista Felipe Fancini, que chegou perto das vias de fato.

Tudo isso por conta de um debate sobre as seleções do Circo e da Itália do ano de 1982.

Sormani afirmou que a do Brasil era melhor, e o meio de campo da Azurra era muito fraco, e Fancini defendendo-a.

A coisa degringolou, obrigando ao mediador do programa Benjamin Back dar um grito de basta, mandando cortar o áudio de ambos, que não pararam e quando já estavam bem perto de uma agressão física, quando esse mediador levantou-se e ficou entre eles.

Tudo isso sendo transmitido pela televisão.

Que tipo de jornalismo é esse? A resposta é simples: é aquele que está destruindo o nosso futebol.

Lamentável.

NOTA 3- A MARÉ DE WALTER NÃO ESTÁ PARA PEIXE

* Walter tinha futebol para ser um dos melhores atacantes do país.

O conhecemos desde um campeonato Infanto/Juvenil realizado pela Federação local, quando esse foi o seu artilheiro com 35 gols. Não jogou por nenhum clube local, e por conta dessa competição um olheiro o levou para o Internacional.

Não teve uma boa formação como atleta. O seu problema com o peso fez parte de sua vida futebolística, e com o agravante de não cuidar-se.

No final  semana a Federação Alagoana recebeu um comunicado oficial do Circo do Futebol sobre o seu exame antidoping na partida contra o Vila Nova, na última terça-feira. O atacante foi pego no exame por uma substância encontrada em remédios para emagrecer.

O jogador não esconde de ninguém sua luta contra o sobrepeso e havia prometido emagrecer para melhorar suas apresentações com a camisa do time alagoano. 

Walter ainda treina afastado do elenco após uma outra polêmica recente quando foi acusado de ter supostamente ameaçado um funcionário da Eletrobrás com uma arma de brinquedo.

O jogador alegou que tudo não passou de um mal entendido e que só estava brincando.

A maré de Walter não está para peixe.

Tinha tudo para consagrar-se, inclusive em Portugal, mas jogou fora.

NOTA 4- UMA RODADA QUE PREMIOU O PALMEIRAS

* Faltando ainda dois jogos para finalizar a 26ª rodada da Série A, com oito jogos já realizados, o Palmeiras foi o mais favorecido pelos resultados, e com a vitória por 1x0 contra o Sport, pulou para a vice-liderança com 50 pontos, um a menos que o líder São Paulo.

O tricolor do Morumbi empatou com o América-MG pelo placar de 1x1, manteve-se na liderança, mas bem apertada.

O Internacional que era o vice-líder, empatou com o Corinthians em 1x1, com ajuda do apito amigo que validou o gol de Leandro Damião, que estava impedido com mais quatro jogadores do seu time.

Foi um jogo equilibrado nos dois tempos. O placar poderia ser justo se não fosse o gol ilegal do Colorado.

O Grêmio que faz parte dos cinco postulantes ao vencer o Ceará ficou mais perto do G4 com 47 pontos.

Por sua vez o Flamengo de forma sofrida obteve uma vitória de 2x1 contra o Galo Mineiro. A atuação do rubro-negro não foi um primor, mas a vitória serviu para diminuir a distância para os lideres.

O cenário mais uma vez se repetiu, com o time da Gávea sofrendo e vencendo, e contando ainda com a trave que o salvou na ultima bola antes do apito final.

Nos demais jogos, o Botafogo em um jogo de sete gols, derrotou o Vitória por 4x3, deixando para longe a zona da degola, que aos poucos está sendo afunilada.

Em Coritiba, o time do Atlético-PR enterrou de forma definitiva o Paraná, aplicando-lhe uma goleada de 3x0.

Com essa vitória ficou mais distante da Caetana.

Um bom jogo de dois tempos, terminou com a virada do Cruzeiro contra o Santos fazendo o resultado em 2x1.

Na verdade o premiado foi o time alviverde de São Paulo, que está no caminho de ser o tríplice coroado da temporada, embora tenha um tarefa difícil pela Copa do Brasil, para tirar no Mineirão a vantagem de 1x0 do Cruzeiro. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MAIS UMA NOITE DURA PARA O LEÃO

* Apesar de todos os esforços de Eduardo Baptista, técnico do Sport, ao afirmar durante a semana que o seu time iria derrotar o misto do Palmeiras, as dificuldades são grandes para que isso aconteça.

Essa equipe alternativa do alviverde de São Paulo é melhor do que muitos times que estão disputando o Brasileirinho, e tem obtido resultados positivos, e é bem melhor do que seu adversário de hoje. 

O rubro-negro da Ilha do Retiro é o 19ª colocação, com 24 pontos, 6 vitórias, 5 empates e 13 derrotas, 32% de aproveitamento.

O Palmeiras é o 3º na tabela de classificação, com 47 pontos, com 13 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, aproveitamento de 67%. Como mandante o Sport tem um aproveitamento de 47,2%, enquanto o alviverde como visitante tem 46,15%.

No returno o rubro-negro somou apenas 4 pontos, 22,2%, enquanto o Palmeiras conquistou 14, com 77,78% de aproveitamento.

Nas últimas 10 rodadas., a equipe pernambucana obteve apenas 5 pontos (16,67%), enquanto a paulista somou 24 (80%).

O Palmeiras muitas vezes jogou com esse chamado time alternativo, e conseguiu bons resultados, Está invicto por 10 jogos, e o Sport está com três rodadas sem vitória.

Contra os números não existem argumentos, e a equipe do Parque Antarctica é favorita a conseguir mais uma vitória.

NOTA 2- A RELAÇÃO DO DESEMPENHO ESPORTIVO E O DESEMPENHO FINANCEIRO

* O trabalho do Itaú BBA sobre as finanças do clube no ano de 2017, nos mostrou algo bem interessante, ou seja o desempenho esportivo e a sua relação com o desempenho financeiro.

Segundo os analistas da entidade financeira, no campeonato mais longo o planejamento e equilíbrio financeiro fazem alguma diferença, e cita que dos seis primeiros colocados no final do primeiro turno, os três mais equilibrados (Flamengo, Palmeiras e Grêmio) estavam entre eles, e o líder era um clube próximo ao equilíbrio (São Paulo).

O vice líder, Internacional está na cota do imprevisível, mostrando que alguma organização e sorte na montagem do elenco acabam dando resultado.

Por outro lado nos torneios eliminatórios fica caracterizado que os mais equilibrados avançaram, como na Libertadores e Copa do Brasil, com exceção do Corinthians nessa última, que hoje é um time com problemas financeiros e desequilibrado.

O Itaú-BBA destacou o obvio, desde que a relação das finanças dos clubes e os seus desempenhos esportivos são peças gêmeas, e isso observamos há muito tempo.

NOTA 3- O PRIMEIRO DOS QUINTOS TROPEÇOU

* O São Paulo que é um dos cinco clubes que disputam o título do Brasileirinho, tropeçou no seu jogo contra o América-MG, perante 47 mil pagantes que lotaram o Morumbi na tarde de ontem, ao empatar por 1x1, e deixou a porta aberta para o Internacional assumir a liderança na tarde de hoje.

O tricolor paulistano vem sofrendo com problemas de desfalques, mas na verdade está perdendo o gosto de ganhar como no seu começo da competição.

Nos últimos cinco jogos, conseguiu apenas 1 vitória, e desde o dia 19 de agosto não faz mais de um gol por partida.

O primeiro tempo foi amarrado por conta da retranca do Coelho, com apenas duas chances de gol, Diego Souza abriu o placar aos 46 minutos dessa fase. O goleiro Sidão não sujou sequer as luvas.

Essa fase foi ruim e com pouca qualidade.

Na segunda etapa, o América-MG atrás do marcador por conta de três mudanças feitas pelo técnico Adilson Batista melhorou, tornou-se mais ofensivo.

Os primeiros 15 minutos foram do São Paulo, inclusive com chances de dilatar o placar, mas foi castigado com o empate aos 36 minutos. Após o empate o Coelho esteve mais perto do segundo gol.

No final foram ouvidas 47 mil vaias dos torcedores que protestaram por conta do resultado.

NOTA 4- CARA NOVA NO G4 DA SÉRIE B

* Os resultados de ontem dos jogos da Série B foram favoráveis ao Fortaleza, que aumentou a diferença para o segundo colocado, que agora é de 5 pontos.

A novidade é o retorno do Avaí ao G4 após uma vitória sofrida frente ao time do Sampaio Correa, de virada por 3x1, com todos os gols conquistados no segundo tempo. A equipe maranhense cada vez está mais perto da degola.

Com isso assumiu a quarta posição, com um ponto a mais do que o do quinto, o Guarani que derrotou o CSA por 1x0,  e entrou na luta pelo acesso. Esse jogo foi muito bom de ser assistido.

Na última sexta-feira o tricolor do Pici após quatro jogos sem vitória, derrotou o Vila Nova por 2x0, e ficou bem próximo do acesso.

A luta pelo acesso continua tendo a participação de sete clubes, o que torna essa competição com um futebol muito competitivo, e com bons jogos.

NOTA 5- O FANTASMA FECHOU O ANO COM O TÍTULO DA SÉRIE C

* O Operário Ferroviário de Ponta Grossa após empatar o primeiro jogo da final da Série C, derrotou o Cuiabá  por 1x0, e conquistou a terceira divisão do Campeonato Brasileiro.

Nada mais justo pela campanha brilhante do time paranaense.

O gol da vitória do Fantasma foi marcado aos 10 minutos do segundo tempo.

Um exemplo de um clube que chegou ao fundo do poço, e com uma boa gestão em três anos saltou da Série D, onde foi campeão, para a Serie B Nacional.

Com uma pequena receita, mas com uma boa gestão o time de Ponta Grossa mostrou que uma boa estrutura, com bons gestores um clube pode evoluir, seja ele da capital, como do interior.

Escrito por José Joaquim

O jornalista Pedro Lopes, do Portal UOL, mais uma vez levantou um assunto que passou despercebido junto aos seus colegas do Sudeste, e que merece uma boa analise.

O técnico Tite na última sexta-feira apresentou para a imprensa a lista dos jogadores convocados para a seleção do Circo, visando os dois amistosos mequetrefes que serão realizados em outubro.

No meio da relação apareceu o nome do volante Walace, ex-Grêmio e hoje no time do Hannover, da Alemanha. O fato mais relevante dessa coletiva, foi o silêncio dos jornalistas que estavam presentes, talvez encantados com o encantador de serpente.

Não houve nenhum questionamento.

Na realidade o currículo do atleta no futebol alemão não tem nada que possa ser comemorado. Esse encontrou vários obstáculos para estabelecer uma sequência de jogos desde que deixou o Grêmio, no começo do ano passado, e disputou apenas quatro partidas nos últimos seis meses.

Na temporada de 2017/2018, com a camisa do Hamburgo jogou pela última vez no dia 10 de março. No dia 20, depois de se recusar a atuar como zagueiro e não acompanhar o time que lutava contra o rebaixamento, foi rebaixado para o time B. Depois transferiu-se para o Hannover.

Na primeira temporada na Alemanha, jogada pela metade, foram 11 partidas. Na segunda 19, culminando na questão disciplinar. Jogou quatro partidas como titular pelo seu novo clube na temporada de 2018/2019.

Apesar disso Tite o achou relacionando-o na sua famosa lista, afirmando que Walace está vivendo um bom, momento, mas como sentiu a pisada na bola, referenciou a sua performance no Grêmio, que na verdade foi excelente, mas isso aconteceu em 2016 e inicio de 2017. A sua performance atual é muito fraca, e não merecia uma convocação. Ou Tite está perdido no espaço, ou quem indicou o atleta deu-lhe um drible da vaca.

Isso é um caso tão estranho, tal como um sapotizeiro brotando uma jabuticaba. De uma coisa temos a certeza de que o valor do mercado de Walace dobrou.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Nos bons tempos da escola brasileira, os alunos estudavam a história do Brasil, iniciando-se com a época da sua descoberta e colonização, quando os professores que ganhavam bem e respeitados ensinavam o sistema implantado em 1534 pelo rei de Portugal, D.João III, que dividiu o nosso território em Capitanias Hereditárias.

O sistema foi imposto para garantir a unidade do território nacional, que estava sempre ameaçado de invasões por corsários estrangeiros, principalmente os franceses, obrigando, assim, a coroa portuguesa a adotar uma política de ocupação, dividindo a colônia em Capitanias, que foram chamadas de hereditárias, desde que aqueles que as recebiam eram os seus ¨donatários¨, não poderiam vender as terras, mas repassa-las para os seus descendentes.

Esse introito é para mostrar que o futebol brasileiro recebeu essa influência e, na verdade tornou-se uma Capitania Hereditária em seus conceitos.

Os clubes não tem a menor transparência e só o seu Capitão-Mor tem o conhecimento real de sua situação. Não existe prestação de contas aos associados.

São entidades que na sua maioria são sempre dirigidas por pessoas do mesmo grupo e com um comando feudal. São gestões fechadas, portas blindadas, posto que dificilmente o Capitão do momento não aceita ouvir ideias dos outros que não sejam de sua mesa na casa colonial.

Os casos mais estranhos estão bem embutidos na Confederação e Federações, com um continuísmo exacerbado, que demanda dezenas de anos por causa dos seus sistemas eleitorais.

Os dirigentes são verdadeiros donatários de uma Capitania, que não prestam contas do que fazem e aqueles que poderiam modificar o sistema, por necessidade, sucumbem.

Quando passamos para as sucessões dos nossos clubes, os nomes que aparecem na maioria absoluta são os mesmos integrados ao sistema feudal, demonstrando que nessas capitanias não surgiu um novo habitante que possa trazer a sua colaboração, para torna-las como participantes de uma época  mais moderna.

Se alguém apresenta ideias novas, o Capitão-Mor manda expulsa-lo de suas terras, sob as armas de seus soldados.

Enquanto o medievo domina, dezenas  de clubes sofrem.

O nosso futebol vive de ilusões que são vendidas pelos ilusionistas, que não observam a sua decadência com os clubes endividados, sem projetos a longo prazo, e o maior exemplo dessa queda é formado pelo conjunto das diversas competições que são realizadas, sem a menor produtividade.

Enquanto isso o Capitão-Mor fica na varanda do seu sobrado colonial observando de longe os seus vassalos, como numa autêntica época do medievo, enquanto aquele que já foi o melhor futebol do mundo definha.

Na realidade esses donatários tem que entender que existem pessoas que pensam, e que já saíram do feudalismo há muitos anos, mas que encontram as muralhas guarnecidas por armas nas Capitanias, proibindo qualquer tentativa de ingresso de um novo pensamento.

Na verdade,  os que vivem nas Capitanias se acovardaram com receio do seu comandante maior.

São coisas do futebol brasileiro.