blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A DERROTA DE UM TIME QUASE REBAIXADO 

* O Sport além da derrota frente ao Corinthians por 2x1, foi o maior perdedor dessa rodada, por conta das vitórias do Ceará, Botafogo e Atlético-PR que se distanciaram da zona da degola.

O mais grave é que o rubro-negro completou a sua 13ª derrota, faltando apenas mais quatro nas  13 rodadas que faltam para o final do campeonato, para consolidar o seu rebaixamento.

O resultado do jogo de ontem foi um verdadeiro empurrão para as mãos da Caetana.

Na realidade o resultado real dessa partida deveria ser 0x0 desde que há muito tempo não assistíamos um jogo com tão pouca qualidade. Um verdadeiro show de horrores, e um bumba meu boi. Os chutões de um lado para o outro dava a impressão de uma pelada de luxo.

O Sport saiu na frente do placar, e cometeu o equivoco de recuar no segundo tempo, quando a sua ¨brilhante¨ defesa resolveu dar a ajuda ao time corintiano, que empatou e virou o jogo sempre pelo lado direito,  com Romero de meio metro, ganhando na cabeça para um zagueiro bem maior.

O time da Ilha do Retiro bem que tentou, mas a sua mediocridade é tão grande que conseguiu ser derrotado por um adversário que está mais para a Série B do que para a maior divisão.

A situação do Sport é grave, em uma UTI respirando por aparelhos, e já no próximo jogo irá enfrentar o Palmeiras, que mesmo com um time misto está invicto há dez rodadas, e com chances da conquista do título.

Na realidade o Velho Leão está pagando os pecados de uma diretoria que vem errando há muito tempo e persistindo no erro.

Só um milagre o salvará da degola. 

Lamentável.  

NOTA 2- NO JOGO DA MATINAL O BOTAFOGO FUGIU DA CAETANA

* Após três derrotas seguidas o Botafogo recorreu ao sal grosso que foi colocado nos corredores do Nilton Santos. Deu certo e espantou as quizilas que estavam soltam nas suas dependências.

O resultado da aplicação do sal foi uma vitória contra o América-MG pelo placar de 1x0 que foi conquistado no primeiro tempo.

O alvinegro carioca fez um bom jogo na primeira etapa, dominando a partida e usando o sistema Infraero levou perigo por seis vezes a defesa adversária. O Coelho dormiu nessa fase por conta do calor sem levar nenhum perigo à meta do time mandante.

No segundo tempo, o América-MG melhorou, teve mais posse de bola mas não conseguiu empatar por conta da defesa do adversário que estava bem plantada no campo.

Uma lambança do zagueiro Messias e do goleiro Saulo do Botafogo, por pouco não aconteceu o gol do empate.

A torcida que tinha desaparecido dos jogos do time de General Severiano voltou, por conta dos ingressos de R$ 10 e R$ 5. Um pouco mais de 22 mil pagantes estiveram no estádio.

Na verdade bilhetes caros para um jogo de futebol no Brasil é algo irreal. O Palmeiras colocou um setor do seu estádio no seu último jogo com ingressos de R$ 400, e só vendeu 25. Ficou um buraco vazio no Allianz Parque.

O Botafogo sentiu o problema baixando os seus preços e deu certo, e a torcida foi importante para a sua vitória.

Futebol bonito não vimos nessa partida, mas pelo menos tivemos uma disputa intensa pela bola, e a utilização da bola aérea, que hoje é a alma do esporte da chuteira no Brasil.

Com a conquista no jogo de ontem, a equipe alvinegra fugiu da Caetana, subindo para 29 pontos, deixando o rival Vasco na zona da degola.

NOTA 3- A SÍNDROME DOS VICE-PRESIDENTES

* Vice-presidente de uma entidade esportiva tem que ser escolhido à dedo, para que não se torne um inimigo do presidente. Na verdade tem que ser de inteira confiança e não uma escolha por conta de apoio politico.

Dos quatro grandes de São Paulo apenas o Corinthians não vive com esse problema.

No Santos a crise é grave, quando o vice-presidente, Orlando Rollo incentivou o pedido de impeachment do presidente José Carlos Perez. Passaram a semana trocando desaforos nas mídias.

De acordo com o jornalista da Espn, Jorge Nicola, Palmeiras e São Paulo também tem a síndrome dos vice-presidentes. 

No alviverde, Mauricio Galliotte tem três dos seus vice-presidentes como inimigos, votando sempre de forma contrária no COF (Conselho de Orientação Fiscal). As contas estão sendo reprovadas. Um desses, Genaro Marino, é o candidato da oposição no próximo pleito.

Já no São Paulo, o presidente Leco e o vice Roberto Natel não se falam. Essa chapa foi um produto de um acordo, que não deu certo.

Fomos vice-presidente do Sport Recife, da Federação Pernambucana de Futebol e da Confederação Brasileira de Basquetebol, e saímos de forma tranquila e elogiado pelos serviços prestados.

Esse é um cargo importante e jamais deverá ser escolhido através de conchavos.

NOTA 4- GRÊMIO ALCANÇA FLAMENGO E PALMEIRAS EM EQULÍBRIO FINANCEIRO

* Depois de um ano de bons resultados, o Grêmio conseguiu entrar para o seleto grupo do futebol brasileiro.

A conclusão é de um relatório inédito do Itaú BBA de analise econômica do futebol brasileiro.

Em 2017, o time gaúcho obteve uma receita de R$ 329 milhões. O resultado o colocou à altura dos sólidos Flamengo e Palmeiras, com balanços de R$ 595 milhões e R$ 504 milhões respectivamente. 

Ainda segundo o estudo, houve um aumento de 17% nas receitas totais dos 26 principais clubes brasileiros no ano passado que somaram 4,9 bi.

Cerca de 42% vieram das cotas da TV e 16% da venda de jogadores, as duas principais fontes.

* Dados do Blog de Lauro Jardim

NOTA 5- NEM SEMPRE QUEM GASTA MAIS CONSEGUE O TÍTULO

* Um interessante estudo da BDO-Consultoria mostra que gastar muito não é sinal de um título.

As colocações na tabela da classificação final do Brasileirinho de 2017, comparando-as com os custos dos oito melhores, ficou bem claro que muitas vezes os maiores investimentos não produzem bons resultados.

O caso mais emblemático foi da Chapecoense, que foi a 18ª colocada no ranking das despesas no futebol, e terminou a competição em 8º lugar.

O São Paulo foi o time que mais investiu, e terminou em 13º lugar.

O Ranking fechou da seguinte forma:

Campeão- Corinthians- 4º colocado no item custos,

2º-Palmeiras- 3º nos custos,

3º- Santos- 3º nos custos,

4º- Grêmio- 5º nos custos,

5º- Cruzeiro- 7º nos custos,

6º- Flamengo- 2º nos custos,

7º- Vasco- 10º nos custos e,

8º- Chapecoense- 18º nos custos.

Na verdade nem tudo que reluz é ouro, e que para se obter sucesso existe além do dinheiro uma boa gestão.

NOTA 6- MUITOS JOGOS E POUCO FUTEBOL

* Os jogos da tarde do domingo, com exceção do encontro entre Atlético-PR e Fluminense, os demais foram insossos, e sem o menor gosto para os torcedores.

A partida da Arena da Baixada foi bem movimentada, e mais uma vez o Furacão fez valer o mando de campo vencendo pelo placar de 3x1, completando a sétima vitória como mandante.

Com os três pontos conquistados o rubro-negro paranaense saltou para 11ª colocação com 30 pontos, cinco a mais do que o Vasco o primeiro da zona da degola.

No Mineirão ocioso, o time reserva do Cruzeiro empatou em 0x0 com o rival Atlético-MG. Os goleiros não sujaram as luvas. Uma partida fraca que deveria ter devolvido o dinheiro pago pelos torcedores.

Na Fonte Nova, o Palmeiras mostrou mais uma vez que tem dois times de excelente qualidade para enfrentar as três competições ao mesmo tempo.

No seu jogo contra o Bahia, saiu atrás do marcador, conseguiu empatar e no segundo tempo teve chances de ganhar. O alviverde completou 10 partidas sem derrota.  

Finalmente o clássico que era muito esperado, entre o Santos e São Paulo, e o resultado de 0x0 deixou bem claro o que aconteceu.

Em 98 minutos de jogo a única chance de gol foi para o time santista, quando o atacante Rodrygo cara a cara com Sidão. goleiro do tricolor do Morumbi e chutou por fora.

Um jogo truncado com trocas de passes no meio do campo, sem nenhum perigo para as duas metas.

Uma rodada com nove jogos, e com apenas 16 gols, 1,7 por jogo.

O mais alegre com os resultados da rodada foi o Ceará, que depois de 24 jogos conseguiu sair da zona do rebaixamento, graças ao milagre de São Lisca. 

Escrito por José Joaquim

A economia de uma sociedade está acoplada a dois importantes itens: a demanda e a oferta, e isso também acontece com o futebol.

Já postamos vários artigos sobre esse item, e a cada ano que se passa o perigo de uma demanda saturada fica mais acentuado.

A demanda representa aquilo que um consumidor almeja adquirir em um necessário espaço de tempo e, ao fazê-lo fica caracterizado como consumo. Esse é influenciado por fatores com a relação entre o preço do bem e seus substitutos, a real relação entre o preço e o poder de compra do consumidor, e a qualidade do produto ofertado.

Quanto a oferta, essa representa a quantidade de bens e serviços que os seus produtores desejam vender em determinados espaços de tempo. São diversas as variáveis para a oferta, como a quantidade ofertada de bens, o seu preço, a qualidade desses e dos serviços prestados.

O futebol não pode fugir dessa regra, e necessita ter uma boa apresentação, para que os clubes demostrem a sua capacidade de demanda.

O esporte em nosso país vive no tempo da caderneta, quando o dono da venda anotava as compras dos clientes, e recebia o dinheiro no final de semana.

Falta as nossas agremiações um setor de planejamento para que possa trabalhar com aquilo que lhe é apresentado como demanda.

No Brasil há centenas de clubes profissionais, mas na verdade o número tem uma grande redução quando se analisa o potencial de cada um. Alguns sequer possuem seguidores, vivem de brincar de futebol.

Muitas vezes o entusiasmo de que uma cidade tem um potencial de torcedores estimados em milhões, mas nessa existem três ou quatro clubes, sendo fatiada como uma pizza, reduzindo o poder de cada um em suas negociações.

Hoje já encontramos regiões com excesso de oferta e uma demanda saturada, que ocasiona a queda na potencialidade dos clubes, acarretando dificuldades para o atendimento de suas necessidades.

O crescimento do torcedor de futebol foi lento nos últimos anos, e muitos clubes estagnaram nesse segmento, dando origem as suas decadências e até extinções.

Pensar em fusão no Brasil é como pensar em crime. Pensar em Sociedade Anônima Desportiva (SAD) é pura pornografia, e embora tenhamos a convicção que são soluções adequadas, mas as paixões e o medo da cartolagem de perder o poder, não permitem que isso aconteça, e os torcedores preferem ver os seus times em fase de declínio a fundir-se com um adversário, ou que os acionistas tenham poder nas decisões.

Como nem a fusão, nem a adoção de uma SAD serão implantadas, a importância do planejamento é fundamental, para que o trabalho possa ser feito para atender uma demanda já demonstrada, e que dará o potencial do consumo dos torcedores, mas sem esperar uma grande evolução por essa já está saturada.

Se o Circo que comanda o futebol brasileiro fosse uma entidade séria, que se importasse com o futebol nacional, certamente já teria realizado um diagnóstico da demanda de cada região, para que pudesse ser criada uma politica para registro de novos clubes, proibindo em alguns estados, e incentivando em outros, que tem demanda mas não são contemplados com uma boa oferta.

Futebol hoje é para profissionais e não para amadores, cuja alegria é de viverem com o pires nas mãos.

A economia não pode ser separada dos esportes.

Escrito por José Joaquim

Por Rodrigo R. Monteiro de Castro do site Migalhas

A insistência com que se trata nesta coluna, da crise estrutural do futebol brasileiro é motivada pelos evidentes e recorrentes sinais internos e externos de deterioração do ambiente. Não bastasse o desperdício de atividade econômica única, pujante e universal, ainda se joga pelo ralo a possibilidade de sua utilização como instrumento de desenvolvimento social.

No plano interno, algumas pessoas ganham, eventualmente muito, com essa situação, oferecem toda sorte de obstáculos para evitar o surgimento de um novo marco regulatório do futebol.

Aliás, o modelo vigente, construído por pilares que deixaram de cumprir função de sustentação serve, paradoxalmente, para manutenção do status quo.

O dogma maior é o sistema tributário. Não que seja algo simples, pois não é. A passagem do modelo associativo para o de mercado tem consequências relevantes que somente se compensam enquanto o Projeto do SAF não se tornar lei, pela organização de uma empresa econômica futebolística eficiente e competitiva.

Esses requisitos, porém, deveriam estimular e não obstaculizar o processo. A potencialidade, aliás, é comprovada pelo sucesso organizacional do futebol europeu, que superou o mesmo dilema, e se posicionou como o principal- e talvez único- mercado realmente relevante do planeta.

No plano externo, as evidências de que a nova ordem empurra o Brasil para a mais distantes periferia são inequívocas.

O Movimento se iniciou com a ruptura de um modelo clientelista e a compreensão de que além do jogo, o futebol é um negócio global.

Daí a concepção e a adoção de mecanismos de financiamento da empresa, que viabilizam inicialmente a importação de jogadores formados e, na sequência a importação em massa de jogadores de formação.

Esse modelo reforça a desigualdade que se revela nos confrontos entre clubes ou seleções. Esta solução, no entanto, decorre menos da localização geográfica e da instabilidade das moedas ou governos locais, do que da ineficiência mantida e defendida pelos donos ocultos do futebol.

O propósito, nos dias atuais, está muito claro: países como o Brasil devem fornecer matérias primas para o desenvolvimento europeu.

Nada muito diferente do que se passa desde as invasões e conquistas ibéricas, como ensina Eduardo Galeano: ¨Os metais arrebatados nos domínios coloniais estimularam o desenvolvimento europeu e até se pode dizer que o tornaram possível¨.

Não bastasse a redução dos times brasileiros a exportadores de matéria-prima, pretende-se ademais, aniquilar o símbolo cambaleante de resistência, uma espécie de Palmares, abalada pelas interferências dos mesmos donos ocultos do futebol: a seleção.

O instrumento é a Liga das Nações da UEFA, que servirá para isolar ainda mais a periferia do centro mundial do futebol, e reduzir as seleções sul-americanas apenas a indesejadas, porém necessárias coadjuvantes.

Portanto, o problema passou a ser também da CBF, e não apenas dos clubes. Seus dirigentes tem a oportunidade de impor um novo modelo e reconquistar o prestigio perdido, ou ficarão marcados na história com os algozes do futebol brasileiro.

O autor é presidente do MDA. Professor de Direito Comercial da Mackenzie. Doutor em Direito Comercial pela PUC

NOTA DO BLOG-

Fizemos questão de publicar esse excelente artigo, para o debate entre nossos visitantes, por conta da qualidade do seu conteúdo e que nos obriga a pensar, em um país com raros pensadores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA NOITE DE SOFRÊNCIA

* O encontro de hoje à noite na Arena Corinthians é sem duvida algo que faz parte do surreal do nosso futebol, entre dois times que não gostam de furar as redes adversárias.

Corinthians e Sport hoje são irmãos gêmeos no sofrimento.

O saldo de gols dos dois clubes é o maior exemplo do futebol que esses apresentam. O alvinegro balançou as redes adversárias por 25 vezes, com 21 contra, com um saldo de 4 gols, enquanto o rubro- negro tem um dos piores ataques da competição com apenas 20 gols, e a segunda pior defesa, ganhando por um gol do Vitoria. A sua meta foi furada por 36 vezes, o que representa 0,83 por jogo.

O Corinthians é o 10º colocado com 30 pontos, 8 vitórias, 6 empates e 10 derrotas, aproveitamento de 42%. Enquanto isso, o Sport está na zona da degola (19º), com 24 pontos, 6 vitórias, 6 empates e 12 derrotas, aproveitamento de 33%. 

Nos últimos cinco jogos, que representam o returno, as duas equipes tiveram a mesma pontuação, com 4 pontos (26,6%). O alvinegro teve 5 gols favoráveis e 3 contra, enquanto o rubro-negro levou 6 e conseguiu apenas 1.

Como visitante o Sport tem um fraco aproveitamento, com 19,44%, e o Corinthians como mandante tem 63,89. Dos trinta pontos conquistados, 23 foram na sua Arena.

Os dois times são tão fracos que fica difícil de apontar um favorito, mas como a equipe alvinegra joga em casa, e apesar de não ter um ataque positivo deverá ganhar, por conta do adversário que detesta vencer, e tem a síndrome do ressuscitador.

NOTA 2- VANGUARDA DO ATRASO

* O presidente do Santa Cruz tem saudades do Todos com a Nota, programa governamental que financiava os clubes de nosso estado, e que morreu de inanição.

O início foi bom para trazer de volta o torcedor aos estádios, mas no decorrer do caminho que era trilhado foi perdendo as forças, com públicos fantasmas que não representavam a realidade.

Dinheiro desperdiçado.

Os dirigentes dos clubes não entenderam que o sistema era algo bem passageiro e não se prepararam para a sua extinção.

Ficaram pendurados nos recursos estatais e esqueceram de planejar a vida de suas agremiações, inclusive na captação de receitas. O programa sócio torcedor deveria ter sido bem incrementado para ocupar os espaços deixados pelo programa.

Esse tornou o futebol local como um parasita em um árvore, que fica sugando-a e ao mesmo tempo a matando.

Quando estávamos na Federação de Futebol chamávamos a atenção do presidente Carlos Alberto para dar um fim ao sistema estatal que estava tomando conta do futebol local, e que iria dizima-lo.

Acertamos no alvo. 

Os clubes não buscaram novas alternativas para quando esse fosse encerrado, e até hoje continuam chorando por um defunto que não voltará mais à vida.

O governo bancava o futebol sem o devido retorno.

Com os milhões que foram gastos poderia construir quadras de esportes nas diversas escolas públicas, para fomentar as atividades esportivas, ou então a compra de equipamentos hospitalares para o melhor atendimento da população.

Todos com a Nota foi útil para despertar a torcida, mas tornou-se inútil na sua continuidade.

Que o deixem em paz.

NOTA 3- O CORITIBA E A MORTE ANUNCIADA

* ¨Burro¨! Uhhhh! Fora Samir.

Essas palavras foram gritadas pelos torcedores do Coritiba no Couto Pereira, durante a sua derrota pelo placar de 1x0 em um jogo contra o Londrina, na última sexta-feira, atacando o presidente do clube.

Um time desorganizado, amorfo, sem vontade foi a realidade durante todo o encontro. Apesar de um primeiro tempo morno, o Tubarão foi melhor do que o Coxa, e abriu o marcador aos 46 minutos da fase inicial.

Com 36 pontos o Coritiba se afasta cada vez mais do G4 e do seu retorno à Série A.

O segundo tempo teve as mesmas características do anterior, com o time da casa sem forças para virar o placar.

O torcedor não acredita mais numa virada e o público desse jogo foi o menor entre os demais realizados no Couto Pereira, um pouco mais de 4 mil pagantes.

O problema maior está na gestão do Coxa, que não programou-se após a queda na temporada passada, e cometeu erros graves, como a troca de três técnicos, contratações que não foram assertivas, e quando a vaca ia para o brejo os cartolas não despertaram.

O time não será rebaixado, mas pelo que está apresentando não terá o acesso, e irá vagar mais um ano numa divisão deficitária.

Se o clube tivesse bons pensadores certamente esses teriam sentido que poderia acontecer uma morte anunciada que foi ano a ano sendo consolidada.

Desde o ano de 2014 que o Coritiba namorava com o rebaixamento. Nesse período esteve bem perto da Caetana, o que aconteceu em 2017, quando caiu para a Segunda Divisão. Todos sabiam que a morte iria acontecer, desde que os números confirmavam, mas a sua cartolagem vivia no mundo da fantasia.

Aliás o futebol paranaense está igual ao pernambucano, com times decadentes. O Fantasma foi a exceção, quando obteve o acesso para a Série B e está disputando o titulo da C.

Nada acontece por acaso, e o que estamos assistindo estava previsto nas tábuas dos Deuses do Futebol.

NOTA 4- O ASSASSINATO DO BRASILEIRO

* O Circo que comanda o futebol brasileiro é igual a um pai que mata o o seu próprio filho.

Está conseguindo a cada ano tirar o valor do que seria a sua maior competição, quando distribui recursos altos para a Copa do Brasil e baixos para essa.

Essa Copa que foi modificada por encomenda para ajudar os que eles chamam de grandes, apesar das controvérsias, o campeão receberá R$ 50 milhões, para os times que entrarem nas oitavas de final.

A situação é tão estúpida que em apenas oito jogos o campeão levará essa bolada, que representa R$ 6,25 milhões por jogo. Dá uma vaga para a Libertadores de forma mais fácil com um curto percurso.

Enquanto isso, no antigo Brasileirão que está se transformando em Brasileirinho, o campeão terá que jogar 38 partidas para receber R$ 18 milhões, ou seja R$ 473,6 mil por cada partida.

Dez meses para atingir o objetivo, quando na Copa do Brasil em apenas oito jogos o time que conquistar o título embolsa quase três vezes mais em recursos.

O resultado dessa insanidade são os diversos times  alternativos nos gramados, e clubes como Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro abandonando o que deveria ser o maior evento da temporada.

O antigo Brasileirão foi assassinado por seu criador, sob às vistas de uma cartolagem inoperante.

NOTA 5- CORDA DE GUAIAMUM

* A luta pelo G4 na Série B é igual a uma corda de guaiamum. Toda a rodada um dos membros cai na panela.

Depois da vitória do Goiás contra o rival Atlético-GO por 2x1, o Vila Nova caiu para a 5ª posição com a mesma pontuação do 4º colocado.

Na última sexta-feira o Fortaleza completou a quarta partida sem vitória ao ser derrotado pelo Sampaio Correa eterno morador da zona da degola.

O time cearense continua na liderança mas as gorduras acumuladas foram queimadas. Tinha uma distância para o 5º colocado de dez pontos, depois de sua queda no returno essa é de apenas quatro. Dista de um ponto do 2º colocado (CSA) e dois para os que estão na 3º e 4º posições (Goiás e Atlético-GO).

O melhor jogo da rodada foi o da vitória do Criciúma contra o Avaí por 3x2. Bem movimentado, e com intensidade até o seu final.

O tricolor da terra do carvão passou 13 rodadas na zona da degola, e completou três vitórias seguidas que o levaram para a 12ª colocação com 35 pontos.

A corda de guaiamum também balançou na zona do inferno, que é administrada pela Caetana, com a saída do Brasil de Pelotas após a vitória de 1x0 sobre o CRB, levando o time alagoano para o seu lugar na 17ª colocação.

Faltando apenas 11 rodadas para o seu término a Série B Nacional promete muitas emoções, com a luz amarela piscando no Pici.

NOTA 6- O CEARÁ DORMIU ONTEM LONGE DA CAETANA

* A 25ª rodada do Brasileirinho foi iniciada na tarde/noite de ontem com a realização de três jogos.

Em Fortaleza com o Castelão lotado, o Ceará conseguiu uma vitória de seis pontos ao derrotar o Vitória-BA por 2x0. O placar foi justo, embora o jogo tenha sido fraco na sua qualidade, mas o alvinegro cearense foi bem melhor e teve o domínio da partida.

Por conta desse resultado depois de um longo tempo, esse dormiu fora da zona da degola, embora ainda dependa dos resultados de hoje.

No outro jogo da tarde, o Grêmio com um time de reservas venceu o rebaixado Paraná por 2x0 que colocou um ônibus biarticulado à frente de sua defesa, conseguindo um 0x0 no primeiro tempo. Os dois gols gremistas aconteceram na segunda etapa. Jogo ruim, sem a menor emoção.

No período da noite,  o Flamengo mesmo sem ganhar o jogo contra o Vasco, mostrou a sua demanda de fora do Rio de Janeiro, ao lotar o Mané Garrincha com mais de 54 mil torcedores, com 90% de participação.

Tecnicamente o encontro foi de qualidade duvidosa, mas para quem gosta de futebol foi cheio de emoções com os dois clubes jogando com intensidade. O time cruzmaltino surpreendeu o rubro-negro no primeiro tempo. Dominou um bom período, abriu o placar, e jogou de igual para igual com o adversário e poderia ter saído com um melhor resultado.

Foi um excelente primeiro tempo para os dois clubes. Na segunda fase o seu preparo físico desapareceu abrindo espaços para o Flamengo que teve chances de empatar, só conseguindo o seu intento com um gol contra. 

Aos 12 minutos uma confusão entre jogadores terminou com a expulsão de Diego por ofensa ao árbitro. O Vasco perdeu o seu melhor jogador, o destaque da partida, o meio campista Raul, de apenas 21 anos por lesão.

O time da Colina tinha um homem a mais, mas parecia que o rubro-negro da Gávea estava com doze.

Em um lance ocasional Luiz Gustavo, zagueiro vascaíno deu uma trombada em Bruno Silva também do seu time, que teve que ser levado pela ambulância por conta da gravidade do choque, e o grotesco aconteceu quando esse veículo terminou sendo empurrado pelos jogadores.

Os minutos finais foram do Flamengo, mas o placar terminou em 1x1, de forma justa pelo que ambos jogaram.

Um bom jogo de futebol, com um estádio lotado, e o Vasco sendo a surpresa do embalo do sábado à noite. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DEPENDÊNCIA BIVARIANA

* O jornalista Claudemir Gomes publicou na última quinta-feira em seu blog, um artigo da maior qualidade sobre a sucessão do Sport com o titulo de ¨Dependência Bivariana¨, em que analisa as últimas três décadas do Velho Leão, sob a liderança de Luciano Bivar.

Não vamos publica-lo, e sim solicitar dos nossos amigos visitantes que o acessem, e leiam algo bem interessante sobre a vida do clube.

Na realidade o Sport está pagando por não produzir novas lideranças para que possam assumir o seu comando.

Dirigentes são formados vivenciando-o, mas o atual sistema afastou qualquer iniciativa para tal.

A renovação aconteceu com João Martorelli e Arnaldo Barros, mas foi equivocada, já que ambos não tinham o conhecimento do que é um clube do porte do rubro-negro da Ilha do Retiro, principalmente essa última que perdeu-se no horizonte.

Um dirigente tem que sair de uma escola de formação dentro do clube, começando com cargos menores, e aos poucos subindo os degraus com chances de chegar ao patamar mais alto, e sem saltar de paraquedas, ou chegando à sua sede com GPS. 

O rubro-negro teve um projeto como esse por quatro anos, quando um grupo que crescia ano a ano participava de sua vida diária.

A ideia era que de dois em dois anos um dos seus membros seria o presidente. Infelizmente no seu quarto ano o trem saiu dos trilhos, e o processo foi quebrado. 

Quando a situação se agrava em especial financeiramente, Luciano é o nome lembrado e todos correm para o beija-mão, desde que esse torna-se como a última esperança para a salvação do clube. Trata-se de uma dependência, mas que não tem como deixa-la no curto prazo, pois falta uma vida própria ao Leão. 

Não sabemos se Luciano irá aceitar mais uma vez uma dura missão como essa, mas como tem raízes genéticas profundas certamente irá dar o sim ao aceno dado pelo ex-presidente Homero Lacerda em uma entrevista a uma rádio local.

Seja o sim ou o não, a realidade é que o Sport precisa mudar.

NOTA 2- A 25ª RODADA DO BRASILEIRINHO COMEÇA COM JOGOS DE CLUBES QUE ESTÃO NA LUTA CONTRA A CAETANA

* Quatro clubes que estão na luta contra a foice da Caetana irão abrir a 25ª rodada da Série A, que representa 65,8% do seu total. Essa é o inicio da reta de chegada para os competidores.

Um confronto importante será realizado em Fortaleza envolvendo o Ceará e Vitória. O time cearense vem de duas vitórias e um empate nas três últimas rodadas, mantendo boas atuações desde a chegada do técnico Lisca. Está na 19ª colocação, distando apenas de um ponto do primeiro de fora dessa zona perigosa, a Chapecoense.

A situação do Vitória é mais confortável, desde é o 12º colocado, com 29 pontos, mas com apenas 4 para o 16º.

A semelhança entre os dois times está na mudança de técnicos e os bons resultados. O rubro-negro baiano com Paulo César Carpegiani, vem de três vitórias e um empate. Um jogo que vale 6 pontos para o vencedor.

Em Porto Alegre o Grêmio recebe o lanterna Paraná com um time reserva, mas que tem qualidade para conseguir um bom resultado. O time paranista sonha com um milagre que jamais irá acontecer.

Finalmente no período noturno, longe do esburacado Maracanã, o Vasco como mandante enfrenta o Flamengo no Mané Garrincha.

Apesar da larga diferença na pontuação, a partida tem um tom de dramaticidade, posto que uma derrota vascaína a situação na tabela ficará trágica, enquanto para o rubro-negro da Gávea, um resultado negativo servirá para afasta-lo da briga pelo título, e a demissão do técnico Marcelo Barbiere.

O sábado será bem interessante, e com dois jogos de vida e morte para os disputantes.

NOTA 3- A CARAVANA DA MISÉRIA

* O futebol brasileiro é surreal e ao mesmo tempo masoquista.

Os bons jogadores estão longe, o Maracanã esburacado, a maioria dos estádios vazios, e jogos de péssima qualidade.

A situação real está espelhada nas quatro divisões nacionais, quando entre os 128 times disputantes, apenas 15 tiveram receitas liquidas em seus jogos acima de R$ 1 milhão.

Os camelos estão desfilando pelos estados do país na busca da água para matar a sede. É a Caravana da Miséria.

Entre os de maiores receitas, 12 são da Série A, e apenas três conseguiram ultrapassar a casa dos R$ 10 milhões, Palmeiras, Corinthians e São Paulo. Completam o Ranking, o Internacional, Grêmio, Flamengo, Ceará, Atlético-MG, Cruzeiro, Chapecoense, Bahia e, Sport.

Três clubes tiveram prejuízos, ou seja, pagaram para jogar: América-MG- R$ 677,684,25, Fluminense- R$ 1.326,202,67 e Botafogo- R$ 2.541.055,58.

Os três times que não fazem parte da Série A e que conseguiram ultrapassar a barreira de R$ 1 milhão, foram o Fortaleza e CSA (Série B), e NÁUTICO (Série C).

* Números das estatísticas do site sr. goool.

NOTA 4- O RETURNO E OS TIMES QUE SONHAM COM O TÍTULO

* Embora com a matemática dando chances a seis  clubes na corrida para o título do Brasileirinho, na verdade apenas quatro desses tem um maior percentual para tal.

A média de um campeão desde 2003 é de 76 pontos, a maior pontuação foi a do Corinthians, com 81 em 2015, e a menor foi a do Flamengo em 2009, com 67.

Com esses dados podemos projetar as necessidades de pontos para os disputantes, e o relacionarmos aos conquistados no returno.

O Internacional e São Paulo necessitam 27 pontos entre os 42 que serão disputados, com um aproveitamento de 64,2% nos jogos a serem realizados. Hoje ambos tem 68%.

No returno o Colorado somou 11 pontos (73,3%), bem acima das suas necessidades. O São Paulo conquistou 8 pontos (53,3%), bem abaixo do projetado. Terá que melhorar para alcançar os 64,2%.

O Palmeiras para atingir o ponto mágico de campeão, terá que somar mais 30 pontos (71,4%). No geral o seu percentual é de 63,9%. No returno tem a liderança com 13 pontos (86,66%) muito acima do que precisa para chegar ao photochart à frente.

O seu problema são os times alternativos que estão sendo utilizados por conta de outros eventos, e isso poderá apresentar dificuldades para as suas pretensões.

O outro clube com chance, embora menor do que os três lideres, é o Flamengo que necessita de 32 pontos (76,1%), maior do que o seu aproveitamento atual (61,1%). No returno somou 8 pontos (46,6%), muito abaixo do que necessita.

Grêmio e Atlético-MG que ainda estão cobertos pela matemática, no mundo virtual suas chances são reduzidas. Necessitam de conquistar 35 pontos (83,3%). O aproveitamento geral é de 56,9%, e o returno ajuda a colocar uma pá de terra nessas pretensões.

O tricolor gaúcho nos cinco jogos realizados teve um aproveitamento de 33,3%, e o Galo obteve 8, com 53,3%.

No futebol a lógica prevalece e a disputa nessa reta final será entre três clubes, e se o Palmeiras mantiver a sua performance do returno poderá dar um forte Sprint final, e ultrapassar os concorrentes que são os favoritos, inclusive com menos jogos.

Só resta aguardar com a calculadora nas mãos.

NOTA 5- MEDIDA REVOLUCIONÁRIA

* Quem acompanha o blog já deve ter lido sobre um tema que para nós sempre achamos muito estranho no futebol, quando os clubes pagam comissões aos agentes pelas negociações de atletas.

Em nenhum segmento que tenha um intermediário quem arca com as taxas são os vendedores, no caso desse esporte seriam os clubes ou os próprio atletas.

Na verdade esse processo serve para colocar nos bolsos de alguns cartolas os chamados pixulecos.

Sobre o assunto tomamos conhecimento nas mídias inglesas, que os clubes da Premier League estão unidos na luta contra os crescentes valores pagos a empresários por intermediação de transferências.

Em 2017, o total foi de 250 milhões de euros e por isso que estão a estudar uma medida histórica para o futebol europeu, a de passar para os jogadores a responsabilidade pelo pagamento das comissões aos seus agentes.

O caso de Pogba da Juventus para o Manchester United no verão de 2016 é sintomático. O volante custou 105 milhões de euros, e o empresário Mino Raiola recebeu 45 milhões de euros de comissão. Tudo isso sem chutar uma bola. 

Há tempo que combatemos esse sistema, e somente agora os clubes europeus abriram os olhos. 

Antes tarde do que nunca.