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Escrito por José Joaquim

O Brasil e o seu futebol tem muitas semelhanças. Ambos cresceram como rabo de cavalo, para baixo. O país entrou no mundo global, da internet, dos empreendimentos gigantescos, mas continuou com os mesmos problemas em suas áreas mais importantes, como as da segurança, saúde, educação, e habitação.

Em pleno século XXI encontramos famílias sendo sustentadas por uma Bolsa, quando os seus chefes deveriam ter um emprego. São 14 milhões de analfabetos, fora os milhões de funcionais. Os pacientes ainda morrem nas portas dos hospitais, e os crimes somam milhares de pessoas por ano, enquanto ainda existem milhares de moradores de ruas. A corrupção generalizou-se.

Quando perguntamos qual a causa desse crescimento invertido, a resposta é única: ¨a safra ruim de governantes¨.

No futebol o dinheiro jorrou entre 2012 aos meados de 2014. Os cartolas pensavam que estavam ricos, e fizeram investimentos altos e longes da realidade. De repente uma bolha financeira que foi formada explodiu, os ricos ficaram pobres, e os pobres miseráveis.

Quando pergunta-se quais os motivos que levaram esse esporte a tal situação, a resposta também é muito simples: ¨Uma safra ruim de dirigentes¨.

Nos gramados quando o dinheiro era mais curto tínhamos craques em demasia, dava para compor 10 boas seleções. De repente tudo desapareceu, os bons e habilidosos jogadores entregaram o bastão para os brucutus, e o fundo do poço chegou, dando lugar aos marqueteiros de plantão que criam craques em suas pranchetas.

Quando perguntamos o motivo que ocasionou a morte dos craques, a resposta é a mesma: ¨Uma safra ruim de treinadores¨.

Nas mídias as noticias fazem parte de um contexto da meia verdade. O jornalismo não tem a liberdade de pensar. Quem pensa são os donos dos veículos de comunicação. 

Quando se pergunta a razão desse novo jornalismo, a resposta sempre repete as demais: ¨Uma safra ruim de donos desses veículos, de editores chefes, como também de jornalistas¨.

Vivemos um momento agrícola tanto no Brasil, como no seu futebol. As safras foram fracas, a seca provocou a queda de produção, as pragas invadiram os campos, e sem governantes, dirigentes, técnicos e jornalistas que pudessem resolver os problemas.

Como a safra geral está sendo culpada por essa queda, chegamos a conclusão que a única maneira de sanarmos as mazelas é a de chamarmos um agrônomo para que possa fazer um novo plano de safra, e sobretudo erradicando tudo aquilo que prejudicou a qualidade de nossos produtos. 

Na realidade, nunca tivemos na história do Brasil uma safra de políticos, jornalistas, atletas, técnicos e dirigentes esportivos tão desligados do processo.

Que chamem o agrônomo.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A QUEM INTERESSA DEMONIZAR O VAR? 

* O VAR ainda não foi absorvido pelos que fazem o futebol brasileiro.

Os técnicos, executivos, e em muito especial os atletas, não tiveram um preparo ideal para que pudessem entender o seu funcionamento.

Todos estão com o pensamento de que o sistema abrange tudo, o que não é a realidade. Esse tem fins específicos e pré-determinados.

No jogo entre o Palmeiras e Cruzeiro, vimos de tudo.

Jogador pedindo o VAR para dirimir a duvida de um lateral, um outro após uma expulsão solicitando que esse sistema fosse acionado para observar a movimentação labial. Cenas grotescas.

No caso da anulação do gol do alviverde, o que ouvimos no pós jogo foram críticas sem nexo, de quem desconhece a nova tecnologia que veio garantir a transparência do futebol.

O árbitro com toda a convicção apitou a falta de Edu Dracena contra o goleiro Fábio, antes que a bola fosse chutada ao gol por Antônio Carlos. Isso ficou bem claro no vídeo sonoro que foi divulgado pela ESPN.

Ao apitar, a ação do gol ficou eliminada, e não caberia a solicitação do VAR, desde que era um lance já encerrado.

Alexandre Mattos, Gerente do Palmeiras deu várias declarações contra a arbitragem baseado em algo irreal.

No dia de ontem vimos o vídeo do lance por diversas vezes, e apesar dos apitadores aposentados que estão trabalhando em emissoras de televisão terem afirmado que não aconteceu a falta, continuamos na certeza de que o árbitro acertou.

Se aquele braço em cima do goleiro não for falta, nada mais o será durante os jogos.

Na realidade existem setores que detestam o avanço e gostam que os jogos sejam resolvidos por erros daqueles que os apitam.

Quantos resultados foram modificados durante as competições?

Quantos pênaltis inexistentes foram marcados, e quantos existentes não o foram?

Quem deseja expulsar o VAR tem o único sentido o de continuar com a avacalhação geral do futebol.

Talvez por esperteza esses gostam do atraso. 

NOTA 2- PARA QUE SERVEM OS ESTADUAIS?

* Nos últimos anos os campeonatos estaduais vem minguando. A cada temporada o público vai sumindo.

Ouvimos muitas vezes que esses servem de referência e preparação para os demais eventos, mas a verdade é bem outra, desde que os seus campeões com exceção apenas do CSA, de Alagoas não foram e não estão bem nas divisões que disputaram ou estão disputando.

A manutenção dessa falecida competição serve apenas para atender os desejos das 27 Federações estaduais, que elegem o presidente do Circo.

Procedemos com uma pesquisa dos campeonatos de estados de uma maior expressão futebolística, e essa confirmou que os estaduais não tem a força para que os seus campeões pelo menos tenham uma boa participação nos eventos maiores.

Na Série A, Bahia, Cruzeiro, Botafogo, Corinthians, Grêmio, Ceará, Atlético-PR, não estão bem situados na tabela de classificação, com alguns lutando contra o rebaixamento.

Nas outras divisões, o Figueirense está penando para chegar ao G4 da Série B, mas vem encontrando dificuldades, assim como o Goiás.

Remo, Botafogo-PB, Náutico e ABC não tiveram sucesso na Série C. Todos foram campeões.

Por outro lado, os melhores na tabela de classificação da Série A Nacional, Internacional, São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, não levaram o titulo regional.

Isso comprova que os estaduais não servem para nada, apenas para a manutenção do poder das Federações.

Gastam 18 datas, que poderiam ser utilizadas pelas competições nacionais, inclusive com uma nova divisão, a Série E, que iria abrigar os clubes que estão fora das demais.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 3- O APEQUENAMENTO DO CORINTHIANS

* O Corinthians é o atual campeão brasileiro. Conquistou o titulo com uma diferença gritante para os demais colocados. Obvio que os seus torcedores pensavam que o ano de 2018 seria igual ou melhor.

Com problemas financeiros, sem o patrocínio da Caixa Econômica, o clube sofreu um desmanche em seu elenco, sem reposições.

Está na 10ª colocação na tabela de classificação no Brasileirinho com 30 pontos, 19 a menos do que os somados pelos dois clubes que lideram a competição, e de 6 para o primeiro da zona da degola, o Sport.

Está mais para o inferno do que o paraíso.

Sempre discutimos que o futebol brasileiro iria ser espanholizado, com apenas dois clubes, Flamengo e Corinthians. O rubro-negro na parte financeira e administrativa vai muito bem, mas não alavancou o seu futebol, e o alvinegro desmoronou.

Com as receitas disponíveis a previsão era do distanciamento dos demais clubes, como aconteceu com o Barcelona e Real Madrid na Espanha, mas tal fato não vingou.

Como poderíamos imaginar o clube do Parque São Jorge, em 190 minutos de dois jogos seguidos sob o comando do técnico Jair Ventura, não chutar uma única bola diretamente para as metas dos adversários?  

No seu jogo contra o Flamengo com uma retranca de time pequeno, conseguiu um 0x0 que foi festejado, algo que também não acontecia com esse clube há um bom tempo.

O Corinthians é a resultante de péssimas gestões apaixonadas, e que levaram-no a tal situação, muita embora pela marca que tem e o número grandioso de seguidores, com um bom projeto retornará de forma rápida aos bons momentos, dependendo de uma boa gestão.

No final da historia, a palavra do problema é ¨GESTÃO¨.

NOTA 4- AS RECEITAS DO MANCHESTER CITY

* O Manchester City ingressou no seleto grupo que é composto por clubes com receitas de 500 milhões de libras (R$ 2,72 bilhões) conforme anuncio publicado no seu site. Os números correspondem a temporada 2017/2018. 

O montante representa aumento de 44% nos últimos cinco anos.

O City é o segundo clube na Inglaterra a ultrapassar a barreira de R$ 500 milhões de libras em uma temporada. O primeiro foi o rival Manchester United com 581 milhões de libras (R$ 3,16 bilhões) em 2016/2017.

Além da dupla inglesa, apenas Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique também alcançaram a marca.

Nessa temporada o City teve um lucro de 10 milhões de libras (R$ 54,5 milhões). Em 2016/2017, foi apenas 1 milhão de libras (R$ 5,4 milhões). É o quarto ano com superávit em suas contas.

O futebol europeu está se consolidando, em especial o da Inglaterra, onde todos os clubes da Premier League apresentaram superávit.

NOTA 5- CHAPECOENSE FUGIU DA ZONA DA DEGOLA

* A Chapecoense recebeu o Atlético-PR para a realização de um jogo da 20ª rodada que foi adiado.

Sob muita chuva, um pequeno público por conta de sua performance, derrotou o Furacão de virada pelo placar de 2x1.

Com esse resultado a equipe de Chapecó fugiu da zona da degola, deixando o Vasco em seu lugar. Os gols foram anotados no segundo tempo.

O Atlético-PR saiu na frente, e a Chapecoense virou, com o segundo gol sendo marcado no final da partida.

O que chamamos de futebol não existiu, apenas a vontade dos dois times e em especial do catarinense que conseguiu a vitória por conta da sua disposição que partiu para o tudo ou nada.

A equipe paranaense continua sem conquista uma única vitória como visitante, fato esse que irá fazer falta na classificação final, desde que essa está lutando contra o rebaixamento.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS BASTOS E O SPORT

* Felipe Bastos com Claudinei Oliveira era titular do time do Sport, com a chegada de Eduardo Baptista foi sendo substituído durante os jogos, e depois amargando o banco de reservas.

Enquanto isso, o outro Bastos, o Michel já tinha um histórico com o treinador quando jogava no Palmeiras e não levava a sério as suas preleções, e por conta disso perdeu as possíveis chances de entrar no time.

Na verdade essa foi uma entre as muitas contratações equivocadas realizadas pela diretoria do rubro-negro, desde que o seu currículo de muitas contusões nos últimos anos certamente iriam impedir uma maior participação na competição.

Na semana anterior ambos protagonizaram um vídeo gravado no Centro de Treinamento do clube, em que de forma irônica, afirmavam ¨Vamos trabalhar, que o trabalho dignifica o homem¨.

O estranho é que a diretoria do clube tinha afirmado que o Michel tinha solicitado uma liberação para resolver problemas pessoais, e o vídeo mostra o contrário.

A diretoria do rubro-negro por não ter recursos para a dispensa de ambos, inclusive são emprestados, resolveu mantê-los no elenco, mesmo com o deboche que todos sabem foi dirigido ao presidente que em uma prelação usou esse termo.

Vamos e convenhamos, o Sport vive como um navio à deriva prestes a afundar, e situações como essas só acontecem pela falta de um bom timoneiro.

O Velho Leão está sendo vitima dos erros dos cartolas. 

Uma dia é uma queda, no outro é um coice.

NOTA 2- O ¨ANTIFUTEBOL¨ 

* O antifutebol não é apenas um jogo truncado, violento, com muitas faltas que não permitem a bola rolar.

Esse sistema também existe fora dos gramados, e o maior exemplo veio nos dias que antecederam o jogo entre Flamengo e Corinthians pela Copa do Brasil que foi realizado na noite de ontem.

No lugar da divulgação do evento como incentivo, o que assistimos foi a  publicação de notas de um lado e de outro.

O que mais importava que era o encontro foi esquecido.

A escala de um árbitro por não ser FIFA é irrelevante, desde que esse escudo não representa muita coisa, quando todos são iguais.

Vários apitadores que não tem esse galardão estão realizando boas arbitragens, e muitos que levam o nome FIFA já cometeram várias lambanças. Um empate técnico.

O erro do árbitro Bráulio da Silva Machado no jogo Palmeiras e Flamengo ao não expulsar Felipe Melo por uma entrada violenta em Vinicius Junior não pode servir de pano de fundo para um debate que já chamamos de inócuo. Na verdade não influenciou no resultado.

O futebol brasileiro ainda vive na época da bola de pito, quando os paredros de então intimidavam a arbitragem antes dos jogos. Era comum.

Os procedimentos mudaram, mas os costumes ruins não, e a atitude do Flamengo em reclamar de forma dura a escala desse árbitro para a primeira decisão da Copa do Brasil, foi nada mais, nada menos do que uma intimidação, com a gravidade de estimular a violência junto aos torcedores.

Acompanhamos o futebol nos maiores centros, e o que se fala menos nos países mais desenvolvidos são as arbitragens dos jogos.

No Brasil os cartolas tem a visão de que um árbitro pode resolver o resultado de um jogo, e antecipa as reclamações, jogando os seus torcedores contra o responsável para comandar a partida, que é uma maneira de justificar de forma antecipada uma possível derrota.

Tanto barulho por nada, a arbitragem foi correta, enquanto o rubro-negro da Gávea penou para passar pelo ônibus biarticulado do time adversário e saiu do esburacado Maracanã com o empate de 0x0, sob vaias da torcida.  

Não existe solução para o futebol brasileiro que ainda está na era da Pedra Lascada.

NOTA 3- A DÍVIDA DO CORINTHIANS NÃO PARA DE CRESCER

* Os clubes do Sul e Sudeste são muito mais transparentes do que os de nossa região, em especial os de Pernambuco.

Os balanços são publicados todos os meses para conhecimento de todos interessados. Um bom modelo de transparência.

O Corinthians publicou o seu balancete mensal, mas o que mais nos chamou a atenção foi o crescimento da divida em relação ao mês de junho, que subiu de R$ 481,8 milhões para um pouco mais de R$ 500 milhões.

Um clube do porte do alvinegro, com uma marca que vale milhões, com milhões de seguidores fiéis, deveria ter uma melhor situação financeira, mas a cada mês essa piora.

O resultado que tinha um negativo de R$ 14,6 milhões em junho, cresceu para R$ 17,3 milhões. O futebol teve um superávit de 3,7 milhões.

Por outro lado, os outros setores do clube tiveram um déficit de R$ 21,1 milhões. O balancete mostra que o clube recebeu R$ 106,6 milhões em venda de jogadores.

Além dessas vendas, as principais receitas do Corinthians foram: Direitos de Transmissão- R111,9 milhões, Patrocínios e Publicidade- R$ 20,8 milhões e Premiações e Bilheterias- R$ 10,2 milhões.

Os valores arrecadados nas bilheterias no total de R$ 34,4 milhões foram destinados para um Fundo que é responsável pelo pagamento da Arena Corinthians.

Na realidade um dos grandes problemas do alvinegro paulista está nos compromissos com a sua Arena.

NOTA 4- O INTERNACIONAL LUTA CONTRA UM TABU DE 35 ANOS 

* O Internacional que tem as maiores chances da conquista do título do Brasileirinho, tentará quebrar um tabu que já dura 35 anos sem a conquista do troféu dessa competição.

São mais de três décadas que os seus torcedores não dão o grito de campeão.

O mais longevo é o Atlético-MG com 46 anos, quase meio século.

Fizemos o levantamento dessa competição desde 1971, quando o Galo Mineiro conquistou o título, e conseguimos ranquear os clubes que estão na disputa atual.

Além do Atlético-MG e do Colorado gaúcho, os demais times que já foram campeões apresentam as seguintes distâncias:

SPORT- 30 anos-

BAHIA- 29 anos-

BOTAFOGO- 21 ANOS,

GRÊMIO- 21 anos,

VASCO- 17 anos,

SÃO PAULO- 9 anos,

FLAMENGO- 8 anos,

FLUMINENSE- 6 anos,

CRUZEIRO- 3 anos,

PALMEIRAS- 1 ano,

CORINTHIANS- Campeão de 2017.

Se o título chegar ao Beira-Rio sem duvida teremos duas gerações de torcedores que não tiveram o sabor de uma conquista como essa.

Certamente irão se esbaldar.

NOTA 5- DOIS CLUBES QUE DRIBLARAM A CAETANA COM A FOICE NO PESCOÇO

* Na era dos pontos corridos apenas dois clubes com percentuais de chances para a degola acima de 96%, conseguiram driblar a Caetana e sua foice.

Em 2009, o time do Fluminense faltando 10 rodadas era o lanterna da competição com apenas 22 pontos a oito do 16º colocado.

Em uma arrancada impressionante, o time conseguiu 7 vitórias e 3 empates, saltando de 22 para 46 pontos.

O tricolor carioca escapou da zona da degola na penúltima rodada com uma goleada de 4x0 para o Vitória, e garantiu a presença na Série A empatando com o Coritiba, no Couto Pereira, no último jogo do ano. Por conta desse resultado o Coxa foi rebaixado.

Outro exemplo de superação aconteceu com o Ceará na Série B.

O técnico Lisca foi contratado quando faltavam oito jogos para o final da competição. O clube tinha apenas 2% de chances para escapar. Conseguiu algo impossível, o de fazer um aproveitamento superior a 70%, e também fugiu da Caetana.

Dois exemplos bem raros, mas que podem servir como um fio de esperança para aqueles que estão sendo cozidos no fogo do inferno.

NOTA 6- CORINTHIANS SURPREENDEU E O PALMEIRAS RECLAMOU DA ARBITRAGEM

* Em um jogo de ataque contra a defesa, com mais volantes do que atacantes, o Corinthians surpreendeu o Flamengo e arrancou um empate de 0x0, levando a decisão para sua Arena.

O rubro-negro como sempre abusou das bolas aéreas no total de 49, com 37 erros, 12 escanteios, poucas defesas do goleiro adversário.

Na realidade para quem gosta de futebol esse encontro foi medíocre.

No outro jogo da Copa que foi realizado no Allianz Parque, o Cruzeiro aos cinco minutos abriu o marcador e mesmo com 10 jogadores, em boa parte do segundo tempo conseguiu segurar o placar apesar das tentativas do Palmeiras.

Foi um jogo disputado, sem emoções, que só veio acontecer com o gol anulado do alviverde no período dos acréscimos, de forma açodada do apitador Wagner Reway, que marcou uma falta de Edu Dracena no goleiro Fábio, sem esperar o VAR.

Para os observadores a jogada foi correta, e o erro foi do defensor do time Celeste.

As reclamações tomaram conta do pós-jogo e irão continuar pelo resto da semana.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

O jornalista Renato Mauricio Prado em um artigo postado no portal UOL, afirmou que ninguém aguenta mais Tite, Neymar e Cia.

O texto é primoroso e mostra que a antipatia derrubou a audiência e o interesse pelo seleção do Circo. Citou o amistoso contra os Estados Unidos que não conseguiu empolgar nem o torcedor local, nem os telespectadores brasileiros.

Na verdade o jornalista errou no título do artigo, pois existe alguém que suporta o Tite, Neymar e Cia, que tem o nome de Rede Globo, através dos seus narradores e comentaristas.

O técnico da seleção do Circo assumiu o papel de encantador de serpentes, deixando de lado a imagem de um pastor, que o levou a eliminação na Copa da Rússia.

Não assistimos o encontro do Circo contra a seleção de El Salvador e tivemos sérias dificuldades de encontrar uma nobre alma que teve a coragem de assisti-lo nos dois tempos, e por conta disso tivemos que recorrer a comentários das diversas mídias, e de alguns vídeos das entrevistas no pós jogo para que pudéssemos ter uma ideia. 

Em primeiro lugar, sem desejar menosprezar o país, a seleção de El Salvador faz parte da Série D do futebol mundial. Não tem nada que se possa destacar, muito embora o assistente de Tite, Sylvinho tenha afirmado que encontrou pontos positivos nesse time que jogaria uma pelada contra nossos clubes de várzea.

Além disso, o técnico em sua tradicional coletiva chegou a afirmar que o amistoso foi bom por conta da agressividade do ataque e da alegria de seus jogadores.

Por conta de declarações como essas é que todos, menos a Globo, não aguentam mais Tite e cia. Achar algo de bom em um encontro de peladeiros é abusar da inteligência alheia.

Do outro lado temos o incorrigível Neymar, que recebeu a braçadeira de capitão apenas para segurar o seu técnico, e que voltou as suas práticas normais, ou seja, de não jogar nada, simular faltas, e em uma delas recebeu o cartão amarelo, e conseguir um pênalti em uma cavadinha para marcar o seu gol, o segundo nos dois amistosos.

O mais grotesco aconteceu que na sua coletiva chamou o árbitro de palhaço numa arrogância que lhe é peculiar.

A decadência do futebol brasileiro é latente, e essa seleção ajuda a aumenta-la, e o maior exemplo aconteceu nesses dois amistosos, com os estádios vazios, fato esse que nunca tinha acontecido com a presença da seleção nos Estados Unidos. Não foram observadas as pessoas nas portas dos hotéis que alojaram os artistas do Circo do Futebol Brasileiro. Chegou, jogou, foi embora sem o conhecimento dos torcedores.

O público total da partida realizada contra a seleção dos Estados Unidos, no Mellife Stadium, Nova Jersey, foi de apenas de 32.481 pagantes, com menos de 50% da capacidade do estádio, e da pelada contra El Salvador, no Fedex Field em Washington, esse foi reduzido para 28.511, na maioria de salvadorenhos.

Para que se tenha uma ideia exata, o jornalista Pedro Lopes, do Uol, mostrou uma pesquisa em que alguns jogos internacionais, com times como Barcelona e Real Madrid encheram os estados com mais de 115 mil pagantes por jogo.

O encanto com a seleção do Circo foi sendo reduzido, e hoje é apenas mais uma entre tantas medianas que não levam os torcedores aos campos de jogos, como para as telinhas.

A cúpula do Circo conseguiu dizimar o futebol brasileiro, e uma seleção que já foi do povo, e que hoje é apenas de Tite, Neymar e da Globo.

São coisas do Brasil.

Escrito por José Joaquim

Todas as manhãs conversamos com o jornalista Claudemir Gomes para uma troca de ideias sobre o nosso futebol, e que muitas vezes se transformam em um bom artigo.

Inicialmente sempre perguntamos sobre as novidades desse esporte em nosso estado, e a sua resposta é repetitiva- ¨nenhuma, pois aqui nada acontece¨.

Trata-se de uma verdade.

Um estado com apenas um clube com um calendário cheio, e os demais hibernando, com dois dos seus chamados ¨grandes¨ na Série C Nacional, obvio que o futebol tornou-se depressivo para todos os seus segmentos.

O nosso problema foi o de não evoluirmos na gestão e continuarmos com um modelo superado, sem o planejamento adequado para mudanças de sua consolidação do futuro. Vivem de ilusões, que são vendidas pelos ilusionistas.

Pernambuco futebolístico estagnou, parou no tempo, com pequenas chances de melhorar, desde que o sistema é o mesmo que o levou ao fundo do poço. Os bons projetos não tiveram continuidade, e se perderam em um espaço de tempo bem longo, e o último foi da década de 90, o que demanda 18 anos na espera de uma novidade.

Vivenciamos vários períodos do nosso futebol, os bons e maus momentos. O Náutico na década de 60 tinha um grupo dos Josés que formataram a sua gestão, levando-o à conquista do hexacampeonato estadual, e trazendo para os Aflitos novos torcedores. Foi um período brilhante para o alvirrubro. 

Dez anos após, algo de novo surgiu na década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma época de ouro que entrou na sua história, contando com a participação de um colegiado que implementou um novo projeto, e os resultados obtidos demonstram o acerto do modelo.

O hiato foi mais longo, desde que somente vinte anos após, na década de 90, o Sport Recife implantou um novo modelo de gestão, com profissionalismo e obedecendo a um projeto de longo prazo. Sem duvida foi a sua era de ouro.

Por uma feliz coincidência o sucesso nesses períodos dos três clubes teve como força motriz o trabalho de base, e o aproveitamento de talentos da casa e da região. Passaram-se 18 anos e nada de novo aconteceu. Os clubes regrediram, se endividaram, tornaram-se apenas locais, sem conquistas, e sem um trabalho de formação procedido de forma profissional.

O futebol de Pernambuco parou no tempo e no espaço, perdeu a sua grandiosidade e sobretudo o respeito que tinha por falta de projetos e de gestores, que sequer conhecem a sua história que poderia servir como ponto de partida para que algo melhor pudesse ser implantado.

Como poderemos evoluir, se temos que esperar espaços longos para injetarmos no futebol algo de novo?

Uma pergunta que necessita de  uma resposta, pois transformações são coisas de profissionais, e esses estão em falta no mercado.

Com esse presente, não teremos um bom futuro, e o futebol local continuará sendo aquele que nada de novo acontece.

Os nossos cartolas são adoradores das mesmices, e com os seus erros, estão transformando esse esporte em algo depressivo.