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Escrito por José Joaquim

Na próxima semana o futebol brasileiro dará o ponta pé inicial da segunda etapa das competições mais longas.

Os estaduais estão na reta final e na sua maioria serão encerrados no próximo domingo, e não deixarão saudades.

As três principais divisões nacionais irão iniciar os seus jogos, sob o clima de lamúrias, comentários iguais aos dos outros anos, que já se tornaram parte efetiva do sistema.

Vamos começar de novo agarrado aos antigos problemas.

Passam-se anos e nada muda para melhorar, pelo contrário a curva de descendência se acentua.

Temos uma legislação esportiva alienada, e fora o contexto. Sofreu algumas alterações, mas sem uma maior utilidade. Tudo continuou como dantes.

Os clubes de futebol que continuam a gastar mais do que arrecadam, embora seja limitado pelo Profut, legislação que ninguém atende.

A influência dos empresários em algumas agremiações é tão grande, que muitos desses passaram a ser proprietários de dois ou mais times, inclusive emprestando dinheiro para as suas despesas. Na contrapartida colocam seus clientes como profissionais nos times.

O Circo Brasileiro de Futebol (CBF) exala péssimo odor. Os seus três últimos presidentes foram afastados por suspeitas de corrupção, inclusive um desses está numa cadeia nos Estados Unidos, no caso Jose Maria Marin.

Todos ficaram mudos e surdos com relação a tais fatos.

Essa entidade só tem uma preocupação: a de ganhar dinheiro com a seleção, e assim encher as suas burras de ouro. O seu planejamento é totalmente equivocado, tendo a responsabilidade de um calendário pornográfico.

O futebol brasileiro é, e continuará a ser para a maioria dos clubes, uma safra agrícola. Após a sua colheita, fica esperando o próximo ano para voltar a atividade. É a chamada sazonalidade.

A distribuição de renda é criminosa. O abismo entre os de baixo os de cima e os do centro é avassalador. Os do Sudeste/Sul ficam com tudo, enquanto os demais se contentam com pequenas migalhas, que calam as suas bocas.

É o verdadeiro sistema do ¨Cala a Boca¨, comum em uma sociedade que tem como parâmetro a Casa Grande e a Senzala. 

Os clubes continuam mal dirigidos. Estão sempre com o pires nas mãos, apelando para receitas antecipadas, empréstimos bancários, salários atrasados, entre outras mazelas.

Vivem de sonhos e ilusões, alguns contemplando boas receitas, que são torradas pela incompetência dos seus responsáveis.

E assim caminha o esporte brasileiro, e no ano da Copa do Mundo, quando todos esquecem as mazelas que o afligem, e ingressam no mundo da fantasia que é criado por esse evento. As mídias só falam no Hexa e esquecem da realidade apodrecida do futebol brasileiro.

O futebol é a verdadeira cara do Brasil, que também vive de utopias, de mentiras, desorganizado, e sobretudo abraçando de cabo à rabo, um dos piores males do mundo que é representado pela corrupção, que incentiva a violência.

O lema adotado em nosso território é: ¨Corruptos unidos, jamais serão vencidos¨.

Estamos ficando convencidos de que os que gritam tal slogan, tem razão.

Uma vergonha.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O VELHO LEÃO GANHOU UM TÍTULO

* Na realidade esquecemos totalmente que no dia de ontem iriamos ter uma decisão absurda e sobretudo grotesca pelo terceiro lugar do Pernambucano, posição essa que estava decidida pela pontuação dos clubes.

Só mesmo em Pernambuco tal fato poderia acontecer.

Sempre o jornalista Claudemir Gomes em nossas conversas sobre o futebol de Pernambuco fala sobre os eventos, mas na verdade deve ter esquecido por conta do ridículo dessa disputa.

Se soubéssemos iriamos fazer um apelo para o torcedor do Sport deixar a Ilha somente para as mariposas. Mesmo sem o pedido eles não foram, e segundo o movimento financeiro tinha 932 pagantes, mas quem estava na Ilha garante que tinha menos.

Contaram até com o Timbu que estava pendurado em uma grade do estádio, e cujo vídeo recebemos.

Algum alvirrubro deve ter colocado para comemorar a conquista do rival.

A renda de R$ 12.670 foi ridícula e que entra para a triste história que o clube atravessa.

Nada pode se justificar um jogo como esse, desde que as estatísticas já tinham resolvido a classificação, mas em nosso futebol de tudo pode acontecer.

A televisão não mostrou a partida. Deve ter considerado que essa fazia parte da insanidade que norteia o futebol local. O problema é que pagamos pelo pacote do Premier e fomos lesados.

Após uma pelada no primeiro tempo que terminou com o placar de 0x0 contra um time que foi derrotado na semana passada pelo Ceará por 6x0, no segundo tempo o Carcará perdeu o rumo e o rubro-negro fez o placar de 3x0.

Depois do jogo o presidente Arnaldo Barros que foi apupado pela torcida, chorou de emoção pelo título de terceiro lugar.  

Mandou fazer uma faixa.

Nem o Sport nem o Salgueiro mereciam isso.

Até quando o clube da Ilha do Retiro irá suportar tanta humilhação?

Só Freud poderia explicar esses masoquistas de plantão.

NOTA 2- O SUMIÇO DOS TORCEDORES

* Os estaduais estão em liquidação.

Nas primeiras partidas das finais de diversos estaduais os estádios ficaram ociosos, 7 jogos com públicos inferiores a 20 mil pagantes.

No caso do Central, esse teve a ocupação de 95%, e que não pode ser enquadrado como ouvimos no último domingo como um público fraco.

O Luiz Lacerda comporta 15 mil torcedores nas suas dependências, e recebeu 14.080, na faixa do limite físico.

O Atlético-MG recebeu no Independência 21.215 pagantes, foi outro jogo que teve uma ocupação de 95% dos seus assentos, ou seja no limite do estádio que é de 22 mil.

Os comentaristas de nossas televisões deveriam ter a percepção da relação publico com a capacidade dos estádios.

O Corinthians no seu jogo contra o Palmeiras colocou na sua Arena 43.535 pagantes, com uma ocupação de 88%.

O segundo maior público foi o do Bahia na partida contra o Vitória, com 39.086 pagantes, mesmo com torcida única, com apenas 22% de ociosidade.

Em Porto Alegre o Grêmio no encontro contra o Brasil de Pelotas, teve 49% de ocupação na sua Arena, com 29.895 torcedores.

Os demais jogos tiveram públicos bem abaixo de suas capacidades.

O antigo clássico do futebol carioca, entre Botafogo e Vasco, deixou o Nilton Santos com 79,3% de seus assentos disponíveis entregues às mariposas. O encontro recebeu apenas 16.019 testemunhas.

O mais estranho aconteceu no Mangueirão em um jogo que sempre teve bons públicos, entre o Paysandu x Remo. Estiveram no encontro apenas 16.019 torcedores, deixando uma ociosidade no estádio de 65,2%.

No famoso Atletiba que foi realizado no Couto Pereira, os fantasmas estiveram presentes em 76,4% dos assentos. O público total foi de 9.577 testemunhas, o pior da história desse confronto.

A Caravana da Miséria esteve passeando em quatro partidas:

Sobradinho x Brasiliense (3.184), Corumbaense x Operário (3.184), Aparecidense x Goiás (2.357), e o pior de todos, Real Nordeste x Serra pelo campeonato Capixaba com apenas 849 testemunhas.

Essa é a realidade de uma competição que já teve demanda e que foi consumida pelo tempo.

NOTA 3- OS ARRUACEIROS 

* Coritiba e Atlético-PR são protagonistas do mais famoso clássico do futebol paranaense, com os jogos abertos para as duas torcidas que é importante para o desenvolvimento desse esporte.

No Couto Pereira correu tudo bem sem nenhum incidente, mas os torcedores arruaceiros resolveram brigar nas estações dos ônibus que os levariam para o estádio.

No terminal Santa Cândida, às 11h00 aconteceu um principio de confusão com a utilização de bombas de gás para a sua contenção.

A torcida do time rubro-negro  que estava no terminal aguardando o ligeirão, tentou sair para brigar com torcedores Coxas que estavam chegando ao local.

A Guarda Civil interferiu e tiveram que conter os valentes com balas de borracha que assustaram os demais passageiros que saíram em debandada.

No período da tarde, no terminal do Portão, um coletivo que vinha do terminal Santa Cândida em que estavam torcedores do Coritiba teve os vidros quebrados e foram disparados pedras e rojões.

Esse é o retrato do futebol brasileiro que foi tomado pelos marginais e afugentaram os verdadeiros torcedores.

O público do jogo foi a resposta.

Até quando o futebol brasileiro irá aguentar os marginais valentões.

NOTA 4- JOGADORES ACIMA DOS CLUBES

* O fato não acontece apenas no Brasil quando os atletas ficam bem acima dos clubes.

No futebol europeu isso também existe.

Temos um bom exemplo com Neymar indicando técnicos para o Paris Saint Germain.

Trata-se de um caso do carro ficar à frente dos bois.

Ao lermos o jornal inglês ¨Dayly Star¨, nos deparamos com algo que ultrapassou todos os limites da racionalidade.

O fato aconteceu no Real Madrid durante o processo de renovação do contrato do famoso atleta Cristiano Ronaldo. 

O time merengue ofereceu uma proposta de 30 milhões de euros (R$ 122,2 milhões), para a sua continuidade no clube. O profissional não aceitou e está impondo valores que fiquem acima de Messi e Neymar.

Além disso entregou a diretoria do Real uma lista seletiva com sete jogadores que esse não deseja encontrar mais na agremiação.

Na verdade trata-se de algo que sempre chamamos de grotesco.

O interessante é o nome de um dos melhores profissionais do clube, o meia Isco, da seleção espanhola, e que está sendo pretendido por vários times europeus, inclusive sendo indicado por Pep Guardiola para o City.

As alegações de Cristiano Ronaldo é simplória, de que não gosta do comportamento do atleta nem dentro ou fora do campo.

Deve ser um caso de ciúmes.

Na lista consta o nome de Keylor Navas, que apesar de ter um bom relacionamento com o goleiro costa-riquenho, deseja ver na meta do seu time um profissional como Davig De Gea, Marc Ter Stergen e Thibau Courtois.

Kovalic é um dos outros citados. Os demais são atletas formados no clube.

O Real desmentiu após a denuncia feita pelo jornal, assim como o jogador.

Uma matéria como essa na véspera de um jogo importante pela Liga dos Campeões contra a Juventus é arrasadora.

É muita arrogância, mas a culpa é dos dirigentes.

NOTA 5- TÍTULO DE CIDADÃO É COMO BANANA EM FEIRA

* Recebemos uma mensagem de um amigo com a cópia de um convite para a entrega do título de Cidadão do Recife, ao senhor Daniel Pollo Barioni.

Ficamos sem entender, mas logo após houve a notificação de que tratava-se de Daniel Paulista, assistente técnico do Sport.

Nada temos contra o profissional, mas um fato como esse mostra a banalização de entrega de comendas em nosso Câmara Municipal.

Tratam o tema como fosse banana vendida em feira.

Tenho a concepção que um título como esse deve ser entregue a quem tem relevantes serviços prestados a nossa cidade, o que não é o caso do ex-atleta.

Certamente o vereador autor da proposta deve ser torcedor do Sport, e certamente citou em sua proposição os relevantes serviços.

Gostaríamos de conhece-los.

Com tanta coisa à fazer pela cidade, ficam distribuído comendas sem pé nem cabeça.

Uma vergonha.

NOTA 6- UMA TERÇA FEIRA COM DOIS BONS JOGOS

* O torcedor brasileiro está na seca com relação a bons jogos.

Com raras exceções aqueles que acontecem em nosso território são mequetrefes.

Pela Liga dos Campeões, o Sevilla recebe o Bayern de  Munique, e a Juventus o Real Madrid.

Duas boas partidas para quem gosta de um bom futebol.

No período noturno pela Copa Libertadores, o Palmeiras irá jogar contra o Allianza Lima.

Vale a pena assisti-los.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PÚBLICO FOI O CRAQUE DO JOGO

* O que aconteceu no estádio Luiz Lacerda é na verdade o que temos em nosso futebol.

Nada mais, nada menos.

Um jogo sonolento, sem qualidade técnica que mostrou a verdadeira cara do futebol pernambucano, quando dois times de nível fraco estão disputando o título estadual.

Teve momentos de bumba-meu-boi, de peladas das várzeas, passes errados, muitas faltas especialmente no segundo tempo.

Os goleiros foram pouco utilizados pela falta de vontade dos dois clubes de arriscar um ataque.

Na verdade não podemos exigir mais do que isso, em um futebol com dois clubes na Série C, apenas um na A e que está fazendo o possível para ser rebaixado, e alguns na Série D, inclusive o Central, com o restante hibernando.

A bola rolou em apenas 45 minutos, o que mostra a história dessa partida.

A arbitragem não cheirou nem fedeu, com o estiloso Péricles Bassol. Conseguiu levar bem a partida que na verdade não existiu.

O craque do jogo foi o torcedor que lotou o Luiz Lacerda, com 14.080 pagantes e uma renda de R$ 398.980,00.

Enfim o caruaruense acordou, tirou do baú as camisas do Central, mas lamentamos por esses terem assistido um show de horrores.

O fundo do poço não pode apresentar mais do que isso.

O título está em aberto e será decidido na Arena Pernambuco lotada que será boa para os dois times.

NOTA 2- A BOLA PARADA ATROPELA O CRUZEIRO  

* O primeiro jogo que assistimos na tarde de ontem foi o do Chelsea e Tottenham pela Premier League.

O time dirigido pelo técnico argentino, Mauricio Pochettino, jamais havia vencido no Stamfod Bridge desde 1990. Nessa época ainda não existia a Premier League.

Enfim esse dia chegou, e com uma boa exibição no segundo tempo o Tottenham atropelou o Chelsea pelo placar de 3x1, garantindo a quarta colocação e bem perto de Liga dos Campeões de 2019.

Um jogo limpo, sem faltas, sem reclamações junto a arbitragem, sem a menor violência, sem as bizarras simulações, e em especial com a bola correndo. 

Além da qualidade, o futebol europeu é civilizado.

No Brasil tivemos algumas decisões nos estaduais.

A mais esperada era o encontro do invicto Cruzeiro contra o rival Atlético-MG, que terminou a primeira fase com 11 pontos atrás do time Celeste. 

Esse perdeu o primeiro jogo quando não poderia e deu as chances ao alvinegro de jogar até por uma derrota no jogo de volta.

Em nove minutos do primeiro tempo avassalador, o Galo resolveu a partida ao  marcar 3 gols, todos originados de bolas paradas, saindo das chuteiras de Otero.

Aos 37 minutos da fase final, o time Celeste marcou o seu único gol.

Para quem gosta de futebol o jogo foi bom de ser assistido, com muita intensidade e raça dos atletas no gramado.

Ricardo Oliveira foi o destaque com dois gols.

Foi o melhor jogo da rodada.

Enquanto isso, no Engenhão, o impossível  aconteceu, com o terceiro empate de 3x2 entre Botafogo e Vasco.

O gol da vitória vascaína surgiu aos 48 minutos do segundo tempo.

No dia 18 de março o cruzmaltino venceu com esse placar.

O troco aconteceu no dia 21 do mesmo mês com a vitória do time alvinegro.

Em dois minutos o vascaíno Pikachu colocou duas bolas nas redes do adversário.

Inacreditável.

Um jogo com cinco gols é bem interessante.

No BaVi deu o Bahia, que derrotou o Vitória por 2x1, e leva essa vantagem para o jogo de volta no Barradão.

Uma partida sem brigas, desde que foi de torcida única. 

NOTA 3- POSSE DE BOLA NO BRASIL NÃO É POSITIVO

* O site Footstats publicou no dia de ontem as estatísticas do jogo entre o Palmeiras e Corinthians, e na verdade essas mostram algo bem interessante de que no futebol brasileiro a posse de bola não corresponde ao resultado final.

O Manchester City teve momentos do seu jogo contra o Everton, 90% de posse de bola, mas essa foi bem positiva com os três gols marcados.

No encontro que aconteceu na Arena Corinthians, o alvinegro teve 64% do jogo com a bola, contra 36% do alviverde. Uma diferença gritante que não influenciou no placar final. O adversário venceu por 1x0.

Reteve a bola, mas esse em uma única oportunidade conseguiu o gol da vitória.

Por outro lado o Corinthians teve 5 finalizações certas, e o Palmeiras apenas 2, e em uma dessas conseguiu vazar a rede adversária.

Por conta da posse de bola, a equipe do Parque São Jorge teve um maior número de passes errados, 41 contra 21 do rival.

O mais grotesco foi o número de faltas, com 22 para o alvinegro e 28 para o Palmeiras.

Tais números representaram 2 faltas por minuto, e pelo menos um desconto de 23 minutos de bola correndo por conta das cobranças.

No item cruzamentos certos, o Corinthians acertou 5 e o Palmeiras 2, nos errados o placar foi de 19 a 10 respectivamente.

O alviverde foi superior nos lançamentos certos, com o placar de 15x8, nos errados  o rival teve pior performance, com 12 contra 18.

Para que se tenha uma ideia, no jogo da Premier League entre o City e Everton, foram anotadas apenas 19 faltas, bem distante do clássico brasileiro que foi fraco, com falta de qualidade, e sobretudo com a violência dentro do gramado.

Uma luta de UFC.

NOTA 4- O SPORT ESTÁ FORMANDO UM TIME DE SÉRIE B 

* A tão propalada reformulação do Sport está sendo preenchida com atletas da Série B, com a maioria proveniente do Internacional e que estavam sem chances no seu elenco principal que na verdade não é lá muita coisa.

Claudio Wick (lateral), Ernando (zagueiro), e Andrigo  (meia).

O quarto reforço foi Hygor da Ferroviária.

A busca continua e os empresários estão indicando dois jogadores do São Caetano, que foram titulares no estadual.

O zagueiro Max e o volante Ferreira.

O primeiro é mais rodado do que roda gigante, e jamais em um clube da divisão maior. Passou pelo Ipatinga, São Bernardo, ABC, Guarani, Remo, Joinville, além do São Caetano. Tem 31 anos.

O segundo, Ferreira, tem 25 anos, está desde 2015 no Azulão, tendo passado pelo Monte Azul e Penapolense.

São apostas que poderão dar certo ou não, mas a situação financeira do clube não permite contratações vultosas como antes, que o levaram ao fundo do poço.

Pode ser que os atletas oriundos do Colorado esqueçam das vaias que levavam dos seus torcedores, e possam fazer um boa temporada na Ilha do Retiro, que está vivendo de acordo com as suas posses.

NOTA 5- O INACREDITÁVEL ACONTECE

* O Maracanã está se tornando o túmulo do futebol carioca. Flamengo e Botafogo se enfrentaram na última quarta-feira nesse estádio.

A renda foi de R$ 808.855,00. Público pagante de 18.215.

Resultado: O rubro-negro da Gávea saiu com um prejuízo de R$-146.262,24 e o alvinegro com um vermelho de R$-140.062,24.

Apenas algumas despesas em números redondos: Custo Operacional do Estádio- R$389 mil (Aluguel do Estádio- R$ 150 mil; Custo da Infra-Estrutura do Estádio- R$ 72 mil, Outros- R$ 17 mil).

Taxa da Federação- R$ 77 mil; Confecção, venda e pré-venda de ingressos- R$ 71.mil.

INSS- R$ 4o mil; Arbitragem- R$ 23.8 mil; Taxa de bombeiros- R$ 3 mil, Credenciamento- R$ 3 mil.

Antidoping- R$ 6 mil, Delegado e Ouvidoria- R$ 3.2mil.

Ingressos Promocionais- R$ 32 mil e por ai vai.

Na verdade todos ganham com um jogo menos os clubes.

Esse é o futebol brasileiro.

NOTA 6- O POVO ESCOLHE ERRADO

* Na escolha entre Jesus e o bandido Barrabás proposta por Pôncio Pilatos ao povo da Judeia para o indulto, esse escolheu o que tinha de pior, ou seja Barrabás. 

Pilatos lavou as mãos, e um ano após suicidou-se.

Trata-se de um exemplo para o povo brasileiro que anos após anos tem escolhido no processo eleitoral os piores.

Na verdade o povo muitas vezes escolhe errado, e esse é um dos grandes problemas da democracia em países não desenvolvidos, onde a educação passa ao largo.

Que o erro com Barrabás sirva de reflexão para o mundo.

Escrito por José Joaquim

Na favela e no Senado,

Sujeira pra todo o lado

Ninguém respeita a Constituição

Mas todos acreditam no futuro da nação

Que país é esse?

Que país é esse?

Que país é esse?

Esse texto é de uma musica do grupo Legião Urbana que retrata a realidade de um país em que os números de homicídios crescem ano a ano, e que a cada esquina um tiro é dado, e uma morte anotada.

Os estupros e assédios tiveram um crescimento geométrico. Mais da metade do nosso Congresso Nacional é investigada por suspeitas de corrupção.

Um ex-presidente foi condenado por lavagem de dinheiro e outros atributos, a sucessora sofreu o impeachement por pedaladas fiscais, e o vice que a substituiu está sob investigação do Ministério Público.

Que pais é esse?

A sociedade brasileira está entregue a marginais, o Rio de Janeiro é o maior exemplo quando teve que recorrer às Forças Armadas para o enfrentamento da violência.

Assistimos todos os dias a nossa população sendo estuprada pelos corruptos, quando embolsam o dinheiro público, e por conta do foro privilegiado continuam livres e serelepes.

Que país é esse?

As pessoas morrem nas filas dos hospitais por falta de atendimento. Tem que recorrer ao sistema Judiciário para uma autorização de compras de medicamentos, enquanto o Ministro da Saúde faz politica pessoal.

A família é estuprada quando leva um filho à escola, e encontra um segmento degradado sem nenhuma perspectiva para o futuro dessa geração violentada todos os dias.

Que país é esse?

No futebol, um estupro coletivo, quando as pessoas de bem são obrigadas a deixarem os estádios por conta das organizadas, ou quando os jogos são marcados para horários bizarros, para que uma grade de televisão possa ser atendida.

Temos um estupro maior quando um calendário insano é imposto ao setor, ou ainda a obrigação de aguentarmos certos cartolas que estão destruindo o esporte que um dia muito remoto já foi a paixão nacional.

O que falar dos jogos medíocres, e de comentaristas sem condições de falarem o que estão assistindo.

Hoje os nossos veículos de mídias tem censores loucos para a degola de seus profissionais que são obrigados a seguir uma linha adotada pelos comandos.

O Circo que comanda o futebol brasileiro, com um ex-presidente preso, e os outros dois sendo investigados pelo FBI, por suspeitas de corrupção, estupra os torcedores.

Que país é esse?

Chegamos a um momento que o difícil é sair de casa, pois os assassinos e estupradores estão à solta, na busca de suas vítimas, e acrescentando-se a tais fatos os estupros coletivos que a sociedade se submete todos os dias, por conta de tudo que se move ao seu redor.

Enquanto isso todos continuam felizes e tranquilos, por conta da anestesia geral que tomou conta desse Brasil Brasileiro.

QUE PAÍS É ESSE?

Escrito por José Joaquim

O futebol paixão foi aos poucos sendo substituído pelo futebol razão. O amadorismo do passado deu lugar a uma participação na indústria que mais cresce no mundo: a do entretenimento, que necessita de novos mecanismos.

Um clube de futebol não pode ser mais um brinquedo de alguns dirigentes, ou mesmo uma entidade representada por um pedaço de papel, e com a sua documentação vivendo debaixo do braço de seu dono.

Para que se tenha um time TOP de linha, disputando títulos, mesmo em período de vacas magras os custos são bem elevados.

Quem paga tais custos? Os seus consumidores de forma direta ou indireta, quando se associam, pagam os ingressos para os jogos, compram camisas e demais produtos licenciados.

As agremiações sem boas receitas só conseguem montar equipes frágeis, participam de competições estaduais e divisões nacionais menores, e quando ascendem tem dificuldades de manutenção.

Todo o sistema bate com a logica do mercado. Quanto mais torcedores eles tiverem, mais receita o clube absorverá, e o ciclo continua com maiores investimentos, que produz uma melhor qualidade, e os seus produtos e serviços podem ser cobrados com preços mais elevados.

O futebol precisa da razão de profissionais que entendam desse processo, e não da paixão dos amadores hoje existente, para que possam observar a analogia, de que com a maior quantidade de consumidores, mais receita o clube terá que investir e competir com o mercado.

Com uma boa equipe, melhores participações nos eventos, irá estimular o patrocinador para estampar a sua marca nas camisas, com uma boa relação custo x beneficio, e o retorno do aumento de suas vendas.

O maior número de torcedores está relacionado às cotas de televisão e ao pay-per-view. Quanto maior, mais dinheiro, sendo esta a realidade do que acontece hoje no segmento, que atua como membro ativo do mercado.

Quem atua é o mercado e isso faz que um clube de um estado de maior população tenha maiores condições de competição do que os de menor.

Na verdade esses são os desafios de um mercado que estudamos profundamente, e que obrigam a clubes emergentes como os nossos, com suas demandas mais reduzidas, a se organizarem, trabalharem no incremento maior dos seus consumidores, e assim dentro das capacidades financeiras formatarem equipes que possam se manter na divisão maior, e chegar perto do TOP 5, que sem duvida será um grande feito.

No final o futebol de hoje, com o mundo transformado em plano, é mais um componente do mercado, e para sobreviver tem que entendê-lo, necessitando de uma estrutura que não seja debaixo do braço como o violão do antigo boêmio.