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Escrito por José Joaquim

Praticamente uma semana já se foi, e o derby paulistano entre os times do Palmeiras e Corinthians continua sendo discutido nos mais diversos debates de nossas mídias.

Os lances, as boas jogadas, a formatação do time alvinegro, o erro da defesa do alviverde no único gol do adversário, deveriam ser o foco, mas dando continuidade ao processo autofágico que está implantado no país, tudo isso deu lugar para que a arbitragem se tornasse protagonista do evento, que está hoje na pauta da Justiça Desportiva.

Gostamos de provérbios, e os chineses são mestres no segmento, e um desses reflete os problemas da arbitragem nacional: ¨Três coisas na vida nunca voltarão: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida¨.

Na verdade uma parte do futebol mundial está perdendo o bonde da história, ao deixar de lado a oportunidade de implantar em definitivo um novo processo no setor, que hoje vem prejudicando a sua credibilidade.

A insistência em não adotar a tecnologia nesse esporte é de uma imbecilidade patológica.

Os esportes que implantaram, assim como algumas ligas europeias tem recebido de volta sinais positivos e, sobretudo, fazendo com que seus jogos realmente sejam decididos nas quadras ou nos campos, e não pelo apito do árbitro, com a ajuda dos seus acompanhantes.

A UEFA que é uma entidade avançada ainda não resolveu implantar esses sistema, e na última quarta-feira no espetacular jogo entre Real Madrid e Juventus, as mídias no dia seguinte só discutiram o pênalti aos 50 minutos do segundo tempo que salvou a vida do time merengue.

No jogo pela decisão do Campeonato Paulista o árbitro Marcelo Aparecido de Souza, marcou um pênalti favorável ao Palmeiras, e após sete minutos de lambanças voltou atrás e o anulou. A penalidade não existiu, mas esse só voltou atrás pela interferência de terceiros que é ilegal.

O gol foi ilegal, mas a participação de estranhos também o foi.

Ao errarem os árbitros tem uma frase pronta, quando afirmam que são humanos.A questão é que as lambanças desses humanos estão se acentuando cada vez mais, e modificando os resultados.

Portanto, algo tem que ser realizado, para que volte a credibilidade do futebol mundial e em especial do brasileiro, embora para esse seja muito difícil por conta dos cartolas. 

O árbitro sem duvida é o ponto mais frágil do grande negócio que representa o futebol. Não tem carteira assinada, a sua escala depende de um sorteio, na maioria das vezes direcionado, e não contempla uma remuneração fixa.

Até os cartões e o apito, instrumentos de trabalho, são adquiridos com seus próprios recursos.

Um atleta profissional vive exclusivamente para a sua profissão, enquanto o árbitro é obrigado a ter um emprego, que lhe toma os dias da semana. As condições entre as partes são bem diferentes, e desproporcionais quanto à preparação.

O ser humano que é citado pelos árbitros realmente existe, mas vem falhando em demasia, e necessita realmente de algo de fora para resolver o problema, não o pirata que hoje é adotado.

A tecnologia é o fato novo que pode dirimir muitas duvidas em lances polêmicos. Todos os males seriam erradicados, os jogos não teriam os resultados contestados, as reclamações se reduziriam, e no final o grande vitorioso seria o futebol.

Se perdermos essa oportunidade de modificar o sistema, certamente não teremos volta como o provérbio referencia, e como os brasileiros gostam de dizer: Cavalo selado só passa uma vez¨, e ele está passando e todos olhando sem uma única atitude.

A imbecilidade reinante na luta contra a tecnologia é grotesca. Aqueles que podem implanta-la não o fazem, e sentem-se felizes com a avacalhação que acontece a cada jogo, quando os resultados são modificados.

Os velhos comunistas tinham um jargão que dizia: ¨O povo unido jamais será vencido¨, e para o futebol que ainda não modernizou-se, poderíamos modifica-la para OS ATRASADOS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A MÁQUINA DE FABRICAR DINHEIRO

* O Allianz Parque, arena do Palmeiras é uma verdadeira máquina de fabricar dinheiro.

Um verdadeiro fenômeno, levando-se em consideração o alto preço dos ingressos.

Um futebol totalmente para a elite e que vem dando altos resultados financeiros.

No período de uma semana foram realizados três jogos na Arena que somaram mais de 11 milhões na venda dos ingressos.

No empate de 1x1 frente ao Boca Juniors da Argentina o alviverde recebeu 37.126 pessoas, com uma renda de R$ 4.426.402,50.

O preço médio do ticket foi de R$ 119,22. Esses números se somados aos dos jogos contra o Corinthians pelo estadual, e Alianza do Peru pela Libertadores, o valor total foi de R$ 11.331.051,14.

O primeiro jogo pela Copa Continental levou ao Allianz 30.465 torcedores, com uma renda de R$ 2.903.370,96.

O recorde de público se deu na partida final do estadual contra o Corinthians, com 41.227 pagantes, e uma renda de R$ 4.426.402,50.

Nos três jogos realizados, o total de público foi de 108.818, maior do que a soma de muitos estaduais que foram realizados no Brasil.

No país de estádios ociosos certamente uma fato como esse tem que ser destacado.

NOTA 2- OS POLITBUROS DOS CLUBES DE FUTEBOL

* O Presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Homero Lacerda, em uma entrevista criticou a formação do Conselho Deliberativo do Clube que não permitia uma ação contra a diretoria executiva por ter sido eleito em conjunto.

Não existe voto contrário ao poder.

O Presidente Arnaldo Barros respondendo afirmou e com razão, de que esse tinha participado das eleições como candidato à presidência do Conselho como parte de sua chapa.

Na realidade os clubes insistem em manter verdadeiros politburos, como os antigos comitês da antiga União Soviética na era comunista que dominavam de forma única a politica do país. No atual processo eleitoral a chapa vencedora assume todo o comando, tanto no Executivo, Conselho Deliberativo e Fiscal.

Uma verdadeira politica de um só partido. A oposição fica sem voz, que é importante para um processo democrático, e o sistema é ditatorial.

Na maioria dos clubes do Sul e Sudeste o modelo é bem diferente, o qual defendemos para os dos nosso estado, ou seja a participação nesses Conselhos dar-se-á de acordo com a votação recebida por cada chapa disputante.

O número de votos obtidos por cada candidato é dividido pelo total dos eleitores e os percentuais são distribuídos.

Existe um limite mínimo estabelecido de votos, para candidatos que não atingirem um percentual definido. 

Com isso a chapa vencedora fica com a maioria, mas as demais terão seus componentes nos dois Conselhos para que possam fiscalizar a administração.

Um modelo simples, democrático e que vem sendo utilizado com boa eficiência.

Isso sem duvida traz a tão necessária transparência para os clubes. 

NOTA 3- OS PREJUIZOS DO ATLÉTICO MINEIRO

* O mês de abril será farto na apresentação dos Balanços dos clubes do futebol brasileiro, fato esse bem importante para que possamos conhecer a saúde financeira de cada um.

Na próxima segunda-feira o Conselho Deliberativo do Atlético-MG irá conhecer o que aconteceu no clube em 2017, muito embora as mídias já tenham divulgado os seus números.

O déficit foi de R$ 25,1 milhões.

Em 2016 o Galo teve um lucro reduzido de R$ 2,1 milhões, algo que não acontecia desde 1993. A Receita Bruta de 2017 foi de 311,3 milhões, cerca de R$ 5 milhões a menos do que a do ano anterior, uma queda de 1,5%.

No balanço chama a atenção a diminuição de 44% nas receitas com a venda de atletas, de R$ 78,5 milhões em 2016, para R$ 43,2 milhões, no ano seguinte.

A arrecadação da bilheteria do Galo também foi menor. Em 2016, o time não conseguiu títulos, mas chegou às oitavas de final da Libertadores, foi quarto colocado no Campeonato Brasileiro e vice-campeão da Copa do Brasil. Na ocasião o clube levantou R$ 28,5 milhões.

No ano passado, embora tenha sido campeão mineiro, o time acabou eliminado nas oitavas de final da Libertadores e nas quartas da Copa do Brasil, chegando apenas em nono no Brasileirão. Nesse cenário, o clube conseguiu R$ 16,8 milhões, uma queda de 40% na arrecadação.

Com as novas cotas de transmissão, o clube conseguiu quase R$ 43 milhões a mais em 2017, com relação ao ano anterior, dinheiro que serviu para cobrir as despesas.

Com relação a patrocínios, o aumento da receita foi pouca, passando de R$ 31,6 milhões para R$ 34,2 milhões.

A piora nas contas de agora justifica a politica de pés no chão adotada pela atual gestão.

NOTA 4- ACREDITE SE QUISER

* Os modorrentos estaduais terminaram nesse final de semana e não deixaram saudades.

Três meses perdidos sem retorno.

Enquanto isso a maior competição nacional que é o Brasileirão irá começar de forma tímida, escondida, sem a divulgação e nenhuma campanha da parte do Circo do Futebol.

Em nenhum país do futebol europeu o seu campeonato maior começa sem um trabalho de marketing bem elaborado, com a venda dos ingressos de forma antecipada, que dão a garantia de sucesso.

O nosso Circo do Futebol nada faz, mas os clubes de forma isolada preferem seguir as orientações de uma entidade que irá gastar milhões de reais com a ida da sua cartolagem para a Copa do Mundo, levando inclusive quatro presidentes da Série A, que se venderam as mordomias, no lugar de lutarem pelos interesses maiores do nosso futebol.

Como poderemos levar os torcedores aos estádios quando esses não tem a menor noção do que a sua competição mais importante terá o seu ponta pé inicial.

É algo a se lamentar, mas isso faz parte de um contexto apodrecido que domina o futebol brasileiro há muitos anos.  

Acredite se quiser, o Brasileirão irá começar.

Só mesmo nesse Brasil surreal.

NOTA 5- JUIZ DÁ PRAZO PARA CBF EXIBIR ATA

* Depois de um bom tempo nas gavetas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o juiz Bruno Monteiro Ruliere, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, deu cinco dias para o Circo apresentar a ata da assembleia geral que é contestada pelo MP.

Segundo o blog de Perrone do Portal Uol, a decisão não foi bem recebida pelo Ministério Público, pois irá dificultar que o órgão consiga evitar a eleição para presidente da entidade que está marcada para o próximo dia 17.

O promotor Rodrigo Terra entrou com uma ação no final de julho do ano passado, por entender que a assembleia geral responsável por mudar regras eleitorais da entidade em 25 de março de 2017, foi irregular. Isso porque os clubes não foram convocados para ela.

A reunião deu um peso bem maior para as federações, praticamente impedindo os times de lançarem um candidato com chances de vitória.

Mais um golpe urdido na Casa da Barra da Tijuca para a permanência do status quo reinante.

Na verdade mesmo acontecendo as eleições  se a Justiça acatar o pedido da Promotoria poderá anula-la.

Nada impede que isso possa acontecer, embora não tenhamos nenhum sentimento de que isso poderá se viabilizar.

O poder do Circo é grande, mesmo nesses bons tempos da Lava Jato.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A REALIDADE DO BALANÇO DO SPORT

* Temos a consciência de que os balanços dos clubes brasileiros são maquiados para não apresentarem maiores prejuízos.

Tal modelo faz parte do sistema.

Recebemos alguns números do balanço de 2017 do Sport, com um prejuízo no exercício, de acordo com o Relatório da Auditoria.

O Faturamento foi de R$ 105.471.476,52, e as despesas foram de R$ 123.785.387,26, e com um vermelho de -R$ 18.313.641,14.

O Ativo Circulante somou R$ 14.011.229,83, enquanto o Passivo Circulante foi de R$ 69.177.539,22, com uma péssima liquidez corrente, ou seja para cada 1 real de débitos o clube só tem a capacidade de R$ 0,20 para quita-los.

Mais grave ainda é a Liquidez Geral com apenas R$ 0,10 de acordo com o Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo (R$ 18.630.688,45), contra R$ 183.562.085,46 do Passivo Circulante + Passivo Não Circulante.

Com tais índices não conseguirá empréstimos em instituições financeiras por conta dos riscos. 

O Endividamento Total que foi apresentado no Balanço, demonstra que o endividamento do clube representa cerca de 79%, deduzindo-se que o Ativo é financiado cerca de 21% de capital próprio e 78% de capital  de terceiros, o que representa algo bem grave para o seu futuro.  

Na verdade a situação do clube a curto prazo é aterradora.

Todos os parcelamentos obtidos pelo Sport encontram-se vencidos.

Impostos que não foram pagos representam R$ 9.073.831,50 (ISS, INSS retido, Imposto de Renda, Contribuições, FGTS a Recolher, INSS sobre a Folha, PIS sobre a Folha entre outros).

Os auditores alertaram para o volume de tributos em aberto, em especial aos retidos na fonte, os quais deve ser dado prioridade na regularização, uma vez que como são descontados de terceiros o não recolhimento caracteriza apropriação indébita.

Outro alerta foi sobre os débitos com o SPU de 2013 a 2015, no total de R$ 2,2 milhões, que impedem a liberação da Certidão Negativa.

Por conta disso o patrocínio da Caixa ainda não foi firmado.

Quanto ao balanço geral ainda não foi divulgado.

Na verdade por conta desses números e do alto Passivo do clube (R$ 183.562.095,46) fica bem caracterizada que a sua situação é grave, embora o Presidente sempre tem afirmado que tudo vai bem, quando na verdade vai muito, e muito mal.

NOTA 2- OS TENTÁCULOS DA OPERAÇÃO CARTOLA

* A ¨Operação Cartola¨ está dando continuidade nas investigações no futebol paraibano, e no meio dessas indicam algumas suspeitas que podem alcançar outras regiões, inclusive competições nacionais.

A informação foi dada ao UOL pelo delegado Lucas Sá da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa (PB), um dos responsáveis por essa operação.

Embora inicialmente o foco esteja no estado da Paraíba, o delegado afirmou que existem indícios que essas mesmas condutas possam ter alcançado campeonatos regionais e inclusive nacionais.

Como existe um sigilo nas investigações não se pode falar sobre o que está sendo descoberto, desde que se souberem que estão sendo investigados poderá trazer prejuízos para as investigações.

Na realidade um fato que envolveu tantos personagens não poderia ser apenas em um só estado, e que as suas raízes devem ter se estendido para outras regiões.

O que desejamos é que a ¨Operação Cartola¨ não pare e que consiga buscar a verdade do que acontece nos intramuros do futebol, que está necessitando de um trabalho de limpeza como esse.

O esporte irá agradecer.

NOTA 3- AS RAZÕES DO PALMEIRAS

* O Palmeiras divulgou em seu site oficial as imagens de câmeras de segurança que comprovam a intervenção externa do diretor de árbitros da Federação Paulista, Dionísio Riberto Domingos, segundos após a marcação da penalidade inexistente contra o Corinthians.

Por conta disso entrou com um pedido de impugnação do jogo no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo.

Dificilmente será aceito, desde que existe a necessidade de provas de áudio e isso o clube não tem, mas sua posição poderá dar um basta em um tema recorrente da interferência externa nos jogos de futebol que é proibida pela FIFA.

A entidade do futebol paulista publicou uma nota afirmando que o diretor do seu setor de Árbitros tem a autorização de adentrar na área do jogo, mas na verdade esse tomou essa decisão para dar o recado ao árbitro assistente do que ouviu do ex-árbitro Paulo Cesar de Oliveira, comentarista da Globo que a penalidade não existiu.

A aproximação de Dionísio Ribeiro com o assistente Anderson José Moraes Coelho é clara nas imagens. Depois dessa, o quinto árbitro se deslocou para conversar com o árbitro que anulou  sua marcação.

O time alviverde tem outras imagens que não foram divulgadas mais comprometedoras, como também irão mostrar o histórico do diretor de árbitros na década de 90 quando de um escândalo na arbitragem paulista.

Mesmo se não conseguir o seu intento, o alviverde paulista estará dando uma colaboração bem decisiva para acabar com fatos que estão ficando recorrentes no futebol, e entre esses o da influencia externa tem se repetido.

Uma irregularidade que não está sendo contestada, é que o quinto árbitro não pode interferir no jogo, mas os vídeos mostram esse conversando com o quarto árbitro, antes deste entrar em campo para alertar Marcelo Aparecido de Souza, ferindo assim as regras da FIFA.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- UM PÊNALTI CONTROVERSO DÁ A VITÓRIA AO REAL MADRID

* Em um jogo emocionante e com um baile de futebol da Juventus, o Real Madrid escapou do vexame que aconteceu com o rival Barcelona quando perdia o jogo por 3x0, e com um pênalti controverso aos 50 minutos do segundo tempo que foi convertido por Cristiano Ronaldo tirou-o do atoleiro, levando-o às semifinais da Liga dos Campeões.

A Juventus surpreendeu a equipe merengue ao tomar conta do jogo e fazer 2x0 no primeiro tempo.

A Avenida Marcelo foi bem explorada por Douglas Costa que foi a grande figura do jogo.

Aos 15 minutos do segundo tempo em uma jogada nas costas do lateral brasileiro, o time italiano conseguiu o seu terceiro gol, que lhe dava o direito de passar para a outra fase.

O Real partiu para o desespero e aos 50 minutos em um pênalti bem controverso conseguiu o empate.

Na realidade a impressão deixada pela equipe de Madrid não foi boa para os seus torcedores, que sentiram as dificuldades que virão pela frente.

No outro jogo da Liga, o Bayern de Munique sofreu com a boa partida do Sevilla, que o ameaçou por várias vezes, mas no final conseguiu o  empate de 0x0 e a presença nas semifinais.

NOTA 5- A DESTRUIÇÃO DE JUNINHO

* O jovem Juninho foi mal preparado na base do Sport, que cuidou apenas do jogador, e esqueceu do homem.

Quando subiu para o time principal não estava preparado, inclusive pelo salário mais alto, quando passou a cometer atos bem fora da linha.

Ameaçou de morte uma namorada, pediu para não viajar com o time, motivando o técnico a afasta-lo do elenco.

Na verdade o abandonaram.

A sua fama correu o Brasil e no dia de ontem o Fortaleza conforme a declaração do seu supervisor deixou bem claro que não pretendia contrata-lo.

O terceiro clube que toma essa posição nessa temporada.

Obvio que tais fatos prejudicam mais ainda a mente do jogador, e que poderão tolher a sua carreira no futebol.

Aprendemos na vida que todos devem ter uma nova oportunidade, e esse é o caso de Juninho, jovem talento, mal formado no seu clube, e que não soube acolher a fama que estava chegando e adentrou em caminhos tortuosos.

O que estão fazendo com o atleta não é justo, e deveriam repensar, inclusive com um bom trabalho psicológico.

Da maneira que estão levando estão destruindo o seu futuro.

Lamentável.

NOTA 6- A MACACA ATROPELOU O TIMBU

* Embora a Ponte Preta não tenha um bom time, o Náutico sentiu a diferença dos seus jogos no estadual Fantasma contra times mais fracos do que a Macaca, e foi atropelado no primeiro tempo por 3x0, quando foi dominado inteiramente.

Na segunda etapa o time de Campinas tirou a chuteira do jogo, o alvirrubro perdeu um jogador que foi expulso, e a partida deu sono, transformando-se em uma pelada de várzea.

A ausência dos dois atacantes foi sentida pelo Náutico, mas na verdade esse sentiu a realidade diferente do que vinha acontecendo.

Para tirar a diferença no jogo de volta, o clube da Rosa Silva terá que se transformar numa Roma.

Escrito por José Joaquim

* POR AUGUSTO MAFUZ 

O revolucionário no futebol, como era pregada em sua oração o holandês Rinus Michels, o maior treinador de todos os tempos, ¨tudo é cíclico¨. Seu pupilo mais genial Johan Cruijff, tornou a lição perfeita mais tarde. ¨Tudo é cíclico e, as vezes, uma ilusão. Usou a Hungria de Puskas, de 1954 como a sua Holanda de 1974, como exemplos- nunca mais os húngaros e os  holandeses conseguiram ter gerações como aquelas.

Quando o Barcelona apresentou-se ao mundo com o seu ¨tiki-taka¨, baseado na ocupação de espaços para pressionar no campo do adversário e expandindo o time pela circulação da bola, o futebol já cansado de velhas convenções, em que a bola e o gol (esse, segundo o brasileiro Parreira) eram meros detalhes, tomou-se o catalão Pep Guardiola como criador de uma ¨nova revolução¨. 

Ontem em Manchester, o City de Guardiola, com todo o dinheiro do mundo, foi eliminado da Liga dos Campeões pelo Liverpool, com mais história é verdade, mas com um humilde quadro individual, embora exiba o egípcio Salah, o melhor jogador europeu dos dias atuais. E não só perdeu agora, por 2x1, como no confronto, foi humilhado: 5x1 nos dois jogos.

Já havia perdido contra o poderoso Bayern de Munique.

Quando Rinus Michels e Johan Cruijff deram um caráter cíclico e ilusório nos grandes momentos do futebol, foi em razão da Holanda de 1974. Pelo Ajax, dirigido pelo próprio Rinus, surgiu uma geração de craques que além da qualidade técnica, tinha uma virtude: havia um gênio Cruijff, e ao redor deles um grupo de jogadores de exceção em razão da inteligência. Krol, Rep, Naesker e Resenbrink contam os historiadores, tinham um raciocínio que não era comum ao jogador de futebol.

Pep Guardiola é um inovador e continua fazendo bem ao futebol, não se pode negar. Mas não pode ignorar que a imposição de seus métodos só foi possível de sua ascendência ao comando do Barcelona ao coincidir com uma geração portentosa como Pique, Busquets, Iniesta, Xavi e Messi cresceram e aprenderam juntos a jogar bola.

O pouco que Guardiola deixou no Barça, acabou ontem em Roma: Pique, Busquets, Iniesta e Messi, seis anos depois, e já sem a inteligência de Xavi, foram eliminados pela rústica Roma, em um improvável 3x0, em Roma.

A conclusão dessa história é única: não haverá técnico revolucionário se não ter um time com uma base de qualidade técnica e inteligente. Sem isso, as velhas convenções acabam voltando para compensarem essa falta.

SOBRE O AUTOR

Augusto Mafuz é colunista diário do jornal Tribuna do Parana, e é parte da história do futebol paranaense e nacional. É jornalista e advogado há mais de trinta anos, e conhece o futebol para muito além das quatro linhas.

NOTA DO BLOG

Sempre escolhemos alguns artigos de grande relevância, e sobretudo de pessoas serias, e livres de influencias estranhas.

Alguns amigos de Curtiba nos deram as melhores informações, nos mostrando que Augusto Mafuz é um desses, e um artigo de rara qualidade como esse teria que ser lido pelos nossos visitantes.

Por falta de comunicação não conseguimos lhe avisar que faríamos essa publicação, mas não poderíamos deixar passar a oportunidade de uma analise tão profunda de um lado do futebol que a maioria não consegue perceber.

Escrito por José Joaquim

As diversas alternativas através de alguns sites tem melhorado o debate sobre o futebol, com uma boa pluralidade, fato esse que não acontece com os programas dos diversos canais de televisão, que cuidam mais do varejo esquecendo o atacado, perdendo a qualidade.

Poucos atacam os problemas reais que afetam esse esporte.

Na última segunda-feira assistimos alguns programas que passaram um longo tempo discutindo os lances da arbitragem do jogo entre Palmeiras x Corinthians.

Perderam preciosos minutos falando sobre a falta de qualidade dos apitadores, quando deveriam discutir algo mais profundo que está enraizado nas suas preparações e seus comandos, além da falta de educação e civilidade dos jogadores e de alguns treinadores.

Obvio que é impossível a existência de 100% de seriedade no setor da arbitragem nacional, como acontece nos demais segmentos da sociedade, mas a sua maioria tem bons princípios, mas com pouca formação profissional.

Os mestres são mais fracos do que os alunos.

Além disso a pressão exagerada exercida por dirigentes, torcedores, jogadores e técnicos, são fatores importantes que influenciam nos seus erros.

Hoje o atleta manda no jogo.

Em qualquer marcação é feita uma roda cercando o árbitro.

O dedo em riste na sua cara é tão comum que é pouco citado. No controverso derby paulista, vimos um atleta do Corinthians dando uma peitada no auxiliar.

Esse virou-se, olhou e não tomou nenhuma providência.

Uma covardia total.

Perderam totalmente o respeito, as imagens são bem claras e muitas vezes espantam, mas os analistas preferem apenas afirmar que a arbitragem do campeonato está ruim, deixando de lado o debate sobre as razões de que isso acontece que sem duvida seria a parte mais importante.

Falta aos atletas uma educação esportiva como acontece na Europa, quando a arbitragem mesmo com erros é respeitada por todos e o aperto de mão é usual no final da partida.

São profissionais civilizados.

Os nossos, quando a partida é encerrada, cercam o árbitro para as reclamações e ameaças, com a presença do treinador e membros da comissão técnica.

Uma zorra total.

No transcorrer da partida o desmoraliza com as simulações, cai-cai, goleiros caindo de minuto em minuto.

Quando um atleta de um clube que tem o placar favorável vai ser substituído, recebe o recado do banco para cair no gramado para ganhar tempo na espera do carro maca. Ao deixa-lo pula serelepe como se nada tivesse acontecido.

Existe de tudo, menos futebol.

Na realidade sabemos que o problema da arbitragem nacional não é desonestidade, e sim de competência, e falta de um apoio maior dos dirigentes.

O futebol italiano era o mais avacalhado da Europa, tudo isso que observamos no Brasil acontecia em seus gramados.

Como a situação estava ficando fora do limite, começaram a adotar medidas duras, punições, cartões, expulsões, e os jogos melhoraram quando os árbitros obtiveram um maior respaldo.

O problema brasileiro está na falta de credibilidade dos dirigentes, que não transmitem confiança aos responsáveis pelo apito por conta da força dos clubes.

A situação é tão caótica que os campos de jogos servem de incentivo para torcidas organizadas, e o exemplo maior está da depredação da estação de metrô de São Paulo por torcedores do Palmeiras.

O debate deveria ser aberto com racionalidade, desde que a culpabilidade não deve ser jogada apenas nos ombros da arbitragem, e sim em um contexto geral que mapeia o nosso futebol.

Falta conteúdo aos programas esportivos, que estão mais para o lado do humor, do que uma analise desse Bloco dos Napoleões Retintos que está saindo do Sanatório Geral em que foi transformado o esporte da chuteira no Brasil.

Um jogo hoje tem apenas 45 minutos de bola corrida, o resto do tempo fica por conta das novas táticas adotadas, ou seja paralisa-lo de toda forma e maneira.

Esse é o futebol brasileiro sem lenço ou documento, nada nos bolsos ou nas mãos.