NOTA 1- A BLINDAGEM DE NELSINHO BAPTISTA
* Nelsinho Baptista está no comando do Sport desde o mês de janeiro, tempo esse bem necessário para ter um padrão de jogo eficiente com as peças que tem em suas mãos.
Apesar do período o rubro-negro de Pernambuco pouco mostrou nos gramados.
Um futebol insosso, desorganizado, modelo Infraero, com as bolas voando para a área adversária.
As cabeças dos defensores ficam inchadas.
Muitas vezes as partidas começam com escalas erradas, a do jogo contra o Central que era decisivo, a presença de um atacante sem experiência foi um erro grotesco. Quando acontecem as mudanças durante os jogos muitas vezes são equivocadas.
Qual o sentido de ter colocado Felipe Bastos? Nenhum, terminou sendo expulso.
Um somatório de erros que passam despercebidos pela imprensa local, e pela diretoria do clube, sendo que essa deveria ter chamado o feito à ordem.
Em um campeonato fraco como o nosso não vencer uma partida fora de casa atuando com equipes bem inferiores é algo que assusta. Apesar de tudo o treinador não é contestado por nenhum setor.
Não é natural um time da Série A Nacional ser eliminado da Copa do Brasil e do Estadual, por dois clubes da Série D, Ferroviário e Central.
Algo de errado está acontecendo, e todos ficam calados enquanto o barco afunda.
Sabemos que trata-se de um profissional correto, mas na verdade não se administra um clube com o coração.
Na realidade o técnico embarcou numa canoa furada, em um time onde atletas se negam a jogar, desaparecem para serem negociados, entre outras coisas.
Uma Casa da Mãe Joana que requer comando forte.
NOTA 2- O PATRIMÔNIO DO FUTURO PRESIDENTE DO CIRCO
* O jornalista Diego Garcia, do jornal Folha do São Paulo descobriu que Rogerio Caboclo que irá assumir o Circo do Futebol Brasileiro, multiplicou o seu patrimônio após ingresso nas lides esportivas.
Em 2001 quando começou a trabalhar na Federação Paulista tinha um patrimônio declarado de R$ 570 mil.
Após 17 anos já acumula R$ 8,6 milhões, ou seja 15 vezes a quantia original. O roteiro da evolução segundo o jornalista é o seguinte:
2012- Membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo;
2014- Além do COL tornou-se diretor executivo do Circo, cargo que exerce até hoje.
Nesse período adquiriu apartamentos no valor de R$ 4,5 milhões, um carro BMW (R$ 320 mil) e uma Mercedes-Benz ( R$ 360 mil). Além disso, tem 16,8% de cinco imóveis adquiridos por R$ 7,2 milhões, que estão em nome de uma empresa de sua família da qual é sócio.
As suas empresas tiveram um crescimento bem vertiginoso após a participação do cartola no COL e no Circo.
Segundo Rogerio Caboclo o seu patrimônio é compatível com as suas rendas.
Como dirigente da entidade do futebol nacional recebe mensalmente R$ 120 mil, sem os descontos legais.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 3- UMA MULTIDÃO DE DESEMPREGADOS
* Os estaduais estão sendo finalizados arrastando com eles um grande número de clubes sem calendário, e milhares de jogadores desempregados.
Entra ano e sai ano e nada se faz para mudar o sistema, para que o futebol seja estendido a todas as agremiações pelo período de dez meses como manda a legislação.
O Circo do Futebol há anos que afirma que não existem condições de bancar a Série E (5ª divisão Nacional), mas ao mesmo tempo realiza um campeonato de Aspirantes que começou na temporada anterior e que ninguém tomou conhecimento, inclusive os torcedores dos times disputantes.
Na ocasião ao mudarmos de canal vimos que o Esporte Interativo transmitia um desses jogos, com mariposas nas arquibancadas.
O custo de uma competição como essa é alto, desde que demanda viagens de avião, enquanto na Série E a maioria seria realizada via terrestre por ser regional, com fatos isolados na Região Norte onde as distâncias são mais longas.
Obvio que esse canal esportivo ao optar por uma competição do nada para o nada, poderia também transmitir os jogos da quinta divisão com a participação na maioria de clubes do interior.
O Circo tem má vontade e prefere assistir a morte do futebol com a hibernação da maioria dos seus filiados, que poderiam servir de celeiro para a renovação desse esporte no país.
Nada irá mudar enquanto o sistema não for mudado.
NOTA 4- O CONSTRANGIMENTO DE ZÉ RICARDO
* Vasco e Botafogo em três dias se enfrentaram por duas vezes com 10 gols marcados, e o mesmo placar de 3x2.
No domingo a sorte sorriu para o time vascaíno, e na última quarta-feira foi a vez do alvinegro carioca.
Na entrevista coletiva ficou demonstrado o constrangimento de Zé Ricardo treinador do time da Colina ao responder sobre o atraso de salários.
Elogiou o grupo, mas disse que a questão financeira incomoda desde que todos trabalhadores tem direito à receber, mas o elenco não tem a característica de se entregar.
Na realidade a situação do Vasco é trágica por conta da desastrada gestão de Eurico Miranda, com o elenco e seus funcionários com três meses sem recebimento dos seus proventos.
Esse clube é o retrato do futebol brasileiro, vitima de péssimas gestões, e que apesar de ter uma grande torcida está descendo a ladeira e apequenando-se cada vez mais.
O futebol carioca corre o risco de ficar com apenas um grande clube, no caso o Flamengo.
Lamentável.
NOTA 5- A COPA FANTASMA
* A Copa do Nordeste seguiu o rumo dos estaduais e transformou-se em Fantasma.
Os jogos espaçados, sem um rumo certo, com os horários modelo Globo, os torcedores desapareceram dos estádios.
A situação é tão estranha e que por conta da decisão da semifinal de Pernambuco nos esquecemos que Santa Cruz e Náutico teriam jogos no dia de ontem, e só descobrimos por conta de uma mensagem do jornalista Claudemir Gomes chamando a atenção para o vazio do palco do jogo entre Treze e Santa Cruz.
Na Arena Pernambuco mais uma vez entregue as mariposas dos refletores, o Náutico enfrentou o Botafogo-PB.
Não vamos falar das partidas desde que essas não existiram no item futebol.
Ambas sem sal.
Em Campina Grande, o tricolor empatou com o time local em 0x0, e em São Lourenço o alvirrubro derrotou o Belo por 1x0, ficando com chances de continuar na competição.
Na realidade a Copa do Nordeste nessa temporada é aquela de pior média de público da sua história.