blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O modelo do futebol brasileiro está mais para um Rendez-Vous do que para um esporte que já foi o mais importante para a sociedade do país.

Quando acompanhamos os jogos de algumas Ligas Europeias com estádios lotados, independente da classificação dos clubes, sabemos que tal fato é um produto da venda antecipada de ingressos, que garante a presença dos consumidores por toda a temporada.

Isso só acontece por conta de gestões profissionais e inteligentes, e sobretudo sem as diversas  espertezas daqueles que as comandam, que garantem o cumprimento de uma tabela, sem alterações em suas datas, perdas de mando de campo e outras esculhambações que acontecem em nossa pátria tupiniquim.

Os nosso exemplos são bem claros. O calendário coloca competições paralelas, e as datas são modificadas para atende-las. No futebol europeu só um grave problema muda os jogos programados.

Por outro lado, quando a detentora dos direitos de transmissão deseja alocar de forma melhor a sua grade de programação, as datas ou horários são alteradas.

Uma avacalhação total.

Os cartolas mudam como estivessem trocando de roupa, sem atentar para os prejuízos incalculáveis que trazem para o esporte, sobretudo na sua credibilidade.

Para que se tenha uma ideia exata desse absurdo, a média de mudanças de datas, horários ou locais de jogos é de 130 por ano. As explicações para tais modificações são patéticas.

O ritual sempre é o mesmo.

São coincidências com partidas das competições, reinvindicações da Globo, estádios fechados, venda de mando de campo para outras praças e punições dos Tribunais Desportivos.

Aliás, um rende-vous funciona melhor.

A venda de mando de campo foi oficializada pelo Circo do Futebol ao permitir que os cubes por cinco vezes possam jogar em outros estados. Nos estaduais vários participantes não tem locais para os seus jogos, e ficam vagando em casas estranhas que não tem nada com as suas cores. 

Como o torcedor poderá acompanha-los, quando se transformam em beduínos, ou organizar previamente a sua ida aos estádios, quando as datas são modificadas a cada dia?

A história trágica da perda de mando de campo nos julgamentos nos Tribunais, em especial no STJD que tem a responsabilidade pelo Brasileirão, é também um indutor dessa desorganização.

Deveria se punir os culpados de forma dura, mas não o futebol e o bom torcedor. Como se pode formatar uma competição em que todos metem a mão na panela, sabendo que a alimentação sairá doce ou salgada?

Os que fazem o futebol no Circo e nas entidades locais não conhecem o sistema, sabem tanto sobre esse esporte como nós entendemos de Física: nada.

Um rendez-vous funciona melhor.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO DE FUTEBOL NO BRASIL

* Um jogo de futebol no Brasil que deveria ser um lazer, torna-se sempre em casos policiais.

O site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, mostrou os acontecimentos ocorridos no último Grenal, que apesar de receber o menor público, foi o mais movimentado entre todos no plantão do Juizado do Torcedor (JTGE) no Beira Rio, na última quarta-feira.

Foram 13 ocorrências das mais diversas, uma a mais que nos últimos clássicos anteriores, por danos, injuria, desacato e tumulto.

Quatro ocorrências foram registradas por conta de rojões levados pelos torcedores dos dois clubes.

Um fato bizarro aconteceu com uma torcedora que levou até o JTGE reclamação contra um homem que teria fotografado suas nádegas e enviado a imagem para grupo de rede social. Na sequencia, o acusado ainda a teria xingado e ameaçado caso o denunciasse.

Vários casos de violência contra policiais (garrafadas), por conta de colorados que queriam entrar sem ingressos, e brigas generalizadas entre os torcedores.

Um torcedor teve que indenizar o Internacional pela quebra de um sanitário. O valor de R$ 400 foi dividido em duas parcelas.

Ao todo foram aplicados 110 jogos de afastamento dos estádios. * 

Isso é o futebol brasileiro.

* Dados do blog de Hiltor Mombach.

NOTA 2- EM MINAS OS CLUBES PEDIRAM ÁRBITROS DE FORA

* Um fato que não pode passar despercebido aconteceu no futebol mineiro.

Enquanto a arbitragem do jogo Central x Sport veio de Minas Gerais, os clubes que irão disputar nesse final de semana a segunda partida das semifinais do campeonato mineiro, pediram e foram atendidos na vinda de árbitros de outros estados.

Na realidade nos dois jogos que foram realizados, Tupi e Cruzeiro, América-MG e Atlético-MG aconteceram muitas lambanças.

Igor Junior Benevenuto que apitou o clássico local, anulou dois gols do Coelho, sendo que um desses foi legitimo.

Um erro que alterou o resultado final, desde que o Galo venceu por 1x0.

Na realidade nos estaduais existe um desgaste da arbitragem desde que as escalas são sempre as mesmas, e isso produz um efeito negativo, quando acontecem erros as reclamações são contundentes.

A diretoria do América ironizou a atuação de Benevenuto, inclusive dizendo que iria pedir a repetição do quarteto para o jogo de volta, pois esses poderiam mostrar que treinaram no primeiro jogo e iriam melhorar no segundo.

O lado humorístico dessa história é que a arbitragem mineira para os grandes clubes não serve, mas para Pernambuco essa foi ideal.

Nem Freud poderia explicar.

NOTA 3- UMA CABEÇA À PRÊMIO

* Jair Ventura ainda não conseguiu esquentar a cadeira com menos três meses como técnico do Santos, já tem a cabeça sendo preparada para a degola.

Embora as mídias de São Paulo não estejam tratando do assunto, o técnico está sendo olhado com desconfiança pelo presidente José Carlos Peres, que pensa em contratar um novo comandante.

Hoje será o dia D com o jogo da semifinal contra o melhor time do campeonato, Palmeiras. No caso de derrota dificilmente Ventura ficará no cargo.

O que vem pesando é que o Santos nos seus últimos sete jogos, venceu apenas um.

Nas 16 partidas sobre o seu comando o time peixeiro teve 6 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, com um aproveitamento de 48%.

A música já está tocando, e depois do clássico de hoje dependendo do resultado, o técnico poderá perder a cadeira. Paulo Autuori que é o executivo do Fluminense é o mais cotado.

Jair Ventura cometeu um erro crasso, desde que deveria ter ficado mais um ano no Botafogo em processo de maturação e depois tentar um pulo mais alto.

Ouviu a sereia cantar nas praias santistas e correu para abraça-la.

Esse é o futebol brasileiro.

Na realidade o Santos vem jogando com um time muito jovem, e isso está refletindo nos resultados.

O sistema é o de não ganhou, dançou.

NOTA 4- OS DOIS NÍVEIS DO FUTEBOL

* No início da tarde a seleção do Circo enfrentou a seleção de Putin.

O primeiro tempo foi medíocre, insosso e preso à frente do ônibus russo sem saber ultrapassa-lo.

Terminou em 0x0.

No segundo tempo em um lance de bola parada Miranda aproveitou um rebote e marcou o primeiro gol.

O segundo foi de pênalti, e depois veio o terceiro fechando o placar.

Não foi um bom jogo mas serviu para que Tite utilizasse o seu Titês para jornalistas de queixos caídos e babas escorrendo pela boca.

O pastor quando faz a sua preleção todos choram.

A seleção circense está no nível dois.

Mais tarde as duas últimas campeãs do mundo, Alemanha e Espanha se enfrentaram em uma partida de um futebol de verdade.

Não teve bolas Infraero como as do Circo, até os escanteios são por baixo.

Os trinta minutos iniciais do time espanhol foram primorosos.

A Alemanha melhorou e igualou o jogo.

Os trinta minutos do segundo tempo foram dos alemães, mas com as trocas o jogo esfriou no seu final.

Duas seleções do primeiro nível que são as favoritas ao título, assim como a França e Bélgica.

O Circo corre por fora. 

As caras desse Mundial estão aparecendo, e sem nenhuma novidade.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Arnaldo Barros, presidente do Sport em uma de suas entrevistas arrogantes afirmou que o clube não iria disputar a Copa do Nordeste.

Apesar do fracasso desse ano por falta de um melhor entendimento e sobretudo por conta da fórmula da competição, essa com algumas reformulações, inclusive com uma segunda divisão, é sem duvida o que tem de melhor para o futebol da região, e com cotas razoáveis para os participantes.

Como perguntar não ofende, gostaríamos de saber qual o direito que o cartola tem de tirar o clube de uma competição que será realizada em 2019, quando não estará mais no comando do clube?

Uma outra pergunta bem pertinente, ou seja: onde estão os rubro-negros que aceitam tais coisas de forma tranquila como cordeiros a serem imolados em um altar?

Vamos aguardar as respostas, desde que o Sport, como os demais clubes não tem donos.

Pertencem aos seus sócios e torcedores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A BLINDAGEM DE NELSINHO BAPTISTA

* Nelsinho Baptista está no comando do Sport desde o mês de janeiro, tempo esse bem necessário para ter um padrão de jogo eficiente com as peças que tem em suas mãos. 

Apesar do período o rubro-negro de Pernambuco pouco mostrou nos gramados.

Um futebol insosso, desorganizado, modelo Infraero, com as bolas voando para a área adversária.

As cabeças dos defensores ficam inchadas.

Muitas vezes as partidas começam com escalas erradas, a do jogo contra o Central que era decisivo, a presença de um atacante sem experiência foi um erro grotesco. Quando acontecem as mudanças durante os jogos muitas vezes são equivocadas.

Qual o sentido de ter colocado Felipe Bastos? Nenhum, terminou sendo expulso.

Um somatório de erros que passam despercebidos pela imprensa local, e pela diretoria do clube, sendo que essa deveria ter chamado o feito à ordem.

Em um campeonato fraco como o nosso não vencer uma partida fora de casa atuando com equipes bem inferiores é algo que assusta. Apesar de tudo o treinador não é contestado por nenhum setor. 

Não é natural um time da Série A Nacional ser eliminado da Copa do Brasil e do Estadual, por dois clubes da Série D, Ferroviário e Central.

Algo de errado está acontecendo, e todos ficam calados enquanto o barco afunda.

Sabemos que trata-se de um profissional correto, mas na verdade não se administra um clube com o coração.

Na realidade o técnico embarcou numa canoa furada, em um time onde atletas se negam a jogar, desaparecem para serem negociados, entre outras coisas. 

Uma Casa da Mãe Joana que requer comando forte.

NOTA 2- O PATRIMÔNIO DO FUTURO PRESIDENTE DO CIRCO

* O jornalista Diego Garcia, do jornal Folha do São Paulo descobriu que Rogerio Caboclo que irá assumir o Circo do Futebol Brasileiro, multiplicou o seu patrimônio após ingresso nas lides esportivas.

Em 2001 quando começou a trabalhar na Federação Paulista tinha um patrimônio declarado de R$ 570 mil.

Após 17 anos já acumula R$ 8,6 milhões, ou seja 15 vezes a quantia original. O roteiro da evolução segundo o jornalista é o seguinte:

2012- Membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo;

2014- Além do COL tornou-se diretor executivo do Circo, cargo que exerce até hoje.

Nesse período adquiriu apartamentos no valor de R$ 4,5 milhões, um carro BMW (R$ 320 mil) e uma Mercedes-Benz ( R$ 360 mil). Além disso, tem 16,8% de cinco imóveis adquiridos por R$ 7,2 milhões, que estão em nome de uma empresa de sua família da qual é sócio.

As suas empresas tiveram um crescimento bem vertiginoso após a participação do cartola no COL e no Circo.

Segundo Rogerio Caboclo o seu patrimônio é compatível com as suas rendas.

Como dirigente da entidade do futebol nacional recebe mensalmente R$ 120 mil, sem os descontos legais.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 3- UMA MULTIDÃO DE DESEMPREGADOS

* Os estaduais estão sendo finalizados arrastando com eles um grande número de clubes sem calendário, e milhares de jogadores desempregados.

Entra ano e sai ano e nada se faz para mudar o sistema, para que o futebol seja estendido a todas as agremiações pelo período de dez meses como manda a legislação.

O Circo do Futebol há anos que afirma que não existem condições de bancar a Série E (5ª divisão Nacional), mas ao mesmo tempo realiza um campeonato de Aspirantes que começou na temporada anterior e que ninguém tomou conhecimento, inclusive os torcedores dos times disputantes.

Na ocasião ao mudarmos de canal vimos que o Esporte Interativo transmitia um desses jogos, com mariposas nas arquibancadas.

O custo de uma competição como essa é alto, desde que demanda viagens de avião, enquanto na Série E a maioria seria realizada via terrestre por ser regional, com fatos isolados na Região Norte onde as distâncias são mais longas.

Obvio que esse canal esportivo ao optar por uma competição do nada para o nada, poderia também transmitir os jogos da quinta divisão com a participação na maioria de clubes do interior.

O Circo tem má vontade e prefere assistir a morte do futebol com a hibernação da maioria dos seus filiados, que poderiam servir de celeiro para a renovação desse esporte no país.

Nada irá mudar enquanto o sistema não for mudado.

NOTA 4- O CONSTRANGIMENTO DE ZÉ RICARDO

* Vasco e Botafogo em três dias se enfrentaram por duas vezes com 10 gols marcados, e o mesmo placar de 3x2.

No domingo a sorte sorriu para o time vascaíno, e na última quarta-feira foi a vez do alvinegro carioca.

Na entrevista coletiva ficou demonstrado o constrangimento de Zé Ricardo treinador do time da Colina ao responder sobre o atraso de salários.

Elogiou o grupo, mas disse que a questão financeira incomoda desde que todos trabalhadores tem direito à receber, mas o elenco não tem a característica de se entregar. 

Na realidade a situação do Vasco é trágica por conta da desastrada gestão de Eurico Miranda, com o elenco e seus funcionários com três meses sem recebimento dos seus proventos.

Esse clube é o retrato do futebol brasileiro, vitima de péssimas gestões, e que apesar de ter uma grande torcida está descendo a ladeira e  apequenando-se cada vez mais.

O futebol carioca corre o risco de ficar com apenas um grande clube, no caso o Flamengo.

Lamentável.

NOTA 5- A COPA FANTASMA

* A Copa do Nordeste seguiu o rumo dos estaduais e transformou-se em Fantasma.

Os jogos espaçados, sem um rumo certo, com os horários modelo Globo, os torcedores desapareceram dos estádios.

A situação é tão estranha e que por conta da decisão da semifinal de Pernambuco nos esquecemos que Santa Cruz e Náutico teriam jogos no dia de ontem, e só descobrimos por conta de uma mensagem do jornalista Claudemir Gomes chamando a atenção para o vazio do palco do jogo entre Treze e Santa Cruz.

Na Arena Pernambuco mais uma vez entregue as mariposas dos refletores, o Náutico enfrentou o Botafogo-PB.

Não vamos falar das partidas desde que essas não existiram no item futebol.

Ambas sem sal.

Em Campina Grande, o tricolor empatou com o time local em 0x0, e em São Lourenço o alvirrubro derrotou o Belo por 1x0, ficando com chances de continuar na competição.

Na realidade a Copa do Nordeste nessa temporada é aquela de pior média de público da sua história.

Escrito por José Joaquim

É impossível uma empresa resistir por muitos anos sem que tenha uma boa gestão, e fundamentalmente o planejamento.

O açodamento é a ruina, e tal fato vem acontecendo em diversos clubes brasileiros que tem o imediatismo como bandeira, e o médio ou longo prazo como inimigos.

O Sport perdeu o seu rumo quando deixou de planejar e adotou o sistema do aleatório que é o de arriscar para ver se dá certo.

Um clube como qualquer outra empresa tem um trinômio que é o responsável por seu destino: financeiro, administrativo e marketing.

Sem o funcionamento correto desses três setores, dificilmente terá sucesso no seu dia a dia.

O rubro-negro tem uma boa estrutura física, um orçamento acima de realidade regional, mas falta-lhe um projeto estruturador, e com a ausência de bons gestores que tenham uma visão estratégica do sistema esse foi levado a atual situação.

Quando se analisa o cotidiano do clube da Ilha do Retiro de um modo geral, observa-se que esses setores não funcionam.

As finanças estão abaladas, o clube foi terceirizado, o seu patrimônio abandonado, e finalmente sem um projeto que vise a aproximação com os sócios.

A resultante dessa equação é mostrada através de atrasos salariais, cobranças na Justiça, uma sede sem nada oferecer aos associados que foram se afastando do seu dia a dia, o setor do futebol perdido no caminho com contratações equivocadas, altos salários sem um retorno, e no momento sendo enxovalhado nas mídias por conta da negociação de Rithely, que está sendo tratada como uma tentativa de um drible no Internacional.

Erros e mais erros são cometidos.

Falta ao clube a devida transparência, cujos resultados são os que estamos assistindo.

As metas projetadas necessitam de profissionais competentes para fazê-las funcionar, e se isso não acontece é obvio que o destino de qualquer empresa e o clube está nesse meio, será o fundo do poço e o Sport está trilhando esse caminho.

Sem uma boa gestão os caminhos tornam-se tortuosos.

Na realidade, o rubro-negro pernambucano tem a necessidade de uma mudança radical para que possa trilhar novos caminhos, e que só poderá acontecer através de bons gestores.

Há um bom tempo que alertamos os rubro-negros sobre o destino do clube, e iremos continuar com a mesma linha, e por conta disso podemos afirmar que se não acontecer uma revolução administrativa e financeira no Sport, esse chegará no final do ano agregando para a sua história mais um rebaixamento.

O presidente Arnaldo Barros tem que entender que uma andorinha só não faz o verão, e necessita de muitas para que isso aconteça.

Se insistir na continuidade do modelo atual de gerenciamento do clube, sem um projeto de recuperação não irá chegar ao final do seu mandato.

A derrota para o Central de forma merecida por ter sido o melhor em campo, é um recado de que sem mudanças tudo ficará como dantes.

Escrito por José Joaquim

As pessoas sensatas e mais avisadas pedem mudanças radicais no futebol brasileiro, por sentirem de perto a longa agonia que tomou conta desse esporte nos últimos anos.

O segmento mais interessado com relação a tal assunto é o dos dirigentes, os quais são omissos, e com raras exceções não pregam a necessidade de uma reformulação nesse esporte.

Essa gente parece que vive no sistema do ¨quanto pior melhor¨, e que o mantém em seus cargos.

Não observamos nenhuma reação dos cartolas, mesmo com seus clubes com dificuldades, no tocante ao modelo comandando pelo Circo do Futebol que é um dos menos transparentes do planeta, comparado ao do Continente Africano.

Os escândalos que aconteceram deixaram bem claro o que acontecia no prédio da Barra da Tijuca, que recebeu uma herança da Rua da Alfandêga.

Existe uma acomodação geral aliada ao receio de represálias, que é comum em modelos ditatoriais.

Os clubes jogam três, e as vezes quatro vezes por semana, com viagens longas, e não se ouve uma voz reclamando. Parece que se trata algo normal, mas os reflexos estão nos seus Departamentos Médicos, com lesões acontecendo em todos os jogos, mesmo em inicio de temporada.

Vamos imaginar o que acontecerá no seu final.

As datas FIFA não paralisam as competições, alguns jogadores são convocados para a seleção, embora sejam poucos, e todos ficam calados com medo de um poder que na realidade tem as suas estruturas apodrecidas. 

Trata-se do efeito de um calendário anual imoral e que atende aos interesses únicos da emissora de televisão que é dona dos direitos de transmissão.

A arbitragem nacional afundou com o nosso futebol, e todos sabem o motivo que é o da ausência de um comando com competência, bom passado e currículo exemplar, que possa dar uma visão aos árbitros de algo melhor, e sobretudo respeito.

No Brasil até o árbitro de vídeo foi desmoralizado.

Todos sabem e emudecem, assistindo de camarote os seus clubes perdendo pontos por conta dos erros cometidos pelos apitadores de seus jogos. Receio de represálias.

Mudar para que, se está tudo bem?

Salários atrasados entre grandes e pequenos, o público deixou uma ociosidade nos estádios do Brasileirão passado de 61%, e nos atuais estaduais, 82%. Os dirigentes não falam em mudanças.

São felizes na decadência.

O futebol brasileiro continua vivendo na idade da pedra, não se renova, apega-se a uma grande mentira que são os estaduais, não apresenta caras novas, sérias e comprometidas com o futuro, que poderiam promover as modificações necessárias.

Esse esporte ficou dependente do retrocesso, gestões amadoras, que os levaram ao fundo do poço, mas todos acham que vivem na Ilha da Fantasia, e que não necessita de mudanças.

O São Paulo ofereceu um prêmio de R$ 200 mil para cada jogador no caso de uma vitória contra o São Caetano na última terça-feira. Essa aconteceu graças a uma falha grotesca do goleiro adversário. A sua diretoria pagou por algo que seria o dever dos seus atletas.

Obvio que esse é um caminho errado que está sendo percorrido pelo tricolor paulista, desde que o sucesso não vem por conta de um prêmio, e sim com trabalho, organização, e sobretudo com um bom futebol. São atrasados.

Quanto pior, melhor, é o modelo dos pretensos salvadores da pátria, que aparecem como aqueles que poderão resolver os problemas dos clubes, e que na verdade chegam imbuídos de outros sentimentos e interesses pessoais.

Vivemos no tempo da brilhantina e do matador de mosca.