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Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O GLOBO

A empolgação dos rubro-negros é tanta que alguns torcedores me abordaram no aeroporto querendo saber se já não estava na hora de Jorge Jesus assumir a seleção brasileira. Rimos muito, trocamos ideias saudáveis e lembrei o período em que passei na Gávea. Fiz questão de deixar claro que Tite não é pessoa certa para liderar a renovação do futebol brasileiro. Perderemos mais uma geração nas mãos da escola gaúcha, retrógrada, velha, burocrática e retranqueira.

E digo mais: já passou da hora de um estrangeiro assumir esse cargo. Os trabalhos de Jorge Jesus e Sampaoli servem para trazer essa discussão de volta. Por que não convidarmos o alemão Jurgen Klopp, do Liverpool, ou o espanhol Joseph Guardiola, ou o francês Arsène Wenger, ou o italiano Claudio Ranieri??? Quando vejo à beira do campo os profissionais que cuidam de nossas seleções de base chego a me arrepiar, e não enxergo a luz do fim do túnel! Não conheço ninguém! Todos sem histórico e bagagem para assumirem os cargos.

Por onde andam Rogério Micale, campeão olímpico, e Carlos Amadeu que estava em recente fiasco da seleção sub-20? Quem serão os próximos aventureiros? Ou a CBF muda radicalmente essas escolhas ou continuaremos afundando na areia movediça da mediocridade. Essa renovação é mais do que necessária!

Me apontem dois técnicos revelações que tenham surgido no mercado! Todos nascem com ideias ultrapassadas. Novo e com qualidade lembro de Tiago Nunes, do Athletico-PR, que ficou de interino de Fernando Diniz até assumir um time sem estrelas. Vá listando os clubes e seus professores e verão que não saímos do lugar, inclusive na Segunda e Terceira Divisões. Só cego não enxerga isso.

Li uma entrevista de Jorge Jesus muito boa em que ele coloca o dedo na ferida aberta por nossos treinadores. Segundo Jesus, eles sempre se agarram e apostam suas fichas no talento de um ou dois jogadores capazes de decidir uma partida, como foi Romário e Bebeto, e os Ronaldos. Esquecem o conjunto. Por isso, Tite diz para quem quiser ouvir que Neymar é imprescindível. Porque ele, e somente ele, pode garantir o seu emprego.

Tite já teve tempo de sobra e não conseguiu montar um time. E não me venham falar da Copa América, esse papo para boi dormir. Hoje nenhum brasileiro tem capacidade para comandar a tão sonhada renovação do futebol brasileiro.

Se 99% dos jogadores atuam na Europa, por que não um treinador de lá? Mas para comandar as da base e a principal!

Quem viu Ceará x Botafogo e Fluminense x Corinthians entende bem o que estou dizendo. Não dá mais! Quero voltar a assistir jogos de futebol!!!

Cansei de ver os animais se acasalando no Animal Planet, já aprendi a fazer feijoada natureba nos diversos canais de gastronomia, sei tudo sobre decoração, já vi todos os desenhos do Pica-Pau e até Pesque-Pague, do filho de Datena, estava assistindo outro dia! Por isso peço encarecimento aos dirigentes da CBF: não deixem o futebol sair de minha vida!!!

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ACREDITEM NO ATHLETICO 

* Um jogo que ficará para a história do Athletico-PR, e que servirá para aqueles que duvidavam do seu tamanho no contexto do futebol nacional.

Um Beira-Rio lotado, com uma exibição segura, o Furacão venceu por 2x1 o Colorado, e assegurou uma conquista inédita. Mesmo fora de casa o Athletico se sentiu à vontade.

Os primeiros quinze minutos do jogo parecia uma encontro de rivais da várzea, com uma luta incessante pela bola. A fome de ambos era grande e o Internacional apesar de pressionar esboçava sinais de nervosismo.

O Rubro-Negro teve uma postura mais retraída e com contra-ataques velozes, e em um deles Citadini aproveitou a chance e abriu o placar. Nico empatou para o time gaúcho.

No segundo tempo o Athletico mostrou o seu cartão de maioridade ao ingressar no Grupo dos 13 grandes, que na verdade não existe, desde que alguns desses participantes perderam esse direito.

O gol de Rony após um lance antológico de Marcelo Cirino, calou o Beira-Rio e consagrou um time que superou Flamengo, Grêmio e Internacional na competição, e que não tem nada mais para provar que é uma realidade e produto de uma boa gestão.

Um elenco simples, um excelente treinador, o modelo de gestão formam o conjunto dos responsáveis pelo sucesso do Furacão que passou por Porto Alegre.

Enquanto os paranaenses comemoravam, a torcida do Corinthians chorava de vergonha com o baile do equatoriano, Del Valle, que mesmo jogando em Itaquera venceu o jogo da Sul-Americana por 2x0.

Uma vergonha.

NOTA 2- AINDA SOBRE A PESQUISA DAS TORCIDAS

* Como sempre acontece em nosso país, quando surge uma pesquisa sobre qualquer assunto, no outro dia os especialistas aparecem com suas opiniões. Aliás o Brasil é o pais dos especialistas por isso é que está nessa situação.

Temos em nosso poder todas as pesquisas feitas junto a população brasileira sobre a opção por um time, que desde 2003 isso acontece.

Na verdade, após serem analisadas, nada mudou nesse período, e nenhum time oscilou, nem para cima, nem para baixo, dentro da margem de erro adotada pelos responsáveis.

O único item que ficou fora da margem de erro para baixo, foi o percentual de 5% de queda entre os que não torcem por nenhum time, e que foi o ponto mais importante.

O resto é bem real, e o Flamengo quando joga em estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste o público presente é o maior espelho para qualquer pesquisa.

NOTA 3- O GOL DE LETRA DO TREZE/PB

* O Treze de Campina Grande/PB, fez um gol de letra ao entrar na era da modernidade ao fechar uma parceria com a Red Bull Brasil, que irá assumir o comando do seu futebol a partir da Série C de 2020. O investimento previsto é de R$ 45 milhões.

Como aconteceu com o Bragantino que é um sucesso na Série B Nacional, toda a parte administrativa ficará à cargo da Red Bull Brasil, que aos poucos irá assumir o comando geral.

Esta foi a forma mais rápida do grupo austríaco para chegar a mais um clube do futebol brasileiro. A empresa já tem times na Áustria (Red Bull Salzburg), campeão por muitos anos, na Alemanha (RB Leipzig) ambos disputando a Liga dos Campeões, e também nos Estados Unidos (Nova York Red Bulls).

O negócio só prosperou depois da negativa do Botafogo-PB clube que seria o primeiro alvo da empresa para entrar na região, quando rejeitou uma proposta de R$ 35 milhões.

Daqui há três anos, os torcedores do Belo estarão se lamentando quando o Galo estiver na Série A Nacional, posto que o projeto é igual ao que aconteceu com o Bragantino.

Vamos e venhamos, os clubes de nossa Região necessitam de um suporte como esse para que possam mudar de patamar. Se não o fizerem, certamente irão continuar descendo numa ladeira íngreme, ou hibernando em uma caverna.

O Treze-PB acabou de ingressar na era da modernidade.

NOTA 4- A MELHOR COISA NO BRASIL É O DE SER UMA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL

* No Brasileirão as Federações fazem farra e folia com a taxa de 5% que é cobrada na renda bruta dos clubes.

Até a última rodada, essas já tomaram R$ 7.647.828,42 dos vinte clubes que integram o Brasileiro da Série A.

De conformidade com as estatísticas publicadas pelo site sr.Goool, somente a Federação Paulista de Futebol colocou em seus cofres R$ 2.923.911,22.

Para que se tenha uma ideia real, a grana recebida é maior do que a renda líquida de 12 clubes que disputam a competição. O Corinthians é o clube de São Paulo que mais passou dinheiro para a sua entidade (R$ 981.534,37).

Líder do Brasileiro, o Flamengo viu R$ 900.778,99 correndo para o caixa da FERJ. A entidade, no total, amealhou R$ 2.017.441,83.

A FERJ não perdoou o Botafogo que tem o maior rombo do Nacional (R$-266.549,99), mais ainda assim repassou R$ 250.524,53.

A Federação Gaúcha (FGF) enquanto isso, completa o TOP 3 com renda de R$ 720.795,45.

Não existe nada melhor do que uma Federação de Futebol no Brasil.

Não tem um jogador, não tem treinador, cobra taxas e mais taxas, até a ida ao banheiro.

São coisas do nosso futebol.

NOTA 5 - OS CLUBES SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE A SELEÇÃO DO CIRCO 

* Um ponto bem importante da Pesquisa Datafolha sobre as torcidas do futebol brasileiro, passou despercebido pelos analistas de Escolas de Samba, foi o que determinou que os clubes são mais importantes do que a Seleção Circense.

Enquanto os números das agremiações mostraram um bom nível de torcedores, a chamada seleção Circense foi citada por apenas 2% de preferência para essa. 

Tal fato já comentamos por muitas vezes em nossas postagens, aos mostrarmos que sem os clubes não tem futebol, esses são a sua essência, e sem o Circo as competições continuam, e para tal basta a formação de uma Liga Profissional.

Os torcedores deram o recado, e querem seu times completos nessa segunda parte do Brasileiro, sem convocações que irão prejudica-los.

Para os dois amistosos mequetrefes que estão previstos para a tal seleção, o Encantador de Jornalistas  deveria convocar os jogadores que atuam apenas no exterior, e que a entidade que dirige o futebol nacional, pelo menos por uma vez olhe para o seu maior campeonato que transformou-se em um simples torneio de times alternativos.

Os cartolas se tivessem coragem, certamente com essa pesquisa poderiam dar um basta na direção do picadeiro do Circo do Futebol.

Uma vergonha.

NOTA 6- BOTAFOGO E FLUMINENSE DEIXARAM DE SER GRANDES

* Fluminense e Botafogo, que são considerados pelas mídias como grandes, na verdade com apenas 1% de adeptos no Brasil, tornaram-se medianos.

Empataram com o Bahia, Sport, Fortaleza e Ceará.

Com um percentual como esse à nível nacional, fica obvio que as possibilidades comerciais ficam reduzidas, e isso influencia de forma profunda para a formação de um bom elenco.

Não é novidade que a situação de ambos é trágica.

O Alvinegro nesta semana teve que contar mais uma vez com o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, para que pudesse pagar os salários dos seus jogadores e funcionários.

Dois clubes de um passado glorioso, aos poucos foi sendo consumido pelas péssimas gestões que os levaram para o fundo do poço.

Lamentável.

NOTA 7- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS NA SÉRIE B

* O futebol brasileiro há muito tempo está internado no Sanatório Geral.

O bloco dos técnico demitidos já tem duas alas, e a cada rodada tanto na Série A, como na B um profissional perde a sua cadeira.

Embora o Vitória não tenha publicado a Nota Oficial, Carlos Amadeu treinador do clube se antecipou e publicou a sua demissão através de sua rede oficial.

Segundo a sua postagem, ele soube no desembarque da delegação em Salvador que estava sendo desligado das funções. Comandou o Rubro-negro baiano por nove jogos, onde acumulou três vitórias, quatro empates e duas derrotas.

No momento o time é o 15º colocado com 24 pontos conquistados, somente um a mais do que o primeiro da zona da Caetana, o São Bento.

Com isso o Vitória chega ao quarto técnico em 2019, o que mostra de forma clara que o problema é maior do que se pensa, e tem na sua gestão uma grande parte dessa debacle.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A DECISÃO SULISTA DA COPA DO BRASIL

* O Beira-Rio com todos os ingressos vendidos antecipadamente será o palco da final da Copa do Brasil entre dois clubes sulistas, o dono da casa, Internacional e o visitante Athletico do Paraná.

O Rubro-negro saiu à frente no jogo de ida da disputa com uma vitória de 1x0 jogando em sua Arena, onde é abarrancado. O empate lhe dará o título.

O Colorado vencendo por diferença de um gol, leva a decisão para as penalidades: por dois gols fica com a Taça e o prêmio.

A equipe gaúcha também é abarrancada. Disputou 18 partidas como mandante, no Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores, e está invicto, com um aproveitamento de 85,1%, embora tenha quatro empates que dariam o título para o rival, e mais seis jogos com o placar mínimo, que levaria a decisão para os pênaltis.

O Furacão não é um bom visitante, e no Brasileiro tem 26,27% de aproveitamento.

Se essa decisão for para a cobrança de penalidades, o Internacional precisou desse critério do Regulamento para eliminar o Palmeiras, enquanto o Furacão derrubou o Flamengo no Mineirão, e o Grêmio em Curitiba. 

Um jogo que deverá ter emoções, e especial por ser uma decisão da Copa sem times do eixo Rio-São Paulo.

NOTA 2- O DOMÍNIO DAS RECEITAS DO FUTEBOL 

* O site Goal publicou uma pesquisa sobre as receitas do futebol, e constatou que Palmeiras e Flamengo dominam esse tal item, desde o ano de 2014.

Para que se tenha uma ideia, em 2018, o Alviverde faturou R$ 654 milhões, enquanto o Rubro-Negro carioca recebeu R$ 538 milhões no mesmo período.

Em 2014, os dois times começaram a ocupação no topo da lista.

Nesse ano, os cariocas estiveram à frente, com R$ 342 milhões, contra R$ 224 milhões dos paulistas. No ano seguinte, o Palmeiras deu um salto gigante e se tornou pela primeira vez em dez anos o clube de maior arrecadação do Brasil: R$ 351 milhões contra R$ 350 milhões do Flamengo.

A dupla seguiu brigando pelo topo nos anos seguintes. Em 2016, o Palmeiras recebeu R$ 507 milhões e o Flamengo embolsou R$ 490 milhões. Em 2017 a situação se inverteu com o Rubro-negro levando R$ 620 milhões para os seus cofres e o Alviverde somando R$ 538 milhões.

No período entre os anos de 2009 a 2013, o domínio era do São Paulo e Corinthians.

A lanterna teve quatro clubes distintos. Cruzeiro em 2012, e Vasco em 2017. O Fluminense ocupou o lugar em dois anos consecutivos (2013 e 2014). O Botafogo se responsabilizou nos outros anos- 2009, 2010, 2011, 2015, 2016 e 2018. Com exceção do Flamengo, o futebol carioca vem rolando na ladeira.

Um fato bem interessante é que a dupla Grenal sempre está na briga pelos primeiros lugares.

Na realidade o rio só corre para o mar, assim como os recursos do nosso futebol que chegam para poucas mãos, e desequilibram as competições.

São coisas do futebol brasileiro em pleno vapor da espanholização.

NOTA 3- O OPERÁRIO DE PONTA GROSSA E O CENTRAL DE CARUARU

* Na noite da última segunda feira ao assistirmos a derrota da Ponte Preta para o Operário de Ponta Grossa-PR, nos lembramos do Central de Caruaru que está hibernando em uma caverna localizada na Serra das Russas.

O time paranaense é chamado por seus torcedores de Fantasma, por conta de suas vitórias. Foi campeão da Série D de 2017, repetiu o feito em 2018 conquistando o título da Série C, e está fazendo uma campanha brilhante na B, participando do G4 em algumas vezes. No momento está na 5ª colocação.

Trata-se de um produto bem administrado, com os pés no chão, e com gastos dentro dos seus limites. É muito difícil uma equipe subir para a Série B, e no mesmo ano brigar no meio de equipes que já estão acostumadas com esse tipo de competição.

Em 23 rodadas, somou 35 pontos, com 10 vitórias. O estádio em todos os seus jogos está sempre lotado, e com uma torcida que o abraçou.

Ponta Grossa tem uma população de 351.736 habitantes, na mesma proporção de Caruaru, que tem um time tradicional abandonado no meio do mundo.

Qual a razão dessa cidade do estado do Paraná ter um clube que lhe traz orgulho, e a nossa capital do Agreste não consegue abraçar o seu representante?

Em uma postagem antiga ao defendermos o Central, afirmamos que Caruaru o odeia, pois a sua população não o abraça, e foi assistindo de forma passiva a sua debacle.

A patativa do Agreste poderia ser um time maior ou do nível do Fantasma de Ponta Grossa, mas nada é feito para isso, e infelizmente está desaparecido do mapa futebolístico.

É lamentável, acorda Caruaru.

NOTA 4- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS NA SÉRIE B

* Não tem no planeta um futebol tão surreal como o nosso, onde a alegria dos cartolas é cortar a música na dança das cadeiras. É o orgasmo dessa gente.

O Figueirense que está em crise permanente, com 13 rodadas sem uma única vitória, demitiu ontem o técnico Vinicius Eutrópio, que já tinha passado pelo clube por duas vezes e tinha conhecimento de suas dificuldades.

Foram oito jogos sem uma conquista, e por isso quando a música parou, faltou-lhe uma cadeira.

O seu currículo passou a ter seis derrotas (uma por WO), e dois empates. Antes de sua chegada o jejum do time já era de cinco jogos sem vitória. Obvio que a troca de comando evidencia a crise vivida pelo clube catarinense, que marcha para o rebaixamento.

No último domingo, o volante Zé Antônio sofreu um choque de cabeça durante a derrota para o Sport e precisou tirar dinheiro do próprio bolso para realizar os exames. Isso porque o Figueirense não pagou a Unimed e os jogadores tiveram os planos de saúde cortados.

Na verdade isso é a cara do futebol brasileiro, com ricos, rotos e esfarrapados no mesmo bloco do Sanatório Geral.

NOTA 5- O FUTEBOL DO TEM DE TUDO

* O futebol brasileiro é uma feira livre onde tem de tudo.

Em uma negociação rara, o Juventude que está disputando com o Náutico uma das semifinais da Série C Nacional, emprestou o técnico Marquinhos Santos para a Chapecoense até o final do ano.

O contrato entre as partes vai até o dia 31 de dezembro e depois ele retorna ao clube de origem, com quem tem um contrato até o fim da temporada.

O treinador se despediu do Juventude com uma boa vitória sobre o Alvirrubro de Pernambuco por 2x1, no Alfredo Jaconi na noite de domingo.

Não sabemos como o Circo do Futebol irá convalidar esse negócio estranho, desde que a própria Chapecoense passou por uma situação parecida.

Emerson Cris, na época auxiliar de Gilson Kleina, deixou a equipe de Chapecó- mas manteve contrato- para comandar o Concórdia na reta final do Catarinense. A medida não se concretizou por veto da entidade que administra o futebol brasileiro.

Só mesmo no Brasil, onde o rabo balança o cachorro, e sapotizeiro dá jabuticaba.

Que futebol é esse?

NOTA 6-  COMEÇOU ONTEM A TEMPORADA DO FUTEBOL BRASILEIRO. 

* O torcedor brasileiro estava ansioso na espera do início da nossa temporada futebolística, que finalmente aconteceu com vários jogos da Liga dos Campeões. 

Assistimos três desses, e mais dois com o vídeo.

O mais esperado era o encontro do Borussia Dortmund e Barcelona, que terminou em 0x0, um placar injusto para a equipe alemã, que perdeu várias oportunidades, inclusive um pênalti batido por Marco Reus, defendido por Ter Stegen, que foi responsável pelo resultado.

Como sempre o Barcelona teve a posse de bola, mas o Dortmund era mais perigoso. O seu goleiro teve pouco trabalho. Messi entrou no segundo tempo, mas teve uma presença morna.

A Internazionale em Milão, foi surpreendida pelo Slavia Praga, que abriu o placar no segundo tempo, e o empate só surgiu nos minutos finais. Um jogo bem morno.

O encontro entre o Napoli e o campeão Liverpool foi equilibrado na primeira parte, em alta velocidade com as duas equipes tentando o gol. Com o passar do tempo, os times foram adotando mais cautela, e as chances de gol passaram a ficar raras.

Na volta do intervalo, os Azzurri foram mais incisivos, e com chances de abrir o placar. O jogo voltou a amornar, mas nos 10 minutos finais esquentou.

O Napoli abriu o placar com um gol de pênalti, e o segundo veio de uma falha do zagueiro de van Dijk, que acabou errando na saída de bola.

O Valencia surpreendeu e derrotou o Chelsea em Londres por 1x0, com um gol do brasileiro naturalizado espanhol, Rodrigo. Os azuis tiveram a chance de empatar, mas desperdiçou um pênalti.

O Ajax mesmo depois de perder jogadores importantes na campanha da última temporada, começou na Liga dos Campeões com uma grande atuação e um atropelamento total sobre o Lille, na capital holandesa, por 3x0.

Ainda bem que a Liga dos Campeões começou, trazendo bons jogos que são raros em nosso futebol.

NOTA 7- BOTAFOGO-SP DE VOLTA AO G4 DA SÉRIE B

* Na noite de ontem tivemos dois jogos na continuidade da 23ª rodada da Série B.

O Botafogo-SP como visitante enfrentou o time do Vila Nova, e conseguiu uma vitória por 2x0. A equipe de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tinha rolado à ladeira caindo na tabela de classificação.

Como o grupo de cima parou de crescer, as últimas três rodadas levaram o tricolor de volta ao G4.

A partida teve dois tempos distintos, o primeiro totalmente do Botafogo quando esse fez o placar, e o segundo do Vila Nova, que dominou o jogo, perdeu gols incríveis, bolas na trave e não entravam na meta adversária.

O placar final foi aquele constituído na primeira fase.

No outro jogo da noite, mais um fiasco do Vitória, que foi derrotado pelo São Bento por 2x0. O Rubro-negro baiano está rezando para ser rebaixado.

Escrito por José Joaquim

Pesquisa nacional realizada pelo Datafolha mostrou que o Flamengo conta com a maior torcida do Brasil. Segundo esse levantamento, o time Rubro-negro tem a preferência de 20% dos brasileiros, seguido pelo Corinthians, com 14%.

Foram ouvidas 2.878 pessoas, todas com mais de 16 anos, em 175 municípios de todo o país, entre os dias 29 e 30 de agosto.

Há predomínio de torcedores do Flamengo em três das cinco regiões brasileiras. Ele tem a preferencia de 39% no Norte, 28% no Centro Oeste e de 27% no Nordeste. No Sudeste, é registrado um empate técnico com o Corinthians, com 18% para o alvinegro e 17% para os cariocas.

Já na região Sul, as equipes com mais torcedores são Grêmio (23%), Internacional (17%), seguidos pelo Corinthians (11%), Flamengo (4%), São Paulo (4%) e Santos (4%). Os gaúchos sempre dando lições.

A região Nordeste é dominada pelos times do eixo Rio-São Paulo. Dos clubes Nordestinos os únicos que aparecem com mais de 1%, estão o Sport (4%), Bahia (4%),  Santa Cruz (2%), Vitoria (2%), Fortaleza (2%) e Ceará (2%). Os que não torcem por nenhum time somam 24%, que é um número bem expressivo.

No computo geral, são 22% de brasileiros que não acompanham o futebol. Outro ponto que deveria ser destacado, está na Seleção do Circo, que só conta com o apoio de 2% dos brasileiros.

Os times do Nordeste que aparecem no total com 1%, são o Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Fortaleza e Ceará.

Na verdade tudo que foi demonstrado nessa pesquisa faz parte da realidade do futebol nacional. O que mais nos preocupou com esse resultado é o de ver o Nordeste com 62% de torcedores de clubes de outras regiões, sendo 36% do Flamengo e 9% do Corinthians, e apenas 16% dos nativos.

Com esses números apresentados, jamais iremos sair da segunda página das competições nacionais.

O Norte é mais grave, quando os clubes locais não somam 6%. Uma vergonha.

O bom exemplo vem do estado do Rio Grande do Sul, quando 40% dos torcedores estão ligados aos seus dois times maiores, enquanto o Rubro-negro carioca tem 4% e o Alvinegro de São Paulo com 11%.

Os que não gostam de futebol mostram também que o Brasil não é o país da chuteira.

Escrito por José Joaquim

O governo uruguaio tem a preocupação com relação à escolarização dos seus atletas de futebol, para que no futuro, aqueles que não conseguirem bons contratos, tenham um caminho garantido pelos estudos.

Essa iniciativa sem duvidas junta o útil ao agradável, desde que abre as portas para um futuro melhor e, ao mesmo tempo, com um atleta mais escolarizado, os ensinamentos no esporte ficam mais fáceis do aprendizado.

No Brasil poucos clubes se preocupam com os estudos, e o governo está pouco ligando para o futuro de quem quer que seja.

No futebol moderno não basta ter apenas o talento, que na realidade está rareando, e sim saber se adequar aos modelos de jogos, que a cada dia ficam mais pragmáticos, e para que isso possa acontecer os profissionais deverão ter uma capacidade maior de absorção dos sistemas implantados por seus treinadores.

Em nosso país a única exigência para que o atleta seja registrado no Circo é de que esse seja alfabetizado. Bastou escrever o nome fica tudo resolvido. Algumas escolas inexistentes resolvem o assunto.

O governo do Uruguai, país que tem um excelente nível educacional, atentou para o problema, principalmente para aqueles atletas que não seguem para o exterior e são contemplados com altos salários para garantir as suas vidas no pós bola, preparou um projeto que exigirá de jogadores da primeira e segunda divisão o término do segundo grau para se profissionalizarem.

O projeto vem dando certo e os seus resultados são positivos. Alguns clubes uruguaios já exigem a escolaridade dos seus atletas, e fazem pesquisas de rendimento escolar daqueles mais jovens que estão incluídos no programa "Gol al futuro", que incentiva os estudos aos atletas de base.

A competição no futebol juvenil de clubes profissionais é dividida em cinco categorias, que incluem jovens entre 13 e 19 anos.

Inicialmente o trabalho foi com jogadores das categorias Sub-14 e Sub-15. Em 2010 a divisão Sub-16 foi incorporada, e desde 2011 a categoria Sub-17 e Sub-19 passaram a participar do programa. No futebol feminino o "Gol al futuro" atua nas categorias Sub-16 e Sub-18.

O programa é desenvolvido entre três áreas mais fundamentais: educação, saúde e esporte.

No tocante a educação, a tarefa essencial é incentivar o jogador realizar cursos formais e acompanha-lo nesse processo. No aspecto sanitário, as ações estão voltadas tanto para a prevenção quanto ao nível de atenção, e no esporte, o objetivo é o de contribuir para a melhoria geral das condições de treinamento.

Essas três linhas de ação trabalham em coordenação, otimizando recursos e esforços, mas acima de tudo contribuindo para a consecução de objetivos comuns. Esses incluem não apenas a formação integral do jovem, mas também a construção participativa de todos os atores envolvidos, de uma nova forma de gestão do esporte, eficiente, eficaz, humana e sustentável para que esse processo não resulte em uma tentativa circunstancial ou assistência.

Trata-se de uma medida importante, que vem somando sucesso ano a ano, que objetiva o futuro tanto nos gramados, como fora deles, e demonstra que um governo não deve se preocupar apenas com perfumarias com relação ao futebol, e sim trata-lo com uma visão que possa garantir uma maior estabilidade aos atletas no futuro, que ao encerrarem as suas carreiras tenham condições de sobrevivência em outras atividades.