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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é tão alucinado quanto o país. Em 21 rodadas do seu campeonato maior, os clubes participantes trocaram de técnicos por 13 vezes, o que demonstra a insanidade dos dirigentes. Em apenas 36 horas aconteceram quatro degolas.

O futebol não foge da realidade universal, quando em qualquer segmento existem os mestres e os alunos. Nesse caso os treinadores são aqueles que irão contextualizar as táticas, a forma de jogar, como um professor nas salas de aula.

Na realidade existe no mundo uma supervalorização dessa profissão, como fosse a única responsável pelas vitórias e conquistas dos clubes.

Na verdade, um treinador para ser contratado tem que se encaixar no perfil desejado pelo clube. Há aqueles que desejam um trabalho de renovação, com o aproveitamento das bases, outros com mais veteranos e ainda outros com uma mistura de ambos.

Treinador sem bons jogadores no seu time não conquistam grandes títulos, poderão conseguir apenas uma boa campanha por conta de seu trabalho e competência. Treinador sem um respaldo do seu corpo dirigente também não irá longe, pois salários atrasados e a falta de cumprimento das promessas refletem no elenco.

O falecido cartola Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo, retratou bem isso quando afirmou: "Se você prometeu uma Coca-Cola para um jogador, não pode dar guaraná".

São palavras que refletem bem a realidade existente nos vestiários brasileiros.

O clube poderá ter um excelente treinador, competente, estudioso, mas se ele não tiver o vestiário nas mãos, o trabalho não renderá.

Muitas vezes se contrata um profissional, e ao chegar encontra uma equipe formada e com uma empatia com aquele que foi demitido. Se não conseguir trazer para junto o grupo, certamente o seu trabalho cairá por terra e não produzirá bons frutos.

Um exemplo recente, o de Oswaldo Oliveira no Fluminense, quando os atletas não o abraçaram por conta da empatia que tinham com o anterior Fernando Diniz. Rogério Ceni foi derrubado por um vestiário que não o assimilou por conta de alguns veteranos que querem jogar com apenas o nome.

Muitas vezes um técnico é demitido de um clube por falta de resultados, e quando assume um outro faz sucesso, como está sendo o caso de Mano Menezes. Os vestiários são os donos do futebol e das agremiações.

A contratação de um treinador requer uma análise acurada, para que não possa acontecer percalços no caminho, e o seu sucesso não depende apenas do seu trabalho, e sim de um conjunto de fatores que agregam valores para consolidar uma boa formação de sua equipe.

No Brasil existe um protagonismo exagerado dos treinadores, e com atletas sendo coadjuvantes do processo, mas o ponto de equilíbrio é sem duvida a junção de todos os segmentos para que as vitórias sejam conquistadas.

Muitas vezes um grande técnico não consegue realizar um trabalho positivo com um clube, e quando substituído por um menos estelar as vitórias começam a aparecer.

Trata-se da síndrome dos vestiários que domina o futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FIM DE UMA LONGA INVENCIBILIDADE

* Na matinal de ontem, o Criciúma que estava sem vencer por cinco rodadas, derrotou o Botafogo-SP que tinha uma sequência invicta de também cinco jogos.

A estreia do técnico Roberto Cavalo no comando do time catarinense não poderia ser melhor. O resultado ainda não tira o Criciúma da zona comandada pela Caetana, mas leva a equipe aos 26 pontos, dois a menos do que o Vila Nova primeira equipe fora do Z4.

O placar de 2x0 foi justo.

O Botafogo-SP, por sua vez perdeu a oportunidade de entrar no G4, e ao mesmo tempo teve reduzido o seu percentual de chances para o acesso.

Nos jogos da tarde, a Ponte Preta enfim ganhou uma partida após quatro rodadas sem uma única vitória, ao derrotar o Cuiabá por 3x0, melhorando a sua situação na tabela de classificação.

No outro jogo o Coritiba que há seis rodadas não conseguiu nenhuma vitória, quebrou enfim a sequência dos 12 jogos de invencibilidade do América-MG, ao derrota-lo por 2x1.

Na verdade foi um bom jogo, e apesar do revés pelo que jogou o Coelho esse continua com boas chances de chegar ao G4.

Intenso nos primeiros minutos de partida, o América viu os donos da casa tomarem as ações do jogo, e aos 28, abrirem o placar, com Robson. Logo aos 4 do segundo, foi a vez de Sabino ampliar na cobrança de uma penalidade um pouco Mandrake. Aos 20, o zagueiro Ricardo Silva, de cabeça, diminuiu o marcador, e deu uma cara nova ao jogo. 

O Coelho dominou após o seu gol obrigando o goleiro Muralha fazer boas defesas, e com um travessão que não estava ao seu lado, quando no último minuto defendeu um chute de Felipe Azevedo.

Já o Coritiba, que quebrou a série de seis partidas sem vitórias, chegou aos 37 pontos, ultrapassando o América-MG e com um jogo a menos.

NOTA 2- EM UM JOGO FRACO, O SPORT SOMOU MAIS TRÊS PONTOS 

* A rodada continuou na noite com três jogos, o do Sport x Operário Oeste x Paraná, e CRB x São Bento. 

O jogo da Ilha do Retiro foi bom apenas por conta dos três pontos conquistados pelo rubro-negro, que deu-lhe uma maior tranquilidade na busca do acesso, mas com relação ao futebol jogado foi horrível.

O time do Sport é incapaz de trocar passes, é adepto do jogo vertical e do bumba-meu-boi. Dominou no primeiro tempo e só conseguiu um gol. No segundo o Fantasma passou a ser dono do jogo e conseguiu empatar, resultado esse que seria desastroso.

Mesmo com 10 jogadores em campo, o time da Ilha do Retiro ficou com vergonha por conta do que estava acontecendo, desempatou e conseguiu marcar o seu terceiro gol.

O problema do Sport está no seu banco, mas esse está cantando um trecho de uma famosa musica de nosso Carnaval: "Eu não vou, vão me levando.

Na tabela de classificação o time da Ilha do Retiro está com sete pontos acima do Coritiba, embora esse tenha um jogo a menos, mas é bem expressivo numa competição tão medíocre como essa.

No jogo do Oeste contra o Paraná, o resultado final foi de 1x1, que foi péssimo para o time paranista que ainda sonhava em chegar ao G4, fato esse que não irá acontecer, nem que a vaca seja colocada em um poste.

No terceiro e último jogo, o CRB recebeu o São Bento e mais uma vez falhou jogando em casa, ao empatar por 1x1.

Continuou no G4, mas com o Coritiba bem colado, e com um jogo a menos.

A rodada será encerrada nesse domingo com o encontro entre o Bragantino e Vitória. 

NOTA 3- A DANÇA DAS CADEIRAS NO SÁBADO

* Na Série B os tecnicos dançam dia a cada dia, e por conta disso já perdemos as contas com relação a tais mudanças.

A bola da vez foi o Claudio Tencati, demitido pelo Londrina na manhã de ontem, após a oitava derrota em nove partidas. A gota d'água foi na sexta-feira com um resultado ruim de 1x0, aplicado pelo Vila Nova em plenos estádio do Café.

Com essa dança o Tubarão irá para o quarto técnico da temporada.

Tencati ficou apenas 36 dias no comando do LEC. A sua passagem anterior à frente do clube durou cinco anos, e teve título paranaense, acessos na Série D e C. Nessa segunda passagem, foram oito jogos com uma vitória e sete derrotas.

Na verdade, esse é o período de maior turbulência para o Londrina, quando o elenco teve mudanças profundas nos últimos meses. Para que se tenha uma ideia, do time que começou a Série B, apenas Germano continuou.

Alguns titulares viraram reservas, e outros se lesionaram, e houve até a aposentadoria de Dagoberto. O problema mais grave foram as saídas de jogadores importantes para o time. Anderson Oliveira, Luquinha e Rômulo foram negociados para o exterior.

Para compensar, a diretoria do clube trouxe mais dez jogadores, que não resolveram o problema.

Será que o técnico é o culpado pelas derrotas, com uma situação trágica como essa?

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- ABEL BRAGA, DEU UM NÃO AO FLUMINENSE E UM SIM AO CRUZEIRO

* O mesmo Abel Braga que topou ser técnico de um time conturbado como o Cruzeiro, recusou um convite do Fluminense para voltar a comanda-lo, quando Fernando Diniz foi demitido.

Na ocasião, oficialmente alegou que não queria pegar um trabalho com o campeonato já iniciado.

Uma bruta contradição, desde que o time Celeste está jogando o mesmo campeonato do tricolor.

Ontem descobrimos a razão dessa mudança numa postagem no blog de Lauro Jardim. Segundo o jornalista, foi apenas uma desculpa.

Na ocasião, Abel confidenciou a amigos o verdadeiro motivo: não quis trabalhar com Celso Barros, o vice-presidente do Flu.

São coisas do futebol.

NOTA 5- ATÉ QUANDO O FUTEBOL IRÁ AGUENTAR A INVASÃO DE TORCIDAS NOS CTs?

* Quando irá aparecer alguém no mundo de futebol para dar um basta aos violentos torcedores, que não respeitam ninguém e usam a força para a intimidação.

Quebram o patrimônio do clube e fica por isso mesmo.

Os vídeos nos mostram de forma clara os rostos desses personagens, mas a covardia dos dirigentes não permite uma ação judicial.

Na manhã de ontem, um grupo de membros da maior organizada do Fluminense, derrubou o muro do CT do clube, invadiu o local, em Jacarepaguá, para cobrar do elenco um melhor desempenho. Os pretensos torcedores para mostrarem as suas forças compartilharam as imagens nas redes sociais.

O treino que era fechado foi paralisado. Os jogadores foram cercados pelos membros das organizadas. Não houve agressão, mas sem duvida foram coagidos. Foram embora, orgulhosos por conta da atitude que foi tomada, enquanto o muro ficou no chão.

Quem irá pagar o prejuízo?

Os clubes tem que dar um basta nesse tipo de torcida, que estão mais para bandidos do que torcedores.

NOTA 6- SÃO  PAULO SEGURA O FLAMENGO NA ESTREIA DE DINIZ

* Só a coragem de Fernando Diniz de sentar no banco com apenas dois dias de clube, quando famosos técnicos não o fazem, e ficam em um camarote assistindo o jogo, já serviu para dar um outro ânimo ao São Paulo, que vinha de uma semana tumultuada.

Apesar do jogo ter sido elétrico a bola não balançou as redes dos times. Terminou em 0x0.

O Flamengo continua na liderança, com 49 pontos, e poderá ver a diferença ser reduzida caso o Palmeiras vença o Internacional.

Já para o tricolor do Morumbi, o ponto conquistado foi importante, desde que nenhum time havia conseguido empatar com o rubro-negro no Maracanã na era Jesus. Só vitórias.

O rubro-negro da Gávea teve mais domínio no jogo, mas sem a presença do seu trio de ouro, os dois laterais e Gerson, o time sofreu muito para que a bola chegasse no ataque.

Mesmo com a entrada desses pouco melhorou, desde que a marcação perfeita do São Paulo foi a pedra no seu caminho. O Flamengo seguia tomando a iniciativa, mas sem chances claras de gol.

A partida foi muito faltosa, com mais de 60 faltas, e por conta disso com apenas 50% de bola correndo.

Para Fernando Diniz foi uma estreia convincente.

NOTA 7- NÁUTICO E SAMPAIO COMEÇAM A DECISÃO DA SÉRIE C

* Nesse domingo nos Aflitos teremos o primeiro jogo pela decisão da Série C de 2019.

O Náutico recebe o Sampaio Correa-MA, um adversário difícil e que também fez uma boa campanha.

Terá que fazer um bom resultado para chegar no jogo da volta em São Luiz com uma situação confortável.

Ambos já estão na Série B de 2020.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BLOCO DOS NAPOLEÕES RETINTOS  

* O Fortaleza que ainda não fazia parte do Sanatório Geral, assinou ontem contrato com o Bloco dos Napoleões Retintos.

Em menos de 48 horas quatro técnicos da Série A dançaram para a alegria dos cartolas.

Na quinta-feira Cuca e Rogério Ceni foram degolados após a dança e ontem pela manhã a bola da vez foi Zé Ricardo técnico do Fortaleza, que não resistiu à derrota contra o Athletico por 4x1, e mais tarde foi a vez de Oswaldo Oliveira. O Fluminense já fazia parte do bloco.

As famosas Notas foram publicadas pelas diretorias dos clubes, com o mesmo bla,bla,bla, agradecendo o período em que esses estiveram à frente dos elencos.

Zé Ricardo assumiu o Fortaleza em agosto após a saída de Rogério Ceni. Em sete jogos, conseguiu apenas uma vitória, contra o Goiás- além de quatro derrotas e dois empates.

A cúpula do clube já tinha um nome em mente: Rogério Ceni que deixou o Leão em agosto para assumir o Cruzeiro, onde foi demitido na quinta-feira.

Os cartolas fizeram uma proposta para que o técnico retornasse ao Fortaleza onde conquistou três títulos e um acesso à Serie A, e no início da noite de ontem ele aceitou.

Nada mais surreal.

Oswaldo de Oliveira após a troca de ofensas com Ganso perdeu o comando. O técnico esteve à frente do time em sete partidas, com duas vitórias, dois empates e três derrotas, um aproveitamento de 38,1%.

Apenas uma pergunta: Com os elencos que tem o tricolor do Ceará e o do Rio de Janeiro, como os seus  técnico podem ser o responsáveis pelas suas performances?

Nem Freud poderia explicar.

NOTA 2- O SPORT DE VOLTA À RAIA NESSE SÁBADO

* A 25ª rodada da Série B terá nesse sábado a realização de mais seis jogos. Entre esses teremos o Sport de volta à raia na luta para chegar ao photochart do acesso.

O adversário do Rubro-negro é o Operário de Ponta Grossa-PR, o Fantasma, que tem como cartão de visita os seus três últimos anos pulando da Série D para a B.

O Sport está na 3ª posição com 41 pontos e o rival é o sexto com 36.

Nos cinco últimos jogos dos dois times ambos somaram 10 pontos, com um aproveitamento de 66,6%. Nas últimas 10 rodadas também foram iguais nas suas pontuações. São dois times parelhos.

O Operário tem um futebol bonito, alegre, de quem está fazendo uma campanha acima do pretendido e hoje com chances de mais um acesso.

O que torna o Sport como favorito para ganhar esse jogo está na campanha do Fantasma do Paraná como visitante, que é a pior dos 20 disputantes com um aproveitamento pífio de 19,4%, enquanto o Rubro-negro da Ilha do Retiro tem um aproveitamento de 58,4% como mandante. Sem duvida os três pontos ficarão com o Leão.

A rodada começou na noite de ontem com três jogos:

Londrina 0x1 Vila Nova, Brasil de Pelotas 0x0 Guarani e Atlético-GO 2x0 Figueirense

NOTA 3- UMA TRÉGUA PARA FERNANDO DINIZ

* O São Paulo preferiu o novo aos medalhões, e escolheu Fernando Diniz para assumir o comando do time por solicitação dos  jogadores.

Na verdade temos a plena certeza de que acertou, desde que trata-se de um técnico com uma visão diferente de como jogar futebol, e que poderá aplica-la em um time com bons jogadores e que paga os salários em dia.

Em quatro anos da gestão de Leco, o tricolor do Morumbi teve nove técnicos efetivos, estrangeiros, consagrados, novatos, ou seja para todos os gostos, e apesar disso não conquistou nada, apenas um vice-campeonato paulista.

Chegou a hora de mudar os conceitos, e Diniz se encaixa muito bem nesse esquema.

O que ele necessita é de uma trégua da torcida, de uma parte da imprensa que já começou a duvidar da sua capacidade para tal cargo, sem pelo menos esperar os dividendos aparecerem.

Esse começou bem ao optar pela sua presença no banco de reservas no primeiro jogo, que será contra o poderoso lider Flamengo, fato esse que muitos técnicos não fazem. Sempre assistem de camarote.

Um bom resultado nesse jogo, será o início de um bom caminho.

NOTA 4- O FUTEBOL BRASILEIRO E A SUL-AMERICANA

* O resutados das semifinais da Copa Sul-Americana deixaram bem claro como anda o nível do nosso futebol.

O Corinthians foi o primeiro a ser eliminado pelo Independiente Del Valle, do Equador, e o Atletico-MG, nos pênaltis perdeu do Colón da Argentina.

Os vencedores irão disputar a final em um único jogo.

De nada adiantou o massacre do Galo no primeiro tempo e em parte no segundo no Mineirão com um grande público.

Após abrir o placar com 2x0 sobre o Cólon, o alvinegro se entregou, e com o pênalti cometido por Elias aos 36 minutos da segunda etapa, ficou aberto o caminho para a sua eliminação.

Fazendo história e realizando o sonho de seus torcedores, o time argentino ganhou nas cobranças de pênaltis por 4x3, e fará a primeira final internacional da sua história.

Dançou um tango no salão de festas do Mineirão. 

Pobre futebol brasileiro.

NOTA 5- CRUZEIRENSES QUEBRAM ÔNIBUS COM ATLETICANOS EM BH

* O jogo era do Atlletico-MG contra o Cólon da Argentina, em BH no Mineirão, mas marginais organizados do Cruzeiro resolveram armar uma emboscada contra um grupo de torcedores atleticanos que estavam em um ônibus se dirigindo para o Mineirão. 

Somente bandidos agem dessa maneira. Depredaram o veículo e deixaram três feridos na noite da quinta-feira. Três adolescentes foram aprendidos, e 28 homens detidos. O crime aconteceu por volta  das 20 horas.

Só mentes doentias são capazes de tais fatos.

Segundo a Polícia Militar, testemunhas entraram em contato com a corporação, e denunciaram que um grupo de pessoas pertencentes a uma torcida organizada do Cruzeiro, estava no cruzamento das ruas Timbira e Araguari com pedras e pedaços de pau.

Os policiais foram para o local indicado e constataram que indivíduos uniformizados cercaram um coletivo de uma linha direcionada ao Mineirão, que tinha grande quantidade atleticanos seguindo para o estádio.

Os cruzeirenses jogaram pedras, soltaram foguetes em direção ao ônibus e acertaram passageiros com pedaços de madeira. Todos os vidros foram quebrados, bem como as portas e para-brisas.

Os envolvidos na emboscada foram presos, depois dos depoimentos foram liberados, ou seja uma operação enxuga gelo. Amanhã estarão fazendo a mesma coisa.

Com um dos autores, um homem de 33 anos, a policia apreendeu dois papelotes de cocaína. Ainda foram recolhidos 18 bastões de madeira, duas barras de ferro, duas caixas fechadas com três foguetes, uma bucha de maconha, dois tacos de beisebol, quatro celulares, com mensagens que planejavam a emboscada.

Esses são os torcedores que ajudados pelos clubes, e que sentam nos estádios junto de suas famílias.

Não tem solução para o futebol brasileiro que está entregue aos marginais.

NOTA 6- O GRÊMIO PILOTANDO UM FOGUETE

* O time do Grêmio nas últimas quatro rodadas está usando um belo foguete da Nasa.

O tricolor aplicou 6x1 no Avaí, a quarta goleada seguida.

3 a 0 no Santos lá.

3x0 no Goiás em Porto Alegre.

4x1 no Cruzeiro lá.

16 gols em quatro partidas.

O Grêmio passou a ser o terceiro maior goleador, com 36 gol.

O Flamengo tem 47 e o Palmeiras 37.

O time gaúcho está apenas dois pontos atrás do Inter, que está no G4.

O próximo jogo será contra o Fluminense no Rio.

Outra goleada?

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro tem cenas de puro surrealismo, e o que acontece no seu dia a dia mostra que o seu internamento no Sanatório Geral foi uma medida correta.

Um esporte que é dirigido por um grupo que só pensa no eu e não no coletivo, que trabalha apenas para uma seleção esquecendo o seu melhor campeonato, é algo que supera a insanidade.

O Brasileiro poderia estar com maior competitividade e muito mais equilibrado, se os clubes não tivessem escolhido outras competições e utilizando suas equipes alternativas nos jogos da divisão principal.

O Grêmio é um exemplo, optou pela Copa do Brasil e Libertadores, e distanciou-se dos lideres. Bastou utilizar o time completo nas últimas quatro rodadas, obteve 12 pontos, e encostou no Internacional (4º), que também fez a opção por esse processo, com uma diferença de apenas dois pontos.

Se tivesse atuando com o time completo certamente estaria em uma posição melhor, desde que no momento tem uma diferença para o Flamengo de 14 pontos, difícil de ser recuperada.

O futebol brasileiro é mal dirigido, e um exemplo está na 21ª rodada, que tem asteriscos em quatro times que estão na tabela, cujos jogos foram adiados para o dia 2 de outubro. Tal fato prejudica quem trabalha com projeções, inclusive setores dos clubes.

Na última quinta-feira tivemos a representação do modelo desse esporte no país, quando dois técnicos foram defenestrados, Cuca no São Paulo, e Rogerio Ceni, do Cruzeiro.

Ontem foi a vez de Zé Ricardo do Fortaleza. 

Os motivos citados foi o da falta de produção nos gramados. Na realidade isso deve ter influenciado, mas a verdadeira história está nos intramuros de cada clube.

No São Paulo foi a torcida organizada com suas ameaças, enquanto no time Celeste o vestiário combinado derrubou o treinador. Houve um conluio para que isso acontecesse.

Tal fato aconteceu no Palmeiras com Luiz Felipe Scolari.

O grande final dos jogos da quinta-feira, deixou bem claro a falta de respeito que tomou conta do esporte da chuteira no Brasil.

Foi sem duvida uma cena lamentável que não foi uma novidade por conta do astro maior da cena, que é useiro e vezeiro no trato com os seus técnicos.

Paulo Henrique Ganso ao ser substituído no jogo entre o Fluminense e Santos, chamou o técnico Oswaldo Oliveira de burro. A resposta veio de imediato e flagrada pelas câmeras, quando o treinador o chamou de vagabundo.

Só não aconteceu uma briga por conta da intervenção de terceiros. O técnico foi demitido, e o jogador multado. 

O que se pode esperar de um futebol que contempla cenas como essa? Qual o nosso futuro?

Por um dever cívico vamos defender os nossos burros, que são tratados como animais ignorantes pelos ignorantes, e que foram nos tempos mais antigos da maior importância para o desenvolvimento do país.

Esses valem muito mais que muita gente que vive nesse surrealismo brasileiro.

O futebol brasileiro que já foi grande apodreceu.

Escrito por José Joaquim

A Sports Value, acabou de finalizar seu mais novo estudo, a 2ª edição de sua análise sobre o consumo dos torcedores brasileiros. O trabalho mostrou que os clubes geram valores baixos na sua relação com os seguidores.

Para a Consultoria o desinteresse por futebol é alarmante, e vem aumentando cada vez mais. Em 1994 era de 17%, e hoje é de 42%, que é o mais elevado de toda a série histórica.

Por outro lado a elevação do interesse pelos clubes europeus tem crescido ano a ano. Em 2013 era de 64%, e em 2017 chegou a 72%. O estudo constatou que os times europeus estão dominando o mercado brasileiro. As estratégias vão desde vendas de produtos, escolinhas de futebol, ações no varejo, até patrocínios regionais e ações nas redes sociais.

Segundo estudo IPC-Maps- Índice de Potencial de Consumo 2018, os gastos das famílias foram de R$ 4,4 trilhões no ano passado. As classes B e C foram responsáveis por 75% do total.

A maior parte das receitas dos clubes brasileiros não é proveniente do consumo de seus milhões de torcedores em todo o Brasil. A Sports Value criou uma análise para identificar qual o valor gerado pelos times com o seu torcedor.

Segundo o último estudo todos os times do Brasil movimentaram R$ 5,7 bilhões em receitas de 2018. Boa parte dos recursos são provenientes do "business to business, que são os direitos de TV transferências de jogadores e contratos de patrocínio. Essas receitas representam 72% do total gerado.

Um valor muito pequeno vem diretamente do torcedor com as receitas de bilheteria, mensalidades dos seus sócios e vendas de produtos, representam 21% do total gerado pelos clubes. Há ainda 7% de outras receitas.

Os gastos dos brasileiros com entretenimento foram de R$ 67,7 bilhões em 2018. Já as receitas dos clubes com o torcedor foram de apenas R$ 1,1 bilhão. Essas representam apenas 1,6% do consumo de entretenimento no Brasil.

A Sports Value criou um índice inédito de consumo dos clubes brasileiros. Esse índice representa o faturamento dos times em relação ao tamanho de sua torcida. Muitos clubes com menor torcida mostram índice superior a times com torcidas gigantescas.

De um lado, isso representa um melhor aproveitamento como os da Chapecoense, Athletico e Coritiba, que lideram o ranking. Por outro lado, é um enorme potencial para clubes de grandes torcidas alavancarem suas receitas. Entre os clubes com maior receita, o Palmeiras é o que apresenta o melhor índice.

Um estudo bem interessante, e que deveria ser bem analisado pelos gestores do futebol brasileiro.