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Escrito por José Joaquim

No último sábado tivemos uma conversa proveitosa com um técnico de futebol que milita há um bom tempo em nosso estado, sempre no comando de times menores, que nos deu o mote para uma postagem.

Ele sempre tem feito bons trabalhos e com pouco reconhecimento.

Como convivemos com muitos desses treinadores, alguns com bons currículos, nos lembramos do fosso que os separam daqueles que atuam em grandes agremiações, com contratos vultosos, carteiras assinadas, direitos de imagem e multas contratuais de milhões.

Na maioria dos clubes menores do futebol brasileiro, não existe contrato assinado entre treinadores e clubes. Os acordos não são respeitados, e no final são demitidos sem receberem salários.

A grande maioria termina na Justiça do Trabalho na busca dos seus direitos, e embora ganhem as causas não os recebem por conta das situações financeiras das agremiações.

As condições de trabalho são precárias, e esses profissionais atuam em diversos setores, e na primeira derrota tornam-se os culpados e já começam a ser preparados para a degola.

São contemplados com salários que variam de conformidade com a situação de cada clube, e que vão de R$ 10 mil a um mínimo, mas na maioria são virtuais, existem apenas nas promessas e não chegam aos seus bolsos.

Noventa por cento desses profissionais não possuem direito aos benefícios trabalhistas, e vivem muito diferente dos treinadores das Séries principais, que contam com tais direitos, muito embora os clubes quando os demitem fazem acordo e muitos deles atrasam ou não pagam nos seus cumprimentos.

Todos tem um sonho grande de ascenderem na profissão, mas vivem submetidos a um cartel que pouco permite que esses possam chegar a uma equipe de maior porte, desde que no Brasil existe uma reserva de mercado nesse segmento.

Os profissionais de clubes menores são os heróis de nosso futebol, e por incrível que pareça protegidos por uma Lei, a 8560 de 1993, do governo Itamar Franco, que determina que todos os contratos dos treinadores com os clubes sejam registrados nas federações, fato esse que não é respeitado. Os que disputam as divisões maiores os registram no Circo do Futebol. Trata-se de uma lei daquelas que não são acatadas. Estão no sistema virtual.

Esse é um Brasil que poucos conhecem e que tivemos a oportunidade de vivenciarmos, onde o abismo entre os grandes e pequenos é profundo nas carreiras dos treinadores do futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- 'DATA VENIA' ESPN 

* Hoje ter ex-jogador como comentarista nos programas esportivos dos canais de televisão virou grife.

Não temos nada contra, desde que existe espaço para todos, mas na verdade os debates estão caindo de nível, desde que falta o devido preparo que somente os profissionais do setor conhecem bem.

Estávamos assistindo o programa Bola na Veia da ESPN quando o seu novo contratado, Fabio Luciano, afirmou que Jorge de Jesus, técnico do Flamengo, não deveria dar nenhuma opinião sobre a Seleção do Circo porque não é brasileiro.

Algo que cheirou de imediato a Xenofobia.

Onde está escrito em nossa Constituição de que um estrangeiro que trabalha no Brasil não possa dar uma opinião de algo que faz parte de sua profissão?

Como bem escreveu Menon em seu blog, que esse em vez de discutir, de concordar ou discordar de Jesus, negou o direito de opinião do técnico do Flamengo, que atualmente está dando aula de futebol em nosso país.

Jesus teve a coragem de falar o que os diversos técnicos do Brasil não conseguem fazer, que é o de criticar o atual modelo que está prejudicando o desenvolvimento do nosso futebol.

Tolher o seu direito de opinião por ser português não é salutar.

Luciano deu uma mancada quando errou na disputa da bola e o seu time levou um gol.

Somos contra qualquer emissão de conceitos xenófobos.

Lamentável. 

NOTA 2- A SÉRIE B NÃO PARA 

* Mal terminou a 23ª rodada da Série B, nessa terça feira teremos a realização de nove partidas que poderão dar uma sacudidela na sua tabela de classificação.

Entre esses jogos iremos ter o do Londrina e Sport, no Estádio do Café.

O time paranaense começou a competição de vento em popa, ficou no G4 por um bom período, e de repente desmoronou com uma sequencia de seis derrotas. Está na 13ª colocação com 28 pontos. Enquanto isso o Rubro-Negro de Pernambuco, é o 3º colocado com 38 pontos.

Ambos foram derrotados na última rodada.

Nas últimas 10 rodadas o Sport somou 16 pontos, 53,33%, enquanto o Londrina conseguiu 5, 30,0%. No Returno o Leão conquistou 7 pontos, com 58,33% ficando no 8º lugar, enquanto o Tubarão somou apenas 3, na 17ª colocação, com 25,00%.

Como mandante o time da Terra do Café tem um aproveitamento de 60,61%, enquanto o da Ilha do Retiro é razoável como visitante, com 51,52%.

Apesar da derrota contra o América-MG, o Sport é o favorito, frente a uma equipe que mancou na competição como um cavalo paraguaio.

NOTA 3- A BOLINHA GELADA

* No primeiro sorteio de um carro promovido pelo Circo do Futebol para levar torcedores aos estádios, que foi realizado no Nilton Santos antes do jogo Botafogo e São Paulo, o nome anunciado espantou e repercutiu mal entre os alvinegros.

A contemplada foi a esposa do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Edson Alves Junior. Com um pequeno detalhe inusitado: ela não foi ao estádio.

Na ocasião revivemos a época da bolinha gelada nos sorteios dos árbitros no futebol de Pernambuco.

Segundo o Circo do Futebol não há problema no fato de o parente de um Conselheiro ser sorteado, mas deveria estar presente.

Não vamos fazer juízo de valor desse fato, mas seria prudente que dirigentes dos clube e parentes não participassem de tal sorteio, a fim de que um fato como esse não acontecesse.

Na tarde de ontem o presidente do Conselho afirmou que o bilhete premiado foi preenchido por seu pai, que não sabia das regras e colocou o nome da nora, e que não iria receber o premio.

Na verdade esse recebimento não poderia acontecer, desde que o ganhador deveria ter a comprovação de sua presença no estádio.

Por uma mera coincidência, o que o Circo comanda tem uma vaca no poste.

NOTA 4- "AO MELHOR" 

* Uma festa do mais alto nível tendo como local o Teatro Scala de Milão, o mais importante do planeta, que serviu como palco para entrega dos prêmios aos melhores do mundo no futebol.

O prêmio mais esperado era sem duvida a do melhor jogador, e pela ausência de Cristiano Ronaldo, que estava na disputa e Messi na companhia da família, ficou bem claro que esse seria entregue ao atleta portenho, sem duvida com justiça.

A sua temporada individual foi perfeita, e mais uma vez voltou ao patamar mais alto do futebol ao conquistar pela sexta vez o título de melhor do mundo. Desde 2015 sem conquistar o prêmio, tornou-se o atleta mais premiado da historia de futebol.

Pelé foi o atleta do século XX e sem duvida Lionel Messi o será do século XXI.

Um fato que deve ser destacado está relacionado a Neymar, ao não obter nenhum voto para estar entre os melhores do mundo. 

O prêmio de melhor treinador foi entregue ao Campeão da Liga dos Campeões, Jurgen Klopp, superando o fenomenal Pep Guardiola e Mauricio Pochettino, do Tottenham.

O prêmio dado para as ações mais importantes feitas por torcedores ao redor do mundo, uma família brasileira ficou com o título. Silvia Grecco, e seu filho Nickollas, foram premiados pela entidade. A história da mãe palmeirense que narra os jogos do clube para o seu filho, deficiente visual.

O prêmio dado para o " jogo limpo", ficou com Marcelo Bielsa e o Leeds United, que precisava de uma vitória na última temporada da Championship para conseguir a vaga direta.

O Leeds marcou um gol enquanto um atleta adversário estava caído no gramado por conta de uma lesão. Bielsa treinador da equipe, ordenou que o seu time deixasse o Aston Villa marcar para deixar o placar empatado novamente.

Só mesmo Bielsa para um fato como esse.

NOTA 5- EM 21 MESES O CORITIBA TERÁ CINCO TREINADORES

* A derrota de 2x0 para o CRB, na noite de sábado, culminou com a demissão do treinador Umberto Louzer, do Coritiba.

Jorginho que foi demitido pela Ponte Preta, será o novo treinador, e terá que conviver com uma enorme pressão, com as cobranças e, principalmente, com o pouco tempo para arrumar a casa.

O problema do Coritiba está na sua gestão, sob o comando de Samir Namur, que conseguiu juntar no clube tudo que a  prudência não permitiria: um técnico sem experiência, um gerente de futebol sem a devida competência, além do próprio cartola que não tem a menor condição de dirigi-lo. 

Conversamos ontem com um amigo torcedor do Coxa, e esse nos disse que o atual presidente conseguiu afastar do clube aqueles que poderiam ajuda-lo.

Para que se tenha uma ideia, em 21 meses de seu mandato, o Coxa está na quinta troca de treinador. Ou seja, cada nome teve uma média de quatro meses e meio no cargo. Sem duvida isso é muito pouco para definir um padrão de jogo.

Nesse período, o Coritiba, obteve um vice-campeonato paranaense, em 2018, e amargou fiascos, como eliminações precoces na Copa do Brasil, além de ter passado longe do acesso.

A missão de Jorginho está na rota do impossível, desde que faltam 15 rodadas para a recuperação, e o Coxa vai necessitar de um aproveitamento de 66,5% para terminar no G4, ou seja, a cada três partidas, terá que ganhar duas. Só um milagre faria isso acontecer.

O problema maior do time paranaense não é de treinador, e sim de gestão.

NOTA 6- O TIRO DE MISERICÓRDIA NO ITAQUERÃO

* Segundo o blog de Lauro Jardim, a diretoria do Corinthians reza para a CPI dos Esportes não entrar em campo, pois considera altissimo o risco de a investigação chegar a reveladora relação Odebrecht-Lula-Itaquerão e afugentar ainda mais os investidores que poderiam apostar no "naming rights" do estádio, uma infidável e dramática novela.

Desde que foi inaugurado, há cinco anos, o clube de maior torcida de São Paulo busca desesperadamente uma empresa disposta a dar o seu nome, acompanhado de uma malinha de dinheiro, para rebatizar o já consagrado Itaquerão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O DOMINGO É DO FAUSTÃO

* A dona do futebol brasileiro mandou e os cordeirinhos atenderam, publicando um Ato Institucional determinando que o domingo não é mais do futebol, e sim do Faustão, e o sábado assumiu essa posição.

Os melhores jogos estão sendo colocados no sábado como aconteceu nesse final de semana, com Santos e Grêmio, Cruzeiro e Flamengo, Botafogo e São Paulo e Corinthians e Bahia. 

Para ontem (domingo), sobraram os jogos de menor expressão como Internacional e Chapecoense, Fortaleza e Palmeiras, Vasco e Athletico-PR, CSA e Ceará e Goiás e Fluminense.

Basta fazer as comparações desses dois dias, para constatar que tal fato é uma realidade. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Dentro do sistema tivemos uma matinal ruim entre o time Colorado e o provável rebaixado Chapecoense. Uma pelada da pior qualidade, sem nada a acrescentar, a não ser para os comentaristas de um Desfile de Escolas de Samba, quando esses dão nota 10 para todos os quesitos.

A equipe gaúcha venceu por 1x0 com um gol no final da partida, e dois anulados pelo VAR que primeira vez abriu a caixa preta, mas um desses o impedimento aconteceu por milímetros, que o olho humano jamais iria observar.

Foi a melhor coisa do jogo, e a certeza de que o torcedor do Colorado não está aceitando mais alguns jogadores e em especial o treinador Odair Helmann.

NOTA 2- AINDA BEM QUE TEMOS JORGE JESUS

* Jorge Jesus é o técnico do lider do Campeonato Brasileiro com sete vitórias seguidas, e que vem trazendo a alegria que tinha fugido do futebol brasileiro.

Com esse cabedal não precisa puxar saco dos cartolas do Circo do Futebol, desde que não depende de nenhum deles por ter um bom mercado na Europa.

No pós jogo o português abriu o verbo na coletiva, a qual assistimos em um vídeo, mostrando a sua revolta e o inconformismo com a perda de atletas importantes do seu time por conta da seleção do Circo.

Acostumado com o que acontece nas Ligas Europeias, quando da realização dos jogos nas datas FIFA as competições são paralisadas, ao contrário desse país tropical.

" Vamos perder os convocados pelo Brasil e o Arrascaeta. Em um momento muito complicado, decisivo para o atual campeonato. Não entendo muito bem, porque a seleção do Brasil (para nós, do Circo), disse que era convocado um jogador por equipe para não ter uma interferência direta", comentou.

A avaliação geral é que o Palmeiras acabou sendo indiretamente beneficiado- o clube paulista teve apenas o goleiro Weverton (Circo) e o zagueiro Gustavo Gómes (Paraguai). Tite irá ganhar uma estatua do alviverde segundo os torcedores.

Outra questão que gerou indignação veio do país vizinho, Leonardo Scaloni, técnico da seleção argentina, decidiu não chamar atletas dos clubes que estão na disputa da Copa Libertadores e Copas internas. Tal situação foi lembrada por Jesus, achando que tal medida deveria ser repetida no Brasil.

Questionou Tite, ao afirmar ¨que aqui é mais importante jogar contra times como Senegal e Nigéria. É muito mais importante, mas financeiramente, pelos cachês que se pagam as seleções. Mas quem paga aos jogadores são os clubes e não a seleção. Acho que os clubes precisam ter um pouco mais de força sob o seu produto, e o seu produto é o jogador¨.

Ainda bem que temos Jesus.

NOTA 3- MAIS UM JOGO INTERROMPIDO NA ITÁLIA POR RACISMO

* Após dois casos de racismo nos jogos entre o Cagliari x Inter de Milão, com Lukalu, e Verona x Milan, com Kessie, a história se repetiu em Parma, no encontro entre Atalanta e Fiorentina, no dia de ontem, e que foi de imediato parado pela arbitragem.

Desta vez, a vítima dos coros racistas foi o brasileiro Dalbert que, antes dos 30 minutos do jogo quando a Fiorentina vencia, sinalizou ao árbitro que estava ouvindo insultos racistas.

O juiz, paralisou a partida e solicitou que fosse lembrado ao público pelo sistema de som do estádio as punições para quem cometer atos racistas. Depois disso a bola continuou a rolar. O placar final foi de 2x2.

Os atos racistas são frequentes na Itália, no entanto os dirigentes da Série A, não sinalizaram com qualquer tipo de punição aos clubes e torcedores envolvidos.

NOTA 4- LEGIÃO ESTRANGEIRA

* A globalização é irreversivel e penetra em todos os segmentos. Para o futebol brasileiro a entrada de jogadores estrangeiros, na sua quase totalidade de sul-americanos, tem sido salutar.

Os valores pagos são bem menores, e a qualidade dos jogadores é de excelente nível.

O jornalista Rodolfo Rodrigues do site sr.Goool, mostrou que no 1º Turno do Brasileiro da Série A 63 estrangeiros foram utilizados.

20 Argentina,

14 Colômbia,

10 Paraguai,

7 Uruguai,

3 Equador,

3 Peru,

3 Venezuela

2 Espanha e,

1 Chile.

Uma espécie de GFC (Gringo Futebol Clube) na Série A.

São coisas boas da Globalização.

NOTA 5- OS JOGADORES DA BASE UTILIZADOS NO BRASILEIRO

* O número de jogadores da base que foram utilizados no Brasileiro de 2019, em seu primeiro tempo, foi um pouco mais do dobro dos estrangeiros (125).

Botafogo- 14

Flamengo 11,

Fluminense 11,

São Paulo-11,

Inter- 10,

Vasco- 10 

Athletico-PR- 9

Cruzeiro- 9 

Chape- 8

Avaí- 5

Corinthians- 5

Grêmio- 5

Santos- 4

Athlérico-MG- 3

Goiás 3

Ceará- 2

Fortaleza- 2

Bahia-1

CSA- 1 e,

Palmeiras- 1

O que mais nos chamou a atenção foi o aproveitamento dos times do Nordeste, com um baixo número para uma região que sempre foi formadora.

NOTA 6- MALTRATARAM A BOLA

* Os quatro jogos que foram realizados na tarde/noite de ontem pela 20ª rodada da Série A, foram sonolentos e sobretudo os jogadores que participaram maltrataram a bola.

Passamos pelo estádio Castelão, local onde o Fortaleza enfrentou o Palmeiras, em um jogo insosso, sem a menor emoção e com a vitória do alviverde por 1x0, graças a uma falha da defesa do tricolor. O Fortaleza teve mais domínio, mas não finalizava.

O futebol de verdade passou ao largo.

Fomos para a cidade de Maceió, no estádio Rei Pelé para assistirmos o encontro nordestino do CSA e Ceará. Nesse teve de tudo, um futebol sem a menor qualidade, mas intenso na busca de um gol que no final ficou com o time da casa.

Uma pelada de Usina, onde as bolas desapareceram, inclusive até as redes que pescam as que caem no fosso ao redor do estádio.

De Maceió fomo bater no São Januário, no Rio de Janeiro para o jogo entre o Vasco e o ressacado Athletico-PR, que terminou empatado em 1x1, graças ao apitador Anderson Daronco que marcou um pênalti para o time vascaíno que originou o empate. O futebol passou bem longe.

O Twitter do Furacão ironizou com a seguinte mensagem: "Gol de Dar....Vasco. Tudo igual em São Januário".

Finalmente paramos no último jogo do domingo que foi realizado à noite, e ficamos tristes com o Fluminense que já está se solidificando na zona da Caetana.

O Goiás que não vencia um jogo em 11 rodadas, pegou o pato morto, e o destroçou com um 3x0 solene, regado a um bom vinho. É de dar pena a situação do time das Laranjeiras.

No final desses jogos as bolas que foram utilizadas procuraram o Juizado do Torcedor para prestarem uma queixa contra os clubes que a maltrataram.

EM TEMPO: Esquecemos do Náutico, que venceu o Juventude no tempo normal por 2x1, e conquistou a passagem para a fase final graça a cobrança de pênaltis. 

Escrito por José Joaquim

A Série B Nacional está chegando na reta final, com 60,5% dos seus jogos já realizados, e o seu Photochart já está sendo preparado.

O returno tem sido diferente do turno, por conta das participações do América-MG e Guarani que estiveram juntos na zona da degola e nessa segunda perna estão na 3ª e 4ª colocações.

O time mineiro terminou o turno na 13ª posição com 42,11% de aproveitamento, e em quatro rodadas esse pulou para a 10ª, com um aproveitamento de 46,4%, e no returno tem 66,67%.

Enquanto isso o Bugre no final do Turno era o último colocado, e com a soma de pontos ganhos no returno pulou para a 15ª posição, com 37,7%, longe da Caetana.

A maior queda foi do Coritiba, que estava em 2º lugar na tabela, com 53,65% de aproveitamento, e no returno não somou nenhum ponto e caiu para o 8º lugar com 50,7% de aproveitamento. Na verdade as suas gorduras influenciaram e sobretudo a estagnação na evolução dos rivais que andaram com os passos de uma tartaruga.

Estão andando devagarinho.

No fechamento da 23ª rodada, apenas o quarto lugar foi modificado, com a saída do Coxa para a entrada do CRB, e pelos estudos de probabilidades que terminamos no dia de ontem, essa será a única vaga a ser disputada na reta final, desde que a consolidação do Bragantino, Atlético-GO e Sport é real, e somente por conta de um tsunami irão perder o acesso para a Serie A de 2020.

Nesse levantamento, pela primeira vez o América-MG aparece com chances e se continuar com a atual performance pode sonhar com essa passagem que será histórica.

Os percentuais colhidos foram os seguintes:

BRAGANTINO- 95%,

ATLÉTICO-GO- 74%,

SPORT- 53%,

CRB- 40%,

OPERÁRIO- 39%,

CUIABÁ- 25%,

BOTAFOGO-SP- 24%,

CORITIBA- 18% e,

AMÉRICA-MG-13,6%.

A matemática é uma ciência exata, e só falha por conta de fatos estranhos, mas se tudo correr normalmente, a briga pela vaga ficará entre o CRB e os times colocados até o América-MG.

Vamos dar um exemplo sobre esse tema, e está relacionado ao Sport, que no returno está no 6º lugar, por conta da explosão dos aproveitamentos do CRB, Guarani e América-MG, com 58,30%, maior do seu 4º lugar no turno que foi de 54,39%. Está estável apesar do futebol fraco que tem apresentado.

Na verdade só precisa manter essa estabilidade até a 38ª rodada.

Gostaríamos que os nossos amigos visitantes do blog tirassem uma cópia desse artigo para compara-lo no final do campeonato.

Escrito por José Joaquim

Nada mais parecido do que a situação da saúde do Brasil e seu futebol.

Ambos sempre estão na UTI.

Nos lembramos desse efeito comparação, quando ouvimos ontem de um trabalhador brasileiro que um membro de sua família está esperando há um ano por uma operação no sistema SUS. Obviamente se demorar mais, o paciente já estará morto.

Uma incompetência dos governantes.

O futebol tem o mesmo rumo. Há anos necessita de uma operação e não é atendido. Sai da UTI algumas vezes, mas volta de imediato, visto que as soluções são paliativas.

A cada dia os fatos demonstram que se não for aplicado um remédio potente, que contenha em sua bula, um percentual de planejamento, um outro de seriedade, mais um de transparência, e um maior para a saída imediata de alguns dos seus dirigentes, a doença irá leva-lo à morte.

Quando começa a melhorar, a própria entidade que comanda o esporte com suas atitudes ajuda na sua piora. O exemplo é o atual Brasileiro que tem o apoio da torcida, e o ódio do Circo.

Não tem nada mais grotesco do que as mudanças transloucadas de treinadores, o que representa a falta de um projeto.

Em uma postagem afirmamos que o futebol brasileiro desafia muita coisa, inclusive a matemática, com a sua lei da probabilidade, desde que a quantidade de treinadores que os clubes contratam demonstram bem isso, tornando-se impossível que todos sejam culpados pelos erros apresentados.

Em oito meses de calendário, 12 dos vinte clubes da Série A trocaram de treinadores. Na Série B são tantos que perdemos a contabilidade. Goiás e Chapecoense já estão no terceiro, e ambos com situações preocupantes na tabela de classificação.

Obvio que trata-se de um caso patológico, e que ressalta muito bem que a causa da doença não está restrita aos treinadores, e sim a outros fatores, que dificilmente serão analisados, já que estão entranhados nas mais diversas gestões, não existindo a permissão para um diagnóstico.

Uma boa parcela dos clubes passam por dificuldades financeiras, sem contemplarem conquistas relevantes. Como esses não se planejam, a situação permanece ativa, e seria resolvida de forma bem simples e sem penduricalhos, com a substituições dos cartolas no lugar dos técnicos, um remédio que certamente surtiria efeito rápido.

Para a saúde brasileira temos também uma solução: que os governantes sejam atendidos pelo SUS, e deixem os hospitais de luxo de lado, destinando-os ao povo. Estaria tudo solucionado com uma velocidade da luz.

Vivemos de acordo com um ditado popular: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco".