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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA NOITE SEM OS GRITOS DE BURRO

* Sport e Santos fizeram um bom jogo. O Rubro-Negro com um ótimo primeiro tempo abriu o placar no seu início, e perdeu várias chances para amplia-lo.

Na segunda fase foi a vez do time santista dominar a partida, quando perdeu várias oportunidades, com o goleiro Magrão fazendo defesas importantes.

O apito amigo de Elmo Resende de Freitas deu uma ajudinha ao time da Ilha do Retiro, deixando de marcar uma mão na bola escandalosa do zagueiro Ronaldo.

De qualquer maneira no geral tivemos um bom futebol, em especial na primeira etapa, bem movimentada e como muitas finalizações.

O torcedor do Sport abandonou o time, e um pouco mais de 7 mil testemunhas assistiram a partida, que foi muito boa para ser presenciada.

No encerramento do jogo, não ouvimos nenhum grito de burro. Já tem torcedor afirmando que Oswaldo Oliveira é o melhor técnico do Brasil. Na próxima derrota, os gritos voltarão a aparecer.

São coisas do nosso futebol.

NOTA 2- A EMBOLADA NA SÉRIE B

* O Clube Náutico conseguiu a sua terceira vitória como visitante ao derrotar o Paraná por 2x1.

Apesar disso, o time alvirrubro só subiu uma escala na tabela de classificação, do 11º para o 10º lugar, agora com 39 pontos, três a menos do que o Londrina, o 4º colocado.

O primeiro tempo do jogo foi da equipe pernambucana, que teve boas chances de ampliação do placar. Já no segundo, uma recaída, com o time paranaense diminuindo o placar, e mesmo com 10 jogadores chegou bem perto do empate. As presenças de Givanildo Oliveira no comando e de Marco Antonio no meio de campo, deram outro cara ao time. 

O problema do Náutico é a obrigação de ganhar seus jogos, e torcer para que seis times que estão à sua frente percam os seus.

Nessa rodada os clubes que estão lutando pelo acesso não sofreram derrotas. O Atlético-GO que está numa situação privilégiada perdeu para o Vasco na disputa pela liderança, mas esse já está com 90% de chances para garantir a sua presença na Série A de 2017.

Avai, Londrina e Criciúma venceram os seus jogos. Bahia, CRB e Brasil de Pelotas empataram, deixando a competição cada vez mais alucinada.

São quatro clubes com 40 pontos, fato esse que ainda não tínhamos visto na era dos pontos corridos. Cada rodada é um verdadeiro mata-mata, e pelo andar da carruagem isso vai permanecer até o final.

HAJA CORAÇÃO.

NOTA 3- UMA UNANIMIDADE NO FUTEBOL DO BRASIL

* Só existe uma unanimidade no futebol brasileiro, a sua arbitragem que tem sido protagonista dos jogos realizados nas diversas competições com muitos erros que estão influenciando em vários resultados.

Os debates nos pós-jogos não estão relacionados aos gols, aos públicos e sobretudo a atuação dos atletas. Nada disso acontece. O tema está relacionado aos apitos, e em especial aqueles amigos, que prejudicaram alguns dos clubes envolvidos.

Cartolas, técnicos, jogadores e torcedores atiram no mesmo alvo, a arbitragem. Muitos desses protestos são contundentes, e envolvem os apitadores, como a direção do Circo Brasileiro do Futebol (CBF). O STJD resolveu agir punindo os que reclamam, e na maioria dos casos não processam os responsáveis.

O mais estranho é que a entidade que dirige o futebol brasileiro não toma providências. Não sabemos os segredos que Sergio Correia dirigente do setor no Circo, conhece envolvendo os seus cartolas, tornando-se intocável. ¨Imexível¨, como disse o ex-ministro de Collor, Antonio Magri.

Brincam com fogo nas escalas. O modelo de sorteio ajuda os piores em detrimento dos melhores. Escalam árbitros de forma estranha, muitas vezes sem experiência, com aconteceu com Caio Augusto Vieira, do Rio Grande do Norte, um noviço no sistema, atuando em um jogo bem importante, Palmeiras vs Coritiba. Não se saiu mal, mas na dúvida a decisão sempre foi para o alviverde.

Os clubes não suportam mais se sentir prejudicados, mas por covardia não pressionam por mudanças.

A arbitragem brasileira é mais um produto do pobre futebol que estamos assistindo.

NOTA 4- 12% DOS GOLS DO BRASILEIRÃO FORAM MARCADOS POR ESTRANGEIROS

*Um fato bem interessante e que passou despercebido pela imprensa esportiva, foi detectado pelo site Radar-On-Line, da Revista Veja: 12% dos gols do Brasileirão até a 26ª rodada, foram marcados por atletas estrangeiros, ou seja 76 dos 650 no total.

Àbila e Arrascaeta (Cruzeiro)  e Cazares (Atlético-MG) com 6, Chávez e Cueva (São Paulo) com 5 cada, e Mina (Palmeiras) com 3, estão entre os principais. No primeiro jogo da 27ª rodada, mais um gol do Palmeirense Mina.

NOTA 5- MAIS TAPETÃO NA SÉRIE C

* O futebol termina com o apito do árbitro, mas em alguns momentos continuam com o jogo no tapetão. Na Série C, o Remo entrou com uma denúncia contra o Botafogo-PB pela inclusão do atleta Sapé, que segundo o clube paraense estava irregular em 10 jogos em que participou.

Na última sexta-feira mais uma novidade. A bola da vez foi o Tombense, que deu entrada no STJD numa notícia de infração contra o Juventude-RS, sob a alegação que o clube teria utilizado o lateral Carlinhos de forma irregular.

O clube mineiro alega que o atleta conseguiu uma liminar da Justiça do Trabalho, que autorizou a sua saída do Taubaté-SP, e que essa teria sido cassada, tirando assim a sua condição de jogo, e por conta disso esse não poderia atuar pelo Juventude.

Na realidade, como por muitos anos lidamos com registros de jogadores, quando acontece um fato como esse, a CBF é avisada pela Justiça para as devidas providências.

Existe algo estranho nesse problema.

Escrito por José Joaquim

Na última quinta-feira assistimos dois jogos pela Copa do Brasil que nos deram a demonstração de que o futebol brasileiro afundou definitivamente, e não mostra sinais de recuperação. O mais grave é que vivemos um presente sem futuro. As ciências adquiriram certa capacidade de previsão, e, cada uma em sua área, tem bastante informação para antecipar, e pelo que vislumbramos teremos muitos anos para uma recuperação geral, inclusive a moral.

Os modelos esportivos da Europa são bons indicadores para os brasileiros, mas na verdade esse Continente tem uma economia forte, um alto PIB, e sobretudo um bom processo civilizatório, pontos esses que o Brasil está bem distante. A educação em países como a Espanha, Inglaterra e Alemanha, que dominam o futebol mundial é de alto nível, enquanto a nossa é precária, e com poucas condições de uma boa formação.

O futebol brasileiro é o reflexo do país, que cresceu economicamente, e desceu a ladeira em seus conceitos. Fomos o país da Bossa Nova, uma revolução na música em todo o mundo. Hoje temos Wesley Safadão como referência musical.

Fomos o país de Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa. Nos contentamos hoje com Paulo Coelho. Qualquer um é escritor, lança um livro mequetrefe e termina na Academia.

Fomos o país de Carlos Lacerda, Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Daniel Krieger, Adauto Lúcio Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Miguel Arraes e tantos outros, e hoje nos contentamos com Renan Calheiros, Romero Jucá, Fátima Bezerra, Lula e outros, que mostram bem claro a queda do nível de nossa política.

Somos um país em que os filhos recebem com a permissão dos pais, programas da pior qualidade, novelas e seriados que levam a promiscuidade, ensinam a roubar e ganhar a vida com o jeitinho brasileiro. Somos um país acostumado a driblar as consequências, e não saber planejar o futuro. Tudo isso depende de uma única palavra: EDUCAÇÃO. Enquanto não tivermos prontos para preparar um Novo Brasil, tudo que passamos hoje irá continuar, com as referências para o nosso futuro.

Trazer bons conceitos da Europa, em especial para o futebol é importante, mas torna-se impossível, desde que vivemos em uma sociedade em que o homem de bem é execrado, e os corruptos são aplaudidos por suas espertezas. Aqui criam-se dificuldades para a venda de facilidades.

Somos o país do Mensalão, do Petrolão e de tantas operações que foram ou estão sendo realizadas, de corruptos e corruptores, com políticos sem credibilidade. Somente a educação com uma grande reforma, e que irá mudar a sua cara, com outro modelo civilizatório, sem falcatruas, e uma vida melhor para o seu povo.

Esse processo já começou com a Lava-Jato com o apoio das pessoas sérias da nação. Se não mudarmos, Del Nero irá continuar Del Nero, as Federações serão sempre Federações, os clubes serão sempre os clubes, e o Brasil será sempre esse Brasil de hoje.

Vamos mudar.

Escrito por José Joaquim

O presidente do Sport Recife afastou o chileno Mark Gonzalez, após esse entregar uma licença médica de 10 dias, que irão ser somados aos longos períodos que o profissional passou no Departamento Médico do clube.

Gonzalez não tem a menor culpa no cartório. Foram busca-lo, festejaram a sua vinda como um astro internacional, campeão da Copa America pelo Chile e outros foguetes pirotécnicos, mesmo sabendo que o profissional tinha um histórico médico que mostrava várias contusões, algumas bem graves.

Tudo isso foi ressaltado por um dos médicos do clube, que foi contrário a tal contratação, mas por conta da euforia dos amadores de plantão e péssimos gestores, tal advertência não foi levada em consideração.

O próprio diretor do setor médico bancou o jogador, que contou com uma benesse extraordinária de um contrato com a duração de dois anos e um salário de marajá, o maior do clube. Como já era de se esperar o Mateus foi parido, e os cartolas que deveriam fazer o embalo estão refugando. E quem vai pagar no final é a entidade Sport Club do Recife.

Citamos esse fato para mostrarmos o mal que uma gestão equivocada pode fazer a uma agremiação. Uma contratação de risco como a de Mark Gonzales nunca poderia ter sido feita se houvesse um planejamento estratégico na sua administração, e sobretudo bons gestores.

Se o profissional ficar os dois anos que estão no seu contrato, pelo menos R$ 6 milhões serão dispendidos, sem retorno. Quem pagará tal prejuízo, não somente esse como outros que foram realizados durante a temporada? Uma pergunta que merece resposta.

Um clube não pode ser dirigido de forma monocrática e sem transparência, como acontece no Sport. Quem pariu Mateus que o embale, inclusive assumindo os ônus e repondo aos cofres do clube o que foi gasto de forma errada, com parecer contrário e por pura vaidade.

São fatos como esse que reproduzem muito bem o momento atual do clube da Ilha do Retiro, com um futebol de Segunda Divisão, um patrimônio abandonado e entregue aos cupins.

Lamentável.

 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- RESULTADOS NA SÉRIE B PRESSIONAM O NÁUTICO

* Os dois resultados nos jogos de ontem pela Série B não foram favoráveis ao Náutico, que irá jogar contra o Paraná na tarde de hoje com a obrigação de vitória.

O Criciúma derrotou o Sampaio Corrêa (1x0), pulou da 9ª posição para a 5ª, de forma provisória por conta da continuidade da rodada nesse sábado. Teve um grande avanço.

No outro jogo que foi interrompido no final por vários minutos, por conta de alguns marginais torcedores do Joinville, que soltaram rojões, sinalizadores para o gramado, contra os jogadores do Avaí, que apesar disso saiu vencedor pelo placar de 1x0.

Com tal resultado o time de Florianópolis chegou aos 42 pontos, assumindo de forma também provisória a 3ª colocação, numa subida impressionante na tabela, e se apresentando como um provável classificado para a Série A de 2017.

Os bandidos estão ganhando a batalha no futebol, e as cenas que vimos em Joinville demonstram de forma clara a falta de comando e sobretudo de pulso dos que dirigem esse esporte no Brasil.

Lamentável.

NOTA 2- O PALMEIRAS TAMBÉM LIDERA NA ARRECADAÇÃO

* O Brasileirão de 2016 tem sentido a falta de público nos estádios. Como toda regra tem uma exceção, nesse item o Palmeiras dá uma goleada nos adversários, inclusive no Corinthians.

Para que se tenha uma ideia, a renda líquida do clube paulista em 13 jogos como mandante é de R$ 19.991.712,30, A média é de R$ 1.537.824,00 por jogo.

Esse valor médio supera os que foram arrecadados por nove clubes que disputam a competição. Chapecoense (R$ 1.459.978,48), Cruzeiro (R$ 1.154.243,36), Vitória (R$ 967.356,76), Figueirense (R$ 607.706,37), Coritiba (R$ 228.203,69), Ponte Preta (R$ 210.243,30), Atlético-MG (-R$ 244.850,37), Botafogo (-R$ 280.730,21) e América-MG (-R$ 338.991,01).

Um abismo e tanto.

NOTA 3- SÓ UM MILAGRE IRÁ SALVAR O INTER

* O Internacional de Porto Alegre colocou um time misto no jogo pela Copa do Brasil contra o Fortaleza. Pelas dificuldades o técnico teve que utilizar alguns titulares que estavam no banco de reservas. Nunca assistimos algo tão grotesco.

A equipe cearense tinha perdido por 3x0 o seu jogo de ida, mas por incrível que pareça teve todas as condições de dar uma goleada no adversário, principalmente no primeiro tempo, quando perdeu vários gols, e a trave salvou o Colorado. Na segunda fase, o goleiro do time gaúcho, Danilo Fernandes fez milagres, que garantiu a derrota do seu clube por 1x0, e a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil.

Não deve comemorar, desde que irá enfrentar o Santos e não existe a possibilidade de sucesso nessa empreitada.

Há uma uniformidade na falta de qualidade entre titulares e reservas, e numa competição dura como o Brasileirão que requer um elenco equilibrado, o time do Rio Grande do Sul corre o sério risco de ser rebaixado, a não ser que receba a ajuda dos adversários, como Figueirense e Sport.

O seu próximo jogo será em Belo Horizonte contra o Atlético, e pelo andar da carruagem as possibilidades de uma vitória são remotas.

Tanto dinheiro para nada. 

NOTA 4- O STJD QUER ACABAR COM O FUTEBOL BRASILEIRO

* A Justiça Desportiva é imprescindível para os esportes. Sem esse órgão o futebol bagunçado como o nosso já estaria destruído, mas algumas medidas tomadas fogem totalmente da realidade, quando esse está se tornando um tribunal de inquisição.

Os componentes dos jogos não podem criticar as arbitragens e o Circo. Todos tem que ficar calados, mesmos com tantas barbaridades e erros apresentados nos gramados. Temos uma lei da mordaça, que atenta contra a democracia. O sistema é criticou, morreu. Jogos de portões fechados são grotescos, mas o STJD não atenta para isso, e continua tomando posições ditatoriais.

A última penalidade atingiu o Chapecoense, que perdeu dois mandos de campo. O ¨crime¨ foi cometido pela torcida que xingou a arbitragem, e com razão, desde que os homens do apito estão avacalhando o Campeonato e não merecem aplausos e sim vaias.

O futebol brasileiro a cada dia se apequena, por culpa de sua entidade, dos gestores, e agora está recebendo uma ajuda de um órgão dos mais importantes para o bom andamento das competições, o STJD.

São coisas do futebol tupiniquim.  

NOTA 5- KENO NA MIRA DO SANTOS

* Apesar da fraca campanha do Santa Cruz no Brasileirão, o atacante Keno tem chamado a atenção dos clubes brasileiros.

O profissional tem vínculo com o São José-RS, está emprestado ao tricolor, com um valor de transferência de R$ 5 milhões que terá que ser pago até o dia 30 de setembro corrente.  

Obvio que pelas atuais condições financeiras do tricolor do Arruda, tal aquisição será muito difícil.

Depois dos dois gols marcados por Keno no jogo contra o Santos, Dorival Junior, técnico santista, solicitou a sua contratação, que está sendo discutida com o clube de origem, que pediu para esperar até o final desse mês, quando encerra-se a preferência dada ao Santa Cruz.

Além do time peixeiro, o Botafogo também mostrou interesse. 

É só aguardar um pouco para saber como vai ficar.

São coisas do futebol brasileiro, quando um clube promove um jogador e sem as condições financeiras para segura-lo, assiste a sua partida sem que nenhum recurso adentre em seus cofres.

NOTA 6- A FEDERAÇÃO PAULISTA ARRECADA MAIS DO QUE 14 CLUBES DO BRASILEIRÃO

* Um fato que é muito difícil de ser entendido está relacionado aos valores recebidos pela Federação Paulista de Futebol, na cobrança das taxas nos jogos de seus cinco clubes no Brasileirão.

Os 5% são recolhidos da renda bruta antes dos descontos padrões de uma partida de futebol. Nas 26 rodadas realizadas os cofres da entidade receberam R$ 3.201.661,15, quantia superior a renda liquida de 14 clubes que disputam a competição, inclusive dois dos seus filiados, São Paulo e Ponte Preta.

Nem Freud poderia explicar que uma entidade que não tem time, não paga salários de jogadores embolse recursos que ficam acima daqueles recebidos pelos filiados.

Enquanto isso a Federação Carioca também tem uma boa arrecadação. Já abocanhou R$ 1.040.205,10. A Pernambucana que não tem mais o Todos com a Nota beliscou dos seus dois filiados, R$ 166.444,25, que dá muito bem para as mordomias.

Uma vergonha.

Escrito por José Joaquim

Pregamos no deserto quando mostramos o golpe preparado pela Rede Globo em conjunto com Circo do Futebol Brasileiro, na ocasião das mudanças na formatação da Copa do Brasil, criando um grupo seleto que só ingressaria na sua fase de oitavas, matando o sonho de alguns clubes de chegarem a uma disputa final.

Como sempre os interessados calaram-se, por conta de uma subserviência patológica, em especial os do Norte e Nordeste. O projeto vislumbrava quartas de final apenas com clubes chamados de elite. Enfim estão chegando perto.

A Copa do Brasil tem no seu histórico a presença de equipes médias chegando às fases finais, disputando as decisões e conquistando o título. Criciúma (1991), Juventude (1999), Santo André (2004), Paulista (2005) e Sport (2008), são os maiores exemplos. Essa competição sempre foi considerada como a mais democrática do país, quando clubes menores chegavam a patamares mais elevados.

Em um levantamento feito pelo jornal Hoje Em Dia-MG, sobre os confrontos nas quartas de final da competição no século XXI, mostra de forma clara que sempre tivemos dois ou mais intrusos na disputa, o que é importante não apenas na parte financeira, como na visibilidade dos que participam.

Com as mudanças, o ano de 2015 ficou reduzido ao Figueirense, os demais foram degolados nas oitavas. Em 2001 foram 4 entre os oito, 2002 (3), 2004 (4), 2005 (5), 2006 (2), 2007 (4), 2008 (3), 2009 (3), 2010 (2), 2011 (4), 2012 (5), 2013 (2), 2014 (2).

Na presente temporada mais uma vez teremos nas quartas de final um único representante dos menores, o Juventude que foi derrotado pelo São Paulo por 1x0, resistiu bravamente e obteve a sua passagem, desde que o time paulista necessitava de dois gols.

Os cartolas do Circo desejavam que todos os classificados fizessem parte do que chamam de Grupo dos 12, para o grande banquete nas finais. Por uma ironia dos Deuses do Futebol, os clubes cariocas ficaram de fora, e o estado de São Paulo que pretendia classificar cinco clubes teve de contentar-se com três.

Chamamos a atenção por várias vezes, em especial dos clubes de nossa região, sobre a entrada dos classificados para a Libertadores diretamente nas oitavas de finais, que isso iria destruir a democracia, instalando uma plutocracia danosa para o futebol brasileiro.

Na verdade o Nordeste, que já foi palco de revoluções libertárias, tornou-se hoje como o último reduto, de políticos corruptos, que ainda são ouvidos por uma parte da população. Somos os cordeirinhos que esperam tranquilamente a imolação no altar.

Enquanto isso perdurar, no futebol a plutocracia continuará a mandar, e sempre seremos pequenos, e o torcedor continuará a abandonar os estádios. 

A média de público da atual Copa do Brasil é de 4.977 pagantes por jogo, que na realidade é medíocre.

Pelo menos o Juventude existe.

São coisas de um futebol estrambelhado.