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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DANILO FERNANDES, E UM JOGO QUE IRÁ ENTRAR PARA A HISTÓRIA

* A vitória do Internacional para o Coritiba na noite de ontem entrará para a história do futebol brasileiro.

Em um espaço de oito minutos o time deixou de perder o jogo com Danilo Fernandes defendendo um pênalti, e virando a partida com um pênalti cobrado por Vitinho. O goleiro colorado foi o responsável pelo resultado, em um jogo que teve de tudo, menos futebol.

Faltas, empurrões, sangue, e um ar de desespero dos dois times. Os primeiros 45 minutos deu sono, quando os contendores jogaram com medo de perder.

O segundo começou com os torcedores cantando, como ajuda para um time medíocre que na bola é difícil de vencer. Aos sete minutos, Benitez atleta do Coritiba quase marcou contra.

A contrapartida veio de uma cabeçada de Juninho, zagueiro do Coxa, com uma defesa milagrosa de Danilo Fernandes. Aos 33 minutos, pênalti contra o Internacional, com a defesa do seu goleiro, que tornou-se o seu salvador.

O time acordou, partiu para o tudo ou nada, mesmo desordenado, quando aos 41 minutos aconteceu um pênalti de Lucas Claro em Valdivia que foi convertido por Vitinho, fechando o placar em 1x0, para a festa da torcida gaúcha.

Um lance que poderá tirar o Colorado da Segunda Divisão.

Não tivemos futebol, e sim dois times no desespero, lutando contra o carrasco da degola que estava presente no Beira Rio.

O resultado foi péssimo para o Sport, e o Internacional marcou os seus três primeiros pontos, dos 15 necessários.

Uma noite de choro e emoções.

NOTA 2- A MATEMÁTICA E O FUTURO DO SPORT

* O número mágico para fugir do rebaixamento é 45. Há algumas rodadas esse final está sendo sedimentado. O empate do Sport contra o São Paulo acendeu a luz vermelha na Ilha do Retiro que começou a torcer contra os adversários que estão na mesma situação, fugindo do carrasco da degola.

Mais uma vez os números servirão para direcionar o futuro, e poderão ajudar na mudança de curso.

O time da Ilha do Retiro só conta agora com 4 jogos como mandante. Nesse item tem um aproveitamento razoável de 57,78%. Como visitante tem apenas 19,05%. No geral esse é 39%.

Com 34 pontos, a necessidade para atingir o número ideal é de 11 pontos entre os 27 a serem disputados, o que representa 40,7%, um pouco maior do que o atual.

Por outro lado o clube irá disputar 4 jogos como mandante, (12 pontos). Se utilizarmos o seu percentual, o rubro-negro poderá somar 7 pontos. No caso dos jogos fora de casa, serão 15 pontos em disputa, que poderão se transformar em 3 pelos atuais números. Somando-se os dois itens, teremos 10 pontos, quando a necessidade é de 11, ou seja um ponto apenas para cair fora dessa zona perigosa.

No outro lado da história, considerando-se apenas o returno, o Sport melhora o seu aproveitamento como mandante para 61%, enquanto no item visitante esse é de 0%, desde que foi derrotado em seus quatro jogos.

Nesse ponto a situação muda de figura. Utilizando-se a média nessa segunda fase, o aproveitamento nos 10 jogos realizados é de 36,6%, o que demanda um crescimento com a necessidade da conquista de vitórias fora de casa, ou apostar totalmente no mando, que não é viável. 

Os números são claros e os seus recados também.

NOTA 3- O ATLÉTICO-PR E O MANDO DE CAMPO

* Um fato que beira o quase impossível poderá acontecer no Brasileirão.

O Atlético-PR poderá se classificar no G6, e participar da Libertadores de 2017, contando com as vitórias como mandante.

Dos 45 pontos conquistados pelo rubro-negro paranaense, 38 foram em casa, 12 vitórias, 2 empates e 1 derrota (84,4%).

Por outro lado o Furacão é um dos piores visitantes. Em 14 jogos, 42 pontos disputados, conseguiu apenas 7, com 2 vitórias, 1 empate e 11 derrotas (15,7%). Além disso, tem revelado vários jogadores da base, e o último é Matheus Rossetto, uma promessa de 17 anos, que tem tudo para brilhar.

Um verdadeiro canário abarrancado, que só ganha as brigas no seu terreno.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- O PÚBLICO SUMIU NA SÉRIE D

* O Campeonato da Série D é o patinho mais feio do Circo Brasileiro do Futebol, conhecido na roda da malandragem como CBF.

Ninguém sabe, ninguém viu os seus jogos.

O Volta Redonda foi o campeão, e ascendeu para a 3ª Divisão.

Seguindo as outras Séries, o público também sumiu, e a média desse ano foi a pior desde o seu início em 2009. O público total foi de 427.347, com uma média de 1.631 testemunhas por jogo.  Falta um maior incetivo para essa Divisão. 

As médias de público tiveram os seguintes números: 2009-2.580 pagantes, 2010- 3.730, 2011- 3.280, 2012- 2.333, 2013- 1.832, 2014- 1892, 2015- 2.662 e 2016- 1.631. O Brasil só é o país do futebol nas cabeças alienadas.

NOTA 5- UMA VAGA PARA O IBIS NA COPA DO NORDESTE

* A Copa do Nordeste perdeu o seu encanto e tornou-se mais uma competição mequetrefe do futebol brasileiro. A que foi realizada na atual temporada foi um fracasso de público por conta dos participantes.

Vamos imaginar a de 2017 com clubes que não tem tradição, torcida, estádios, outras exigências técnicas. Certamente será um verdadeiro fiasco.

Como existe em nosso futebol a síndrome do apequenamento, os cartolas e jornalistas se emocionam com tal evento, que representa muito para uma região cujo futebol faleceu há vários anos, e esses ainda não tomaram conhecimento.

Só faltou o convite para o Ibis.

Por outro lado a tabela da competição foi feita por apedeutas. Não se pode colocar clássicos como CRB x CSA e Santa Cruz x Náutico iniciando-a, quando essa deveria ser dirigida e tais encontros seriam os últimos da rodada.

O mais importante foi a presença de Del Nero, que não viaja para o exterior por conta do FBI e das suas algemas, mas pelo Brasil segue livre e solto, e bastante paparicado por seus seguidores.

Só mesmo em nosso país, que um dirigente da entidade maior do futebol está sendo investigado nos Estados Unidos, e recebe as homenagens em nossa região, que adora o que não presta. 

Escrito por José Joaquim

Várias vezes o cavalo selado passou pelas portas dos Aflitos, e o Náutico não teve forças para monta-lo. Com a contratação de dois personagens, um para fora do campo, Givanildo Oliveira como treinador, e o outro como condutor para atuar nos gramados, Marco Antonio, o clube dessa vez não deixou o animal passar e pulou na sela, entrou na reta final da Série B com toda força, voando como um corredor de chegada.

A 29ª rodada, que foi jogada de forma integral na última terça feira foi benéfica para o time alvirrubro. Dois adversários diretos foram derrotados, Bahia e CRB, e um terceiro empatou, o Brasil de Pelotas, mesmo jogando em casa, enquanto esse conseguia uma vitória.

Por conta disso chegou a habitar o G4 pelo período de duas horas, mas poderá fazê-lo na próxima, quando enfrenta o time gaúcho em um confronto direto, e seus adversários que estão na parte de cima tem jogos complicados, ambos fora de casa, Londrina que visita o Vasco, e Avaí que joga na casa do líder, Atlético-GO.

A jornada final será difícil, mas o número de clubes com sonho de acesso foi reduzido. O ponto mágico para o 4º lugar do G4 aumentou para 63. Vinte e sete são os pontos a serem disputados. Um dos fatores mais importantes para os cálculos de chances está ligado a performance de cada clube no returno, quando as curvas começam a serem definidas.

Embora os jornais do Rio de Janeiro tenham colocado o Vasco com sinal de alerta, a pontuação desse, nos garante a sua classificação, talvez sem o título de campeão. Precisa apenas de quatro vitórias em 9 jogos.

O clube da Cruz de Malta teve uma queda de aproveitamento no returno bem acentuada. Caiu de 68,4% (1º lugar), para 40,0% (12º lugar). O Avaí foi o que mais cresceu, saindo do 15º lugar com 40,36%, para o 1º no returno, com 83,33%, que mesmo sendo reduzido um pouco, poderá leva-lo a conquista do campeonato.

Os que mais cresceram, além do time catarinense, foram o Londrina (66,6%), Atletico-GO (63,3%), Bahia (60%), Luverdense (60%), Goiás (55,6%) e Náutico em 7º lugar, com 55,6%, e com uma vantagem de ter quatro vitórias seguidas no final da competição, mas ainda está dependendo dos tropeços dos adversários.

O quadro de chances de acesso mudou nos seus percentuais. O Vasco de 95% caiu para 80%, o Atlético-GO está com 92%, Avaí com 70%, Londrina, 62%, Náutico que chegou pela primeira vez aos 40%, e o Bahia com uma queda bem acentuada, está com 20%.

O time baiano não depende só de seus pontos, mas necessita das derrotas dos rivais. No caso do alvirrubro de Pernambuco, a sua luta será contra o Londrina, que é o clube mais regular da competição, desde que as outras três vagas já estão garantidas. Quanto ao Bahia a derrota contra o Londrina reduziu em muito as suas chances, a distância para o 4º colocado aumentou para cinco pontos.

Já tínhamos desanimado com o Náutico, mas a tranquilidade de Givanildo mudou o seu rumo, e esse tem tudo para obter o acesso. O que os cartolas do América-MG estarão dizendo no dia de hoje, com relação a dispensa desse treinador?

Certamente chorando sobre o leite derramado. São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

A 28ª rodada do Brasileirão foi concluída na última segunda-feira, e mais uma vez com as arquibancadas vazias, com um total de 127.983 pagantes, uma média de 12.798 torcedores por jogo.

Para que se tenha uma ideia da realidade que vive o futebol em nosso país, o público total em 2016 é de 4.042.512 pagantes, com uma média de 14.438 por jogo. As estatísticas de 2015 nos mostram a presença de 6.374.501 pagantes nos 380 jogos realizados, com uma média de 17.044 por partida, ou seja, uma diferença de 2.331.989, que torna-se impossível de alcança-la com apenas 10 rodadas para a conclusão da competição, o que daria uma média de 23.319 por jogo.

Como o eleitor que deu o seu recado contra o voto obrigatório, que é uma das imbecilidades brasileiras, o torcedor também mostra o seu desânimo com o que acontece em um esporte que já foi das multidões, e hoje acolhe um pequeno grupo de simpatizantes.

O Palmeiras continua líder, seguido pelo Flamengo e Atlético-MG. Nada de novo a não ser a distância que os separavam que foi dilatada. O resto sem novidades.

O Top 10 sofreu apenas alterações nas posições. O Grêmio teve uma queda da 8ª para a 9ª colocação, a Ponte desceu da 9ª para a 10ª, e o Botafogo ascendeu da 10ª para a 8ª.

Na outra ponta da tabela, os mesmos clubes, e apenas com mudanças nas colocações. Caíram, São Paulo, Sport e Figueirense. Subiram Cruzeiro, Vitória e Coritiba.

Na noite de hoje começa uma rodada que poderá definir inclusive a queda do Sport para a zona do rebaixamento, caso esse não vença o seu jogo contra o São Paulo, desde que amanhã o Internacional joga em casa contra o Coritiba, e no final da semana teremos Cruzeiro vs Ponte e Figueirense vs Botafogo. Todos atuando como mandantes e lutando contra o rebaixamento. 

Não existe mais espaço para derrotas jogando em casa com relação ao Sport. O São Paulo é um adversário direto nessa luta, com apenas 2 pontos de diferença, e com uma vitória irá amplia-la para 5, aumentando o grau de dificuldade do time rubro-negro.

O aproveitamento do clube da Ilha do Retiro como mandante é de 59,52%, considerado como bom, embora como visitante seja trágico (19,05%). O tricolor do Morumbi como visitante tem 30,96%, o que é pouco para as suas necessidades.

No returno, os dois clubes estão parelhos, o Sport na 15ª posição, com 10 pontos (37,04%), e o São Paulo, na 15ª, com 9 pontos (33,33%). Ambos realizam péssimas campanhas, e contam com 30 pontos para fugirem do carrasco da degola.

A equipe de Pernambuco tem 24% de chances de rebaixamento, e a paulista, de 18%.  Os jogos como mandante necessitam de promoções nos preços dos ingressos como estão fazendo os outros clubes que encontram-se nessa situação, e o melhor exemplo foi do Colorado gaúcho que colocou no Beira-Rio mais de 30 mil torcedores, e irá repeti-lo em seu jogo contra o Coritiba. Sem torcida todo jogo torna-se igual.

Como se dizia antigamente, Sport vs São Paulo é um confronto direto de vida ou morte.

 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PROBLEMA DO SPORT É A BOLA

* Sport e São Paulo proporcionaram um festival de horrores.

Há muito que não se via tantos passes errados, tantos chutes para o alto, e tantos jogadores ruins em um só pedaço.

Ambos necessitavam de uma vitória para a fuga do rebaixamento, mas seria impossível isso acontecer, desde que pelo que apresentaram o empate foi de bom tamanho, e garantiu pelo menos ao rubro-negro mais uma rodada longe do carrasco da degola que ronda a Ilha do Retiro.

Após o jogo ficamos analisando os seus lances, as lambanças dos dois lados, e chegamos a uma conclusão final, ou seja, o problema do Sport não é a diretoria, não é o treinador, e sim a bola. Vamos tira-la do gramado, e certamente o time irá melhorar.

Por outro lado, mais uma vez a Ilha vazia. O torcedor nem de graça consegue assistir o seu time jogar.

Uma fase bem ruim.

Nos demais jogos o Atlético-PR continua como um canário abarrancado, e marcou mais uma vitória na competição como mandante, derrotando o Chapecoense que está caindo pelas tabelas, por conta da teimosia de disputar dois torneios ao mesmo tempo. O placar de 3x1 mostrou a superioridade do time paranaense.

O Santos derrotou o Fluminense (2x1), e irá fechar a rodada no G4. Em Itaquera mais uma pelada com cobrança de ingressos, envolvendo o Corinthians x Atlético-MG. O placar de 0x0 retrata a realidade. O time mineiro está caindo pelas tabelas, com um elenco metade lesionado e a outra metade desgastado, e o paulista é o fruto das administrações e do seu maior chefão, o AS das planilhas da Odebrecht.

Em Salvador, o Vitória que vinha se recuperando na competição, foi derrotado pelo Grêmio (1x0), em um joguinho mequetrefe, e continua próximo da zona do rebaixamento.

Uma noite com muitos jogos e pouco futebol.

NOTA 2- A MATEMÁTICA SALVADORA PARA O INTER

* Hoje para se discutir futebol tem que ser um bom estudioso da matemática.

Os clubes já estão criando um setor especifico para tal, por conta da luta contra o rebaixamento. Os torcedores ajudam e vão aos jogos com uma calculadora nas mãos.

Recebemos um estudo de um torcedor do Internacional, que foi publicado no blog de Hiltor Mombach, do jornal Correio do Povo de Porto Alegre, que faz as previsões para a fuga do seu time da zona de rebaixamento.

O autor analisou os cinco jogos em casa, e os cinco como visitante. Segundo a sua matemática para a obtenção dos 45 pontos ganhos, o Inter precisa fazer mais 15, ou 5 vitórias nos 10 jogos. Algo como 50% de aproveitamento.

Hoje o clube tem 35% de aproveitamento, mas sob o enfoque matemático o Colorado, segundo o torcedor tem muitas chances. Começa com a torcida que terá que lotar a Arena em todos os jogos. Segundo esse o time gaúcho precisa ganhar do Coritiba, Santa Cruz e Ponte Preta.

Se isso ocorrer precisa achar ainda duas vitórias contra o Cruzeiro e Flamengo em casa, ou seja 100% mandante. Ficará com uma reserva para os jogos fora, contra Botafogo, Grêmio, Flamengo, Corinthians e Fluminense.

Os cálculos estão corretos, mas para que isso possa acontecer terá que combinar com os russos, que são os demais clubes que estão com os mesmos problemas. 

A matemática é a melhor amiga dos torcedores, quando seus clubes se estrambelham.

Uma pergunta: Existem cálculos que possam salvar o Santa Cruz?

NOTA 3- OS INSANOS DO FUTEBOL

* Já mostramos que para o atendimento do Calendário do Futebol brasileiro, o Circo terá que alterar o Calendário Gregoriano aumentando o ano de 365 dias para 400.

São tantas competições, tantos jogos, que as datas existentes não dariam. O site da ESPN apresentou um trabalho que mostra a possibilidade de um clube jogar 91 vezes durante a temporada, o que daria uma média de 3,65 jogos a quatro dias. Um verdadeiro ataque terrorista.

Considerando os times que participam da Libertadores, tal número poderá ser alcançado, caso um desses cheguem a decisão do Mundial.

Os estaduais irão consumir 18 datas, Libertadores, 18, Sul-Americana, 18, Copa do Brasil, 14, Brasileirão, 38, Primeira Liga, 7 e Mundial de Clubes 2. Um total de 95 para 10 meses do Calendário. No meio disso as datas FIFA que tomam vários dias durante o ano.

A disponibilidade é de no máximo 80 datas durante a temporada esportiva, desde que os atletas tem direito as férias e uma pré-temporada que consomem dois meses.

Se tirarmos o Mundial de Clubes que é realizado após as competições, os mágicos do Circo terão que ou esticar o ano, ou então reduzir algumas competições, como a Copa do Brasil e Estadual, posto que são 13 datas voando sem dias para recebê-las.

NOTA 4- INOCÊNCIA OU ESPERTEZA

* Na semana passada amigos do jogador Dátolo, do Atlético-MG, foram presos no aeroporto quando viajavam para Buenos Aires, com R$ 150 mil em espécie.

De imediato o atleta afirmou que era de sua propriedade, ganho de forma correta, e que seguia para Buenos Aires para aplica-lo.

Segundo a Policia Federal esses mesmos amigos vinham realizando mensalmente tais viagens. Trata-se de um crime de evasão de divisas.

O profissional alega que não sabia, fato esse que não podemos duvidar, por conta da famosa presunção de inocência.

O que nos espanta é assistirmos um fato como esse, que nos mostra de forma clara a ausência de uma assessoria ética e de conduta social, e um bom gerenciamento de carreira, que evitariam fatos como esse.

As assessorias existentes são as financeiras e de marketing, que já começam com os jogadores da base.

São coisas do nosso futebol e de seus atletas milionários.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO SENTIU O GOSTO DO G4

* Em um jogo sofrido, o Náutico com uma falta salvadora no final da partida derrotou o Bragantino por 1x0, e ficou por duas horas sentindo o gosto do G4.

Mesmo jogando mal, o time alvirrubro conquistou os três pontos, e aproveitando-se da derrota do Bahia no confronto direto contra o Londrina (1x0), e o empate do Brasil de Pelotas jogando em casa contra o lanterna Sampaio Correa (1x1), assumiu a 5º posição, com três pontos de diferença para o Londrina, 4º colocado.

A briga pelo G4 continua embolada, com vários pretendentes, mas de qualquer forma em plena reta final essa aproximação do Náutico, cria maiores esperanças para a briga que será cabeça a cabeça até a 38ª rodada.

Um fato a se destacar foi a vitória do Paysandu sobre o Vasco, de virada, por 3x1, e com isso o Atlético-GO ao derrotar o CRB como visitante (2x1), assumiu a liderança da competição.

Na próxima sexta-feira a overdose de jogos continua, com a corrida ficando mais emocionante.

NOTA 2- O VAZIO DOS ESTÁDIOS

* O futebol brasileiro vive de mentiras e enganações.

Foi criada uma mística que o Brasil era o país de futebol, mas os estádios vazios comprovam o contrário. Somos o país das novelas, e em especial dos cinemas que estão sempre lotados.

Há muitos anos que não temos uma média de público digna nas diversas competições. O som ecoado nos jogos realizados é o do vazio dos estádios. Uma missa fúnebre. O que mais incomoda é a passividade dos dirigentes, que discutem tudo, menos um projeto para levar torcedores aos jogos dos seus clubes.

Como um país que conquistou cinco Copas do Mundo não consegue chegar a pelo menos 20 mil torcedores por cada partida jogada? Ninguém responde.

O ano de 2016 está apresentando uma morte anunciada há um bom tempo. A média do Brasileirão é grotesca, com 14.438 torcedores por jogo. Por outro lado a ociosidade dos estádios é de 62%.

Como ocupar esses espaços? Um ponto a ser debatido. O Palmeiras tem a melhor participação de ocupação, com 75%, seguido do Corinthians, com 69%, Atlético-MG, 61%, Flamengo, 57%, Santos, 54%. Por outro lado clubes chamados de ¨grandes¨ como Grêmio (34%), Fluminense (29%) São Paulo(24%) e Botafogo (23%) mostram a verdadeira realidade.  

Dos medianos os melhores são Sport e Atlético-PR com 35%, Chapecoense (31%), Figueirense (29%), Vitória e Figueirense (29%), Ponte Preta (26%). Os piores são o Santa Cruz (15%), e 85% de ociosidade, e América-MG (9%), jogando para 91% de assentos vazio  

Uma pergunta para os amigos: Somos o país do futebol?

NOTA 3- AS ORGANIZADAS NO BASQUETEBOL

* A contaminação desse vírus mortal que é chamado de ¨Organizadas¨, chegou ao basquetebol brasileiro.

O Vasco reativou o departamento desse esporte e está disputando o Campeonato Carioca. Na última segunda-feira, aconteceu o encontro entre o quinteto do clube cruzmaltino, e o do rival Flamengo. Por medida de precaução, a policia solicitou que esse fosse de torcida única. Vivenciamos o basquetebol brasileiro por muitos anos, e nunca vimos algo tão grotesco, o que demonstra de forma cristalina o momento em que chegamos.

Dentro da quadra tudo normal, mas na arquibancada duas facções do Flamengo resolveram brigar, e o gás pimenta tornou-se o protagonista. O jogo foi interrompido por algum tempo, para que os brigões deixassem o ginásio, continuou e o Vasco derrotou o rubro-negro por 82x77.

Está tudo dominado, até o basquetebol que sempre teve uma torcida apaixonada e pacífica.

NOTA 4- 100 MILHÕES TORRADOS NO ENGENHÃO

* A rádio CBN divulgou no dia de ontem um laudo que chegou ao conhecimento dos seus jornalistas, afirmando que não existiu a necessidade das reformas que foram efetuadas no Engenhão, e a sua interdição por dois anos.

Segundo o estudo, as falhas encontradas eram diferenças normais para construções de grande porte, e que não havia sinal de desgaste.

Quanto as ferrugens dos arcos de sustentação, que foi o grande vilão, eram, na verdade, falta de manutenção na pintura.

As reformas consumiram R$ 100 milhões, que por esse laudo técnico foram jogados fora. Quem irá pagar os prejuízos?

São coisas do Brasil e de quem gosta de torrar dinheiro público.

Lamentável.