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Escrito por José Joaquim

O Chapecoense com poucos anos de vida continua fazendo história. Na noite de ontem com mais um empate de 0x0, contra o Independiente da Argentina, conseguiu nos pênaltis passar para as quartas de final da Copa Sul-Americana.

Com o estádio de Chapecó recebendo milhares de argentinos, que provocaram um tumulto e briga com a policia local, a equipe do interior de Santa Catarina superou mais um obstáculo graças ao goleiro Danilo que defendeu quatro penalidades.

Um exemplo para o Central de Caruaru que há anos vive no esquecimento.

Enquanto isso pela mesma competição, o vice-líder do Brasileirão, Flamengo era derrotado em Cariacica pelo Palestino, time 14º colocado no Campeonato Chileno pelo placar de 2x1, sendo eliminado. Na realidade levou um ¨baile¨do adversário.

O Coritiba também passou para as quartas de final, derrotando o Belgrano da Argentina pelo placar de 2x1, que levou a decisão para os pênaltis, com o sucesso do time paranaense.

Enquanto isso no Arruda, com um pouco mais de 5 mil testemunhas, graças ao horário e indecente televisionamento direto pela Tv aberta, o Santa Cruz ganhou, mas perdeu. Teve uma boa vitória sobre o Independiente de Medelin-CO por 3x1, mas o gol do adversário fora de casa decidiu à seu favor. O sonho internacional do tricolor pernambucano foi encerrado, assim como o projeto de alguma conquista. Irá continuar o Brasileirão, esperando o dia da degola.

Pela Copa do Brasil, os mandantes se deram bem. O ¨Cucabol¨ não deu efeito, e o Palmeiras foi derrotado pelo Grêmio por 2x1, o Corinthians com a ajuda do apito amigo, venceu o Cruzeiro, também por 2x1, o Santos pelo mesmo placar derrotou o Internacional e finalmente o Atlético-MG superou o Juventude-RS por 1x0.

O mando de campo foi determinante para todos. No final pouco futebol em muitos jogos.

Escrito por José Joaquim

Os dirigentes de alguns dos chamados ¨grandes¨ clubes do futebol brasileiro estão desesperados com a presença do carrasco da degola nos seus entornos. Aqueles que nunca estiveram nessa situação, choram como carpideiras, e procuram as soluções para os seus problemas.

Viveram no tempo das vacas gordas, e não souberam aproveitar. Gastaram em demasia, se endividaram, e agarraram o Profut como uma tábua de salvação.

Com exceção de poucos clubes, como Flamengo, Fluminense e Atlético-PR, os demais continuaram as suas gastanças, sem o necessário planejamento e o devido retorno. Não citamos o Palmeiras por tratar-se de um clube com um dono, que tira do seu bolso recursos para a cobertura dos seus déficits.

Não existe futuro sem um planejamento a longo prazo, e essa palavra ainda continua sendo pornográfica entre muitos dirigentes dos clubes brasileiros. As dezenas de contratações e as mudanças de treinadores durante a temporada é o maior reflexo da falta de um projeto, e isso aconteceu na sua maioria.

O Internacional hoje chora, mas os seus dirigentes não souberam se preparar, não pouparam, não se organizaram, sobretudo torraram recursos com contratações. O Corinthians também cometeu erros graves, e tornou-se um figurante na maior Competição Nacional, e conta ainda com uma bomba relógio chamada de Itaquerão.

O futebol brasileiro repete a história de José do Egito e o sonho do Faraó das sete vacas gordas e sete vacas magras. Perguntado sobre esse sonho, José afirmou que as sete vacas gordas representavam sete anos de bonança que viria para o trono do Egito, enquanto que as sete vacas magras representavam sete anos de miséria.

O Faraó pediu sua ajuda, entregou-lhe a governança do país, e com um bom planejamento tornou o país em um grande celeiro nos bons tempos, e planejou-o para os tempos ruins. José era um planejador, e que deveria servir como referência para os cartolas brasileiros.

Mais uma vez voltamos a afirmar que o planejamento estratégico é a maior tarefa de um gestor, no momento em que é preparada a organização e estruturação de determinadas metas.

As vacas magras do futebol brasileiro apareceram no ano de 2014, e da maneira que nos encontramos sem uma mudança estrutural, certamente irá chegar ao ano de 2021.

Se os dirigentes não tiveram competência para tal, que convoquem um planejador como José do Egito, antes que seja tarde.

Escrito por José Joaquim

Cuca, treinador do Palmeiras, em uma entrevista coletiva desabafou com relação aos comentários do jornalista Mauro Cezar Pereira, que rotulou o modo de jogar do seu time como o ¨Cucabol¨. Estava irritado.

Para chegar a tal conclusão, Pereira citou os laterais batidos para dentro da área como a grande novidade do futebol apresentado pelo time alviverde de São Paulo, com zagueiros altos se transformando em artilheiros, aproveitando a redução do tamanho dos gramados.

O jornalista tem razão. Como acompanhamos outros campeonatos pelo mundo afora, o sistema de jogo do Palmeiras é a repetição de um clube mediano da Inglaterra, o Stoke City, que desde 2009 ao subir para a Premier League passou a utilizar a linha direta, bolas alçadas nas áreas dos adversários, e a grande arma com os laterais jogados para dentro dessas.

Foi o time que deu mais arremessos desse setor do campo, numa média de 500 por temporada. Conseguia os seus gols, mas fazia parte de uma estratégia perfeita para quem era muito fraco com a bola. De acordo com as estatísticas, apenas um pouco mais de uma em cada dez posses de bola do Stoke na temporada teve mais de três passes.

O Palmeiras é um time grande, lidera o campeonato, mas vem apresentando apenas um futebol de resultados, que para a torcida é o que importa, mas para quem gosta de um bom jogo é negativo, quando se observa uma boa qualidade no seu elenco.

O futebol brasileiro como sempre segue na contramão da história, e raros são os clubes que trocam passes tocando a bola, dando preferência as aéreas, que o transformaram em pista de aeroporto.

Os craques de verdade sumiram, desde que as táticas adotadas com excesso de volantes, e ligações diretas, não permitem que o jogador habilidoso se destaque. O Flamengo que está na luta pelo título nacional, tem um futebol menos pragmático, mais moderno, e conseguiu dar um equilíbrio aos passes com a contratação de Diego, que tornou-se o pensador da equipe.

Hoje é muito mais gratificante assistir jogos do futebol europeu do que os nossos, desde que nos transformamos em um esporte aquático, onde as toucas utilizadas pelos nadadores, fazem parte dos uniformes de nossos jogadores.

A bola aérea faz vitimas em todos os encontros. É cabeça contra a cabeça, o futebol minguando e o sangue jorrando. Parece também com as lutas da UFC.

Em épocas anteriores dificilmente um atleta tinha uma contusão como essa, os bons jogadores existiam em profusão, a bola era tocada, os passes, as lambretas faziam parte do dicionário. Hoje assistimos a decadência técnica que é alimentada pelos treinadores, que por sua vez não querem perder, mas ao mesmo tempo relutam em ganhar.

Por conta disso a média de público do Brasileirão não chega aos 15 mil pagantes.

Essa é a realidade, e para nós o ¨Cucabol¨ é um atraso.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FIM DO PAINEL FC

* Tivemos uma surpresa com uma nota publicada no Jornal Folha de São Paulo, assinada pelo jornalista Marcel Rizzo, comunicando o fechamento da coluna Painel FC que era editada na página esportiva desse jornal sob o seu comando.

Essa coluna era a única que tratava dos bastidores esportivos, com informações de fatos que passavam despercebidos pelos setoristas. As páginas esportivas foram reduzidas em todas as mídias impressas, por conta da perda de público, e pelas mesmices que são publicadas.

O Painel FC sempre trazia algo de novo no mundo esportivo, e tinha seus leitores cativos, mas o jornalismo brasileiro virou sinônimo de reprodução das declarações das fontes.

O jornalista Erick Beting há alguns anos escreveu que: ¨a apuração da reportagem ficou em outro plano. A essência do jornalismo é a apuração. Apurar não significa reproduzir as frases das fontes, mas ir além da superfície¨.

Concordamos plenamente com essa análise, desde que o jornalismo declaratório que existe na área de economia, invadiu o esportivo. É preciso mais gente que saiba mergulhar, desde que um mergulho na notícia sempre foi e continuará sendo como a boa estratégia de um bom jornalismo.

NOTA 2- A NOVA LIBERTADORES

* A ideia da Conmebol é excelente, estendendo o período da Libertadores de 27 para 42 semanas, começando a competição em fevereiro e concluindo em novembro. O campeão segue direto para o Mundial de Clubes. No modelo atual, no caso do futebol brasileiro, o clube abandonava o Nacional por conta da preparação para esse evento.

Por outro lado o aproveitamento de dez clubes que não chegarem as oitavas de final, também é salutar.

Pela lógica seria bem positivo, mas no caso do Brasil com o seu calendário elaborado por apedeutas, as dificuldades serão bem maiores.

Argentina, Chile, Paraguai, Colômbia e México que participam dessa competição já utilizam o calendário universal, que é chamado de europeu.

Como somos os mais ¨inteligentes¨do mundo, o número de competições que são realizadas em nosso país, ultrapassam o calendário gregoriano, e para que possa ser cumprido existe a necessidade de uma overdose de jogos. A contrapartida são as contusões.

Com essa nova fórmula da Conmebol, a Copa do Brasil terá que ser reformulada, e reduzida, desde que os clubes eliminados da Libertadores irão para a Sul-Americana, e com isso voltaremos para o ano de 2012, com 12 datas, e chances maiores para os clubes menores. 

Tudo isso será discutido em uma reunião da Entidade Continental, sem a presença de Del Nero, por conta do FBI.

Só mesmo no Brasil do Petrolão e dos corruptos, tal fato poderia acontecer.

NOTA 3- CHAMEM O TORCEDOR

* Os clubes brasileiros maltratam seus associados e os torcedores. Não são ouvidos para nada.

Os cartolas pintam e bordam por conta própria.

Em alguns clubes entre esses estão os de Pernambuco, a transparência é uma palavra que não existe.

Quando estão por cima os ingressos tem preços de um espetáculo no Carnegie Hall. Pobre não entra. Quando vão mal fazem promoções e apelam para os seus torcedores.

Essa é a rotina do futebol brasileiro.  

O Internacional que está na zona da degola, com 70% de chances do rebaixamento, tornou-se bonzinho e irá liberar o acesso para os sócios da categoria Campeão do Mundo, em seu jogo no final de semana contra o Figueirense.

A diretoria espera a presença de 40 mil torcedores na Arena Beira Rio.

A vida de um sócio em um clube de futebol é bem interessante, não participa de nada e só é lembrado na fase da miséria.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- O RECADO DA DEMANDA

* Um levantamento do site Sr.Goool, mostra a preferência dos torcedores com relação aos dias e horários dos jogos.

A segunda-feira lidera a media de público, com 17.702 pagantes, bem superior a geral que é de 14.498. A quinta-feira apresenta a segunda melhor média, com 15.075 torcedores por jogo.

A seguir vem o domingo com 15.431. Na zona do rebaixamento estão o sábado com 13.045, e a quarta-feira com 11.540.

Um recado para os inteligentes do Circo e da Rede Globo.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

* O juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou, nesta segunda-feira, o Bloqueio Judicial das contas de 12 torcedores dirigentes de organizadas do São Paulo acusados de organizarem a invasão do CT da Barra Funda.

A medida incluiu também o bloqueio dos veículos, para a cobertura dos prejuízos que deram ao patrimônio do clube. Trata-se de uma decisão que irá afetar os bolsos dos membros da Torcida Independente e Dragão Real, e que deveria ser seguida por outros estados.

Os punidos entraram ontem com uma liminar no Instância Maior, mas essa foi indeferida, o que demonstra o acerto da decisão do Juiz Pascolati. 

Sobre o assunto das organizadas, publicamos vários artigos com sugestões de como como poderia ser feito o combate, e sempre mostramos que a asfixia financeira era fundamental, e uma decisão como essa vai ao encontro do nosso pensamento.

Torcida organizada só existe porque usa os símbolos do seu clube como forma de sobrevivência. Vendem seus produtos utilizando a marca, escolhem seus lugares nas arquibancadas, recebem ingressos gratuitos, ou quando os compram tem o privilégio das escolhas. Se os cartolas acabarem com tais procedimentos, todas irão morrer de inanição, e a violência seria reduzida.  

Uma sábia decisão que ainda contou com outros complementos, como a proibição dos condenados chegarem próximos ao CT da Barra Funda, ao estádio do Morumbi e da Sede Social, além de suas apresentações no Quartel dos Bombeiros em dias de jogos, sejam no estado ou fora desse.

Que o modelo seja seguido.

NOTA 2- UMA SURRA EM 15 CLUBES

* O futebol brasileiro tem de tudo um pouco. Alguns fatos são grotescos e de difícil entendimento para os racionais.

Como uma entidade que não tem time, não tem torcida e não entra em campo consegue superar na arrecadação líquida 15 clubes que disputam o Brasileirão, inclusive três dos seus filiados?

É o caso da Federação Paulista de Futebol que aumentou as suas receitas nessa última rodada, atingindo R$ 3.364.745,54. Só perde para Palmeiras, Corinthians, Grêmio, Internacional e Flamengo. Os dois primeiros são os maiores contribuintes.

Nem Freud poderia explicar. As mordomias e os altos salários agradecem aos seus benfeitores.

NOTA 3- COM POUCOS GOLS E POUCO PÚBLICO

* A média de público da 27ª rodada foi de apenas 12.880 torcedores por jogo, com um total de pagantes de 128.804.

A média geral do Brasileiro da Série A é de 14.501 torcedores por jogo, menor do que das Segundas Divisões da Alemanha e Inglaterra.

O Corinthians que tinha um excelente participação no ranking de público, despencou, e no seu último jogo contra o Fluminense, recebeu 18.838 pagantes, o pior número que o alvinegro contemplou em todas as rodadas como mandante.

Como sempre o Palmeiras com 30.962 torcedores, foi o melhor, e o America-MG o pior com 1.141. A decepção foi o Sport com apenas 6.929 pagantes em seu jogo contra o Santos. O torcedor rubro-negro já não é mais o mesmo.

Com relação aos gols marcados, o Campeonato continua bem devagar. Nos 10 jogos foram apenas 23 gols, com uma média de 2,3 por jogo.

A rodada foi atípica, sem empates, e com 9 vitórias dos mandantes e apenas 1 dos visitantes, o Fluminense contra o Corinthians.

Que futebol é esse? Só poderia ser o de Del Nero e seus seguidores.

NOTA 4- GRÊMIO NEGA FACILITAR JOGO PARA O VITÓRIA

* O jornal Correio 24 horas de Salvador publicou uma matéria com o presidente do Vitória, Raimundo Viana, em que esse contou uma conversa que teve com Romildo Bolzan, presidente do Grêmio.

Segundo o jornal os dois cartolas tinham entrado em contato para antecipar o jogo Vitória e Grêmio do dia 10 para o dia 5 de outubro, no que foi atendido pelo Circo, e segundo Viana relatou, Bolzan aproveitou o bate-papo por telefone para pedir que o Leão ajude a empurrar o Internacional para a Série B, já que o grande rival gremista briga contra o rebaixamento, assim como o time baiano. Segundo o cartola do rubro-negro, ele disse que seria um sonho para ele que isso acontecesse.

O assunto teve uma grande repercussão em Porto Alegre, e virou polêmica, desde que o tricolor gaúcho irá enfrentar sem chances de rebaixamento, ou da classificação para a Libertadores, todos os concorrentes diretos do Colorado, com exceção do Coritiba. A diretoria gremista procurou o jornal baiano, alegando que foi um mal entendido, e que presidente só tinha tratado da antecipação do jogo.

Na realidade trata-se de um fato para ser apurado, desde que apequena mais ainda um futebol que está bem reduzido em seu tamanho.

Aliás com a presenças do Cruzeiro, Internacional e São Paulo na luta contra a degola, de tudo pode acontecer.

NOTA 5- MAIS UM CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO SPORT

* Um boato que correu na Ilha do Retiro, dava como certo que o candidato da situação do Sport Recife, apoiado pelo atual grupo dirigente seria Homero Lacerda. Um bom rubro-negro. Não acreditamos. 

Ontem tomamos conhecimento de que Fred Domingos também deseja esse cargo, mas isso não irá acontecer.

A verdade é bem outra. Estão costurando uma chapa com Milton Bivar na presidência, Fred Domingos na vice, e Wanderson Lacerda na presidência do Conselho.

Só está faltando a benção de Luciano Bivar, que manda no pedaço.

Uma pergunta: Onde está o novo?

No mesmo banco e no mesmo jardim.