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Escrito por José Joaquim

Temos uma longa estrada de vida e nesse roteiro vivenciamos um pouco de tudo, mas nunca observamos tanta corrupção e desmandos, como o que vem acontecendo nesses últimos anos de história do povo brasileiro.

Há algum tempo, não tem um dia sequer que não surja um escândalo, principalmente nos poderes da nação. Nunca a corrupção foi tão desenfreada. Nunca as propinas chegaram a tantos bolsos, os patrimônios cresceram de forma geométrica. Dois ex-ministros da Fazenda foram presos.

Nunca uma sociedade ficou tanto tempo adormecida para o que acontecia em seu entorno, tendo esperado um longo tempo para começar a reação. Ainda bem que essa chegou

O Brasil tornou-se um cano de esgoto, onde tudo de ruim corria por esse. O sistema nacional obedecia a linha da meia honestidade, meia corrupção e sobretudo meias verdades. Um ex-presidente que foi denunciado por corrupção, na sua defesa disse que preferia os políticos desonestos aos Juízes e Procuradores concursados. Esqueceu que esses é que estão passando à limpo o país e colocando na cadeira os ladrões dos cofres públicos, na maioria seus companheiros.

O esporte no Brasil também não poderia ficar imune a inoculação desse vírus letal, em especial o futebol que tem a sua porta aberta para a lavagem de dinheiro e corrupção generalizada, e por conta disso tem que ser passado à limpo.

Diógenes de Sinope, filosofo grego que ficou conhecido tanto por sua obra, como por andar na cidade de Atenas à luz do sol com uma lanterna acesa nas mãos na busca de um cidadão honesto, ficaria perdido em nosso Brasil, e de tanto procurar a chama iria apagar.

O melhor acontecimento nos últimos dois anos foi a Operação Lava-Jato, que finalmente está conduzindo o país para melhores dias, contando com o apoio da população do bem, que é a maioria absoluta de nossa sociedade.

O Circo Brasileiro de Futebol, conviveu muitos anos com Ricardo Teixeira, que renunciou a presidência, mas continua influenciando. Foi substituído por José Marin, que está preso nos Estados Unidos, que cedeu o seu lugar a Marco Polo Del Nero, que não sai do Brasil com medo do FBI, e que responde a uma investigação na FIFA. Uma aparência da pior qualidade.

Como esse esporte poderia sobreviver com mandatários como esses? 

A Lava Jato teria que chegar as entidades que fazem o futebol brasileiro, para que possamos ter uma mudança radical, como irá acontecer em nosso país nos próximos dois anos. O início será nas eleições municipais, e depois na Nacional em 2018, quando uma cara nova, limpa e sobretudo honesta deverá surgir.

Torna-se necessário um expurgo nas Confederações, Federações e em muitos clubes, para um recomeço no mundo esportivo nacional.

Na realidade existe uma necessidade de uma limpeza no cano de esgoto, em que tornou-se o Brasil de ponta a ponta.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

O Brasileirão entrou na sua reta final com 71% dos jogos já realizados, e com apenas 11 rodadas para a sua conclusão, e o que observamos é uma prova cujos lideres a disputam cabeça a cabeça, e com a perspectiva que a decisão seja confirmada pelo Photochart. Como em uma corrida de cavalos, o vencedor será aquele que tiver mais folego, que no caso do futebol corresponde a um bom banco de reservas.

O Palmeiras esteve na liderança em 18 das 27 rodadas. O Flamengo seu adversário teve um crescimento no returno, saindo de 59% de aproveitamento para 79%, mas o seu adversário também evoluiu de 63% para 75%. Páreo equilibrado. 

Um fato tem que ser destacado, e que pesa na classificação dos três primeiros do G4, com o Atlético-MG em 3º lugar, com 5 pontos de diferença para o líder, é a qualidade dos seus elencos, onde reservas e titulares se equivalem. Os bancos estão decidindo os seus jogos. Apesar disso, tudo indica que a briga será entre os times de São Paulo e Rio de Janeiro que lideram a competição.

O futebol carioca além do Flamengo na luta pelo título, tem o Fluminense buscando uma vaga na Libertadores, distando dois pontos do Santos, 5º colocado. Com uma excelente campanha, o Atlético-PR está na 6ª colocação, e se torna um bom exemplo para clubes medianos, com uma folha salarial baixa e sobretudo com o aproveitamento das bases.

Os gaúchos, Grêmio e Internacional desceram a ladeira, sendo que esse último encontra-se na zona de rebaixamento. Os paulistas, Corinthians e São Paulo são meros figurantes na competição, sendo que o tricolor sofre com a ameaça da degola. Um novo panorama.

A empolgação maior do Brasileirão não está relacionada ao título de campeão, e sim na zona do rebaixamento e seu entorno, desde que alguns chamados de grandes clubes estão envolvidos no processo, inclusive aqueles que nunca foram rebaixados, como São Paulo, Cruzeiro e Internacional. Um dia isso iria acontecer.

Calculamos as chances de degola, e chegamos a seguinte conclusão: America-MG como líder com 99%, Santa Cruz (94%), Internacional (70%), Figueirense (41%), Cruzeiro (34%), Vitória (26%), Sport (15%), e São Paulo (7%).

Com relação ao título, o Palmeiras leva uma vantagem sobre o Flamengo, no tocante aos seus próximos adversários. O time alviverde jogará contra o Santa Cruz, América-MG, Cruzeiro, Figueirense e Sport, enquanto o rubro-negro enfrentará, Fluminense, São Paulo, Santa Cruz, Figueirense, Internacional e Corinthians.

Sem dúvida, essas cinco rodadas poderão ser definidoras da competição.

Escrito por José Joaquim

Faltando apenas um jogo para o encerramento da 27ª rodada do Brasileiro da Série B, entre Paysandu vs Bragantino, que não influencia na luta pelo acesso, a situação permaneceu estável com seis clubes disputando duas vagas restantes, desde que Vasco da Gama e Atlético-GO estão bem próximos de conseguir as suas.

Um fato que deveria ser analisado está relacionado ao número mágico para alcançar o pódio. No encerramento do Turno a pontuação do 4º colocado, Atlético-GO sinalizava para 64 pontos. Com oito rodadas realizadas no returno, essa caiu para 60 pontos, com uma ressalva de que os critérios técnicos deverão ser utilizados para o desempate.

No estudo das chances de cada candidato, um fator bem importante é o seu crescimento na segunda fase, que mostra uma tendência firmada e que irá influenciar no resultado final.

Ouvimos ontem uma pergunta sobre o Náutico, se esse poderia chegar ao G4 no final da competição. Como resposta afirmamos que seria difícil, mas hoje não impossível, inclusive após analisarmos os seus confrontos, verificamos que esse necessita aumentar o seu aproveitamento nos 11 jogos restantes.

Avaí, Atlético-GO, Bahia, Londrina e Criciúma foram os times que mais evoluíram na segunda fase. O Náutico terminou o turno na 6ª colocação, com 49,12% de aproveitamento, e caiu para a 11ª nos 8 jogos do returno, com um aproveitamento de 45%. Necessita conquistar 22 pontos para chegar aos 61, que representa um aproveitamento de 63%. Tal pontuação hoje é mais segura.

Para que se proceda um efeito comparação, o Avaí está com um aproveitamento nessa segunda fase de 79%, o Bahia, de 62%, Londrina e Criciúma, de 58%.  O Brasil de Pelotas apresenta uma queda, com 44%, quando no turno teve 52%.

Podemos considerar o Ceará e CRB fora dessa disputa. O time cearense é o pior na classificação do returno, com 5 pontos e sem uma única vitória, enquanto o alagoano está na 18ª colocação, com 6 pontos, e apenas uma vitória. É uma curva que vem se mantendo descendente.

Com relação as chances de cada um, considerando-se todas as variantes, o Vasco conta com 96%, Atlético-GO (89%), Avaí (55%), Londrina (40%), Bahia (38%), Náutico (26%), Brasil de Pelotas (24%), Criciúma (22%). Esses são os corredores dos últimos 400 metros (33 pontos), que faltam para o final da competição.

Os números colocam o Londrina no acesso, mas achamos que o Bahia estará no bolo maior quando do encerramento do Campeonato. 

Escrito por José Joaquim

O Santa Cruz virtualmente está rebaixado, muito embora matematicamente ainda tenha 3% de chances para fugir do carrasco da degola que faz plantão no Arruda por um bom tempo. Algo impossível de acontecer.

Nenhuma novidade. Sem grandes recursos, gestores amadores, o projeto da Série A não foi formulado, e o improviso reinou, inclusive na contratação de mais de uma dezena de jogadores, que pouco ou nada produziram. Pau que nasce torto, cresce torto. Esse ditado traduz a realidade do tricolor.

Um time com cara de Segunda Divisão certamente teria dificuldades na permanência na Série A. Mesmo uma criança de uma escola brasileira que não ensina nada, tinha a convicção que isso iria acontecer. Em diversos artigos mostramos que o elenco estava longe da realidade, embora bem esforçado, e que mudança de treinador em nada iria acrescentar, desde que o buraco era mais profundo.

Tivemos na manhã de ontem o jogo dos desesperados, e o menos ruim no caso o Figueirense, ganhou do mais ruim, o Santa Cruz. pelo placar de 3x0. O time catarinense festejou, mas em breve irá chorar desde que é um dos mais sérios candidatos ao rebaixamento, junto com o América-MG e o seu adversário de ontem.

A campanha do tricolor pernambucano é bem fraca. Os números mostram de forma clara a razão porque esse clube se encontra no fundo do poço, e sem uma corda para salva-lo.

Em 27 jogos somou apenas 23 pontos, menos de um por jogo. Tem a defesa mais vazada com 44 gols, completou 16 derrotas, faltando apenas três para a sua despedida da competição, posto que nenhum clube com esse número conseguiu escapar, conforme as estatísticas.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade do Santa Cruz, a sua campanha no returno é inferior ao do lanterna América-MG. Dos 24 pontos disputados o time mineiro conquistou 8, enquanto o pernambucano somou 5. Tais números mostram de forma cristalina uma curva descendente já firmada e irreversível.  

Há anos que falamos em planejamento no futebol, que independe de recursos, e temos um exemplo na própria competição que é do Chapecoense, que consegue fazer um Campeonato digno por conta de sua organização.

Mesmo com poucos recursos um clube pode fazer uma boa campanha de manutenção, mas no caso dos nossos, esses passam o ano todo improvisando e contratando, como isso fosse as suas salvações. O cartola pernambucano tem uma paixão pelo aeroporto.

Existe um velho ditado grego de que ¨Uma andorinha só não faz verão¨, e no caso do Santa Cruz ficou escrito que ¨Um Keno só não faz verão¨.

Lamentável

Escrito por José Joaquim

O Sport Recife enfrentou na noite de ontem o Santos, no horário destinado ao pay-per-view, cuja audiência é reduzida, e com pouca visibilidade. Até para os seus torcedores, o sábado às 18h30 dificulta em muito a ida ao estádio.

O domingo que é o dia do futebol, terá uma tarde livre, para os jogos do Corinthians ou Flamengo, que fazem parte do sistema massacrante implantado pelo Circo em conjunto com a Rede Globo de Televisão que é a dona do espetáculo.

A cada dia que se passa ficamos na certeza de que o nosso futebol é igual a um ser que perde as suas forças, e sabe que não tem mais futuro. Aos poucos estamos vivendo um período de que ¨nada acontece¨ e ¨tudo está como dantes¨.

Por conta das necessidades os clubes baixaram a cabeça para as determinações dos poderosos, quando esses reservaram o mercado do domingo para o Sudeste Brasileiro, provocando um processo de inanição para nossa região, que há cada dia se acentua mais.

Deixamos de ser alguém, para ser o nada.

Há pouco vimos o Juventude-RS conquistar a sua passagem para as quartas de final da Copa do Brasil, rompendo o sistema implantado que não desejava um clube menor nessa fase que estava programada para os ¨grandes¨. Nos lembramos das pífias participações dos representantes de nosso estado.

Não temos o menor sentimento das nossas necessidades, e a Segunda Divisão é o maior retrato do que será o futuro. Times sem a menor qualidade, estádios precários e o mais importante, sem demanda de torcedores. Qual o futuro?

Os quadros diretivos não são renovadas, os clubes já não recebem os sócios em suas dependências, e por conta disso não conseguem formar novas lideranças. O maior exemplo está no Sport, quando Milton Bivar poderá participar do processo eleitoral do clube. Nada contra o ex-presidente, mas sem dúvidas é algo que mostra de forma bem clara que não existe nada de novo no reino rubro-negro. O tempo passa e as caras são as mesmas.

O futebol não é discutido. Infelizmente o novo jornalismo é o da internet, não pensa, como os antigos profissionais que foram substituídos pelas empresas de comunicação para economizar gastos, e isso reflete no debate, que tornou-se inócuo.

Para a Federação local tanto faz, tanto fez, recebendo os seus 8% nos jogos realizados está tudo bem, enquanto o futebol agoniza e sem dúvidas caminha para o futuro SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO.

Lamentável.