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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FALTOU JOGO AO SPORT

* O Sport levantou o Ceará da pedra em que esse se encontrava. A equipe cearense que não tinha sequer conquistado uma única vitória no Brasileirinho, encontrou uma chuteira amiga para fazê-lo.

O rubro-negro não merecia a vitória, como também o alvinegro.

O jogo foi ruim, com um primeiro tempo dominado pelo Sport, mas apenas na posse de bola e com dois chutes ao gol.

O adversário esperava uma bola, e Magrão lendo uma revista desde que  essa não chegava à sua meta.

Na segunda fase o Ceará começou mais animado pressionando, e aos nove minutos Artur marcou de cabeça o gol salvador, graças a uma lambança coletiva da equipe da Ilha do Retiro.

Na realidade faltou ao Sport o que tínhamos chamado a atenção, ou seja jogos no período do recesso da Copa, e isso foi traduzido nas câimbras dos seus atletas e na desorganização tática.

Além disso jogou mais de 50 minutos com 10 jogadores, posto que  Marlone ficou no Recife para receber os seus salários. Nesse período em que esses esteve em campo pouco realizou.

Na realidade foi uma pelada Nordestina, e a terceira partida do time da Ilha do Retiro sem vitória, e depois dessa o sinal amarelo acendeu por conta do que foi visto no Presidente Vargas. Sem querer menosprezar o Ceará, na realidade é uma equipe fraca e com poucas chances de fugir da degola.

O Sport não está bem e o time também é limitado e precisa de algumas peças para melhorar, inclusive alguém que saiba fazer gols.

Nas demais partidas do inicio da 13ª rodada, o São Paulo jogou por uma bola e conseguiu derrotar o Flamengo por 1x0 com o Maracanã lotado. Jogo feio, retrancado e com poucas emoções, inclusive com muita cera do time paulistano.

Na Arena do Corinthians com a metade ociosa, mesmo dominado de forma falsa pelo Botafogo, derrotou-o por 2x0, o mesmo placar que o Grêmio conseguiu frente ao Atletico-MG, graças a bola parada. No Barradão, o time do Vitória sofreu para ganhar do Paraná por 1x0, numa partida que de futebol só teve a bola.  

NOTA 2- A SÉRIE B É A MAIS COMPETITIVA DOS ÚLTIMOS ANOS

* Com a ausência dos chamados grandes clubes, desde que Coritiba e Ponte Preta são medianos, a Série B dessa temporada é a de maior equilíbrio dos últimos anos.

Infelizmente essa sofre com a pouca divulgação, embora com alguns jogos bem melhores do que observamos na Série A.

Na última terça-feira assistimos o jogo entre Guarani e Figueirense, que terminou com uma vitória do time catarinense por 3x2, e sem duvida essa foi uma das melhores da temporada.

A competição está na 16ª rodada, bem perto de chegar na metade, e a distância do primeiro, Fortaleza com um jogo à menos, para o 9º (Coritiba) é de seis pontos.

Para que se tenha uma ideia o Coxa irá jogar nessa rodada, e com uma vitória irá assumir a 4ª colocação no lugar do Avaí.

As distancias estão curtas, um sucesso muda a situação, assim como uma derrota. O próprio Fortaleza que se manteve no topo na maior parte da competição, teve duas derrotas seguidas, e os que estavam distantes se aproximaram, como o CSA, vice-líder que está distando com apenas um ponto de diferença.

Irão se defrontar no Rei Pelé, em Maceió, numa luta pela liderança.

Sem duvida uma partida imperdível para quem gosta de futebol.

NOTA 3- A BOLA PARADA E A COPA DO MUNDO

* Na terça-feira ao assistirmos uma mesa do tipo da Távola Redonda que ainda discutia o numero de gols provenientes de bola parada durante a Copa do Mundo da França.

Ouvimos de tudo, menos uma analise sobre a razão de que em 169 gols, 72 foram por conta desse modelo, representando quase a metade do total (42%).

Foi um recorde, superando em muito os 62 da Copa de 1998. Obvio que alguns detalhes influenciaram nesse somatório, e entre esses o número de gols de pênaltis por conta do VAR.

Foram 28 penalidade convertidas, representando 38,% do total.

Por outro lado o sistema de jogo que foi adotado pelas seleções, de porteira fechada, levou ao uso da bola parada, e o aproveitamento das faltas e escanteios.

A tecnologia em conjunto com o acesso às informações originaram o sucesso das bolas paradas. O VAR também participou no processo, desde que os espaços ficaram mais abertos dentro da área sem o empurra, empurra que acontece normalmente.

O número é alto se comparado ao que acontece nas maiores escolas de futebol no mundo. Nas principais Ligas da Europa, os gols de bola parada são importantes, mas não tão influentes nos resultados dos jogos.

Na última temporada inglesa, apenas 26% de gols saíram de lances assim. No campeonato espanhol, a participação sobe para 36%. Com relação ao fraco Brasileirinho o percentual foi de 32%.

A Inglaterra exagerou, quando dos seus 12 gols marcados, 9 foram originados de bola parada, e o artilheiro do torneio com 6 gols, Harry Kane, 5 desses foram por conta desse modelo.

NOTA 4- O ATLÉTICO-PR CONSEGUIU UMA VITÓRIA NO CARF QUE IRÁ REPERCUTIR NOS CLUBES BRASILEIROS

* O Atlético-PR conseguiu no inicio do mês de julho uma vitória bem importante por conta de uma decisão da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, Carf, isentando-o do pagamento de tributos como a Contribuição Sobre o Lucro Liquido (CDLL), Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica (IRPJ), PIS e Confins, cobrados de 2005 a 2009.

Ao apreciar um processo do Furacão, a 1ª Turma da Câmara Superior manteve a isenção. Por maioria de seis votos a dois, o colegiado entendeu que os clubes profissionais podem se enquadrar como associações sem fins lucrativos desde que impeçam a distribuição de lucros aos sócios e limitem a remuneração dos diretores.

A Turma afastou grande parte de uma cobrança que ultrapassa R$ 85 milhões em impostos diversos cobrados de 2005/2009.

A Receita exigiu os tributos sobre as receitas próprias do clube, a exemplo das auferidas com a venda de bilheteria, a negociação de jogadores, os contratos de patrocínio e as transmissões dos jogos pela televisão.

O processo não foi julgado em caráter repetitivo, e o resultado se aplica apenas ao Atlético-PR, mas na verdade o julgamento mostrou uma tendência que poderá ser aplicada aos outros clubes em casos semelhantes.

Vale a pena recorrer.

Escrito por José Joaquim

Fim da Copa de 2014 com a derrocada da seleção do Circo, que ficou marcada para a eternidade com um 7x1 grotesco no seu jogo contra a Alemanha.

Os analistas do futebol brasileiro formaram uma unanimidade de que era necessário um trabalho de longo prazo como no modelo alemão.

Final da Copa de 2018, estamos lendo e ouvindo a mesma repetição da anterior, quando o espelho é a seleção da França e o seu longo prazo.

Na realidade esses esquecem que o trabalho de formação na Europa e entre esses o da França tem dez anos de implantação, e contam com o apoio governamental, das federações nacionais e dos clubes.

Obvio que o longo prazo é o fundamento para o sucesso, e sobre isso já escrevemos vários artigos.

O açodamento é negativo e não produz resultados.

No meio esportivo brasileiro as cabeças pensantes são raras.

Para a obtenção de sucesso em qualquer atividade, inclusive a do futebol, torna-se necessário identificar e compreender a sua lógica, reinterpreta-la e adequá-la às novas realidades.

Quem no meio futebolístico brasileiro tem a capacidade de entender esse sistema? Não temos duvida que são poucos, e entre esses pela formação poderíamos citar o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Ferran Soriano, CEO do Manchester City, em uma frase mostrou que em todas as atividades humanas existe uma lógica que as move e controla, uma lógica que age de maneira mais ou menos oculta, ou seja, o que acontece hoje na Europa poderia acontecer em nosso país obedecendo as suas peculáriedades.

O nosso problema é que as maioria das pessoas que comandam o futebol, só tem o entendimento que é o de contratar e negociar jogadores, demitir treinadores, sem a capacidade para entender o funcionamento de um amplo projeto como os implantados no Velho Continente.

O longo prazo com centros de formação de atletas nos países que os adotaram, são auditados trimestralmente, recebem a orientação das federações que fazem parte do sistema.

Em nosso país, o Circo  que comanda o futebol incentiva a relação promíscua entre os dirigentes e os diversos empresários, que não desejam modificações e projetos que poderão tolher esse processo.

Os clubes deixaram de ser a base de si próprio, para serem a base de negócios. Qual um grande jogador apareceu após a Copa de 2014? As revelações antes do amadurecimento são negociadas.

Existe um fato importante que os nossos analistas não percebem, e que está localizado em um bonito prédio da Barra da Tijuca, numa entidade sem a credibilidade para implementar um grande projeto como o ClaireFontaine francês.

Jamais isso irá acontecer se não houver uma faxina geral.

Por outro lado, não estão observando que sem uma modificação da Lei 9615/98 (Lei Pelé), em relação as devidas garantias ao trabalho de formação, em 2022 a mesma ladainha será ouvida.

O futebol brasileiro precisa de seriedade, de profissionais de alto nível, para que possam implantar o longo prazo visando o seu futuro.

Na realidade gostamos da anarquia e do improviso, um conjunto que está levando esse esporte ao fundo do poço.

Falar é fácil, implantar é difícil com o atual modelo. O futebol brasileiro não tem FUTURO.

Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo

A variedade de origens é uma das belezas da seleção francesa. Isso faz bem ao futebol! 

França campeã, impossível não me emocionar. Fui o primeiro brasileiro campeão mundial a jogar naquele país. Tinha algumas opções, mas escolhi o Olympique de Marseille por ter um clima parecido com o do Rio da Janeiro.

Quando jogava pelo Flamengo e fazia um excursão na Alemanha, Daniel Stern, fundador do Paris Saint Germain, e o lendário Just Fontaine, me visitaram na concentração, e me convidaram para o PSG, que acabara de subir para a primeira divisão. Neguei porque o frio parisiense me assustava. Depois acabei indo para o Olympique.

Não imaginei que pudesse voltar ao Brasil, porque era tratado com muito carinho pelo torcedor, na verdade pelo povo francês. Mas Francisco Horta me convenceu a voltar para o Flu. De qualquer forma, me sinto um dos responsáveis por abrir essa porta ao mercado brasileiro. Indiquei Jairzinho, o Furacão, e jogamos juntos. O sucesso foi tanto que o estádio do Olympique precisou ser ampliado para receber mais torcedores. Apredi a língua , fiz amigos, como os atores Jean-Paul Belmondo e Alain Delon, o tenista Yannick Noah, e o príncipe Albert, do Mônaco.

Colecionei gravuras e Picasso, Monet, Salvador Dalí e uma revista de arte fez uma capa com o título ¨De Paul Cézane a Paulo César¨, exaltando a poesia do futebol brasileiro. Era convidado para os grandes eventos e recentemente, fui consagrado com a Legião de Honra, importante comenda do governo francês.

Vi muitos imigrantes correndo nas ruas da França. Fugiam da polícia que os impedia de vender suas bolsas ¨Louis Vitton¨ nas áreas turísticas. Nessa época apenas dois jogadores negros atuavam na seleção: Marius Trésor e Jean Pierre Adams, apelidados pela imprensa de ¨La garde noir¨, a guarda negra. Muita coisa mudou de lá para cá, ocorreram avanços na política e a França, com certeza deve ser a seleção mais miscigenada.

Sobre essa grande variedade de origens, Matuidi, descendente de angolanos e congoleses, disse que a diversidade é uma das belezas da seleção francesa e, por isso sentia orgulho em representa-la. Matuidi e outros 17 jogadores são filhos de imigrantes ou nasceram em outros países e se naturalizaram. As raízes são as mais diversas: Filipinas, Haiti, Congo, Senegal, Mali, Angola, Guiné, Togo, Mauritânia, Argélia, Camarões, llha de Guadalupe, Martinica, Alemanha, Espanha e Portugal.

Isso faz bem ao futebol? Para a França fez! E muito. Não sou historiador, e a Croácia também tinha seus motivos extra futebol para ganhar o titulo, mas falo da França por minhas ligações sentimentais.

Se pudesse escolher a campeã da Copa, seria a Bélgica, que apresentou o futebol mais bonito, técnico e veloz, Entre França e Croácia, a França. Tem muito mais jogadores técnicos e Didier Deschamps se deu ao luxo de não precisar usar todos os seus reservas, alguns muito bons de bola., como Thomaz Lemar e Dembelé. Esta Copa foi a vitória do futebol, porque as três primeiras mereciam o título, e mesmo Didier Deschamps, uma espécie de Dunga francês, curvou-se ao futebol ofensivo.

Claro que não surgiu um novo Michel Platini, um novo Zinedini Zidane, mas podemos dar vivas a esta escola maravilhosa, que encanta o mundo não é de hoje.

Viva, Just Fontaine, Lilian Thuram, Thierry Henry, Marcel Desailly, Cantona, Mbappé, Griezmann e Pogba! Viva o futebol! Viva a diversidade! 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O COMEÇAR DE NOVO 

*Nada mais insosso do que o recomeço do Brasileirinho após a uma parada de mais de 40 dias por conta da Copa do Mundo.

Não temos o devido conhecimento de que a FIFA proíbe jogos de campeonatos nacionais durante o período desse torneio, mas como a seleção do Circo foi eliminada, a entidade bem que deveria ter feito o reinício do seu campeonato maior, mas preferiu perder muitos dias na espera da sua decisão final.

O calendário apertado teve que esperar pelos jogos das semifinais e o da final, e com isso alguns clubes irão entrar numa maratona de jogos.

Mas como não adianta reclamar, vamos ter hoje o recomeço do calendário da Primeira Divisão do futebol brasileiro com a realização de cinco partidas, e entre essas uma que interessa ao futebol de nosso estado, em especial aos rubro-negros que irão assistir o retorno do seu time após uma boa campanha nas doze rodadas realizadas.

O primeiro adversário do Sport será o Ceará, que é o lanterna da competição sem a conquista de uma única vitória. O alvinegro cearense optou por sediar o encontro no caldeirão do Presidente Vargas, como forma de desespero.

As situações dos dois clubes são bem distintas.

O time rubro-negro da Ilha do Retiro é o 7º colocado na tabela de classificação, com 19 pontos, 5 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, aproveitamento de 52%. Enquanto isso, o Ceará é o 20º, com 5 pontos, 5 empates e 7 derrotas, aproveitamento de 14%.

Uma campanha de degolado.

Como mandante esse também é o lanterna, 3 pontos conquistados, 3 empates e 3 derrotas (16,6%), e o Sport como visitante é o 8º colocado nesse item, com 7 pontos, 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas (38,8%).

A equipe da Ilha do Retiro é favorita absoluta para a conquista de uma vitória, mas com essa paralização longa, sem realizar nenhuma partida, esse encontro poderá ficar mais equilibrado.

Assistimos vários jogos do Ceará e realmente foi um time que não se preparou para uma competição de maior nível, e por conta disso está sofrendo.

O time cearense enfrenta uma luta na busca do tempo perdido, que certamente poderá ser inglória.

O Sport sem menospreza-lo tem todas as chances de uma vitória.

NOTA 2- NO RECESSO DA COPA OS CLUBES DA SÉRIE A PERDERAM 42 JOGADORES PARA O EXTERIOR

* Quando o apito do árbitro autorizar o inicio do jogo entre Ceará x Sport, que é o primeiro no reinício do Brasileirinho, a competição estará com 42 atletas à menos, que foram levados para o futebol do exterior durante a Copa.

Uma lacuna muito grande que mostra o erro da manutenção desse calendário catastrófico. 

Quinze times foram afetados, e o que sofreu mais foi o Atlético-PR com cinco transferências.

A lista foi completada com os seguintes clubes:

São Paulo-4,

Corinthians-4,

Atlético-MG-4,

Palmeiras-4,

Flamengo-3,

Grêmio-3,

Chapecoense-3,

Vasco-3,

Bahia-2,

Fluminense-2 

Cruzeiro-2,

Paraná-1,

Sport-1 e,

Ceará-1.

Botafogo, Internacional, Santos, América-MG e Vitoria não foram afetados.

No caso do alvinegro carioca, perdeu o seu técnico Alberto Valentim.

* Dados do FOX-Sports

NOTA 3- A POSSE DE BOLA E A COPA DA RÚSSIA 

* O futebol não é estático e tem os seus ciclos de vida.

A Copa da Rússia encerrou uma época em que as vitórias chegavam para os times com mais posse de bola.

O sistema iniciado por Pep Guardiola no Barcelola, inspirou a seleção da Espanha levando-a a conquistar a Eurocopa em 2008 e 2012, e a Copa do Mundo de 2010.

Fracassou em 2018.

Dos 16 jogos do mata-mata 10 foram vencidos por quem ficou menos com a bola. No jogo final a Croácia teve 61% de controle.

Os campeões mundiais tiveram menos controle  em cinco das sete partidas disputadas no torneio.

Para que se tenha uma ideia exata do domínio da bola em jogos da Copa do Mundo, de 2002 para 2018, apenas a seleção do Circo (2002), conquistou o título com menos posse de bola, 44% frente a Alemanha.

A França após 16 anos derrubou esse paradigma, ao ser campeã sem utilizar tal sistema.

As três equipes que dominaram as partidas da Copa fracassaram.

Espanha (75%), Alemanha (72%) e Argentina (66%), deixaram o Mundial de forma precoce. Os alemães na fase de grupos, e os espanhóis e portenhos nas oitavas.

Obvio que não se pode afirmar a morte da posse de bola, desde que numa Copa o numero de partidas é pequeno, e o mata-mata é o tudo ou nada, mas na verdade pode ter sido iniciado um novo ciclo, sem a posse de bola.

Vamos aguardar.

NOTA 4- A FORÇA DE CRISTIANO RONALDO

* O jornal ¨Marca¨ da Espanha publicou uma matéria mostrando que com uma semana da presença de Cristiano Ronaldo na Juventus, o retorno financeiro já começa a aparecer.

O atleta é uma máquina de jogar futebol, como também uma máquina de marketing.

Desde o anúncio de sua contratação pelo clube de Turim, esse já está colhendo os impactos financeiros que o jogador proporciona, tais como o aumento nas vendas das camisas e nas suas ações na Bolsa.

O primeiro lote de camisas com o nome do jogador foi esgotado em um dia. Na verdade o lucro com essas vendas não é tão significante, desde que apenas 20% fica com o clube.

A vinda do craque impulsiona outros indicativos.

Segundo o jornal, estima-se que o clube italiano tenha um lucro 30% maior do que o da temporada anterior. As ações da Juventus no mercado aumentaram. No inicio de julho o titulo tinha um valor de 0,67 euros. Após a assinatura subiu para 0,80, chegando a atingir 0,90 euros.

Outro ponto que irá evoluir em boa proporção é o da receita de bilheteria, cujos ingressos foram majorados.

Um investimento milionário em um profissional da bola terá sem duvida um grande retorno, dentro  e fora do gramado.

NOTA 5- BRASILEIRÃO ASSAÍ- SÉRIE A 2018

* Há muito tempo que definimos o futebol brasileiro como surreal.

Depois do rato desfilando no gramado do São Januário, o Circo que comanda esse esporte em nosso país, comunicou ontem que a nossa maior Divisão Nacional passou a ter um nome oficial- Brasileirão Assaí- Série A 2018.

A parceria foi firmada com a Assaí Atacadista até o final de 2019.

A marca vai acompanhar os jogos do Brasileirinho, a divulgação de conteúdos oficiais e nas propriedades comerciais da competição.

Nada contra a empresa, mas quem não tem cão caça com gato.

Na Inglaterra temos a Barclays- Premier League, na Alemanha, a Bundesliga, na Itália, a Série A-TIM, e no Brasil teremos o Brasileirão Assaí.

Esse é o nosso futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DE VOLTA AO MUNDO REAL 

* Na noite de ontem o torcedor brasileiro voltou ao seu mundo real, saindo da imaginária Copa do Mundo onde tudo corre certo como um cronômetro de alta qualidade. Uma Ilha da Fantasia.

O retorno do futebol brasileiro no pós Copa, foi a demonstração de que estamos ainda na era do subdesenvolvimento esportivo.

Pela Série C, o Salgueiro recebeu o Náutico com o estádio vazio, e com pouco futebol.

O primeiro tempo foi fraco com pouca coisa a se comentar.

O alvirrubro aproveitou-se de uma única chance a abriu o placar.

Na segunda fase o time da casa apenas na vontade passou a dominar a partida, mas de forma açodada, perdendo muitos gols por falta de bons atacantes, no final conseguiu o empate que não foi bom desde que continuou na zona da degola.

Pelo que jogou o Náutico o resultado não foi ruim, desde que somou um ponto fora de casa, que será positivo na tabela de classificação. Foi o pior jogo do time da Rosa e Silva sob o comando de Marcio Goiano.

Pela Copa do Brasil, o Vasco mesmo derrotando o Bahia por 2x0 foi eliminado da Copa do Brasil em um jogo tumultuado, com direito à invasão de campo por torcedores, objetos lançados no gramado, uma arbitragem pressionada pelos jogadores com reclamações acintosas, e simulações grotescas para ganhar tempo.

Um ¨espetáculo¨ com a cara do real futebol brasileiro.

Em Belo Horizonte o Cruzeiro empatou em 1x1 com o Atlético-PR, conseguindo a sua passagem para a fase seguinte dessa Copa.

Um jogo com pouca coisa a ser analisada.

Um fato positivo foi os dos bons públicos em ambos estádios.

O futebol brasileiro voltou com todas as suas mazelas.

NOTA 2- O RETORNO DO BOM FUTEBOL

* A França ganhou a Copa com uma proposta simples e eficiente.

Para uma competição de tiro curto o time francês adotou o coletivo como já chamamos a atenção, onde todos disputavam a bola.

Um futebol bem planejado, metódico, sem aquele jogo pelas laterais como assistimos em nosso país, com poucas emoções.  

O técnico Didier Deschamp utilizou uma metodologia em que todos exerciam uma função de marcação e de defesa, e dai em diante procuravam os atacantes para a busca do gol.

Não tinha marcação alta, não tinha marcação sob pressão, e tudo como o futebol antigo, o de evitar o gol e marca-lo no contra-ataque.

Um modelo muito simples que irá se propagar na pós-Copa, que necessita de uma defesa compacta, com a proteção de um volante, no caso Kanté, e um meio de campo comandado por um ¨Cavalo de Aço¨, Progba, que jogava a bola em velocidade para Mbappé e Griezmann, atacantes raros, que conseguem ser talentosos.

Acabou a história do craque salvador da pátria, que resolvia o jogo.

Foi uma seleção de todos por um, e quando tinham problemas a bola parada resolvia.

Na verdade não foi uma campeã por acaso.

NOTA 3- VAI SER SEMPRE A FINAL DO VAR

* O técnico José Mourinho não gostou do pênalti marcado contra a Croácia, quando o jogo ainda estava empatado no primeiro tempo.

Para o comandante português, que comentava a final da Copa do Mundo para a agencia russa ¨RT¨, França e Croácia vai ficar marcada pelo pênalti assinalado para os franceses.

Para mim houve um erro no conceito do VAR. Não digo que não foi pênalti, porque é discutível, mas o conceito do VAR é sobre erros graves do árbitro e este não foi o caso. Por isso fiquei desiludido-disse Mourinho, sobre a bola que bateu na mão de Perisic e gerou o segundo gol francês.

Para o treinador do Manchester United, vai ser difícil a decisão da Copa da Rússia se desassociar de uma arbitragem influenciada pelo vídeo.

Croácia jogou com muito orgulho, mas no futebol a realidade é que vale e a França é campeã.

Foi uma excelente final, mas gostaria de ter visto o segundo tempo começar empatado e não com um 2x1. Principalmente um 2x1 que faz com que esta seja para sempre a final do VAR, concluiu o treinador.

Sem duvida uma das melhores analises sobre o tema.

NOTA 4- A TRISTE REALIDADE BRASILEIRA

* Há anos que mostramos que as mazelas do Brasil são produzidas no seu processo educacional, que é falho e totalmente equivocado.

Ao lermos ontem a coluna de Antônio Gois, do jornal ¨O Globo¨ que trata da educação nacional, tomamos conhecimento de uma análise do boletim ¨Pisa in Focus¨, com relação aos dados de desempenho e bem estar dos alunos nos mais diversos países, mostrando que a participação em atividades esportivas nas escolas brasileiras, em um grupo de 54 nações, aparece com um dos mais baixos percentuais (36%) de jovens que dizem fazer atividades esportivas intensas ao menos três vezes por semana.

A média da OCDE é de 52%, e a proporção é superior a 60% em países desenvolvidos tais como a Islândia, Polônia, Dinamarca e Noruega.

A educação física e a prática esportiva são tão fundamentais quanto as demais matérias. Fazem o bem estar do aluno e o motiva para que tenha uma maior participação nos estudos, como também na vida fora das escolas.

Já afirmamos várias vezes que tudo começa na Escola, e em especial no setor esportivo.

A formação do aluno e por consequência a de um futuro atleta é por demais importante para o país,  ao formar uma geração que poderá elevar o nosso patamar.

Uma boa escola educa e acaba com a violência.

Enquanto o sistema estiver emperrado, a estagnação irá continuar.

NOTA 5- O FUTEBOL RAIZ

* A série D Nacional não é divulgada, não tem um apoio maior das mídias e sobretudo uma melhor ajuda do Circo do Futebol Brasileiro.

Apesar disso nos mostra muitos jogos interessantes, o verdadeiro futebol raiz dos tempos mais antigos.

Graças ao Esporte Interativo estamos assistindo alguns encontros dessa divisão, que está na fase semifinal apenas para disputa do título.

Os competidores já estão na Série C de 2019.

As divisões menores poderiam servir como um celeiro de novos jogadores, alimentando uma cadeia produtiva. Deveriam ser mais longas.

No último domingo presenciamos uma partida bem interessante, em especial no seu segundo tempo, envolvendo o Imperatriz e Treze, com a vitória de 1x0 para o time do Maranhão, e com um excelente publico no estádio, que tem uma boa capacidade, mas necessita de um novo gramado.

O jogo foi bem disputado, com bons lances, sem violência, sem reclamações e simulações, e com alguns jogadores de qualidade.

Existe esperança para o futebol brasileiro, mas sem a presença da atual cartolagem que o destruiu.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Sempre que a seleção do Circo é derrotada numa Copa do Mundo surgem as desculpas amareladas.

Em 2006 foi por conta da bagunça instalada, e a falta de comando.

Em 2010 foi por conta de Dunga que de futebol nada entendia, e não tinha um bom diálogo com o elenco.

Na Copa de 2014 colocaram a derrocada nas costas de Luiz Felipe Scolari, que para todos estava superado.

Como perguntar não ofende, gostaríamos de saber qual a desculpa pela queda na Copa da Rússia, quando as mídias a colocavam como favorita, que o pastor Tite era o melhor do mundo, e Neymar iria arrebentar? No final caiu de quatro.