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Escrito por José Joaquim

Na escola aprendemos na aula de ciências que o corpo humano era composto por cabeça, tronco e diversos membros. Tais ingredientes o faziam funcionar.

O Ministério do Esporte representa a cabeça para pensar o esporte nacional, inclusive o futebol. Foi entregue aos partidos políticos e tornou-se uma sinecura para empregar os aliados.

Deveria ter procedido uma grande reforma em todos os segmentos que envolvem o setor, mas não o fizeram, preferindo a inércia, com a distribuição de Bolsas Atletas, de verbas às vezes estranhas para ONGS, algumas perdidas no transito.

A cabeça não funcionou, adoeceu e hoje paira como um fantasma na Esplanada dos Ministérios em Brasília.

O tronco está representado pelo Circo do Futebol Brasileiro e Federações estaduais. A entidade maior só tem uma missão, a de ganhar dinheiro com a sua seleção, esquecendo dos clubes que são a razão de ser desse esporte, e garantindo a continuidade no poder por conta de cooptação dos eleitores que ganham mesadas para tal.

Essa parte do corpo foi contaminada pelo vírus da corrupção, que afastou os últimos três presidentes, e perdeu a sua credibilidade.

Com relação as Federações essas fazem parte da segunda parte do tronco. Existem apenas para deleite dos seus cartolas, que as tratam como suas Capitanias, manobrando a sucessão com casuísmos.

Com presidentes longevos, essas perderam o modelo de distinguir o certo do errado. Fazem pouco ou nada pelo futebol. Respondem com um amém a tudo que é emanado pelo tronco maior, e insistem na manutenção de campeonatos estaduais que já faleceram há anos. A sua parte está numa UTI especial, na tentativa de restabelecer uma nova forma de vida, com implantes de novos procedimentos.

Finalmente, os membros, representados pelos clubes. Alguns já falidos, outros no mesmo caminho, e uma parte vivendo como rico, com um carro de luxo na garagem de uma mansão, mas sem dinheiro para gasolina e da manutenção do patrimônio.

Tecnicamente o futebol brasileiro involuiu. Nas últimas três Copas a seleção foi humilhada. Em 2014 levamos uma bonita sova da Alemanha, com um placar que jamais será esquecido, de apenas 7x1.

A maioria dos clubes ainda tem dívidas astronômicas, embora com crescimento de receitas, que caracteriza a ausência de gestão, com um efeito indutor para as  gastanças totalmente desenfreadas, que os transformaram em zumbis modernos na busca de algum lugar para descansar.

Essa é a realidade do atual corpo do futebol brasileiro, em que todos os seus componentes foram vitimados por várias doenças que os levaram para diversos setores dos hospitais, e todos com boletins médicos atestando que estão em estado grave.

Isso tudo no país que tem vocação para o esporte, uma excelente demanda, com grandes patrocinadores, mas que viu o seu maior produto adoecer por conta da ausência de gestores, que foram os responsáveis por todos os acontecimentos nefastos.

A única solução encontrada pelos cientistas do futebol, foi o da criação de um robô inteligente, com troncos saudáveis e membros ágeis, independentes de quaisquer situações, que poderá o levar aos novos rumos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NOITE DE SOFRÊNCIA PARA OS TORCEDORES DOS RUBRO-NEGROS 

* Na continuidade da 15ª rodada, o Sport enfrentará na noite de hoje o Vitória-BA, em um jogo que será de sofrência para os torcedores dos dois rubro-negros.

Ambos vem de derrotas, sendo que a dos baianos foi acachapante contra o rival local por 4x1. O pernambucano perdeu por 2x1 para o Fluminense.

O time da Ilha do Retiro nos seus últimos 5 jogos somou 4 pontos, 1 vitória, 1 empate e 3 derrotas, aproveitamento de 26%.

O seu adversário no mesmo período totalizou 7 pontos, 2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, aproveitamento de 46%.

O Sport está na 10ª colocação e vem de uma queda latente, sem uma vitória nos últimos 4 jogos. Tem 19 pontos na tabela de classificação, 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, aproveitamento de 48%. Como visitante tem um aproveitamento de 33,33%, com 7 pontos em 7 jogos.

Por outro lado o Vitória que já esteve na zona da degola, continua bem perto dela, com seus 15 pontos, 4 vitórias, 3 empates e 7 derrotas, aproveitamento de 36%. Como mandante tem um aproveitamento de 55,5%, com 10 pontos em 6 partidas.

O nivelamento dos dois contendores é por baixo, e não existe favorito para a conquista de uma vitória. A equipe baiana leva apenas a vantagem de jogar em casa, desde que o Brasileirinho é de abarrancados.

NOTA 2- OS MELHORES TÉCNICOS BRASILEIROS

* Ao assistirmos um debate numa dessas mesas quadradas em que se discutiu a ausência do nome do técnico Tite entre os dez melhores do mundo, constatamos o quanto a paixão participa nas analises de nossos jornalistas.

Vamos e venhamos pela primeira vez em nosso longo tempo nos esportes, em especial no futebol, vimos duas listas perfeitas, tanto a dos jogadores, como a dos treinadores. Na verdade escolheram os melhores.

Tite é um bom profissional, mas longe dos maiores que tivemos em nosso país que são esquecidos pela nova geração, por conta de não serem divulgados, e da ausência dos estudos sobre o futebol. Foram citados nomes como Oswaldo Brandão, Rubens Minelli, Telê Santana, Claudio Coutinho, Otto Gloria, entre outros.

Nessa relação colocaríamos o nome de Cilinho que foi um dos grandes estrategistas de nosso futebol, Sarno e Martim Francisco.

Deixaram de lado o maior de todos, Elba de Pádua Lima, Tim, que foi um espetacular meio de campo, e sobretudo um gênio na formatação de um time com táticas inovadoras. Era um mágico da prancheta.

As escolas de jornalismo infelizmente não ensinam a história real do futebol nacional, e por conta disso a desinformação é clara. No ano de 1973 tivemos a oportunidade de convida-lo para assumir o time do Sport, mas Tim tinha se apalavrado com o Coritiba. 

Esse é mais reconhecido na Argentina e no Peru do que no Brasil, embora tenha jogado em alguns grandes clubes e treinado outros tantos.

Um dos poucos técnicos que virara um placar no vestiário.

A imprensa o chamava de estrategista, mas na realidade Tim ia além disso, desde que era dotado de uma genialidade futebolística. Tudo que se debate hoje o treinador já pensava e executava.

Gostava de metáforas para explicar as suas ideias que estavam além do tempo. Um dos seus maiores feitos foi o de levar a seleção do Peru à Copa do Mundo, classificando-a nas eliminatórias, e fazendo uma boa campanha no Mundial.

Resolvemos postar esse artigo por conta da falta de memória do povo brasileiro, que deixa o passado de lado, e só vive o presente, e para que os nossos visitantes tomem conhecimento dos valores do futebol nacional.

NOTA 3- O EMPARELHAMENTO NA SÉRIE B

* Embora não tenhamos nenhum clube na Série B sempre estamos acompanhando os seus jogos, com alguns de boa qualidade técnica. 

Assistimos na última terça-feira dois desses, Figueirense x Vila Nova e Fortaleza e Avaí, sendo que esse último mostrou que os dois times estão bem preparados para o acesso.

O empate de 1x1 foi justo por conta dos dois tempos bem divididos entre os disputantes.

O time de Rogerio Ceni continuou na liderança da competição com 31 pontos, um a mais para o CSA, clube que vem fazendo uma brilhante campanha. A equipe catarinense cresceu muito após a contratação de Geninho.

Nessa 16ª rodada, os mandantes tiveram 5 vitórias, os visitantes, 2 e 3 empates. Nas corridas de cavalos o locutor sempre citava um bordão: ¨dobraram a curva, cabeça com cabeça¨.

Há muitos anos não víamos uma Série B tão bem disputada.

Com 16 rodadas realizadas, 42% do total, o líder Fortaleza tem uma distância de apenas 4 pontos para o Coritiba, 7º colocado. Do 4º, o Avaí e o 7º, Coritiba, a diferença é de apenas 1 ponto, ou seja a cada rodada a situação pode ser modificada.

A razão de tanto equilíbrio é simples, desde que a competição não tem a participação dos grandes clubes, e o nível dos disputantes é muito igual.

Apesar do acirramento no gramado, a média de público está menor do que a do ano anterior. No fechamento da 16ª rodada essa é de 4.373 pagantes por jogo.

NOTA 4- MALDITO CALENDÁRIO

* Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Um velho ditado que serve para nos incentivar a continuar postando artigos sobre o grotesco calendário do futebol nacional.

Até quando o futebol brasileiro vai aguentar ficar longe do calendário europeu que é o norte de todo o futebol mundial.

A situação brasileira faz parte do inacreditável, quando um clube começa  a sua competição maior, e no segundo semestre é obrigado a contratar por conta da fuga dos atletas para os outros Continentes.

Obvio que tendo o calendário universal, com a janela aberta durante as férias a situação seria diferente, pois teríamos uma competição iniciada com um grupo que iria permanecer por muito mais tempo.

A qualidade seria muito maior. O desmanche é feito em plena competição.

Quem tem maior resistência à  mudança desse maldito calendário é a Rede Globo, desde que a sua grade é mais importante que o futebol nacional.

Com a desvalorização do real perante o euro, os olhos dos clubes do exterior se voltaram para o Brasil e estão fazendo a farra e a folia. Para que se tenha uma ideia exata, nessa atual janela foram tirados dos clubes 48 atletas.

Corinthians e São Paulo foram os que tiveram maiores perdas, com seis jogadores de cada um. O tricolor paulista está em melhor situação, mas o alvinegro do Parque São Jorge vem sentindo essa debandada, correndo o risco de um péssimo Brasileirinho.

Continuamos a dizer que o futebol de nosso país é surreal, e que é dirigido por apedeutas de plantão.

NOTA 5- RETRATO DO FUTEBOL BRASILEIRO

* As gestões da maioria dos clubes brasileiros não respeitam a lei maior da compatibilização entre as receitas e despesas, ou seja a de gastar menos do que ganha.

Por conta das insanidades a Justiça do Trabalho é a casa amiga dos cartolas.

Um caso bem recente que tomamos conhecimento vem de Porto Alegre, com uma ação do ex-atleta Colorado, Adriano Gabiru que foi o autor do gol que deu o titulo mundia ao time gaúcho.

A cobrança feita na Justiça era referente ao direito de imagem, no total de R$ 2 milhões.

O clube fez um acordo, reduziu um pouco o valor, e irá pagar o débito em 40 meses. Será mais um na folha paralela. Além disso irá contratar Gabiru por 24 meses para que esse participe dos seus eventos.

Enquanto isso os torcedores do Botafogo invadiram a sede do clube em protesto contra a reunião do Conselho Deliberativo, que iria autorizar a antecipação de recursos dos direitos de transmissão.

Vidros e móveis quebrados, e no final terminaram aprovando o pleito da diretoria.

Nada mais nada menos do que a cara do futebol brasileiro.

NOTA 6- A DANÇA DAS CADEIRAS EM PLENA MADRUGADA

* O Palmeiras continua o mesmo do ano anterior. Negocia jogadores sem as reposições ideais, e quem paga são os técnicos.

Na madrugada de hoje, Roger Machado foi demitido por conta da derrota do alviverde contra o Fluminense por 1x0, embora o jogo tenha sido bem movimentado e com o time paulista perdendo muitos gols.

Mas como o mordomo sempre é culpado pelo crime cometido, o técnico dançou.

Nesses jogos iniciais da 15ª rodada, os mandantes venceram três e o quarto terminou empatado, dando continuidade ao campeonato dos abarrancados.

Além da vitória do tricolor carioca que ressurgiu no pós Copa com 7 pontos conquistados em três jogos, o Flamengo empatou em 1x1 contra o Santos, com uma noite de gala do jovem santista Rodrygo, o Atlético-MG cumpriu o seu dever, e o Corinthians com o retorno do seu futebol pragmático, com Cassio fazendo milagres derrotou o Cruzeiro por 2x0.

Na noite de hoje o São Paulo irá enfrentar o Grêmio em Porto Alegre, e se vencer assumirá a liderança do Brasileirinho.

O problema é que está no ¨se¨.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ATÉ A VELHINHA DE TAUBATÉ SABIA 

* O único que ainda acreditava que Neymar estaria na lista dos 10 atletas que irão disputar o premio de melhor da temporada era Carlos Alberto Parreira, o criador da famosa carta de Dona Lúcia em 2014, e um dos culpados pela destruição do esporte da chuteira do Brasil.

Até a Velhinha de Taubaté já sabia do resultado.

Obvio que Neymar é um atleta de futebol nas horas ocasionais. Vive muito mais de marketing do que jogar bola, que na verdade sabe muito bem fazer. É um craque. 

É mal orientado pelo pai e não pensa em fazer história no esporte e sim ganhar dinheiro com o setor.

Não fez uma boa temporada com a transferência para o PSG, e só ganhou o campeonato francês, algo sem valia, terminou lesionado.

Na seleção do Circo, pela segunda vez tornou-se uma figura bem apagada, foi apenas um coadjuvante da desgraça. Tornou-se um mico mundial por conta de suas simulações.

A lista enfim saiu sem surpresas, desde que os dez escolhidos foram os melhores, e mais uma vez o premio ficará com Cristiano Ronaldo pelo conjunto da obra. Neymar irá disputar o titulo de simulador do ano.

A arrogância não combina com a vida esportiva.

Uma escolha limpa e sem jabás.

NOTA 2- O BANIDO DO FUTEBOL CONTINUA ATIVO NO MEIO

* Já afirmamos centenas de vezes que o Brasil é um país surreal. Aqui de tudo pode acontecer.

Uma matéria do jornalista Luiz Consenzo, do jornal Folha de São Paulo, mostra que o banido Marco Polo Del Nero está articulando uma chapa liderada por Marquinhos Chedid, presidente do Bragantino para disputar em setembro a eleição da Federação Paulista de Futebol.

Segundo o jornalista, Chedid quando entra em contato com os outros cartolas sobre o assunto, manda ligar para o ex-presidente do Circo, que foi banido do futebol por conta das investigações do FBI com relação a várias suspeitas do recebimento de propinas dos contratos com a televisão.

Não temos nada com a entidade paulista, mas um fato como esse mostra o sistema judiciário brasileiro que tem um processo parado na gaveta da Justiça Federal do Rio de Janeiro contra o cartola e que até hoje não saiu do lugar.

A Federação Paulista cujo presidente não é flor que se cheire, emitiu uma Nota sobre o assunto: ¨Causa perplexidade que uma pessoa banida do futebol pela FIFA e acusada pelo FBI ainda atue, mesmo que nos bastidores em processos eleitorais do esporte. Os clubes, treinadores, atletas e profissionais do futebol merecem respeito¨.

Na verdade o Brasil e o futebol vivem numa zorra geral.

NOTA 3- UMA VACA NO POSTE 

* Quando alguém passa pela frente de  um poste e verifica que tem uma vaca pendurada, é obvio que essa foi colocada, desde que vaca não sobe no poste.

Talvez no Brasil isso possa acontecer.

Nos lembramos desse situação por conta da transação de Everton Felipe, meia do Sport, para o Flamengo, após as declarações de um dirigente do clube, de que o jogador deveria procurar novos ares.

A vaca subiu no poste nesse momento.

Para um clube com graves problemas financeiros, qualquer tostão furado serve, mas na realidade não entendemos que um profissional que não serve para um clube do Nordeste, seja adquirido pelo maior do Brasil, no caso o Flamengo.

Ou os seus dirigentes são inocentes, ou bem inteligentes.

Não é útil para o rubro-negro pernambucano, mas é ótimo para o carioca.

Os 45% que pertencem ao Sport será comprado pelo clube da Gávea por R$ 6 milhões. O atleta tem 20% dos direitos econômicos e o Banco BMG 35%.

A pergunta que não poderia faltar: Será que o Banco vai concordar em continuar com essa parcela junto a Everton Felipe, ou vai receber a sua parte?

De uma coisa temos a certeza o time do Rio de Janeiro está levando um jogador com grande futuro, que foi mal preparado, enquanto o Sport irá matar parte de sua fome.

Vamos aguardar a vaca descer do poste.

NOTA 4- O BLOCO DOS NAPOLEÕES RETINTOS

* Alguns clubes brasileiros fazem parte do Bloco dos Napoleões Retintos, uma ala do Bloco do Sanatório Geral.

Sem duvida esse esporte no Brasil tem que ser analisado por um psiquiatra e não por jornalistas, que não entendem do riscado.

Até agora não entendemos como o Santos esperou 44 dias do recesso da Copa para degolar o técnico Jair Ventura após duas rodadas no pós Mundial. Nem Freud poderia explicar os motivos de tanta insanidade.

Mas como dizem os cantadores de cordel, são coisas do futebol brasileiro.

Por outro lado, que tipo de organização de dez clubes que em pleno andar do Brasileirinho trocaram de treinadores. Um recorde mundial.

Nunca se movimentou tanto a dança das cadeiras no mesmo período. Onde está o planejamento para a temporada? 

Na tarde de ontem mais um profissional dançou, Ricardo Drubscky que era diretor, e foi efetivado como técnico do América-MG após a saída de Enderson Moreira, não suportou duas derrotas seguidas e foi demitido.

Para o seu lugar foi contratado Adilson Batista, que estava há três anos sem trabalhar no setor.

Além do Santos, outros nove clubes, inclusive o América-MG trocaram de treinadores.

SPORT- Nelsinho Baptista,  

Corinthians- Fabio Carille,

Bahia- Guto Ferreira e Jorginho,

Vasco- Zé Ricardo,

Fluminense- Abel Braga,

América-MG- Enderson Moreira,

Atlético-PR- Fernando Diniz,

Botafogo- Alberto Valentim e,

Ceará- Marcelo Chamusca e Jorginho, que durou duas semanas.

Deixem o Bloco dos Napoleões Retintos passar.

NOTA 5- DEZ CLUBES DO FUTEBOL BRASILEIRO PODEM PERDER PARCELAMENTOS DE DIVIDAS FISCAIS

* A Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT), órgão do Ministério do Esporte, abriu processos administrativos contra dez clubes por descumprimento das regras do Profut.

Cinco desses são da Série A, Vasco, Internacional, Paraná, Vitória e Fluminense. Se forem punidos poderão ser excluídos do Profut e ter as suas dividas agravadas.

Todos esses clubes registraram déficits superiores ao limite de 10% sobre a receita operacional do ano anterior.

Como exemplo o Fluminense fechou o ano com 23% de prejuízo, o Vasco, 11%, Paraná, 333%, Internacional, 22% e Vitória 54%. Os clubes tiveram três anos para as adaptarem à lei e não o fizeram.

Pelo menos tomamos conhecimento que a APFUT está trabalhando.

Se vai haver punição, isso é outra história.

Escrito por José Joaquim

Na última segunda-feira ao assistirmos o encontro do Internacional e Ceará, com a vitória do Colorado, vimos que os clubes nordestinos mais uma vez não fazem uma boa campanha no Brasileirinho.

São quatro representantes, Sport, Bahia, Vitória e Ceará.

O rubro-negro pernambucano é o que tem a melhor colocação (10º) mas em curva descendente. Os baianos lutam contra a degola, com o tricolor na 13ª posição, e o rubro-negro na 16ª. O Ceará pela atual campanha tem 95% de chances de rebaixamento. São os eternos figurantes, sem direito a fala durante o filme.

Os clubes jogam apenas para a manutenção, sem nenhuma perspectiva de um algo mais, e isso influencia na captação de investimentos, que os deixam na linha da pobreza.

O prazer que o torcedor sente numa competição com tal modelo é de puro masoquismo, desde que vão aos jogos para torcerem contra uma queda, nunca pela conquista do título ou uma vaga na Libertadores. Sem uma participação maior do Norte e Nordeste no evento principal, a jangada não poderá navegar por falta de vento para leva-la a uma boa pescaria.

É impossível melhorar com as diferenças de receitas, do tratamento que é dado as três regiões que pertencem ao Brasil apenas no seu mapa geográfico.

Continuamos na ilusão de que temos futebol, quando na realidade somos figurantes que trabalham por alguns trocados em busca de uma pontinha, para serem descobertos pelos principais agentes.

Para que se tenha uma ideia exata do problema, no período dos pontos corridos, o Norte do pais participou com os clubes do Pará, nos anos de 2003, 2004 e 2005, que foi o último ano. São 13 anos sem uma única presença, de um estado com uma imensa demanda.

Se olharmos uma outra região que faz parte do Brasil, a Centro-Oeste, essa participou em média com apenas um clube em cada ano, e todos de Goiás. Brasília esteve apenas uma vez com o Brasiliense que foi logo rebaixado.

No Nordeste nenhum clube da Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. Do Rio Grande do Norte apenas em 2007 com o América-RN, rebaixado. Dai em diante o estado foi riscado do mapa maior do futebol nacional.

O estado do Ceará, cujo clube do mesmo nome está atuando na competição de 2018, anteriormente esteve presente em dois anos, 2010 e 2011. O Fortaleza teve apenas uma participação, a do ano de 2006.

O futebol baiano se reversa com os seus dois times, algumas vezes participando juntos. Nos anos de 2005 e 2006, a Bahia não teve representantes.

A situação pernambucana é grave nesse século XXI.

Nos anos de 2003, 2004, 2005, 2010 e 2011 não contemplou nenhum representante. O Santa Cruz no período dos pontos corridos jogou apenas por duas vezes, o Náutico por cinco vezes, e o Sport com uma melhor performance por 9 vezes, ou seja 50% do período.

O mais preocupante com relação a esse tema, é que os dirigentes dessa região não acordaram, e continuam sendo submissos ao sistema medieval implantado pelo Circo, que não vislumbrou ainda o tamanho do país.

Na verdade não reagem por conta das benesses emanadas da Barra da Tijuca.

Obvio que algo deveria ser feito, mas pelo caminho traçado o futebol dessas três regiões, cedo ou tarde terão seus representantes cada vez mais reduzidos, ou então brincando que estão jogando numa divisão maior. 

Escrito por José Joaquim

Com 14 rodadas realizadas o Brasileirinho chegou a 39,2% de seus jogos já realizados, e os números comparados aos dos demais anos a partir de 2006 com 20 clubes, já mostram uma tendência firmada na busca do titulo.

É cedo ainda para definir as chances, mas nesses 12 anos de disputa, jamais um clube na 14ª rodada com uma diferença maior do que 6 pontos para o primeiro, conquistou o troféu de campeão.

Em 2009, o Flamengo era 7º colocado com 22 pontos, 6 de diferença para o Atlético-MG com 28. Essa foi a diferença máxima.

Entre os anos de 2006 a 2017, seis times que estavam na liderança na 14ª rodada chegaram ao título, ou seja 50% do total.

Tal fato pode representar um caminho interessante, mas não se pode comemorar por conta da parcela restante de 50% que não liderou o Brasileirinho nessa rodada.

Os campeões foram o seguinte: 

São Paulo- 2006- 29 pontos,

Fluminense-2010,- 32 pontos,

Corinthians-2011- 32,

Cruzeiro- 2014- 30,

Palmeiras-2016- 29 pontos e,

Corinthians- 2017- 36 pontos.

Nesse último ano o alvinegro tinha uma diferença para o 2º colocado de 8 pontos (Grêmio) e, 14 para o 5º (Palmeiras).

Com exceção de 2017, a pontuação entre os clubes permaneceu no mesmo patamar, entre 30 e 23 pontos.

Por outro lado uma boa sinalização para o líder nessa 14ª rodada, é que nos dois últimos campeonatos, os que o lideravam, Palmeiras, e Corinthians, ocupavam a primeira posição.

Não existe nenhuma força no mundo que possa destruir os números. As estatísticas mostram o caminho que irá ser percorrido.

No período analisado, somente um clube que não estava entre os cinco melhores nessa 14ª rodada, foi o Flamengo de 2009, que era o 7º colocado.

Em 2007, o líder era o Botafogo com 28 pontos. O São Paulo era o 2º e foi o campeão.

Em 2008, o líder era o Flamengo com 27 pontos. O São Paulo era o 5º (23 pontos), conquistou o tri-campeonato. 

Na temporada de 2012 o Atlético-MG estava na 1ª colocação. No final o Fluminense que era o 3º levou o troféu para as Laranjeiras.

No Brasileirinho de 2013, quem liderava nessa rodada estudada era o Botafogo, que cedeu o lugar no final ao 2º colocado, o Cruzeiro.

Em 2015 o Galo Mineiro era o ¨pole position¨, mas perdeu a vaga para o Corinthians.

As estatísticas estabelecem as tendências e por conta disso não existe nenhuma duvida, e isso garantimos, que o título de 2018 irá ficar entre o Flamengo, São Paulo,  Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG e Palmeiras, sendo que o rubro-negro carioca e o tricolor paulista pelo andar da carruagem apresentam maiores chances.

A diferença do 8º colocado, o Corinthians, para o Flamengo é de 11 pontos, um espaço gigantesco que jamais foi ocupado.

Contra os números não existem argumentos.