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Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo

Olha posso estar enganado, mas pelas últimas conversas que tenho ouvido, não estou mais sozinho nessa história de ¨não estar nem aí para essa Copa¨. Sinto que outras ranzinzas juntaram-se a mim. Não sei se eles chegaram a usar uma camisa da Suíça, como venho usando, mas juntaram-se.

Usar uma camisa da Suiça é mais ou menos como votar no Macaco Tião, uma forma de protesto. Me perdoem os torcedores fanáticos, mas essa seleção não me representa.

A CBF, FIFA, dirigentes, empresários, o técnico, nada me representa. Qual o sentido do filho de Neymar descer de helicóptero no campo? Para que essa ostentação desnecessária em um momento como esse?

A seleção virou um produto de marketing exagerado, pernas de pau supervalorizados, discursos para boi dormir, e blá blá blá. O Felipe Luiz durante uma entrevista coletiva de imprensa, disse que, hoje, a relação entre jogadores e torcedores é bem mais próxima por conta das redes sociais. Isso só pode ser piada.

Antigamente, se eu jogasse mal, o torcedor reclamava comigo, direto, olho no olho, na rua, na praia, ou no ¨Noites Cariocas¨, evento no Morro da Urca, onde eu sempre marcava presença. Como eu posso ligar para essa Copa depois de tudo o que fizeram com o Maracanã? E os elefantes brancos que espalharam para todo o país? Ficou tudo por isso mesmo!

Qualquer pesquisa aponta o torcedor se afastando dos estádios. É preço, o horário, é violência, e é a péssima qualidade do espetáculo. Quem resiste? O que mudou na vida do torcedor após termos vencido a Olimpíada? Ele ficou mais confiante? Zero!!! E se vencermos a Copa? Zero!!!

O que se discute é esse distanciamento, a perda de identidade, e como conduziram de forma tão desleixada a maior paixão do brasileiro.

Por isso, reforço que o Macaco Tião é a salvação!!!

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O MARACANÃ E A MARÉ VERMELHA

* O Flamengo mais uma vez colocou mais de 50 mil torcedores no Maracanã para um jogo contra o Paraná que está na zona da degola, e esses motivaram mais uma vitória no Brasileirinho, embora o seu futebol tenha sido de qualidade mediana.

Deu para o gasto.

O rubro-negro completou a oitava vitória na competição, ao derrotar o time paranista por 2x0.

Com esses três pontos disparou na liderança com 26 pontos, seis a mais do que o segundo colocado, o Atlético-MG, e mesmo se perder a próxima partida contra o Palmeiras fechará essa fase pré-Copa do Brasileirinho na primeira colocação.

O seu aproveitamento é de 78,76%.

Nos seis jogos realizados no dia de ontem, foram marcados 23 gols, com uma excelente média de 3,8 por jogo.

Com mais dois gols de Roger Guedes, o Atlético-MG ganhou do Fluminense por 5x2, resultado esse que ajudou na soma total dos balanços das redes.

Após as 11 rodadas o Galo conseguiu alcançar a vice-liderança desse campeonato aloprado, quando uma vitória empurra o time para cima pulando vários degraus. 

O primeiro tempo da partida foi equilibrado e terminou com o placar de 2x2.

Na segunda fase o tricolor carioca sucumbiu e o Atlético marcou mais três gols.

Em Fortaleza o Palmeiras continua com a sua síndrome do Robin Hood, quando tira dos ricos e entrega aos pobres, ou seja ganha dos maiores e perde pontos para os menores.

Com 20 minutos de jogo, estava com o placar de 2x0 frente ao Ceará, e daí em diante o time acomodou-se dando chances para o alvinegro crescer na partida, chegando ao empate, e com chances de virar o marcador.

O alviverde estava chegando na segunda posição, e com esse empate foi empurrado para a sexta.

Na Arena do Grêmio, com um pouco mais de 12 mil pagantes, o tricolor gaúcho foi econômico na sua vitória contra o América-MG, derrotando-o por 1x0.

O futebol gremista mais uma vez deixou a desejar, mas por conta desses três pontos chegou a quarta colocação.

Na Fonte Nova, o Bahia com técnico demitido, e sem um comando durante toda a semana sob a batuta de um interino, com vários atletas lesionados, não soube ganhar do Botafogo que passou o segundo tempo com 10 jogadores, que ficou à frente do marcador até os 48 minutos do segundo tempo quando o tricolor baiano empatou.

Com esse resultado continuou na zona da degola, e está bem cotado para o rebaixamento. O seu torcedor não aguenta mais.

O último jogo da noite aconteceu na Vila Belmiro com mais um tropeço do Santos que foi derrotado pelo Internacional por 2x1, que subiu para a 5ª colocação.

A torcida do Peixe vaiou o time e pediu a saída de Jair Ventura, cuja situação está chegando ao limite.

O craque do jogo foi o árbitro da partida, Wagner Magalhães, que marcou dois pênaltis que não existiram. Um para cada lado.

O primeiro para o Colorado, e o segundo foi uma compensação para o time peixeiro.

O Brasileirinho está nivelado pela mediocridade.

As diferenças entre os clubes do TOP 10 são pequenas, e uma vitória ou uma derrota muda todo o patamar. Um exemplo vem do Sport, que começou a rodada na vice-liderança, e terminou em sétimo lugar.

NOTA 2- A TORCIDA MINEIRA IGNORA A COPA

* Acompanhando outras pesquisas que estão sendo realizadas no país com relação ao interesse da população pela seleção do Circo na Copa do Mundo da Rússia, o jornal O Tempo de Belo Horizonte fez uma pesquisa sobre o tema, e o resultado foi que 76,5% dos entrevistados tem pouco ou nenhum interesse pelo Mundial.

Os motivos para tal percentual foram diversos.

Entre esses a corrupção no Circo do Futebol, com a prisão de José Maria Marin, e o banimento de Marco Polo Del Nero.

Outro ponto que influenciou na mudança do otimismo do torcedor foi o vexame desse time na Copa de 2014, sobretudo a goleada de7x1 no jogo contra a Alemanha.

A corrupção no Brasil que envolveu políticos e empresários também serviu para o afastamento dos torcedores.

Por outro lado um sinal de desencanto com a seleção circense está demonstrada nas vendas bem reduzidas de televisores, levando os varejistas a jogarem a toalha.

Nem a Samsung de Tite teve saída. Gastaram à toa com o marketing do treinador, que por sinal é grotesco. 

NOTA 3- OS MIMOS DO CIRCO PARA OS JORNALISTAS

* O Circo do Futebol tem três presidentes.

Um desses é o coronel Nunes vindo do baixo clero, que será o nosso representante no Congresso da FIFA.

O segundo é Rogerio Caboclo que foi eleito mas só toma possa em 2018, e o terceiro aquele que manda e desmanda ainda na entidade, Marco Polo Del Nero.

Fontes internas do Circo garantem que nada é feito na Casa da Barra da Tijuca sem a sua autorização.

Fica pelo telefone ou em casa atendendo e resolvendo os problemas, e orientando inclusive a maneira de como amolecer a imprensa. 

Dentro do padrão do Circo para cativar alguns jornalistas, na última semana diversos desses receberam mimos da entidade, entre os quais camisas oficiais da seleção.

Alguns recusaram, outros devolveram, mas muitos aceitaram. Muitos desses comemoraram, inclusive agradecendo ao Circo a gentileza.

Teve uma jornalista que ficou tão emocionada com tal mimo, que publicou em seu twitter que estava recebendo o manto sagrado.

É demais para o nosso gosto, e uma ofensa ao verdadeiro manto.

São coisas de nosso futebol e do jornalismo brasileiro que peca ao receber algo de uma entidade sem credibilidade.

NOTA 4- SALGUEIRO E SANTA CRUZ NA LUTA PELO G4

* A última rodada da primeira fase da Série C será encerrada nessa noite com o jogo entre o Salgueiro e Santa Cruz.

Um encontro valendo a participação no G4.

O tricolor do Arruda é o 4º colocado, com 13 pontos, com 3 vitórias, 4 empates e 1 derrota, aproveitamento de 54%.

Enquanto isso, a equipe do Sertão Central está na 6ª colocação, com 11 pontos, 3 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, aproveitamento de 46%.

Nos últimos cinco jogos o Salgueiro somou 9 pontos, e o Santa Cruz, 8.

O Carcará vem de três vitórias seguidas, enquanto a Cobra Coral vem de dois empates e uma vitória.

Como mandante a equipe salgueirense tem um aproveitamento de 58%, enquanto o tricolor como visitante tem 50%.  

Um confronto direto pelo G4, lugar já ocupado pelo time de nossa capital.

Vale a pena assisti-lo. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- PIKACHU O CARRASCO DO SPORT

* Há anos. desde quando vestia a camisa do Paysandu, Pikachu era o carrasco do Sport, mesmo jogando de lateral os seus gols decidiam as partidas.

Na noite de ontem a situação continuou com a vitória do Vasco contra o time da Ilha do Retiro, com dois gols desse atleta, e o terceiro com  uma participação direta por conta do rebote de Magrão de uma bola que foi chutada pelo meia do time da Colina.

Além disso, em um belo voleio obrigou a Magrão fazer uma defesa impossível.

Foi sem dúvida uma noite de Yago Pikachu.

Sobre o jogo, achamos que Claudinei Oliveira, técnico do Sport não estudou o adversário, que só tem uma opção, a entrada por traz da defesa do atacante que resolveu a partida. Nada mais nada menos.

O rubro-negro começou bem, com uma forte pressão contra o time vascaíno, perdendo pelo menos uma chance de gol.

Aos poucos o Vasco foi melhorando e abriu o placar. Com a ajuda de Paulão zagueiro vascaíno que fez um gol contra, o primeiro tempo terminou empatado.

Na segunda fase mais uma vez o defensor do time da Colina fez uma lambança dando um  passe  de cabeça para  Michel Bastos com um bonito gol e empatar.

A equipe pernambucana pressionava sem oferecer perigo ao gol adversário. Chutões, e bolas com o modelo Infraero. Foi o pior jogo do Sport após cinco partidas com bons resultados.

Mas como a noite era de Pikachu, em uma jogada individual sofreu pênalti que foi batido pelo próprio, empatando a partida, que foi desempatada nos acréscimos também com a sua participação (3x2).

Uma vitória justa do Vasco que não desistiu do jogo em nenhum momento. 

NOTA 2- O NÁUTICO ESTÁ RESPIRANDO 

* No duelo dos afogados entre Náutico e Remo, quem afogou-se foi o time paraense ao ser derrotado pela equipe da Rosa e Silva pelo placar de 3x2.

Com esse resultado o Náutico somou 10 pontos, e irá torcer contra o Globo no dia de hoje para que possa sair de forma definitiva da zona da degola.

O primeiro tempo não existiu, os times ficaram no vestiário e pouco renderam. Uma autentica pelada de desesperados.

O placar de 0x0 foi o retrato da mediocridade.

O jogo de verdade só teve o seu inicio no segundo tempo, graças as modificações feita pelo técnico Marcio Goiano.

Aos quatro minutos numa lambança geral da defesa do Remo o alvirrubro abriu o marcador. Comemorou pouco, desde que o time paraense empatou.

A partida melhorou e o Náutico partiu para o tudo ou nada, desde que o empate seria trágico para ambos, e chegou ao desempate. O terceiro gol veio de um contra-ataque quando a equipe paraense tentava o empate, que originou um pênalti e o gol.

Nos acréscimos o time visitante diminuiu o placar.

Na verdade um jogo sem a mínima qualidade, principalmente no primeiro tempo, e com a vitória merecida da equipe da Rosa e Silva que lutou para que isso acontecesse.

O craque da partida foi Marcio Azevedo com as suas substituições em especial a entrada de Negretti, que não foi do gosto do torcedor, mas resolveu o problema.

Pelo menos o torcedor do Náutico dormiu com o seu time respirando e com a cabeça fora da água. 

NOTA 3- DOIS CAMPEONATOS EM UM SÓ

* Para os clubes que estão bem na tabela de classificação, a Copa do Mundo que irá provocar uma paralização de 40 dias, poderá ser um estorvo para esses, e em especial para o Flamengo.

Na realidade iremos ter dois campeonatos em um só.

Um antes da Copa com 12 rodadas, e o outro após esse evento com 26 rodadas.

Apesar da diferença de cinco pontos do time da Gávea, e a sua boa participação nos jogos iniciais, esse certamente ficará na incerteza de que acontecerá um bom retorno, inclusive com possibilidades de desfalques no time por conta da janela de transferências.

Por outro lado nas três Copas que foram realizadas na era de pontos corridos com 20 clubes, 2006, 2010 e 2014, apenas um que liderava a competição conseguiu chegar ao título.

A média encontrada nesse período é de que pelo menos 2 dois clubes que estavam nos cinco primeiros lugares ficaram de fora.

Em 2006, (10 rodadas), quem liderava era o Cruzeiro, seguido pelo Internacional, São Paulo, Fluminense e Santos. O campeão foi o São Paulo, enquanto o time celeste terminou em 9º, e o tricolor carioca em 15º.

No ano de 2010 foram apenas 7 rodadas. O líder era o Corinthians, seguido pelo Ceará, Fluminense, Santos e Guarani. O Fluminense ganhou o troféu, o alvinegro de São Paulo terminou em 3º. O Santos ficou na 8ª colocação, Ceará na 12ª e o Guarani, na 18ª, rebaixado.

Na Copa que foi realizada no Brasil em 2014, foram 9 rodadas antes da paralização, e o líder era o Cruzeiro seguido pelo Fluminense, Corinthians, São Paulo e Internacional.

A Raposa Mineira foi a campeã, e o único time que não ficou entre os cinco foi o Fluminense que terminou em 6º.

São números que servem para as devidas analises, embora pelo andar da carruagem, mesmo com 12 rodadas, o Flamengo tem 50% de chances de ser campeão dessa temporada, bem longe dos seus adversários. Mas para que isso possa acontecer, todo cuidado é pouco, e as estatísticas falam mais alto.

NOTA 4- A ROTINA DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Nada acontece por acaso em qualquer segmento, e o exemplo que temos são as finanças de uma boa parte dos clubes brasileiros, com o vermelho em suas contas.

A Justiça do Trabalho tem boa parte das suas atividades julgando reclamações de atletas que são contratados e não recebem os salários, assim como as outras obrigações trabalhistas e sociais.

O Coritiba, tradicional clube do estado do Paraná, hoje na Segunda Divisão Nacional, vive uma tragédia financeira, com muitos débitos e pendências com seus profissionais.

Na semana que findou recebeu mais um golpe, com a obrigação de pagar R$ 487.760,00, com os juros R$ 500 mil ao jogador Rildo, cuja passagem pelo clube não deixou saudades à sua torcida, e que deu entrada na Justiça do Trabalho cobrando os salários de dezembro de 2017, 13º mês, o FGTS que não tinha sido depositado.

O atleta chegou ao COXA na temporada de 2017, passou três meses no Departamento Médico, atuou em 39 partidas, sendo 37 como titular, marcando seis gols.

Hoje é atleta do Vasco e por conta de uma lesão não jogará mais essa temporada.

Não pagar jogador virou uma rotina no futebol brasileiro, que mostra a precariedade das suas diversas gestões.

NOTA 5- JOGOS MEDIOCRES

* Os demais jogos que foram realizados na tarde/noite de ontem pelo Brasileirinho não  tiveram a menor qualidade.

Peladões de alto nível.

O Atlético-PR continua sendo o laboratório para as experiências do técnico Fernando Diniz, que ainda não entendeu que o seu time não tem jogadores de bom nível para aplicar o seu sistema de posse de bola.

Numa lambança geral da defesa rubro-negra que tentou sair jogando na sua área quando poderia livrar-se da bola com um chutão, o São Paulo deu um bote e o resultado final foi um pênalti que resolveu o placar.

O clube paranaense está traçando o seu rumo para a Série B.

Em Chapecó após uma  hora e meia de apagão no estádio, o jogo da equipe da casa contra o Cruzeiro foi iniciado.

Aconteceu também um apagão no gramado, com os dois times jogando pouco futebol e praticando muita violência. O Chapecoense que foi o menos ruim  venceu por 2x0.

Finalmente o Corinthians completou o quinto jogo sem vitória, ao empatar com o Vitória-BA por 0x0, um placar injusto pelo que o time baiano apresentou no primeiro tempo.

Um jogo ruim, com o alvinegro com vários desfalques, deixando claro que a temporada será de sofrência.

NOTA 6- UM JOGADOR EUROPEU NO FUTEBOL BRASILEIRO

* O jogador brasileiro parece que ao assinar  o contrato de trabalho com um clube, coloque nesse as cláusulas obrigatórias de que será titular e durante o jogo não deverá ser substituído.

Se não existem esses acordos no papel, durante as partidas esses procedimentos aparecem de forma bem acentuada.

Quando ficam no banco de reservas, apresentam-se com as caras amarradas, mostrando a sua insatisfação ao técnico.

O mais grave acontece quando são substituídos saem reclamando, fazendo gestos de protestos, e muitas vezes chutam as garrafas de água que ficam próximas ao banco.

Alguns passam direto para o vestiário. 

Isso já tornou-se tão comum que não é mais observado.

Como toda regra tem uma exceção, Willian, atacante do Palmeiras é o inverso.

Embora sendo o artilheiro do campeonato, e jogando um futebol de alto nível, jamais fez cara feia quando encontra-se no banco para dar lugar a Borja, ou quando é substituído. Dentro de campo é um gigante.

Sem duvida trata-se de um jogador com o modelo europeu, com alto profissionalismo, e que jamais reclamou sobre a sua titularidade.

Um exemplo para um futebol cheio de estrelismo e de pouca bola.

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro tem a cara dos antigos blocos de sujos que saiam durante o período carnavalesco nas ruas das diversas cidades. Eram manifestações populares feitas de improviso, sem enredos, e tendo a desorganização como sua linha de ação. É o bloco de cada um por si.

Desfilavam cantando marchinhas tradicionais, com os instrumentos improvisados, inclusive latinhas.

Voltamos aos tempos mais remotos por observamos os momentos que vivem o  Ceará e Paraná, que estão penando em seus jogos da Série A, por conta das diferenças financeiras com relação a grande maioria dos clubes disputantes.

O sistema desses blocos está sendo repetido pelos clubes de nosso futebol, em que o modelo individual e do cada um por si domina, em detrimento do coletivo.

Esses formaram seus blocos de sujos. Não existe união, e cada um usa uma fantasia diferente em um desfile que representa a miséria desse esporte em nosso país.

O premio recebido é o rombo financeiro.

Nem Freud poderia explicar a distribuição das receitas entre clubes disputantes da maior divisão nacional, e a maneira passiva que esses recebem. São enganados com as luvas antecipadas pelas renovações dos contratos, e a nefasta antecipação de receitas. 

Já mostramos muitas vezes em nossos artigos, que no tempo do Clube dos 13 a divisão das cotas dos direitos de transmissão ficavam assim distribuídas: R$ 25 milhões para o Corinthians, Flamengo, Vasco, São Paulo e Palmeiras, R$ 18 milhões para Santos, R$ 16 milhões para Fluminense, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter, e R$ 13 milhões para o último grupo, composto por Sport, Bahia, Vitória, Atlético-PR, Coritiba e Goiás.

A diferença do Grupo 1 para o Grupo 2 era de R$ 7 milhões, para o Grupo 3, de R$ 9 milhões, e para o último era de R$ 12 milhões.

Com a renovação do contrato em 2015 para ser iniciado em 2016 e que termina esse ano, o Corinthians e Flamengo receberam R$ 170 milhões, ou seja R$ 60 milhões a mais do que o São Paulo, que no inicio ganhava de forma igual a esses.

Para Vasco e Palmeiras a diferença subiu para R$ 70 milhões. Esses também recebiam de forma igualitária com os dois times mais aquinhoados. O Santos que recebia R$ 7 milhões a menos, tem hoje uma diferença de R$ 90 milhões, ou seja, 13 vezes a mais.

Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense, tinham uma diferença em suas cotas para os dois ungidos de R$ 9 milhões, atualmente recebem com um diferença de R$ 110 milhões, ou seja, um pouco mais de 12 vezes.

Para os clubes que representavam o último grupo, onde encontra-se o Sport, a diferença na época do Clube dos 13 era de R$ 12 milhões, e em 2018 essa é de R$ 135 milhões, 11 vezes a maior.

Uma chacina ao ar livre.

Como esses se sujeitaram a algo que todos sabem que é destruidor? Qual a razão de não reagirem contra essa insanidade? O mais grave é que com tantas distorções renovaram em 2017 o contrato que estava em vigor, de 2019/ 2021, e para que isso acontecesse foram aquinhoados com luvas no sistema do engano que eu gosto.

O Esporte Interativo fez contratos com alguns clubes para a transmissão no canal fechado, mas esses só terão os seus jogos transmitidos quando atuarem contra os adversários que estão no mesmo pacote.

A Rede Globo por conta da participação de um novo grupo no sistema acenou para mudanças na forma de distribuição das cotas, mas o modelo apresentado é enganoso, e no final as diferenças serão iguais as de hoje.

Não temos duvida que esse sistema perverso, aliado as péssimas gestões, foram os causadores da destruição de nosso futebol, mas todos estão contentes e felizes, como o povo brasileiro após tantos assaltos aos cofres públicos.

Nós merecemos.

Escrito por José Joaquim

Realizamos uma pesquisa nas décimas rodadas do Brasileirinho e os dados colhidos foram bem interessantes.

Consideramos apenas o período correspondente aos anos de 2006 até 2017, com a participação de vinte clubes.

Os detalhes colhidos são bem importantes para quem trabalha com projeções e prognósticos. 

Em doze anos,  quatro clubes que lideravam o campeonato na 10ª rodada conquistaram o título. O Flamengo, em 2010, Corinthians por duas vezes, 2011 e 2017, Cruzeiro, 2014 e Palmeiras em 2016.

Na verdade foram cinco conquistas, desde que o alvinegro de São Paulo somou dois títulos. Isso representa 41% do total.

Um fato bem interessante é que nesse período estudado, nove clubes que estavam no G4 foram campeões. As exceções aconteceram em 2008 com o São Paulo, 2009 o Flamengo e 2015 o Corinthians.

Os três estavam no Top 10.

Outro detalhe importante, nenhum clube que não estava entre os dez melhores colocados conquistou o troféu.

O Flamengo na atual competição é recordista de pontos na 10ª rodada, com 23 pontos, e com outro detalhe que deve ser destacado, o Fluminense em 2010, Cruzeiro em 2014 e Palmeiras em 2016 tinham 22 pontos, e chegaram ao título.

Com relação ao rebaixamento, foi detectado que 12 dos clubes que estavam na ZR no período estudado foram degolados.

Um trabalho duro no levantamento dos dados, mas que servirá como colaboração para os estudiosos e analistas do futebol.

Embora seja muito cedo para projeções, a campanha do Flamengo tem mostrado muita consistência, e se não perder algumas peças na janela de julho, tem grandes chances de conquistar o título.

O rubro-negro poderá repetir o Corinthians de 2017 que acumulou gorduras na primeira fase, que lhes deram a garantia para uma queda na segunda etapa, como de fato aconteceu.