NOTA 1- NA ILHA UM JOGO SEM SAL
* O craque do jogo entre Sport e Grêmio foi o público, com mais de 19 mil pagantes. O torcedor compareceu mais os times não jogaram um bom futebol, para pelo menos dar um retorno às arquibancadas.
Os goleiros pouco atuaram, principalmente Maílson do time rubro-negro, enquanto Marcelo Grohe do tricolor gaúcho fez uma defesa difícil.
Rogerio perdeu um gol porque é um touro atacando o toureiro com a cabeça baixa dentro do campo.
A partida foi truncada no meio do gramado.
O Grêmio que é econômico em marcar gols ficava trocando passes sem nenhum proveito e o Sport não chegava à área adversária.
O resultado era previsível e os dois times jogariam 400 minutos e as redes não seriam balançadas.
Em determinados momentos a tática do time da Ilha do Retiro era caçar o meia Artur que é um dos poucos pensantes do futebol brasileiro. O caçador era Felipe Bastos.
Michel Bastos como sempre entrou no segundo tempo e fez apenas duas jogadas. Uma delas foi a do gol perdido por Rogério, e depois desapareceu como de seu costume.
O Sport fechou esse ciclo pós-Copa com uma boa classificação, mas com dois jogos seguidos sem a menor qualidade.
Enquanto isso, o time do Grêmio está vivendo no papel, como um dos melhores do Brasil, desde que no gramado é igual aos demais.
Na realidade tivemos uma partida insossa. Esqueceram o sal.
NOTA 2- UM FUTEBOL SEM EMOÇÕES
* A 12ª rodada teve ontem na sua continuidade um jogo na matinê, entre o América-MG e Chapecoense, com um razoável publico desde que a diretoria do Coelho baixou o preço dos ingressos, e levou estudantes de várias escolas públicas para o Independência.
Um jogo por demais truncado com poucos chutes a gol de ambas as partes, e mais um 0x0 à ser somado aos demais.
Na verdade os jogadores não ajudaram para que o jogo tivesse uma melhor qualidade.
Passaram o tempo com simulações, distribuindo cotoveladas e tapas nos adversários, e com reclamações contra a arbitragem.
Quando a partida terminou os cercaram, inclusive com a presença do técnico, que deveria ensinar aos seus atletas o gosto pela bola, e utilizam essa metodologia de pressão para justificar a falta de um padrão para o seu time.
A culpa é dos árbitros que permitem que isso aconteça. Por isso que o nosso futebol está no fundo do poço.
No período noturno, o primeiro jogo foi do Fluminense e Santos que teve poucos bons momentos, e que na realidade foi insosso para os torcedores. O placar final foi de 1x0 para a equipe santista, mas pelo que estamos acompanhando a cabeça de Jair Ventura irá rolar.
Um encontro de fazer chorar de tão ruim foi o do Paraná e Cruzeiro, que terminou empatado em 1x1.
No estádio Nilton Santos a luta seria contra a degola dos treinadores, Alberto Valentim, do Botafogo, e Fernando Diniz, do Atlético-PR. A vitória salvadora ficou com o primeiro pelo placar de 2x0, enquanto o segundo certamente não irá escapar da dança das cadeiras.
O Atlético-MG não deixou passar a oportunidade que lhe foi dada, de ficar na vice-liderança derrotou o Ceará por 2x1. O Galo vai bem.
O time cearense completou 12 rodadas sem vitórias, e marcha para uma degola prematura.
Na Fonte Nova, o Bahia depois perder muitos gols e de ter jogado bem melhor do que o Corinthians, conseguiu enfim a vitória por 1x0, afundando o time alvinegro.
O que poderia ter sido o melhor jogo da rodada, foi enlameado por uma briga campal nos minutos finais. Uma pancadaria geral.
A caçada a Vinicius Junior de forma alternada entre Felipe Melo e Marcos Rocha foi vergonhosa.
O Flamengo passou no teste ao encerrar esse primeiro período na liderança, com 4 pontos de diferença para o segundo colocado, a surpresa São Paulo.
Teve bons momentos para os dois contendores, mas os lances de UFC estragaram a partida.
Enquanto isso, o Internacional completou a sua oitava rodada sem derrota, ao vencer o Vasco por 3x1 e deixar bem claro que está bem vivo na competição.
Nos nove jogos realizados ontem, tivemos quatro empates (dois 0x0 e dois 1x1), e cinco vitórias. Foram marcados 18 gols, com uma média de 1,80 por jogo.
NOTA 3- GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA
* Havia um pacto de todas as entidades filiadas à Conmebol para que apoiassem EUA, Canadá e México, como sedes da Copa de 2026.
Algo que vai muito além do obvio, já que essas estão no Continente Americano.
Como não poderia deixar de acontecer, o Circo do Futebol através do seu representante e presidente ad-hoc, Coronel Nunes, quebrou o compromisso e votou no Marrocos.
A razão da mudança soou de forma estranha e as duvidas ficaram no ar.
Chegou ao ponto de que Gianni Infantino, presidente da FIFA, em uma reunião com Rogerio Caboclo e outros cartolas do Circo, fez uma solicitação para que o atual presidente fosse afastado.
Aliás o presidente eleito afirmou que o Circo seria outro sob a sua gestão, mas na verdade nada vai mudar desde que as caras são as mesmas, e todos estão envolvidos de forma direta ou indireta com tudo que aconteceu no futebol nacional.
A lista da FIFA mostra o voto do Circo em favor ao país africano. Os outros noves países da América do Sul foram em favor dos EUA, como era o combinado por acordo.
Ou seja uma melada que suja mais ainda o que resta da dignidade de nosso futebol.
O mais interessante foram as justificativas para essa trapalhada.
Ao deixar o auditório da votação, na zona mista o Coronel Nunes mostrou simpatia no Marrocos, e ficou aturdido quando descobriu que o voto não era secreto.
Na verdade esse cartola do baixo clero votou contra o pacto achando que seu voto jamais seria descoberto, mas a lista da FIFA que foi publicada após a votação descobriu a verdade.
A razão dada que era apenas um único voto é hilária.
O futebol brasileiro morreu por conta de uma cartolagem da pior qualidade, e que deixa lama por onde passa.
Votar no Marrocos porque esse é bonzinho, é algo que só poderia acontecer com os delegados brasileiros.
Uma vergonha.
NOTA 4- AS DERRAPAGENS DO PRESIDENTE DO CIRCO
* O presidente do Circo do Futebol Brasileiro (CBF), o simpático Coronel Antônio Carlos Nunes, irá entrar no folclore do futebol por conta de suas derrapagens na história do esporte e na geografia mundial.
Os jornalistas do jornal Folha de São Paulo, em dez minutos de uma sua entrevista anotaram algumas respostas que ficaram fora do contexto. Em uma dessas, Nunes afirmou que estava com esperança de que a seleção conseguisse quebrar o tabu de, como uma equipe não europeia conquistar o título mundial no Continente.
Se esse tivesse um pouco de conhecimento da história do nosso futebol, certamente saberia que o Brasil na época em que a seleção era brasileira e não do Circo, ganhou a sua primeira taça na Suécia em 1958.
Pelo que sabemos esse país é europeu.
Em seguida o Coronel apontou o dedo para um dos lados do campo e perguntou ¨ali é que fica o Mar Vermelho?, sendo corrigido rapidamente pelos repórteres, de que, na verdade, o mar que banha o litoral de Sochi, é o Mar Negro.
Aprendemos nas aulas de geografia nos bancos escolares, que o Mar Vermelho fica localizado no Golfo do Oceano Indico, entre a África e a Ásia.
No Circo todos conhecem as suas gafes, e por isso é blindado por vários assessores quando concede uma entrevista.
Dessa vez falharam e o besteirol tomou conta.
Nós merecemos o que temos, e depois da ¨história¨ do Marrocos o cartola já deveria ter retornado ao país.
NOTA 5- A EMENDA PIOR DO QUE O SONETO
* O imbróglio espanhol foi manchete em todo o mundo.
O anuncio de que o técnico da seleção espanhola, Julen Lopetegui seria o comandante do Real Madrid na próxima temporada sem avisar ao seu atual empregador, a Federação da Espanha, motivou a sua demissão conforme foi anunciado pelo presidente da entidade, Luiz Rubiales.
Na realidade foi uma emenda pior do que o soneto.
O técnico errou ao permitir a divulgação antes do termino da Copa, e o cartola piorou a situação quando atuou como um sindicalista louco por promoção e tomou uma posição como estivesse defendendo a bandeira do país, e o Real pisando nessa. Nem uma coisa, nem outra.
A impressão que tivemos foi essa.
Mesmo com o alto profissionalismo do time espanhol, e da qualidade excepcional dos atletas, um fato como esse mexe com as cabeças, sejam essas com um alto QI futebolistico.
O dirigente poderia dar uma nota lamentando a maneira como foi realizada a transação à sua revelia, a falta de ética, e depois cobraria uma multa alta pela sua rescisão.
Entre mortos e feridos sobrariam todos, e a seleção favorita ficaria incólume.
O problema espanhol está nas divergências de Madrid e Catalunha, que são sempre resolvidas no campo de jogo, e por conta disso Barcelona e Real são os maiores clubes do mundo.
Aprendemos na leitura no livro biográfico de Vladimir Ilicht Lenine, o mentor da Revolução Russa de 1917, que para se obter sucesso temos que dar dois passos à frente e um atrás.
Isso faltou ao cartola.
O ex-jogador, Fernando Hierro terá a incumbência de juntar os cacos da briga, e levar como novo técnico da Armada para a obtenção do que estava programado, o título de campeã.
NOTA 6- O BRASIL TEM MUITO QUE APRENDER
* O jornalista Claudemir Gomes nos enviou duas fotos sensacionais, e que infelizmente por sermos fracos em internet não conseguimos transporta-las para o blog.
Uma foi tirada em uma rua qualquer de Estocolmo, Suécia, durante a Copa de 1958, que ganhamos com competência, com Zito e Pelé, vestindo os uniformes simples da seleção, hoje é de Ricardo Almeida, sem dois milhões de tatuagem no corpo, sem piercing, sem salários de seis dígitos.
Eram apenas dois gênios de nosso futebol, flanando sem seguranças pessoais e que trouxeram a primeira Copa para o Brasil.
A outra foto é a da atual campeã do mundo viajando em avião de carreira para a Russia, de classe econômica.
Devemos ressaltar que a Alemanha é um dos países mais ricos do planeta.
Nosso Brasil da Lava-Jato tem muito que aprender.
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