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Escrito por José Joaquim

As mais diversas pesquisas realizadas nos últimos tempos, tem mostrado que o número de brasileiros que não gosta de futebol vem crescendo de forma geométrica.

A média de público da principal competição nacional não consegue há anos superar a casa dos 16 mil. Está estagnada.

Os torcedores são os mesmos em todos os jogos. Isso é um exemplo irrefutável de um abandono projetado.

O desinteresse pela seleção do Circo é um outro fator que deve ser analisado e faz parte do contexto. A Rede Globo no seu canal aberto, e nos fechados está fazendo uma lavagem cerebral com relação a Copa do Mundo.

Não vai conseguir mais adeptos, desde que a sociedade está focada em outros temas.

Sobre o assunto recebemos de um amigo de Porto Alegre, uma postagem do jornalista Hiltor Mombach do Correio do Povo, publicada em 2015, e que vem ao encontro do que estamos afirmando. O importante é que essa está atualizada mesmo três anos após.

Vamos anexar ao artigo alguns textos, a fim de enriquece-lo com um bom conteúdo.

¨O brasileiro não gosta de futebol. Nenhum brasileiro, vivo, ou morto, está disposto a admitir a verdade que surge tão escancarada. Num passado remoto fomos o país de futebol. Não somos mais.

Aqui vai uma outra verdade inquestionável e cruel: não evoluímos taticamente porque não gostamos de futebol. A tática brasileira é do tempo dos dinossauros.

O brasileiro ama vencer. Não importa como. Ama vencer e ser campeão. Aplaudiria de pé o seu time campeão mesmo atuando com 11 volantes. Sim, um volante no gol.

Explodiria de felicidade nas arquibancadas assistindo à volta olímpica depois de 90 minutos de antifutebol. Isso justifica a presença de um Brasileiro onde viceja a mediocridade.

Robotizaram o esquema tático. Leva o caneco o menos ruim. Aplaudir um lance genial de um adversário rival soa obsceno, pornográfico. Não gostamos de futebol como arte. Os fins justificam os meios.

O artigo é mais longo, mas separamos esses textos para que possam fortalecer o que sempre estamos discutindo com os nossos visitantes, de que o país hoje é do cinema, desde que o futebol que era a alegria do povo foi sucateado por uma cartolagem inepta, apoiada pelos torcedores organizados que fazem parte de um sistema da violência que assola o país.

Para nós o importante é vencer, é o troféu, o primeiro lugar. No Brasil ninguém lembra do segundo, ou de um título menor, e essa é a razão dos estádios ociosos, que só lotam em decisões.

O problema da decadência do futebol brasileiro é cultural, de um povo que ainda não entendeu que os espaços são para todos, e não apenas para os seus times.

Somos de uma geração em que aplaudia os bons momentos de um jogo de futebol, mesmo que esses partissem dos adversários. Pelé era aplaudido pelo mundo afora como o exemplo da arte, da qualidade e da certeza de que o esporte representava tudo isso.

Hoje vivemos e nos contentamos com a mediocridade.

São coisas do Brasil e do futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ENCONTRO DE RUBRO-NEGROS

* Por incrível que pareça na noite de ontem tivemos a abertura da 10ª rodada do Brasileirinho, envolvendo os times do Internacional e São Paulo. Ambos jogaram no último sábado. Mais um placar de 0x0.

Na noite de hoje teremos a realização de seis partidas e entre essas a do Sport contra o Atlético do Paraná.

Dois times com campanhas bem diferentes.

O rubro-negro paranaense começou bem a competição encantando pelo futebol que foi apresentado, mas de repente rolou pela ladeira, caiu na classificação e hoje está na 16ª colocação, com 9 pontos, 2 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, aproveitamento de 33%.

O pernambucano começou mal e evoluiu no decorrer da competição, ocupando hoje a 6ª posição, com 14 pontos, 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, aproveitamento de 56%.

Para que se tenha uma ideia dessa campanha, na sexta rodada o Sport estava na 12ª colocação. Vem de duas vitórias e um empate jogando contra clubes que são considerados grandes.

Assistimos a partida do Atlético-PR e América-MG e esperávamos que a repetição da vitória contra o Santos iria acontecer.

Mas foi tudo ao inverso, com o time perdido no gramado, sem conjunto, sem qualidade individual, e uma defesa atabalhoada, uma verdadeira avenida. Foi derrotado por 3x1.

O último jogo do time da Ilha do Retiro contra o Internacional foi fraco, mas pelo que estamos acompanhando esse é favorito para o encontro dessa noite, desde que não acreditamos que o adversário possa melhorar.

Com a defesa que tem é muito difícil de uma recuperação. Depende de uma bola parada do lateral Carleto.

Esses três pontos serão importantes para o rubro-negro da Ilha do Retiro.

NOTA 2- A SOLIDEZ DO FLAMENGO E O ELEVADOR DO G4

* As estatísticas das quatro últimas rodadas do Brasileirinho, nos mostram que o Flamengo é o único time que esteve no G4 durante esse período. Os demais clubes estiveram em um elevador no sobe e desce, demonstrando o equilíbrio por baixo da competição.

A equipe da Gávea na 6ª rodada era o 2º colocado. Subiu para a primeira colocação na 7ª e permanece até hoje.

O Cruzeiro que é o vice-líder, já andou de elevador parando pela ordem no 13º andar (6ª), indo para o 10º (7ª), 7º (8ª).

O Grêmio só conseguiu chegar ao G4 na 9ª rodada. Até aportar nessa terceira posição, tinha parado no 8º andar, no 5º e no 9º.

O São Paulo que encerrou a 9ª rodada em 4º lugar, sem contarmos o jogo de ontem, também passeou de elevador em vários andares. Esteve no G4 na 7ª rodada.

O campeonato está tão apertado que a cada rodada o sobe e desce influencia na tabela.

O Flamengo é o único que pode ser derrotado amanhã e não perder a liderança. Os demais clubes poderão brincar de elevador como vem acontecendo.

O Sport que é o 6º colocado, já esteve no 12º andar, 9º, 6º e permaneceu na 9ª rodada no mesmo patamar.

Na parte dos desesperados, Ceará e Bahia não saíram da zona da degola, houve apenas uma mudança. O Vitória nas quatro últimas rodadas esteve próximo do inferno nas 6ª e 7ª e 8ª, na 14ª e 16ª posições. Finalmente chegou na zona da degola.

O Bahia na 6ª frequentou o inferno (18º), na 7ª escapou, mas nas duas seguintes ficou à disposição do carrasco.

Na realidade a competitividade que vem acontecendo é feita por baixo, e  está equilibrando a competição, quando a cada rodada o elevador troca de personagens.

Só o Flamengo resiste.

NOTA 3- NA NONA RODADA DO BRASILEIRINHO O MANDO DE CAMPO FOI MAIS EQUILIBRADO

* Nos 10 jogos que foram realizados pela 9ª rodada do Brasileirinho, os mandantes ganharam 5 partidas, os visitantes, 3, e 2 empates.

Houve um balanceamento.

Foram marcados 31 gols, com uma ótima média de 3,1 por jogo.

O público total foi de 165.467 pagantes, com uma média de 16.547 por jogo. Houve uma queda. 

O maior público aconteceu no encontro entre Flamengo e Corinthians (44.079), e o menor o da Vila Capanema entre Paraná e Fluminense (3.488).

A campanha do time paranista e o frio de 3 graus tiveram influência.

No quadro geral, em 89 jogos os mandantes tiveram 48 vitórias, os visitantes, 17 e 24 empates.

O público total é de 1.530.746 pagantes, com uma média de 17.199 por jogo.

Foram anotados 217 gols, com uma média de 2,44 por jogo.

O placar de 1x0 aconteceu por 14 vezes, o 0x0 em 10 vezes e o 1x1 por 9, ou seja 33 partidas com resultados limitados.

NOTA 4- O PERIGO MORA AO LADO

* Deputados sugerindo alterações na relação trabalhista entre os jogadores de futebol e os clubes, deve ser um jabuti numa árvore.

A comissão que estuda mudanças na Lei Pelé e no Estatuto do Torcedor apresentou um projeto para alteração de leis do futebol profissional, principalmente as que tratam da relação trabalhista entre clube a atleta.

O projeto foi apresentado pelos deputados Andrés Sanches, presidente da comissão e Rodrigo Marinho, relator.

É ai que mora o perigo, em especial através do presidente corintiano.

Obvio que qualquer mudança partindo de alguém ligado a um clube, o jabuti já deve estar numa árvore de Brasília.

Algumas sugestões são: ampliação do prazo de concentração sem pagamentos de adicionais e parcelamento do repouso remunerado em dois períodos de doze horas, ou a conversão das férias em pecúnia.

As propostas são baseadas na alegação de que não é possível aplicar a CLT aos jogadores de futebol.

O projeto também propõe que para atletas cuja remuneração for superior a sete vezes o limite máximo do salário de contribuição da Previdência Social, haja uma redução do FGTS devida.

Sanches e Marinho sugerem modificações  societárias, tributárias e na formação de atletas.

Por acaso esses já ouviram a outra parte interessada que é formada pelos atletas?

NOTA 5- A SELEÇÃO DA BÉLGICA TERÁ 15 JOGADORES REMANESCENTES DA COPA DE 2014

* A Bélgica que é uma das favoritas ao título mundial tem o maior número de atletas remanescentes da Copa anterior.

No Brasil essa seleção era composta por um grupo bem jovem, que amadureceu e cujos jogadores brilham hoje no futebol europeu.

Dos 23 jogadores convocados, 15 foram da seleção anterior.

A seguir: 

Croácia e Costa Rica (13),

Espanha e Japão (11),

Colômbia e Uruguai (10),

Alemanha (9),

Coreia do Sul (8),

Argentina e Irã (7),

Austrália, França, Portugal e a do Circo (6),

Inglaterra e Rússia (5), Nigéria (3).

Fonte: blog de Rodolfo Brito. 

NOTA 6- O SPORT E OS SALÁRIOS DOS JOGADORES

* O Sport vai bem no gramado e péssimo fora desse. Arnaldo Barros entrará na história do clube como um péssimo administrador.

O clube está pagando pelas insanidades cometidas na temporada de 2017, quando os gastos que foram realizados ficou acima de sua capacidade de pagamento, ou seja, fizeram compromissos sem o devido lastro.

O buraco ficou profundo.

Hoje deve a Deus e ao mundo.

Há dois meses que os salários dos profissionais não são pagos, e se algum desses tiverem uma proposta do exterior poderão rescindir o contrato por justa causa, de acordo com a nova legislação da FIFA.

O rubro-negro ainda não renovou com a Caixa Econômica por conta da falta da Certidão Negativa de Débitos.

O dinheiro da negociação de Diego Souza está bloqueado pela Justiça, e o reflexo se dá com os atrasos salariais, que irá influenciar na performance do elenco.

O presidente continua feliz e tranquilo enquanto o seu clube afunda. Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM SONHO QUE DUROU UMA NOITE DE VERÃO

* No Brasileirão de 2015 o futebol de Santa Catarina foi discutido em todo o país por ter quatro clubes do Campeonato Brasileirinho, acima do Rio de Janeiro que só tinha três.

Avaí, Figueirense, Joinville e Chapecoense eram os exemplos citados por todos. Na realidade foi um sonho de uma noite de verão, já que esse fato aconteceu por acaso, e não tinha consistência para a sua permanência.

Os catarinenses não estavam com os alicerces prontos para que seus clubes continuassem nessa divisão maior.

Além da falta de planejamento necessário, esses foram massacrados pelo abismo financeiro, e obvio que isso repercute nas performances. No próprio ano de 2015, que foi glorioso para o futebol de Santa Catarina, dois dos seus clubes foram degolados, o Avaí e o Joinville, que foi o lanterna da competição.

O Figueirense ficou bem próximo da zona de rebaixamento (16º). Em 2016 esse foi degolado, enquanto o Avaí retornava, mas só demorou um ano e foi rebaixado.

O único que sobreviveu apesar dos problemas que aconteceram com o trágico desastre aéreo, foi o time do Chapecoense, que tornou-se uma Fênix, saindo das cinzas.

Hoje dois desses times times estão na Série B, com o Avaí no G4 (4º), o Figueirense na 6ª colocação. O Joinville foi parar na Série C, onde faz uma campanha desastrada, como lanterna do seu grupo.

São detalhes que passam despercebidos e que mostram de forma clara que sem uma boa estrutura não existe salvação para qualquer segmento.

NOTA 2- IMBECILIDADE FUTEBOL CLUBE

* Vivemos no Brasil a era da imbecilidade que trabalha em conjunto com a era da corrupção.

Alguns desavisados torcedores do Atlético-MG após o empate de 3x3 no jogo contra a equipe da Chapecoense, utilizaram as diversas redes sociais postando mensagens com piadas com a queda do avião que deixou 72 vitimas, e entre essas quase um time completo do clube de Chapecó.

Uma imbecilidade bem clara, que caracterizou o nível real de alguns torcedores brasileiros.

No twitter um usuário afirmou ¨quem sabe se o avião cair de novo vocês ganham a Copa do Brasil¨.

Já no Instagram, um perfil disse: ¨Tomara que esses jogadores de hoje da Chape morram tudo. Vão cair de novo. Vruummmm¨.

Não existe nada melhor do que redes sociais para um trabalho positivo, mas infelizmente essas são utilizadas por vários imbecis, e verdadeiros monstros que desejam a repetição de algo que abalou o mundo.

Temos a certeza de que a maioria dos atleticanos são do bem, mas no meio desses existem pessoas de pouca índole e que por conta dos seus complexos e frustações procedem dessa maneira.

As autoridades deveriam agir, desde que não é difícil localizar os autores dessas imundices virtuais.

NOTA 3- A LAVA-JATO E OS ESPORTES

* A delação de um dos doleiros alvos da Lava-Jato, no Rio de Janeiro dá uma pequena prova do que vem por aí, em especial no mundo esportivo, quando da abertura do leque de clientes dessa turma da evasão de divisas.

Já homologada pelo Juiz Marcelo Bretas, a delação dá o nome e o sobrenome de pessoas conhecidas na área esportiva.

Por exemplo, Nelson Piquet, numa transação de R$ 2 milhões.

No futebol, aparecem o ex-técnico da seleção Sebastião Lazaroni e o ex-atacante Edmundo com um negócio de R$ 500 mil.

Existe um outro doleiro que também está sendo investigado e com uma tratativa de delação, que tem como clientes muitas figuras relacionadas aos esportes, inclusive do esporte da chuteira.

Na verdade as transações de jogadores são feitas com dólar e euro, e que as comissões pagas aos agentes retomam em parte para uma distribuição em nosso país, e por conta disso algumas pessoas não estão dormindo bem, sonhando com a sirene da Policia Federal.

Quem viver verá.

NOTA 4- TREINO É TREINO, JOGO É JOGO

* O mestre Didi, o maior meia da história do futebol brasileiro não gostava de treinar, e tinha uma frase que tornou-se um bordão: ¨Treino é treino, jogo é jogo¨.

Assistimos vários amistosos das seleções que irão disputar a Copa do Mundo, e na realidade as palavras do mestre caem como um luva.

Esses foram chatos, com o 0x0 imperando na sua maioria.

Aqueles que tiveram bolas nas redes foram contra as seleções que não estarão na Copa.

A partida da seleção do Circo iria terminar com o mesmo placar, só não aconteceu por conta do ingresso de Neymar descansado, e a seleção Croata com muitas modificações.

O resto é conversa fiada de quem vendeu patrocínios com altos valores.

No primeiro tempo quando essa estava completa dominou e perdeu dois gols cara a cara com o goleiro Alisson.

Pelo que vimos essa Copa do Mundo da Rússia será dos empates e das retrancas. Hoje qualquer time se fecha e dificulta o jogo do adversário.

O futebol está cada vez mais equilibrado, e os espaços bem menores, e tudo indica que teremos jogos chatos, com ônibus postados em algumas defesas.

A melhor seleção entre as que atuaram nesses encontros foi sem duvida a da França, que não é nenhuma novidade por conta de uma geração espetacular de jogadores.

A equipe francesa é força e velocidade. O seu meio de campo é forte, e com jogadores de alto nível, embora Pogba tenha jogado mal, e pode ser substituído.

O ataque com Mbappé, Griezmann e Dembele, principalmente esse último desequilibra o jogo.

Pelas estatísticas do futebol, a França é líder da Europa em eficiência nos desarmes, com 66% de eficácia.

Ela também lidera no quesito de interceptações no meio do campo, com 15 em média.

Os franceses tem uma media de 20 dribles bem-sucedidos por partida, também o melhor índice entre os europeus.

A equipe francesa consegue finalizar mais após jogadas de bola parada do que qualquer time europeu. Eles concluíram com arremates 35 vezes num total de 67 tiros de canto que tiveram.

Segundo a imprensa do país, essa é a melhor seleção da história do futebol francês.

NOTA 5- O MICO DA RODADA

* Roger Flores é aquele que é sem nunca ter sido.

É um comentarista padrão Globo, do tipo bonzinho, não contesta e acha que todos os jogos são maravilhosos.

No último domingo quando da transmissão da partida entre Flamengo e Corinthians, quando o narrador Luiz Roberto divulgava a Copa do Mundo que a maioria dos brasileiros não tomaram conhecimento, citou os jogos, e entre esses o do Uruguai e Egito, ressaltando o nome de Salah.

Para mostrar conhecimento Roger citou o nome de Mahrez, jogador do Leicester que está sendo transferido para o Manchester City como componente dessa seleção.

Um mico sem tamanho.

Esse atleta é argelino e irá jogar a Copa pela seleção do seu país.

O mais grotesco, é que esse comentarista estará trabalhando na Copa do Mundo.

Não sabe separar alho de bugalho.

NOTA 6- A PRIMEIRA VITÓRIA DO PARANÁ

* Um dos piores jogos desse Brasileirinho aconteceu na noite de ontem, envolvendo o Paraná e Fluminense.

O primeiro tempo foi um show de horrores, e com apenas 10 minutos dois jogadores foram substituídos por conta de contusões, um de cada lado.

A equipe carioca que poderia ter encostado no Flamengo na tabela de classificação foi derrotada por 2x1 por aquele que foi o menos pior.

Na verdade o tricolor está sofrendo por conta da falta de peças de reposição, e está torcendo para que a competição pare para a Copa do Mundo.

Pela Serie C, um bom resultado para o Santa Cruz, mesmo sem jogar, desde que manteve o seu quarto lugar, com o empate do Botafogo-PB, jogando em casa, contra o frágil Globo-RN (1x1).

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é como um falso brilhante, não vale nada. Ano após ano e as mesmas conversas, as mesmas ¨histórias¨, e tudo continua como dantes.

O malfadado calendário é a repetição de outros anos, e o produto futebol cozinha em fogo lento em uma panela que é mexida por várias colheres, saindo no final uma comida que é ou muito doce, ou muito salgada, e na maioria das vezes estragada.

Com raras exceções os clubes não se planejam e o surrealismo na dança das cadeiras com a saída de 4 treinadores de agremiações da Série A, mostra de forma clara que não existe planejamento.

Se tal palavra fosse utilizada corretamente certamente essa pornográfica dança não estaria se repetindo em toda a temporada. Os técnicos são contratados sem uma devida avaliação no sistema Deus dará.

Em muitos casos por conta dos erros da cartolagem as multas rescisórias são pagas, abalando os cofres dos clubes.

Temos uma visão de que pelos menos mais três treinadores serão ceifados brevemente, Thiago Larghi que é um interino longevo do Atlético-MG, que deverá ser substituído por Zé Ricardo, ex-Vasco, Jair Ventura, e Wagner Mancini após a goleada ofertada pelo Santos. Lisca está sendo contratado pelo Ceará. As lesões se multiplicam a cada rodada, e os departamentos médicos estão lotados.

Que futebol é esse?

A resposta é simples, esse esporte é comandado por um sistema tirano e medieval. O seu modelo é uma cópia do sistema implantado no século XVI no Brasil, de Capitanias Hereditárias , entregues aos seus ¨capitães donatários¨, que ficam passando o poder para seus descendentes.

O Circo do Futebol Brasileiro (CBF), e as Federações estaduais são instituições atrasadas, comandadas pelos mesmos donatários há décadas. Estão amarrados ao poder de forma grotesca, e não o largam nem que a vaca tussa.

Centenas de clubes não tem calendário anual, e já estão em plena hibernação.

A vanguarda do atraso domina, quando uma seleção que é chamada de forma errada de brasileira, serve de pano de fundo para encobrir as mazelas.

Não detectamos nenhuma luz no fundo do poço, desde que com a permanência desse sistema medieval, a extinção de parte desse esporte irá continuar em pleno vapor, quando clubes com demanda são consumidos pela autofagia de uma dúzia de proprietários do território nacional.

Enquanto isso as mídias observam todo o processo sem a menor reação, e com essa omissão ajudam na destruição.

O futebol brasileiro vive numa cápsula do tempo que quebrou, e está vagando no espaço.

Escrito por José Joaquim

O Brasil ainda está nos primórdios do século XX. O século XXI ainda não chegou ao nosso território. Estamos mais atrasados do que os antigos trens da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

Como um país pode acobertar uma epidemia de febre amarela em pleno 2018? É algo que tem que ser estudado, desde que se trata de um problema que só acontece em países subdesenvolvidos, como alguns do Continente Africano?

A África realmente é aqui, sendo que essa foi massacrada por muitos anos pelos seus colonizadores europeus que não queriam a sua evolução. Aos poucos a situação está sendo modificada.

O maior exemplo do atraso brasileiro é o do legado de uma Copa do Mundo para o nosso futebol, algo que tínhamos esperança que acontecesse, mas  depois de quatro anos o que temos são as obras inacabadas, mediocridade nos gramados, e elefantes brancos sendo depreciados com o tempo.

O exemplo da Alemanha com a sua Copa de 2006 seria um modelo a ser utilizado por nosso país, mas a nossa Copa serviu para uma roubalheira direcionada por alguns políticos e dirigentes desse esporte.

A Copa do Mundo de 2006 foi o maior exemplo de um bom legado, quando transformou o futebol do país em um dos maiores do mundo, aproveitando-se da infraestrutura em arenas que impulsionou o mercado alemão desse esporte.

O que aconteceu no Brasil?

Arenas superfaturadas, propinas distribuídas para alguns, e nada para a recuperação do setor futebolístico, e o exemplo que estamos vivenciando é uma realidade bem latente, com a decadência desse esporte.

O nosso país é sem duvida aquele que poderá dar certo, mas tudo que faz dá errado, inclusive no futebol.

Vivemos uma hipocrisia acobertada por uma grande mídia conivente que faz questão de fechar os olhos para uma realidade tão clara, à vista de todos, que colocam por interesses comerciais ou mesmo pessoais as suas cabeças na terra como avestruzes humanos.

Como poderíamos mudar o sistema quando o futebol foi comandado por mais de trinta anos por cartolas suspeitos de corrupção. Todos saíram dos seus cargos por conta de propinas recebidas nos contratos com a televisão.

Torcedores invadindo clubes tornou-se banal em nosso território, o que mostra a falta de comando.

Uma vergonha.

O futebol do Brasil é o grande reflexo do país, que foi assolado pela corrupção que levou à cadeia políticos e empresários, inclusive um ex-presidente da República.

Uma bandalheira geral.

O futebol brasileiro foi tomado por um vírus, não o da febre amarela ou mesmo da dengue, e sim da incompetência que tomou conta de todos os setores desse esporte.

Quatro anos após, o legado é José Maria Marin numa cadeia de Nova York, transformando esse palavra como um proibido palavrão.

Sem novidades, desde que quando o sistema é apodrecido, tudo que é emanado desse sai estragado.

Lamentável.