NOTA 1- LEÃO E GALO UM BOM CONFRONTO
* Dando continuidade a insanidade do Calendário do nosso futebol, o Sport recebe o Atlético-MG, que representa a segunda partida entre as seis que serão realizadas em 19 dias, ou seja a cada 3,1 dias um jogo, e com o agravante das viagens longas.
Mas como esse esporte no Brasil é totalmente desnorteado, o que resta é apenas cumprir o que é determinado mesmo com os prejuízos para os atletas e clubes.
Mais uma pedreira para o rubro-negro que vem de um bom resultado contra o Palmeiras pelo placar de 3x2. Está na 9ª colocação, com 11 pontos conquistados, produtos de 3 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Aproveitamento de 52%.
Por outro lado, o Galo Mineiro que chegou a liderar a competição, está na 3ª colocação, com 13 pontos, por conta de 4 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, aproveitamento de 62%.
Um jogo difícil, desde que o Atlético-MG vem apresentando um bom futebol, e a derrota que aconteceu contra o Flamengo foi injusta, desde que dominou a partida e o seu ataque perdeu gols incríveis.
O Leão da Ilha terá que repetir o que aconteceu em São Paulo, e colocar a vontade de vencer acima de tudo, respeitando o adversário, sem abrir as suas porteiras.
Deveremos ter um bom jogo.
NOTA 2- FARRA E FOLIA AÉREA
* O Circo do Futebol Brasileiro que também é conhecido como CBF, não economizou no conforto de sua seleção que alguns insistem em chama-la de brasileira, na viagem do Galeão para Londres, onde os jogadores passarão as duas próximas semanas se preparando para a Copa da Rússia.
Eles embarcaram em um Airbus A-340-300, que foi configurado para ter 100 lugares todos executivos.
Dava para fazer uma festa e folia.
Apenas como comparação, a TAP tem um avião do mesmo modelo, mas com 232 lugares na classe econômica e 36 na executiva.
De acordo com especialistas em aviação, a hora de voo em um modelo como esse costuma ficar em torno de US$ 20 mil.
As 11 horas de viagem do Galeão Londres, assim ficaram em US$ 220 mil.
Completaram os espaços com poltronas, vasos de flores e outros penduricalhos.
Obvio que o conforto é necessário, mas extrapolaram nos custos e na escolha da empresa de aviação.
São coisas de um futebol que não tem a dimensão do que representa o dinheiro, que na verdade chega com muita facilidade nos cofres da entidade.
O interessante é que o verdadeiro futebol brasileiro ganhou os seus primeiros títulos viajando em aviões de carreira, com a presença de jornalistas, sem o luxo que é utilizado hoje.
Devemos referenciar que os atletas dessas campanhas eram craques de verdade e não do marketing, e no meio desses tínhamos Pelé, o maior jogador do mundo.
NOTA 3- UM AVISO AOS CALOTEIROS
* Após uma determinação da FIFA, o Circo do Futebol informou aos clubes brasileiros que estarão sujeitos a perda de ponto imediata em campeonatos por conta de calotes em transferências internacionais de jogadores ou por a falta de pagamento de salários que envolvam estrangeiros.
Por decisão da federação, assim que um tribunal da FIFA estabelecer a punição, o Circo já tem que aplica-la se não houver pagamento.
Isso vale para os casos em andamento, e que irá atingir vários times brasileiros.
Pelos termos da circular, qualquer clube ou pessoa que falhar em pagar o débito ordenado pela FIFA estará sujeito a punição imediata a ser determinada por seu comitê.
Entre as penas citadas, no caso de falta de pagamento no prazo ¨pontos serão deduzidos ou um rebaixamento para uma divisão mais baixa. Um veto a transferências também pode ser anunciado¨.
Se a diretoria do Circo não cumprir a determinação ficará passível de punição.
Um dos casos mais duradouros no futebol foi o calote do Al Nassar no Flamengo, na contratação de Hernane, que perdurava por quatro anos, e por conta dessa decisão foi quitada no dia de ontem quando os cofres do rubro-negro foram recheados com 5 milhões de euros.
A ordem está sendo cumprida.
Os caloteiros que se cuidem.
NOTA 4- NIVELAMENTO OU MEDIOCRIDADE?
* Após sete rodadas o Flamengo lidera o Brasileirinho isolado, com 14 pontos.
Além de ser a menor pontuação desde 2006, o que chama a atenção é sem duvida a pequena distância entre o primeiro e o décimo com apenas quatro pontos separando-os, que pode representar um sinal de nivelamento ou mediocridade.
Optamos pela segunda hipótese já que esse inicio de campeonato é um dos piores da sua história.
Pelas estatísticas do período de pontos corridos com 20 clubes essa separação é a menor, superando a de 2007 que foi de 5 pontos, que distanciava o Corinthians (15 pontos), do Cruzeiro e Figueirense (10).
Neste ano o São Paulo foi o campeão, e o alvinegro paulista sofreu o rebaixamento.
Já a maior distância na 7ª rodada, foi a do ano passado quando o Corinthians liderava com 19 pontos, e Ponte Preta, Flamengo e Fluminense estavam empatados com 10 pontos.
No final o alvinegro foi campeão.
Os números mostram um nivelamento por baixo.
NOTA 5- O HOMEM DE 5 MILHÕES DE DOLÁRES
* O jornalista Jamil Chade é a nossa salvação com as suas matérias sobre a corrupção em nosso futebol.
As mídias do país passam batidas o tempo todo.
No dia de ontem esse publicou uma matéria sobre uma investigação que aponta suspeita de ¨lavagem de dinheiro¨, em acordo entre Nike e o Circo, com o envolvimento de Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade brasileira, e Sandro Rosell, ex-executivo da empresa de material esportivo.
O caso foi conduzido pela Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal, que concluiu que comissões ilegais avaliadas em US$ 26 milhões (R$ 97 milhões) foram pagos a Rosell por ter mediado o contrato entre o Circo e a empresa americana.
Do valor total recebido pelo catalão, Teixeira teria ficado com US$ 5 milhões (R$ 19 milhões).
O contrato que gerou a propina seria de 6 de dezembro de 2008, e estaria em vigor até 2011.
Aconteceram várias manobras para o dinheiro chegar nas mãos do ex-presidente do Barcelona, cujos recursos passaram por vários paraísos fiscais.
O dinheiro entregue ao brasileiro foi camuflado como um pagamento de um empréstimo feito por esse a Rosell.
Sem duvida uma organização criminosa que utilizou a seleção para as suas traquinagens.
O nosso Teixeira que era o ídolo de todas as mídias brasileiras era o homem dos US$ 5 milhões, nos lembrando de uma serie da televisão, com o homem biônico de seis milhões de dólares.
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