Enfim o sábado chegou nos trazendo ao convívio dos visitantes que estão conosco todos os dias, e que na verdade são os responsáveis pelo sucesso desse site.
No retorno vimos que o futebol de Pernambuco continua o mesmo, onde nada se cria, nada se transforma e o mais grave nada se copia, ou seja tudo continua como dantes na Casa de Abrantes.
Clubes no sistema de pré-falência, vivendo dias amargos e sem uma luz no fundo do poço em que se encontram.
Os três que já foram grandes continuam contratando jogadores que são tirados do fundo do baú, sem espaços pelo Brasil afora.
O Sport, dono de uma clinica de recuperação trouxe um atacante, que há dois anos não consegue se firmar, Rafael Marques, com 34 anos chegou à nossa capital para a alegria do Cruzeiro que irá pagar parte dos seus salários, mas com a outra metade sendo quitada pelo Velho Leão.
O Náutico arrumou nas suas bases um treinador, que irá ajudar o time a afundar mais ainda na competição, e o Santa Cruz quebrado nas finanças, está tentando sair da síndrome do empate.
Jogar e não ganhar é o sistema tricolor.
Enquanto isso o Salgueiro não é mais aquele Salgueiro, e sim um simples time do interior, sem lenço ou documento, nada no bolso ou nas mãos.
Está penando na Série C.
Para que se tenha uma ideia da realidade do futebol de Pernambuco, em 10 anos esses três times tiveram uma receita liquida negativa de R$ 111 milhões.
O Sport como sempre é o que perdeu mais, com -R$ 51 milhões, seguido pelo Náutico com -R$ 43 milhões e do Santa Cruz, com -R$ 17 milhões, ou seja estão vivendo de prejuízos acumulados, e o retrato final está pendurado em suas sedes.
Com relação ao futebol brasileiro muito embora o Brasileirinho esteja com uma boa média de público, que há muito tempo não acontecia, 700.661 pagantes e uma média de 17.965. por jogo, com exceção do Grêmio os demais clubes estão maltratando a bola.
Os torcedores gostam de coisa ruim, que é sem duvida a realidade dos jogos apresentados.
Tivemos na última quinta-feira um cartão de visita homenageando o nosso retorno ao país, com um jogo tão medíocre pela Copa do Brasil entre o Flamengo e Ponte Preta (Série B), que terminou em 0x0.
Por incrível que pareça o rubro-negro é o líder do Brasileirinho.
É o que temos e somos obrigados a conviver.
As mídias esportivas continuam lindas, desligadas da realidade, com a mesmas noticias, declarações de dirigentes do nada para o nada, de treinadores que falam e não deixam nenhum recado, e dos jogadores que estão amando os seus clubes, e que o time está se entrosando.
Quem acompanha o futebol europeu, até em Portugal, embora cada vez mais esse esteja se elitizando, o brasileiro tem uma distância da Terra à Lua na qualidade técnica.
Há pouco assistimos dois jogos finais do Campeonato Português com a participação dos seus três maiores clubes, com torcida mista, futebol de qualidade e sobretudo a bola sendo bem tratada, sem necessitar de prestar queixa à Delegacia do Torcedor.
O mais grave de tudo isso é que não temos a menor perspectiva de uma melhora e que o reino da Dinamarca continuará bem estranho para a infelicidade de todos.
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