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Escrito por José Joaquim

Enfim o sábado chegou nos trazendo ao convívio dos visitantes que estão conosco todos os dias, e que na verdade são os responsáveis pelo sucesso desse site.

No retorno vimos que o futebol de Pernambuco continua o mesmo, onde nada se cria, nada se transforma e o mais grave nada se copia, ou seja tudo continua como dantes na Casa de Abrantes.

Clubes no sistema de pré-falência, vivendo dias amargos e sem uma luz no fundo do poço em que se encontram.

Os três que já foram grandes continuam contratando jogadores que são tirados do fundo do baú, sem espaços pelo Brasil afora.

O Sport, dono de uma clinica de recuperação trouxe um atacante, que há dois anos não consegue se firmar, Rafael Marques, com 34 anos chegou à nossa capital para a alegria do Cruzeiro que irá pagar parte dos seus salários, mas com a outra metade sendo quitada pelo Velho Leão.

O Náutico arrumou nas suas bases um treinador, que irá ajudar o time a afundar mais ainda na competição, e o Santa Cruz quebrado nas finanças, está tentando sair da síndrome do empate.

Jogar e não ganhar é o sistema tricolor.

Enquanto isso o Salgueiro não é mais aquele Salgueiro, e sim um simples time do interior, sem lenço ou documento, nada no bolso ou nas mãos.

Está penando na Série C.

Para que se tenha uma ideia da realidade do futebol de Pernambuco, em 10 anos esses três times tiveram uma receita liquida negativa de R$ 111 milhões.

O Sport como sempre é o que perdeu mais, com -R$ 51 milhões, seguido pelo Náutico com -R$ 43 milhões e do Santa Cruz, com -R$ 17 milhões, ou seja estão vivendo de prejuízos acumulados, e o retrato final está pendurado em suas sedes.

Com relação ao futebol brasileiro muito embora o Brasileirinho esteja com uma boa média de público, que há muito tempo não acontecia, 700.661 pagantes e uma média de 17.965. por jogo, com exceção do Grêmio os demais clubes estão maltratando a bola. 

Os torcedores gostam de coisa ruim, que é sem duvida a realidade dos jogos apresentados.

Tivemos na última quinta-feira um cartão de visita homenageando o nosso retorno ao país, com um jogo tão medíocre pela Copa do Brasil entre o Flamengo e Ponte Preta (Série B), que terminou em 0x0.

Por incrível que pareça o rubro-negro é o líder do Brasileirinho.

É o que temos e somos obrigados a conviver.

As mídias esportivas continuam lindas, desligadas da realidade, com a mesmas noticias, declarações de dirigentes do nada para o nada, de treinadores que falam e não deixam nenhum recado, e dos jogadores que estão amando os seus clubes, e que o time está se entrosando.

Quem acompanha o futebol europeu, até em Portugal, embora cada vez mais esse esteja se elitizando, o brasileiro tem uma distância da Terra à Lua na qualidade técnica.

Há pouco assistimos dois jogos finais do Campeonato Português com a participação dos seus três maiores clubes, com torcida mista, futebol de qualidade e sobretudo a bola sendo bem tratada, sem necessitar de prestar queixa à Delegacia do Torcedor.

O mais grave de tudo isso é que não temos a menor perspectiva de uma melhora e que o reino da Dinamarca continuará bem estranho para a infelicidade de todos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ABRAÇO DOS AFOGADOS

* Os lanternas do Grupo A do Nacional da Série C estarão abraçados em um jogo pela luta contra o rebaixamento.

O Náutico (10º) receberá na Arena Pernambuco, o Salgueiro (9º), com ambos tentando a primeira vitória.

O Esporte Interativo que televisiona as partidas dessa Divisão, em que depositamos as nossas esperanças de mudanças no sistema dos horários, escolheu às 19h00 do sábado para a realização desse jogo, ou seja tira o torcedor do estádio e aumenta a sua audiência.

Virou um clone da Globo.

O time do Sertão Central em quatro jogos somou 2 pontos, dos 12 disputados, com um aproveitamento de 17%.

Por outro lado o alvirrubro da Rosa e Silva tem um misero ponto, com 6% de aproveitamento.

Duas campanhas abaixo da mediocridade.

Não existe favorito nesse encontro, e na realidade só os Deuses do Futebol poderão definir o placar.

O Náutico pela lógica poderia ser apontado para sair vitorioso, mas de um time com 6% de aproveitamento nada poderá ser projetado.

Será mais uma noite de sofrência dos torcedores do Velho Timbu.

NOTA 2- O SPORT RENEGOU E O GALO CANTOU

* O nosso blog foi o primeiro a denunciar que o Sport tinha uma divida com o Atlético-MG, por conta da aquisição do atacante André.

O presidente imitando São Pedro ao renegar Cristo também o fez, afirmando que era coisa da oposição. Como tudo que escrevemos em nosso blog sempre é tirado de boas fontes, confirmamos com o time mineiro a existência dessa pendencia que foi parar na 4ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte.

No dia 08 de maio corrente, o clube da Ilha do Retiro enfim mostrou que o débito existia ao encaminhar um documento de transação com o Galo, no valor de R$ 1.436.000,00, divididos em parcelas que ingressarão em 2019, sob a responsabilidade de uma nova gestão.

Nessa tratativa ainda constou uma autorização para a rescisão do contrato com o atleta Samuel Xavier que tinha sido emprestado ao Atlético-MG.

O Sport negou mas terminou pagando o que devia.

Por outro lado mais uma cobrança irá chegar, e vem da Europa, do Sporting, que deseja receber o restante do débito pela negociação com André.

São coisas do Galo.

NOTA 3- UMA INDECÊNCIA

* Obvio que o Circo é uma entidade privada e tem o direito de torrar o seu dinheiro da maneira que desejar, mas pelo menos deveria ter a sensibilidade de que somos ainda um país de miseráveis, com a fome em muitos lares, e que não poderia estar no ranking em segundo lugar no tocante aos salários anuais pagos aos treinadores das 38 seleções que irão disputar a Copa do Mundo na Rússia.

De acordo com o canal de TV holandês ¨Zoomin¨, o técnico da seleção do Circo só perde para Joachim Lown atual campeão mundial pela Alemanha, que recebe R$ 15,9 milhões.

No país em que o salário mínimo é menor do que R$ 1 mil, Tite recebe da Casa Bandida R$ 14 milhões, mesmo valor de Didier Deschamps, técnico da França, um dos países ricos do mundo, e com outra estrutura.

O técnico da seleção da potente Inglaterra, Gareth Southgate, recebe R$ 8,1 milhões.

São países desenvolvidos e donos dos grandes PIBs mundiais. 

Adam Nawalka, da Polonia com R$ 1,1 milhão, e Allou Case, do Senegal, R$ 836,8 mil são os de menores salários.

Na realidade Tite pode até ser um bom técnico, embora tenhamos algumas restrições, desde que está mais para pastor de uma igreja evangélica do que um profissional da bola.

O seu currículo internacional não existe, nunca saiu do futebol brasileiro que hoje não é mais referencia, e colocar esses milhões nos seus bolsos torna-se obrigatório a conquista da Taça, que não irá acontecer, desde que os Deuses do Futebol não irão permitir que o Circo conquiste tal galardão.

Essa Casa Bandida não merece algo como isso.

NOTA 4- FÁBIO KOFF

* O Brasil perdeu uma de suas maiores referencias esportivas, o ex-presidente do Grêmio e do Clube dos 13, Fábio Koff que teve uma longa trajetória esportiva com o símbolo da seriedade e dignidade, que hoje estão em falta nesse meio apodrecido.

O tricolor gaúcho se divide em antes e depois de Koff.

Em 1983 sob a sua gestão o Grêmio conquistava a Libertadores. Com ele na presidência voltou a ser campeão desse torneio, em 1995, além de ter vencido o Brasileiro de 1996.

Na sua última passagem, entre 2013 e 2015, bateu de frente com a OAS, denunciando o contrato da Arena, conseguindo a redução de R$ 42 milhões ao ano para R$ 18 milhões por conta da migração dos sócios do Olímpico para a Arena.

Koff presidiu com altivez o Clube dos 13.

Foram 15 anos de vários mandatos, quando foi derrubado pelo conluio Ricardo Teixeira e Rede Globo.

No seu período, os direitos de transmissão eram equitativos, com menores diferenças, e vantagens para os menores. A tratativa era coletiva, mas os espertos de plantão explodiram a entidade, para que o individual tomasse conta.

Deu no que deu.

Fábio Koff merece todas as homenagens, como representante de uma geração digna do futebol brasileiro, que hoje está entregue em sua maioria aos aventureiros.

NOTA 5- OS PREJUÍZOS DOS CLUBES BRASILEIROS

* Recebemos um trabalho da Pluri Consultoria, em que relacionou os prejuízos de 35 clubes brasileiros nos últimos 10 anos.

Na verdade trata-se de um documento que mostra a decadência de nosso futebol, que vive no vermelho por um grande período, e sem perspectivas para o futuro.

Os dados foram colhidos nos Balanços, através de seus resultados líquidos.

O total das perdas entre os 35 clubes foi de -R$ 2.5 bilhões.

Os da Série A perderam -R$ 1,74 bilhões.

Apenas três ficaram no azul durante esse período: Flamengo- R$ 357 milhões, Atlético-PR- 262 milhões, e Chapecoense- R$ 15 milhões.

Os que tiveram maiores prejuízos foram o Santos- -R$ 177 milhões, Fluminense- -R$ 189 milhões, Vasco- -R$ 200 milhões, Atlético-MG- -R$ 260 milhões e, Botafogo-RJ -R$ 366 milhões.

Os três clubes cariocas somaram -R$ 755 milhões.

Esse é o futebol brasileiro tão decantado em prosa e verso, que dentro do campo está cada vez mais medíocre, e fora desse quebrado.

Enquanto isso os cartolas dizem que está tudo bem obrigado, e são aplaudidos pelas mídias.

Na verdade como já afirmamos o Brasil é um pais surreal, onde o rabo balança o cachorro, e uma assassina da mãe recebe um indulto para comemorar o dia dedicada à essa.

Escrito por José Joaquim

Por conta de um translado na viagem, e o fuso horário para contatos com as fontes, ficamos impossibilitados de publicarmos a postagem de hoje.

Pedimos desculpas aos nossos visitantes.

Amanhã estaremos de volta.

Escrito por José Joaquim

A publicação de nossos artigos é procedida de uma análise diária em todo o mundo esportivo.

Para tal necessitamos de um bom espaço de tempo para consultar as fontes, e na verdade estamos encontrando dificuldades por conta do fuso horário, desde que no momento em que preparamos os artigos, aquelas pessoas que conversamos, e os veículos mais importantes das mídias, ou estão dormindo ou não foram disponibilizados.

Nesse período de fora do país conseguimos manter o blog vivo, mas chegou a um momento que sentimos que estávamos perdendo a sua qualidade, e isso para nós é o fundamental.

Como sempre afirmamos esse espaço estará completando 8 anos de plena atividade em julho próximo, como uma plataforma de debate sobre os esportes para aqueles que pensam de forma diferente.

Não escrevemos para torcedores comuns que são apaixonados, e que não enxergam a realidade dos seus clubes. Basta um gol e uma vitória todos ficam alegres, embora esses estejam falidos como os do nosso estado.

Primamos pelo bom nível critico sem ofensas, mas com um debate livre, sério, e sobretudo com independência.

Não temos patrocínios e não os desejamos, desde que esses quando pagam mandam nos textos.

O número de visitantes diários é a resposta da aprovação.

O futebol brasileiro está carente de um debate amplo sobre a sua decadência, mas isso não acontece desde que os bons jornalistas que sobraram ficam presos aos grilhões de suas editorias e essas aos de seus proprietários.

O maior exemplo vem do Circo do Futebol Brasileiro que apodreceu, assistiu a fuga de três ex-presidentes, e as citações foram raras no meio.

Vivemos em um mundo jornalístico uno, com um grupo de tomou conta dos esportes no Brasil, e quando esse se cala, consente, e influência aos consumidores das noticias.

Lembramos que Ricardo Teixeira, que era amigo intimo do diretor de Esportes da Globo, com quem discutia os contratos dos direitos de transmissão, só caiu por conta de um jornalista escocês.

Algumas mídias sociais estão salvando o que resta da liberdade de expressão, que tanto se comenta e que na verdade não é plena em nosso país, desde que essa é determinada pelos donos dos veículos de comunicação.

O mercado jornalístico ficou reduzido pera os seus profissionais, e por conta disso esses desejam segurar os seus empregos, e muitas vezes ficam limitados em suas análises.

Caso não sigam a linha editorial são demitidos.

Por conta das dificuldades e com o respeito que temos a todos os que nos acompanham resolvemos parar as postagens, e retornando-as no próximo sábado com o nível que merecem.

O Sábado nos espera.

Escrito por José Joaquim

A cidade do Porto acordou em festa após a conquista pelo seu time do Campeonato Nacional de Portugal mesmo sem jogar, desde que o seu encontro pela penúltima rodada da competição só foi realizado na noite de ontem contra o Feirense.

No sábado os times do Sporting e Benfica empataram com o placar de 0x0, antecipando o título para o Porto.

As ruas da cidade ficaram coloridas de azul e branco por conta das camisas do clube.

Todos os ingressos foram vendidos, e o match-day funcionou com uma grande número de torcedores que desde a manhã estavam no Estádio dos Dragões, muito embora a partida estivesse marcada para as 20h30.

O mais interessante foi a cobertura do Sport TV que desde o inicio da tarde estava focado no evento transmitindo das ruas e do local do jogo.

Uma cobertura de bom nível sem o histrionismo que assistimos em nosso país.

Na verdade pelo que acompanhamos sobre tal conquista, vimos que um participante foi unanimidade, o treinador Sergio Conceição, que com poucos recursos conseguiu formatar uma equipe que quebrou um jejum que perdurava por quatro anos.

A vitória do Porto é demonstração de tudo que pregamos para a melhora do futebol brasileiro.

Um  clube para ter sucesso não precisa de contratações milionárias durante a competição ou a subir a folha salarial sem olhar o futuro na ânsia desenfreada de chegar aos títulos nacionais.

Ouvimos as palavras dos dirigentes do clube, e as dos diversos torcedores sendo entrevistados nas ruas, e todos creditaram o sucesso ao seu treinador. 

Algo até estranho no mundo desse esporte.

O segredo passa por rentabilizar os recursos disponíveis e saber adaptar a ideia de jogo às características dos jogadores, um conceito simples mas não sempre ao alcance dos treinadores.

O Porto entre os três grandes do futebol português foi o que menos investiu na temporada. O técnico de forma corajosa armou o seu time com a prata da casa. Soube rentabilizar alguns jogadores das divisões inferiores, e aproveitou-se bem dos emprestados.

Juntou o útil ao agradável.

Com esse trabalho o time alviazulino começou a competição sob a desconfiança dos seus torcedores, sem a chamada de favorito, mas deu a volta por cima, e soube fazer das fraquezas forças nas corridas até a meta.

Segundo os portistas Sergio Conceição foi o autor do titulo.

Muitos times brasileiros torram recursos em contratações, e sem o devido retorno.

O fundamental para o sucesso é o de ter um líder como Conceição que não olhou nomes, quando colocou o goleiro Cassillas na reserva em um momento complicado  da sua carreira, sem questionamentos, mas soube voltar atrás e trazê-lo de volta ao time titular.

O futebol brasileiro necessita de profissionais como esse.