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Escrito por José Joaquim

Como podemos acreditar em um futebol cujos últimos presidentes da sua maior entidade foram banidos pela FIFA, por corrupção.

Um está preso nos Estados Unidos.

No dia de ontem o órgão máximo desse esporte em uma Nota Oficial comunicou que Marco Polo Del Nero, presidente suspenso, foi banido para toda a vida de qualquer atividade no segmento.

Algo que já era esperado, mas os seus seguidores sempre achavam que esse seria inocentado, esquecendo que as provas colhidas pelo FBI sobre o cartola estavam em poder da FIFA.

Como o Brasil não extradita de forma equivocada os seus nativos, o cartola ficou livre e serelepe por todo esse tempo.

Continuamos com a mesma imagem que muitas vezes assistimos nos filmes americanos, quando os bandidos fogem para o nosso país.

Um trecho da Nota de banimento retrata uma realidade que há anos vem destruindo o futebol nacional, o cupim da corrupção.

¨A investigação contra o Sr. Del Nero foi aberta em 23 de novembro de 2015 e refere-se , ¨inter alia¨, a esquemas em que ele recebeu subornos em troca de seu cargo na concessão de contratos de vários torneios de futebol, incluindo a Copa América, a Copa Libertadores da América e a Copa do Brasil¨.

Enquanto esse manobrava para eleger um sucessor que irá manter o sistema podre do Circo, a Câmara adjudicatória concordava com as recomendações de investigação e considerou Del Nero culpado de ter violado o artigo 21 (Suborno e corrupção), artigo 19 (Conflitos de interesse), art.15 (lealdade) e artigo 13 (Regras Gerais de conduta) do Código e Ética da FIFA.

A decisão foi comunicada ao réu no mesmo dia, e a proibição entrou em vigor.

Quantos artigos postamos no blog sobre o tema, sempre pedindo as autoridades do país uma investigação profunda no Circo do Futebol, e nada acontecia?

A CPI do Senado terminou em Pizza, mas o relatório alternativo foi encaminhado para a Justiça e somente agora é que o STF resolveu separar um deputado federal denunciado, enviando o restante para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Quanto tempo perdido, quando o Del Nero mesmo afastado de forma provisória continuou a mandar na entidade, chegando ao limite máximo de antecipar o processo eleitoral para eleger um seguidor fiel para o seu lugar, sobre os aplausos da quase total maioria dos clubes, e de forma integral das Federações.

Chegou o momento em que a Justiça deveria interferir, anulando a eleição, colocando um interventor no Circo, para que possa proceder com uma limpeza total, que deveria também chegar nas federações  estaduais.

Enquanto as providencias não são tomadas, a avacalhação do futebol será comemorada na Rússia com a presença dos 27 presidentes das entidades locais e demais convidados.

Sem duvida o futuro presidente é ilegítimo.

São coisas do Brasil.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- AINDA SOBRE O BALANÇO DO SPORT

* O balanço do Sport é uma fonte inesgotável para um bom debate.

A cada dia somos surpreendidos com algo que vai além da realidade. São detalhes misteriosos.

No item Créditos a Receber, aparece um RUBRICA referente a Títulos Patrimoniais e Associações no valor de R$ 8.624,847.

Em 2016 essa apresentou R$ 2.596.424.

Foram infelizes quando justificaram o incremento, jogando a bola para o bom trabalho do setor de marketing.  

Vamos e venhamos, como não acreditamos em Papai Noel, é obvio que jamais tantos títulos patrimoniais seriam negociados em um dos piores anos do clube. 

Quanto as associações os valores deveriam ser alocados no item sócios, e não em créditos a receber.

Que créditos são esses?

Aprovaram tudo sem um questionamento.

Um outro ponto que nos pegou de surpresa foi o do pagamento de R$ R$ 2.011.254 pelo aluguel do CT do clube, quando pensávamos que na gestão do ex-presidente João Martorelli o patrimônio tivesse sido alocado ao do clube.

Enganaram a todos, inclusive no Imobilizado esse não aparece.

São coisas de ¨Balanços¨.

NOTA 2- AQUI E ACOLÁ

* Aqui os conselheiros do Sport aplaudiram e aprovaram o Balanço do clube com diversos furos, sem um único questionamento.

Acolá os do Flamengo na reunião para discutir a movimentação de 2017, abriram um debate sobre o pagamento de R$ 10 milhões aos jogadores, comissão técnica e diretores, pelas participações nas competições no ano passado.

O tema gerou um bate boca originando a suspensão da reunião que deverá ser remarcada para a próxima semana.

Os valores pagos aos atletas do clube somaram R$ 7,7 milhões, para a comissão técnica R$ 2,5 milhões, e o diretor executivo, Rodrigo Caetano foi premiado com R$ 800 mil.

Segundo as explicações do vice-presidente financeiro do rubro-negro da Gávea, os referidos pagamentos foram acertados antes do inicio da temporada e foram sendo quitados quando das performances nas diversas competições.

O interessante é que o Flamengo ganhou apenas o estadual que não valeu nada.

Na verdade foi uma reunião tumultuada, com vários pedidos de esclarecimentos, muitas questões levantadas.

Enquanto isso no lado de cá, na Ilha do Retiro nenhum conselheiro questionou o valor do Ativo Intangível que serviu para maquiar o balanço, ou sobre os juros pagos durante o ano pelos empréstimos em factorings, e a apropriação indébita de valores descontados e que deveriam ser repassados para os cofres do governo.

Na verdade aqui é uma coisa, e acolá é outra bem diferente.

NOTA 3- TÉCNICO ARGENTINO COMEMOROU 200 JOGOS NO COMANDO DO RIVER PLATE

* Antes do jogo entre o River Plate e o Emelec do Euqador, que foi realizado no Monumental de Núñez, Marcelo Gallardo, técnico do time portenho foi homenageado pelos 200 jogos à frente do time.

Na realidade um fato que é quase impossível de acontecer em nosso país, que tem como a maior alegria da sua cartolagem a dança das cadeiras.

Gallardo vive um excelente momento no clube. A equipe completou dois meses sem derrotas.

São 12 jogos de invencibilidade, com nove vitórias e três empates. Lidera o seu grupo na atual Libertadores.

Nesse período o River Plate conquistou o título da Super Copa da Argentina derrotando o Boca Juniors por 2x1.

Gallardo está à frente do River há quatro anos, e com um currículo invejável de diversas conquistas.

Na sua estante estão os troféus de uma Copa Libertadores, uma Sul-Americana, duas Recopas Sul-Americanas, duas Copas Argentinas e uma Supercopa Argentina.

Os nossos clubes deveriam ter como espelho um técnico como esse.

NOTA 4- DEL NERO DEPOIS DA QUEDA LEVOU UM COICE

* Enfim o Ministro do STF, Celso de Mello resolveu um assunto que estava na sua gaveta por um bom tempo, ao atender um pedido da Procuradoria Geral da República para que as investigações sobre os cartolas do Circo do Futebol fossem encaminhadas para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.

O inquérito tem como base o que foi colhido na CPI do Futebol que foi realizada no Senado que terminou em uma bela pizza napolitana, que enquadrou os  suspeitos por crimes contra o sistema financeiro, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre outros.

No despacho do Ministro o único dos denunciados que ficou sob a sua responsabilidade, foi o deputado federal Marcus Vicente que tem foro privilegiado.

Marco Polo Del Nero, Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Gustavo Dantas Feijó, Antônio Osório Ribeiro da Costa, Carlos Eugênio Lopes (todos dirigentes do Circo), J.Hawilla e Kleber Leite finalmente estão entregues à Justiça da Primeira Instancia que certamente não irá demorar nas decisões sobre a atuação desse grupo, dando inicio a lavagem de tudo de ruim que aconteceu no futebol brasileiro.

Os Deuses do futebol deram um duplo castigo a Del Nero no mesmo dia, o seu banimento do futebol mundial e, o envio da denúncia para a Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Uma queda que foi procedida por um belo coice.

NOTA 5- A VACA LEITEIRA DO FUTEBOL BRASILEIRO

* O Circo Brasileiro do futebol que está armado na Barra da Tijuca, é uma vaca leiteira para os seus dirigentes. Haja leite.

O jornalista Pedro Lopes, da coluna UOL De Primeira em uma matéria mostrou que o deputado Vicente Cândido que é diretor de assuntos internacionais da entidade, embora não coloque os seus pés no picadeiro, recebe um belo salário de R$ 35 mil como honorários pelo cargo que ocupa.

O mais interessante é que tal valor é superior ao que o parlamentar ganha na Câmara Federal, que é de R$ 33 mil.

Cândido ocupa no Corinthians a diretoria de relações internacionais e institucionais, por conta da sua amizade com o presidente Andrés Sanches, que também é parlamentar e do mesmo partido.

Na verdade as suas funções são direcionadas para dar a cobertura aos projetos que interessam ao Circo, além de ficar atento contra possíveis mudanças na legislação que possa abrir as caixas pretas da entidade, que lhe paga de forma generosa.

São coisas do Brasil, cada vez mais brasileiro.

NOTA 6- 65,8% NÃO TÊM INTERESSE PELA COPA DO MUNDO

* Uma pesquisa de opinião publica realizada pelo Instituto Paraná mostra que 65,8% dos brasileiros ainda não tem interesse pela Copa do Mundo que será realizada em junho na Rússia.

O Instituto de Pesquisas ouviu 2.948 brasileiros em 185 municípios das 27 unidades da federação, entre os dias 24 e 25 de abril.

Entre os entrevistados, 28,3% disseram não estar nada interessados no Mundial e 37,5% disseram ter pouco interesse, somando 65,8% para o desinteresse.

Já os interessados somam 33,2%, sendo que destes 8,8% estão muito interessados e 24,4% estão interessados.

1% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

São detalhes da verdadeira ex-pátria das chuteiras, e da falta de crédito de nosso futebol. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O LEGADO DA COPA DEVERIA PARAR NO DELEGADO

* Um estudo feito pela Pluri Consultoria, mostra o tamanho do ¨legado¨ da Copa do Mundo no Brasil.

Mantidas as médias de público e renda dos campeonatos locais do Distrito Federal, Mato Grsso e Amazonas, de 2013 a 2018, seriam necessários milhares de anos para recuperar o investimento nos estádios lá construídos para a Copa de 2014.

No caso do Estádio Nacional (DF), seriam necessários 216.343 jogos e 2.739 anos; no da Arena Pantanal (MT), 69.310 jogos e 1.216 anos, na Arena da Amazônia, 118.673 jogos e 3.207 anos.

O ¨legado¨ deveria parar no delegado.

NOTA 2- O NOVO TÉCNICO DO SPORT

* Recebemos no dia de ontem muitas cobranças dos amigos que acompanham o blog por não falarmos sobre a contratação do novo técnico do Sport, Claudinei Oliveira.

A nossa resposta foi a mesma: falar o que?

Essa está à altura do atual momento do clube, sem recursos para contratações maiores, que na verdade não mais existem, desde que o mercado de técnicos no Brasil afunilou de uma forma profunda, com o afastamento dos mais antigos e a ascensão de algumas caras novas, e entre essas a de Claudinei Oliveira, que permaneceu dois anos no Avaí, deixando o clube na Segunda Divisão, e com um inicio de temporada fraco, que motivou a sua demissão.

Pelo que sabemos trata-se de uma pessoa séria e trabalhadora. Nada mais, nada menos. No Santos como interino saiu-se bem.

A mesma coisa afirmamos para os tricolores quando criticaram a vinda de PC Gusmão, mostrando que o novo técnico estava dentro das possibilidades do Santa Cruz. 

Quanto ao Sport, o problema não é de treinador, e sim de gestão, que atrapalha todo o sistema de funcionamento do clube.

Não é pura coincidência quando os últimos técnicos que estiveram no comando do time saíram tecendo criticas a sua diretoria.

Paulo Roberto Falcão, Oswaldo de Oliveira, Ney Franco, Vanderlei Luxemburgo e o último Nelsinho Baptista mostraram as dificuldades para exercerem as suas funções no rubro-negro da Ilha do Retiro.

Até um jogador, no caso André,  jogou areia no ventilador.

Com tantas provas contra os culpados, certamente Claudinei será a próxima vitima.

Derrubar técnicos é a alegria dos dirigentes, e mais ainda no Sport.

Mudam o comando e os problemas continuam, desde que os culpados não são penalizados, e estão nos gabinetes.

São coisas do futebol de Pernambuco.

NOTA 3- DIREITO DE IMAGEM ATÉ PARA EMPRESÁRIOS

* Conselho Deliberativo nos clubes de futebol são irmãos gêmeos em suas decisões. Aprovam tudo sem restrições, inclusive os Balanços Anuais.

O Movimento Financeiro do Corinthians apresentou um débito de R$ 35.470.000,00 com relação aos direitos de imagem de jogadores do elenco atual, alguns emprestados, outros que já saíram do clube, inclusive o ex-treinador Tite.

Tais detalhes mostram a verdadeira realidade da situação financeira do clube campeão do Nacional de 2017.

Por outro lado o mais estranho é que nessa relação estão incluídos os agentes de atletas e suas empresas.

Na reunião que aprovou o aprovou sequer uma pergunta foi feita sobre o assunto.

Na realidade o clube jamais utilizou imagem de nenhum empresário, mas sim dos jogadores agenciados por eles.

Segundo o blog do Paulinho, nesta condição está Fernando Garcia, escondido atrás de duas empresas, GT Sports e B2 F com um crédito de R$ 8.445.000,00.

Outros dois agentes aparecem como credores por empréstimos, Carlos Leite (R$ 4,1 milhões) e Giuliano Bertolucci (R$ 5,2 milhões). Enquanto isso o Balanço corintiano apresentou uma Rubrica no valor total de R$ 12.989,00 a serem pagos para ¨outros contratos¨, sem destacar os nomes dos credores.

Esse é o modelo de gestão adotado pelos clubes do futebol brasileiro, com raras exceções.

NOTA 4- ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS

* Quando analisamos os balanços de diversos clubes nos deparamos com algo nocivo para as suas finanças, que é a chamada antecipação de receitas futuras.

Quando se tem esse procedimento certamente estarão cobrindo um santo e descobrindo um outro.

As receitas antecipadas resolvem o momento instantâneo, e deixam um buraco no orçamento do futuro.

O assunto veio a baila quando no dia de ontem recebemos do Sport um email oferecendo uma promoção para o pagamento do restante das mensalidades que pagamos mensalmente, inclusive com a oferta de um bônus de desconto.

Não existe nada mais grave do que essa fórmula de adiantar as receitas oriundas dos associados.

Além de perder com o desconto, o valor se fosse aplicado poderia compensar, mas na verdade é utilizado para a cobertura das mais diversas necessidades, ou seja, o recurso entra e sai numa mesma velocidade.

Mensalidade de sócios é uma renda fixa garantida para a cobertura do orçamento, e o setor responsável já tem uma ideia dos valores que serão alocados ao caixa da agremiação.

O orçamento prevê entradas mensais. 

A cada anuidade é menos uma entrada no global dessa renda, e a arrecadação começa a cair, e no final do exercício os números são reduzidos.

Temos uma boa experiência nesse setor, e sabíamos a cada mês qual seria a entrada da mensalidades dos sócios que eram alocadas para os pagamentos da folha salarial, e das despesas de manutenção do clube.

Obvio que existiam sócios que pagavam as anuidades, mas sempre os estimulávamos para não fazê-lo para o bem da instituição.

Deveria ter uma placa no setor de arrecadação do clube,  com os seguintes dizeres: É proibido antecipar¨. 

NOTA 5- O RAMADÃ DE SALAH

* Ontem ao lermos o jornal inglês ¨The Sun¨, uma matéria nos chamou a atenção, sobre o período do Ramadã que poderá prejudicar o Liverpool.

O atacante Salah é sem duvida a peça primordial para o time inglês voltar a conquistar o título da Liga dos Campeões após muitos anos.

Mas para isso terá que superar em primeiro lugar a equipe da Roma no segundo jogo, e os obstáculos religiosos.

O periódico em sua matéria revelou que o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos pode atrapalhar os planos do time dos Beatles.

O mês sagrado terá o seu início no dia 16 de maio, e como a final da competição está programada para o dia 26 do mesmo mês, alguns jogadores muçulmanos do elenco estariam prejudicados fisicamente.

Os jogadores Salah, Mané e Enre Can são mulçumanos, e como manda a religião teriam que ficar sem comer e beber à luz do dia durante o período sagrado.

Desta forma chegariam debilitados.

Um problema para ser resolvido, e o será com certeza, desde que uma conquista como essa levará Salah a disputar com chances o titulo do melhor do mundo.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

No mês de abril de 2015 publicamos no blog um artigo que analisou as dificuldades do futebol brasileiro, que vivia preso em grilhões como estivesse na época da escravidão no país.

Três anos após e por incrível que pareça nada mudou, tudo continua como dantes na casa do Marquês de Abrantes.

O Brasil foi o último país do mundo a acabar com a escravidão, mas apesar disso essa continua vigente em alguns dos seus segmentos, em especial o do futebol.

Existe um grande debate à respeito dos culpados pela continuidade das Senzalas no esporte da chuteira no Brasil, cujos grilhões de um capitalismo avacalhado prendem os seus clubes, sem que apareça uma Princesa Isabel para publicar um édito encerrando uma praga que que tomou conta desse esporte no país.

Quem são os culpados, ou culpado, pela escravidão que tomou conta do nosso futebol?

A Globo com seus recursos, aproveitando-se de uma miséria que foi criada pela própria?

A entidade maior que comanda o futebol brasileiro, que não tem a devida credibilidade para atuar como uma Redentora, muito menos as suas federações filiadas, que fazem parte desse contexto?

Os clubes que se sujeitam ao açoite, aos grilhões, e são incapazes de criarem os seus quilombos?

Os torcedores alienados que vibram com um gol, e esquecem dos seus clubes falidos, ou os patrocinadores que continuam colocando as suas marcas em um sistema corrupto e corrompido?

Na verdade está faltando um Ganga Zumba para liderar uma rebelião para dar fim nesse processo escravocrata que domina o esporte da chuteira no país.

A RGT é a que tem a maior culpa. Usa e abusa dos seus recursos para a manutenção dos clubes nas senzalas. Um dinheirinho aqui, um dinheirinho acolá, e todos marchando de cabeça muito baixa para os pelourinhos.

Por conta disso a potente emissora casa e batiza, coloca horários pornográficos, distribui receitas ao seu bel prazer, escolhendo dois senhores, e deixando um bom grupo nas senzalas da vida.

Na realidade sabemos que o sistema vigente não apresenta nenhuma perspectiva para uma revolta contra a escravidão, e só nos resta apelar para o FBI que pelo menos destroçou com a corrupção no futebol mundial.

O Brasil necessita em todos os seus setores, e em especial no futebol uma vassourada geral.

O futebol brasileiro é o retrato de uma sociedade que assiste de forma passiva ao que acontece no país, sem que haja uma mínima reação, enquanto o barco vai naufragando, a orquestra tocando, e os passageiros dançando.

Na verdade estamos perdendo a esperança com relação ao Brasil, e temos a certeza de que daqui há três anos estaremos repetindo esse artigo desde que não visualizamos nenhuma luz no fundo desse profundo poço.

Escrito por José Joaquim

Ao tomarmos conhecimento da aprovação do Balanço do exercício de 2017 do Sport numa reunião do Conselho Deliberativo, com números assustadores sem ressalvas, nos lembramos dos diversos artigos que escrevemos sobre planejamento no futebol brasileiro que daria para a publicação de um livro.

Na realidade a palavra ¨Planejamento¨ agride os nossos dirigentes, que preferem atuar de forma pontual e em curto prazo. Para eles, o longo prazo é uma pornografia acintosa.

Uma empresa precisa de planejamento, com o sentido de continuar ativa no mercado, gerar produtos e serviços e, portanto, movimentar a economia, melhorando a qualidade de vida dos seus consumidores. Um clube esportivo existe para gerar muitas felicidades para seus membros, com projetos objetivos para que possam alcançar esse intento.

Até hoje não entendemos as dificuldades que os clubes possuem em implantar um modelo de estratégia e planejamento para as suas atividades, inclusive futebolísticas.

Planejar é fundamental para a preparação do futuro, mesmo que no caminho apareçam pedras, no caso especifico do futebol, resultados negativos, mas se o clube tiver uma boa estruturação, com um bom planejamento, sobreviverá a possíveis tropeços e, continuar com a sua trajetória programada.

Muitas vezes esses traçam metas para as suas competições, mas não se pode confundi-las com planejamento, desde que para alcança-las torna-se necessário uma estratégia que obedeça a pontos básicos que começa com a identificação de objetivos, avaliação dos recursos previstos e, principalmente, que se estabeleça um período longo para que sejam alcançadas as ações planejadas.

O esporte hoje é um grande e rentável negócio, fazendo parte da indústria do entretenimento, a que mais cresce no mundo, e, por conta disso, necessita ser administrado de maneira mais profissional e menos empírica. Esse não pode, e é, voz geral, de prescindir da presença de profissionais devidamente habilitados para orientar a gestão desse segmento.

Pelo que conhecemos dos clubes brasileiros, esses tem um foco exclusivo para apenas dois pontos: o financeiro e o marketing, como sustentáculos, mas um planejamento estratégico é fundamental para a sua vida global, com uma linha administrativa bem traçada, como normas práticas que vão da contratação e formação de pessoas, desde o cortador de grama até a maior estrela de sua equipe, todos convergindo para um mesmo propósito.

Um trabalho muito importante é o da potencialização das receitas, com suas fontes, que é o ponto de partida de toda a programação estratégica, e que irá determinar a sua capacidade de investimentos.

As dívidas foram em parte equacionadas pelo Profut, embora alguns clubes não estejam cumprindo com a quitação de suas parcelas, mas com a benesse governamental os orçamentos foram melhorados, não os fantasiosos que são aprovados, e sim um real formatado com competência.

Com uma melhor aplicação dos recursos, dentro de um orçamento programado, os objetivos poderão ser alcançados, através de boas participações nas competições esportivas, conquistas de títulos, e em especial o acompanhamento aos seus consumidores, objetivando a valorização das marcas.

Os dirigentes dos clubes deveriam entender que uma agremiação organizada, planejada a longo prazo, terá um futuro vencedor, e com isso, criará condições de carrear bons investimentos em patrocínios.

Planejamento não pode ser tratado como assunto proibido, e sim uma realidade para um clube melhor.

O balanço do Sport mostrou que essa palavra bonita não existe no vocabulário de sua diretoria, desde que o seu Balanço foi reprovado no ENEM do futebol.