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Escrito por José Joaquim

Um dia o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria.

Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o seu dono pensava no que fazer.

Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho, e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de qualquer forma. Portanto não valia a pena se esforçar para tira-lo do lugar onde estava.

Ao contrário, chamou os seus vizinhos para ajuda-lo a enterrar vivo o burro.

Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.

O burro não tardou a se dar conta de que estavam fazendo com ele chorou mais ainda.

Porém para surpresa de todos, esse aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.

O camponês resolveu olhar para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caia sobre suas costas o burro a sacudia.

Dava um passo sobre esta mesma terra que caia no chão.

Assim em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço. Passar por cima da borda e sair dali trotando.

Sabe, o fundo do poço, não é o fim da vida, é simplesmente o fim da queda, e o começo da saída.

Não sabemos quem é o autor dessa história, mas entendemos que o seu sentido se encaixa no futebol brasileiro, que está no fundo do poço, recebendo terra de seus cartolas, e pela sua força anda consegue sobreviver.

O burro nos deu um exemplo.

Se alguém tentar te enterrar nesta vida, faça como o burro, sacuda a poeira, use o que jogam em você, para voltar a alcançar a luz do dia.

Por isso sempre achamos que os burros são mais inteligentes do que alguns mortais, principalmente daqueles que fazem a cartolagem de nosso futebol. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A SIMBIOSE DA JUSTIÇA DESPORTIVA COM AS FEDERAÇÕES 

* Há anos que discutimos a necessidade de uma separação total da Justiça Desportiva das entidades que administram o futebol.

Embora o STJD tenha uma sede fora da Barra da Tijuca, a sua vida financeira depende do Circo, que passa a ter voz dentro do sistema.

No caso dos estados, a situação é mais grave quando os Tribunais Esportivos funcionam em suas dependências, com sujeição total no segmento financeiro.

Perdem a liberdade, e sobretudo a independência nas decisões.

Trata-se de um segmento que tem que ser reformulado, inclusive nos seus conceitos.

Continuar como está é impossível, e ruim para o futebol.

O maior exemplo sobre essa simbiose foi escancarado na Operação Cartola que está desnudando o futebol paraibano.

Lemos a transcrição da gravação de uma conversa, envolvendo o presidente do TJDF-PB, Lionaldo Santos e o da FPF, Amadeu Rodrigues, que foi divulgada pelo jornal Correio da Paraíba.

O assunto em questão é o julgamento envolvendo o Treze Futebol Clube, na época da polemica sobre o Regulamento do Estadual.

Botafogo e Treze se enfrentariam na semifinal, com o primeiro jogo acontecendo em João Pessoa.

O entendimento do Regulamento da competição era que tal privilégio seria para os times que terminaram em primeiro lugar nos seus respectivos grupos- no caso, Campinense e Treze.

O Belo acionou a Justiça, alegando que por ter feito mais pontos na primeira fase deveria ter a vantagem de decidir em casa.

Na transcrição, Amadeu Riodrigues telefona para Lionaldo e diz que ¨estão (o Treze) querendo agitar de todo o jeito, porque o Botafogo pediu arbitragem de fora. O presidente do TJDF revela que o Galo havia ¨entrado com uma ação para o vice-presidente do órgão, para que fosse adiado o julgamento¨.

Amadeu rebate e diz que ¨não vai adiar nada¨.

O mais grave vem a seguir, quando Lionaldo faz uma pergunta, no sentido de orientação sobre o posicionamento que deve ser adotado no julgamento em questão.

O presidente da FPF é enfático e defende a sua tese.

Lionaldo Santos: ¨Me diga uma coisa. Essa sessão deve ser realizada hoje... Qual a sugestão que você dá?

Amadeu Rodrigues: ¨Seguir o relator e manter do jeito que tá, com o primeiro jogo em João Pessoa e o segundo em Campina com vantagem para o Treze¨.

Na verdade a determinação foi cumprida.

Esse é o futebol que tem a cara do atual Brasil.

NOTA 2- AS ESTATÍSTICAS E A SELEÇÃO DO CIRCO

* Os amigos que acompanham o blog sabem o interesse que temos com relação aos números, que na verdade dão o sentido para as projeções futuras das competições.

As estatísticas quando comparadas nos mostram as tendências do que poderá acontecer durante um campeonato. O sistema não é infalível, mas é totalmente confiável.

Como a moda agora é a tal da Copa do Mundo, evento que não temos a menor simpatia, principalmente por esse vender ilusões de um sistema podre como o nosso, fomos buscar os resultados de todas as Copas realizadas na Europa, no total de dez entre 1934 e 2006.

Há doze anos que o Velho Continente não abriga uma Copa.

As participações do Circo foram as seguintes:

1934- Itália- caiu na primeira fase,

1938- França- 3º lugar;

1954- Suécia- Campeão;

1966- Inglaterra- caiu na primeira fase;

1974- Alemanha- 4º lugar

1982- Espanha- caiu na segunda fase;

1990- Itália- oitavas de final e,

2006- Alemanha- quartas de final.

Na realidade os números não são favoráveis ao Circo do Futebol, desde que existe um hiato de 50 anos de uma conquista realizada na Europa.

São coisas das estatísticas.

NOTA 3- CANAIS ESPORTIVOS VIRARAM CIRCOS

* Numa entrevista ao Portal UOL, o jornalista Renato Mauricio Prado teceu alguns comentários sobre os canais esportivos da televisão brasileira.

Algo que sempre ressaltamos em nossos artigos, quando mostramos as mediocridades reinantes no sistema.

Segundo Prado, o canal Sport TV tinha vários ótimos programas, o ¨Documentário Sport TV¨, ¨Jogos para Sempre¨. Hoje em dia é só mesa redonda.

A ESPN ainda tem aquele 30' por 30' (série de documentários), o ¨Bola da Vez¨ que é legal também. Mas de maneira geral ou você vê jogo, ou mesa redonda.

Para esse, a TV a cabo perdeu um pouco a mão. Mesa redonda é mais barato, mais fácil, prende a atenção, mas está chato.

Está começando a se tornar uma coisa circense que me incomoda muito¨.

Na sua avaliação a Rede Globo tem influencia na queda de qualidade da programação jornalística na TV.

¨A Globo para não entrar em assuntos espinhosos de dirigente que não quer brigar porque compra os direitos, começou a mentir, e criou a falácia de que o jornalismo esportivo não é jornalismo, e sim entretenimento.

Isso é um absurdo, um crime. Claro que é jornalismo. Todo mundo está seguindo essa onda. Virou um Circo Mambembe.

As pessoas falam não porque acham, mas porque vai gerar graça¨, declarou o jornalista.

Na verdade essas palavras são escritas diariamente em nosso blog, quando mostramos as cenas grotescas do jornalismo esportivo, que hoje beira ao ridículo, e tornou-se numa chanchada.

NOTA 4- OPERAÇÃO CASHBALL

* O Sporting está sendo atacado por uma tormenta.

Na última segunda-feira, 50 torcedores invadiram o seu Centro de Treinamento armados com cintos, tochas e barras de ferro, e agrediram alguns jogadores, e profissionais da Comissão Técnica.

Alguns já foram presos.

Na manhã de ontem recebemos uma mensagem do Jornal Correio da Manhã, de Lisboa, com uma matéria sobre a Operação Cashball que realizou ações na sede do clube, como em algumas residências dos envolvidos.

Quatro prisões foram efetuadas por corrupção ativa.

Em comunicado a Policia Judiciária, que é irmã da nossa Policia Federal, comunicou que as buscas e prisões foram por conta de manipulações de resultados no campeonato de Handebol que foi ganho pelo Sporting, como também em jogos de futebol em que o clube foi favorecido.

Nos últimos meses o futebol português está sendo investigado, e as medidas devidamente tomadas, bem diferente do Brasil quando o silêncio toma conta de todos os segmentos. 

NOTA 5- UM JOGO PELA COPA DO BRASIL COM TORCIDA ÚNICA

* O futebol brasileiro é surreal.

O que acontece na verdade é uma afronta a lógica e a realidade.

O Ministério Público do Paraná resolveu de forma grotesca proibir a presença de torcidas mistas nos jogos locais, entretanto estendeu a medida para os encontros nas diversas competições nacionais.

Os torcedores que acompanham os seus clubes não poderão fazê-lo quando esses jogarem em Curitiba.

Estão criando com uma canetada um verdadeiro monstro no futebol brasileiro, fechando os estádios para as torcidas mistas, tirando a alegria dos jogos.

A partida do Atletico-PR e Cruzeiro realizada no dia de ontem foi o pontapé inicial da torcida única.

O time Celeste recorreu à Justiça, mas a liminar foi rejeitada.

O futebol já está ruim, e tirando algo motivador que é formado pelas torcidas, é realmente ajudar para o enterro final.

Para o MP do Paraná o futebol tem que ser uma missa, com fieis do mesmo bairro.

São coisas do Brasil.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- POUCAS VITÓRIAS DOS VISITANTES

* O primeiro ciclo do Brasileirinho foi encerrado, mas como tudo que acontece no Circo do Futebol sempre uma janela fica aberta, com um jogo adiado, entre Santos e Vasco.

Tal fato dificulta a realização de uma análise correta, inclusive no tocante as projeções, que na verdade é muito cedo.

O líder é o Flamengo com 10 pontos, acompanhado do Corinthians e Atlético-MG, com pontuações idênticas.

No Brasileiro de 2017 com as mesmas cinco rodadas o líder era o Corinthians com 13 pontos, bem acima da situação atual.

Na zona do rebaixamento estavam o Avaí, Atlético-GO, Atlético-PR e Vitória. Os dois primeiros foram degolados.

Um fato que deve ser destacado é que nessa zona perigosa estão três times do Nordeste, os dois baianos, Bahia, Vitória e Ceará, além do Paraná que era forte candidato a ser degolado antes do inicio da competição e está demonstrando que não irá escapar. Uma morte anunciada por conta das diferenças financeiras. 

Dois desses vieram do acesso sem um preparo maior para a disputa de um campeonato bem diferente da Série B (Ceará e Paraná).

Com relação ao futebol jogado, tivemos poucas partidas para serem lembradas. A grande maioria foi sem qualidade.

Um fato a ser destacado está relacionado as fracas performances dos times visitantes, que só conseguiram 8 vitórias entre os 49 jogos realizados.

Os mandantes somaram 25 e 16 empates.

O público presente foi de 871.030, com uma média por jogo de 17.776. Foram marcados 120 gols, com uma média de 2,45 por jogo.

Na realidade nada de novo no que está acontecendo no inicio dessa competição, ou seja os maiores brigando na parte de cima e os menores na parte inferior. 

NOTA 2- O MODELO DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Em carta enviada aos sócios do Coritiba, o presidente Samir Namur escancarou os problemas financeiros pelos quais o clube atravessa.

Pelo menos foi transparente e não escondeu por baixo do tapete, como a maioria de nossos dirigentes o fazem.

As maiores dificuldades que foram encontradas estão relacionadas as causas trabalhistas de vários jogadores que já deixaram o clube.

Segundo o cartola, só em 2018, em acordos feitos, o Coxa terá que pagar R$ 9.704.227, divididos entre 12 atletas e dois treinadores. Um valor que se reflete em 10% da sua receita.

Além disso, ainda existe um passivo cível e trabalhista que gira em torno de R$ 50 milhões, que estão ajuizados sem a decisão final.

Essa é a pura realidade do futebol brasileiro, em que os clubes de forma irresponsável contraem dividas que estão além das suas capacidades, em especial com contratações fora dos seus padrões, e no final terminam na situação atual do Coxa.

Não existe solução para o esporte da chuteira do Brasil, desde que as gestões dos diversos clubes são temerárias, e apesar disso esses não recebem nenhuma fiscalização.

A verdadeira Casa da Mãe Joana.

A gravidade maior está na impunidade para aqueles que deixaram os rombos para os substitutos.

Quantos Coritibas tem pelo Brasil afora?

NOTA 3- OPERAÇÃO CARTOLA

* Ouvimos no dia de ontem algumas gravações das conversas dos dirigentes do futebol paraibano, que demonstraram de forma bem clara que o escândalo é muito maior do que se poderia pensar.

Numa dessas, o presidente do Campinense tem uma conversa com o massagista dos árbitros, garantindo-lhe que Francisco Carlos do Nascimento seria o apitador do primeiro jogo decisivo do estadual paraibano. Segundo o cartola tudo já estava resolvido.

Na ocasião pediu que esse conversasse com o alagoano.

Dois dias depois o sorteio da arbitragem bateu com o que o cartola tinha garantido ou seja, Chicão seria o apitador segundo a bola de cristal.

Um dia antes do jogo o dirigente conversou com o árbitro e falou na remessa do dinheiro. Na manhã do jogo a transação foi confirmada na presença do massagista dos árbitros que foi o intermediário.

Não houve da parte de Chicão nenhuma reação contrária, o que o deixou mais incriminado.

Nos assustamos por conta do árbitro alagoano ser um dos que mais atuam nas competições nacionais, e que já foi do quadro da FIFA.

Os procuradores paraibanos irão solicitar a quebra do seu sigilo bancário para a comprovação.

Francisco Nascimento afirmou que o dinheiro era para o pagamento das taxas de hospedagem, e negou qualquer favorecimento.

Não vamos fazer juízo de valor sobre essa situação, desde que esse ambiente de manipulação de resultados é promiscuo, inclusive com vendas de partidas sem contar com a participação daqueles que estão sendo vendidos.

Pernambuco já foi o numero um do Brasil, com um sujeito oculto que atuava abertamente, e muitas vezes enganava os incautos que caiam no seu canto.

Esse está vivo e serelepe andando pelas ruas da cidade, e se um dia escrever um livro muita gente irá morar na China.

NOTA 4- E SE FOSSE DUNGA?

* Uma das perguntas que mais ouvimos no dia de ontem com relação a convocação da seleção do Circo, foi sem duvida a de ¨E se fosse Dunga? Tudo por conta dos nomes de Taison e Fred.

Vivenciamos um outro tempo em que a convocação para a seleção que era brasileira provocava intensos debates entre os torcedores.

Os craques eram numerosos, e muitos dos bons ficavam de fora.

Em 1966 foram convocados 100 atletas para os treinamentos. Uma farra de craques.

Na verdade as presenças desses dois jogadores da Ucrânia deixaram muitas duvidas, e se fosse Dunga esse estaria sendo execrado.

Já começaram os toques das cornetas sobre o favoritismo do time de Del Nero, Ricardo Teixeira e Marin, e agora do Caboclo.

Os ufanistas  de plantão não observaram que alguns jogadores que foram convocados não terminaram bem em seus clubes.

Os torcedores do PSG não querem ouvir falar de Thiago Silva, os da Internazionale de Milão culpam Miranda pelo fracasso do time, o que concordamos desde que assistimos alguns jogos e esse atleta era uma avenida italiana.

Com a perda de Daniel Alves, Danilo e Fagner sobraram para camisas que já foram usadas por grandes craques de nosso futebol.

Djalma Santos está pulando no seu tumulo, como De Sordi.

No meio do campo, Paulinho é reserva do Barcelona, o mesmo com Casemiro no Real Madrid. Dos meias para a frente o time tem bons jogadores, mas sem uma defesa arrumada Tite terá trabalho duro para conseguir algo positivo.

Em todas as Copas a seleção do Circo sempre está entre as favoritas por conta da tradição, mas há 16 anos não ganha o título, e pelo andar da carruagem completará 20 anos no Qatar.

Esse Mundial pela primeira vez terá uma seleção campeã de fora do eixo dos maiorais.

A Bélgica será sem duvida a zebra que irá pintar nos gramados da Rússia.

Quem viver, verá.

NOTA 5- ENFIM OS SÓCIOS DO SPORT TERÃO A SUA ASSEMBLEIA GERAL

* O Presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Homero Lacerda, depois de uma análise profunda sobre o pedido de uma Assembleia Geral que foi solicitada por mais de 700 sócios, e contando com pareceres de dois importantes juristas do estado, o professor Ivo Dantas e o também professor Tibério de Paula Pedrosa Monteiro, que confirmaram a competência do Conselho de convoca-la de forma direta, encaminhou ao presidente do executivo um oficio solicitando que o edital de convocação seja publicado no prazo de cinco dias, e de dez dias para a sua realização. 

O objetivo será o de debater o pedido de impeachment do presidente executivo, Arnaldo Barros.

Sem duvida uma atitude ponderada que serviu para dirimir todas as duvidas.

Uma vitória dos associados, e sobretudo da entidade que poderá ser passada à limpo de forma aberta e democrática.

NOTA 6- UM APITO AMIGO DESPERCEBIDO

* Quando o apito amigo funciona contra um time que eles chamam de grande, os analistas mostram os erros dos apitadores.

Sálvio Spindola no pós jogo dá uma aula de arbitragem.

Quando o fato acontece contra um time de menor porte, sem o marketing, pouco se ouve falar.

Na noite da segunda-feira o time do América-MG foi prejudicado pelo apitador ¨mui amigo¨, o goiano Tomaz de Aquino Valadão, que marcou um pênalti inexistente de Messias em Arthur, originando o empate, e tirando dois pontos certos do Coelho.

Como não assistimos o jogo não comentamos, e após lermos as reclamações do time mineiro procuramos nos orientar sobre o assunto, e encontramos na coluna do jornalista Alan Neto, do Jornal o Povo, de Fortaleza, a confirmação da garfada.

Segundo o colunista- esperava-se algo melhor do Ceará jogando no Castelão. Emenda saiu pior do que o soneto. Chegou a estar perdendo por 2x0, só alcançou o empate num pênalti já nos acréscimos  um tanto maroto. Os jogadores do América reclamaram com razão. Se fosse o contrário ele teria marcado? Nunca jamais-.

Mais um jogo com direito a garfada.

Escrito por José Joaquim

Senhora da Hora é uma cidade portuguesa, pertencente ao Concelho (com o c mesmo) de Matosinhos, próxima a cidade do Porto, com apenas 30 mil habitantes, com um padrão de desenvolvimento do mais alto nível.

Percorrendo alguns espaços chegamos ao Parque de Jogos que serve sem duvida para mostrar o quanto as áreas públicas podem ser bem aproveitadas.

Uma área de bom tamanho contemplando quadras, campos, espaço cultural, e tantas outras coisas que atende a população e sobretudo a estudantil.

No momento da visita nos lembramos de um espaço que temos entre as cidades do Recife e Olinda, o Memocotrial Arcoverde, que continua sem um destino delineado após tantos anos de existência, entregue ao abandono.

O Recife e sua região metropolitana são carentes com relação às áreas de lazer, especialmente para a prática de esportes, desde que em grande parte, as edificações tomaram conta de todos os espaços disponíveis.

Uma verdadeira luta do concreto contra a saúde.

As chamadas Academias da Cidade estão espalhadas em todas as localidades, mas não atendem as necessidades latentes que se tem para levar os esportes à população.

O Compaz foi sem duvida uma boa iniciativa, e os dois que foram construídos funcionam muito bem, mas na verdade os custos são elevados, o público atendido é limitado.

Quem passa hoje pelo Memorial Arcoverde, que é um dos locais mais apropriados para um grande complexo de atendimento a todos os segmentos, sem restrição de idade, sente de perto a ausência de sensibilidade dos gestores públicos para uma área tão privilegiada, e que poderia ser um polo por demais importante para a prática de esportes, e que se encontra em péssimo estado de conservação.

Obvio que sabemos que o estado não pode bancar os investimentos necessários para transformar o local, mas o governo deveria estudar uma formula para recupera-lo, através de uma parceria com a iniciativa privada, para que o Memorial volte a ser utilizado pela população.

A construção de um colégio seria fundamental para o processo, desde que traria a vida para o local. Campos, quadras, locais para outras atividades que poderiam ser recuperados ou construídos, e assim criando condições para um amplo projeto de iniciação esportiva.

O Parque Arcoverde, em proporções menores poderia ser o que representa o Ibirapuera para a cidade de São Paulo, que está sendo privatizado, que oferece os equipamentos necessários para que a população possa usufruir e, ao mesmo tempo dar aos jovens a oportunidade das escolinhas que seriam administradas por professores do próprio estado.

O Parque localizada na cidade de Senhora da Hora nos motivou para a postagem desse artigo, desde que torna-se necessário uma tomada de posição sobre o assunto, desde que é duro para quem gosta de esportes e lazer passar por um local que seria por demais importante para os habitantes de pelo menos duas cidades pernambucanas, e vê-lo entregue à própria sorte.

A sociedade merece que o tema seja discutido. 

Escrito por José Joaquim

Quando estamos viajando sempre mandamos mensagens para alguns amigos para sabermos sobre as noticias de nosso estado.

Uma das fontes utilizadas é o jornalista Claudemir Gomes, que já tem uma resposta pronta- ¨nenhuma, pois aqui nada acontece¨. Eis uma verdade verdadeira.

O grande problema do futebol local é a mesmice patológica que tomou conta de todos os seus segmentos. Nada de novo acontece, não existe o planejamento adequado para mudanças que possam consolidar o seu futuro. Vive de ilusões, que são vendidas pelos ilusionistas.

Os bons projetos acontecem com um espaço de tempo bem longo, e o último foi na década de 90, o que demanda hoje 18 anos na espera de uma novidade.

O esporte da chuteira em Pernambuco estagnou.

O Náutico na década de 60 tinha um grupo composto pelos Josés que deu um novo formato a politica do clube, levando-o à conquista do hexacampeonato local e trazendo para os Aflitos novos torcedores.

Dez anos após, algo de novo surgiu na década de 70, quando o Santa Cruz viveu a época de ouro de sua história, contando com a presença de um colegiado, que implementou um novo projeto, e os resultados positivos demonstraram o acerto.

O hiato foi bem mais longo, desde que somente vinte anos após, na década de 90, o Sport Recife implantou um novo modelo de gestão, com profissionalismo e obedecendo a um projeto de longo prazo.

Sem duvida foi a sua era de ouro.

Por uma feliz coincidência o sucesso nesses períodos dos três clubes teve como força motriz, o trabalho de base e o aproveitamento da prata de casa e da região.

Passaram-se 18 anos e nada de novo aconteceu. Os clubes regrediram, apequenaram-se, raras conquistas e sem um trabalho de formação procedido de forma profissional.

O futebol de Pernambuco parou no tempo e no espaço, perdeu a sua força e sobretudo o respeito por falta de projetos, desde que os exemplos do passado poderiam servir como ponto de partida para que algo melhor pudesse ser implantado.

Como podemos evoluir, se temos que esperar espaços longos para injetarmos no futebol algo de novo? Uma pergunta que necessita de uma resposta imediata, pois as transformações são coisas de profissionais, e esses estão em falta no mercado.

Com esse presente, não teremos um futuro promissor, e o futebol local continuará sendo aquele que nada de novo acontece.

Os segmentos envolvidos nesse esporte fazem parte da Idade da Pedra.