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Escrito por José Joaquim

No futebol a permanência de jogadores no mesmo clube em várias temporadas é um sinal de sucesso.

Na Europa tal fato acontece e os resultados são latentes.

No Brasil temos um bom exemplo, o do Corinthians cujo elenco recebe o mínimo de novos personagens, e quando isso acontece na maioria são jogadores da base. As suas conquistas são as respostas para esse trabalho.

Trata-se de um ponto fora da curva, desde que hoje os nossos times são alternativos.

Quando esses chegam tiram fotos com os cartolas, colocando as suas camisas, com um gestual programado pelos marqueteiros de plantão dão entrevistas com juras de amor, e pouco tempo depois já estão procedendo da mesma forma em outra agremiação.

É uma rotatividade, que prejudica a empatia com o torcedor, que no final de cada temporada não sabe o nome do seu time completo, por conta de tantas mudanças.

O jogador de camisa desapareceu no Brasil. Existem fatos pontuais como o de Rogerio Ceni no São Paulo, que encerrou a sua carreira ao completar bodas de prata com a sua camisa (25 anos), e 1.238 jogos realizados, ou de Magrão no Sport que ainda continua em atividade, que está completando 13 anos, e com 700 partidas pelo rubro-negro pernambucano.

Por uma coincidência ambos são venerados por torcedores, e essa longetividade só acontece por ambos serem goleiros, cujo mercado é limitado no país, quando se aproveita os atletas formados em casa.

Poderia se pensar que a durabilidade de um atleta com as camisas dos times da Europa é motivada pelos longos prazos dos contratos, mas no Brasil também temos contratos longos com cinco anos, que são rasgados no primeiro período de vigência, desde que os jogadores não pertencem mais aos clubes e sim aos empresários, que fatiam seus direitos econômicos por conta das dificuldades financeiras.

Muitas vezes em nosso futebol temos times bimestrais, com clubes contratando mais de 40 jogadores, formando grupos de dois em dois meses, até chegar a data que proíbe novas contratações, que passam despercebidos dos seguidores.

O interessante é que o próprio torceor no final da temporada tem dificuldades de escalar o time do seu clube que atuou no período.

Procuramos alguns jogadores que foram ou ainda são ídolos em seus clubes, que contemplaram um grande tempo de permanência usando as suas camisas.

Pelé passou 18 anos no Santos, com 1.115 jogos realizados, Roberto Dinamite vestiu a camisa do Vasco por 1.110 vezes, Ademir Da Guia, 15 anos de Palmeiras, com 941 partidas, Marcos também do alviverde paulista com 20 anos de clube e 532 jogos.

Na Europa, Xavi Hernandez ficou no Barcelona por 18 anos, usando a sua camisa por 767 jogos, Antônio Totti do Roma aposentou-se no ano passado com 25 anos de atividade no clube, com a participação de 786 partidas, Ryan Giggs atuou no Manchester United, após 22 anos de clube e 963 jogos.

Existem ainda vários exemplos de um futebol ainda romântico dentro do atual mercantilismo, capitalista, quando alguns atletas começam e encerram carreiras em seus clubes.

Estão ficando raros, o cheiro do dinheiro sempre fala mais alto.

O processo de negociação é normal, mas o que temos no Brasil é algo fora do contexto, quando os clubes perderam os direitos econômicos de seus jogadores, para que possam cobrir os rombos que são procedidos por gestões equivocadas.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas o ideal é que tivéssemos uma maior permanência dos jogadores usando as camisas dos seus clubes, e isso atrairia mais os torcedores, inclusive na aquisição de produtos oferecidos com as suas marcas.

Um sonho que poderá transformar-se em realidade, e para que isso possa acontecer, teríamos que mudar o atual sistema de gestão, que apodreceu e acima de tudo é corrupto e corruptor. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O DOMINGO FOI DO VOLEIBOL FEMININO

* O dia de ontem ficará marcado na história do Praia Clube da cidade de Uberlândia, interior de Minas Gerais.

A equipe comandada pelo técnico Paulo Coco conquistou o titulo da Super Liga Feminina de voleibol, com uma vitória de 3x0, sobre o Sesc-RJ comandado por Bernadinho, e definindo o titulo no Golden Set que foi implantado pela primeira vez nessa competição, e que foi mais um acerto do voleibol brasileiro.

Nos últimos campeonatos por exigência da televisão a decisão era apenas em um jogo, mas a Confederação que comada esse esporte entendeu que era injusto, e promoveu a mudança para dois jogos, e caso tivessem dois vencedores foi criado o novo sistema com um set extra de 25 pontos.

No jogo de ida o Sesc-RJ venceu por 3x0, jogando em casa, e no da volta no Sabiázinho em Uberlândia, o troco foi pelo mesmo placar. Na decisão do Golden Set o Praia venceu por 25 x18.

O voleibol apresentado foi de um patamar do mais alto nível, com belas jogadas dos dois times, e as brilhantes atuações de Fernanda Garay e da americana Nicole Fawcet, as principais personagens da partida e que levaram o Praia ao título inédito.

Sobrou emoções em um ginásio lotado com seis mil torcedores dos dois times. Um evento bem organizado, sem nenhum arranhão e com os desafios de vídeos funcionando, dando mais credibilidade ao jogo.

Devemos referenciar mais uma vez o trabalho do técnico Bernadinho que levou o seu time a uma decisão como essa, mesmo perdendo o seu maior patrocinador, Unileve, com contusões diversas entre as suas principais jogadoras. Foi um adversário digno para o campeão mineiro.

O voleibol brasileiro é um exemplo de que o esporte em nosso país ainda tem solução.

NOTA 2- MAIS UMA VITÓRIA DO PRAGMÁTICO CORINTHIANS

* O Corinthians do 1x0 dessa vez exagerou ao aplicar uma goleada no Paraná por 4x0 no jogo matinal desse último domingo.

Com a mesma formação ficou na espreita por 20 minutos, quando o time paranista tentava dominar a partida, e em apenas dois minutos o alvinegro marcou dois gols, e daí em diante foi festa e folia.

O técnico Fabio Carille conseguiu fazer de Rodriguinho um goleador, e esse mais uma vez deixou a sua marca.

Em todos os jogos balançou as redes adversárias.

No segundo tempo os mesmos procedimentos, deixou o Paraná ter mais posse de bola na espera de dar o bote, que aconteceu com mais dois gols, fechando a goleada.

O Paraná contratou 28 jogadores, mas o time é frágil e foi penalizado pela formatação da tabela quando enfrentou de forma seguida dois fortes adversários, o São Paulo e Corinthians.

Na realidade esse já entrou na competição com a cara de rebaixado, e o Corinthians com a cara de bicampeão, embora os analistas mais uma vez o tenham considerando com a quarta força, mais dentro de campo a situação é bem diferente.

NOTA 3- UM JOGO DE POLO AQUÁTICO 

* Uma arbitragem irresponsável permitiu a continuação do jogo entre Santa Cruz e Atlético Acreano, cujo gramado não tinha a menor condição para que a bola pudesse rolar.

Uma piscinão do Arruda, igual ao de Ramos no Rio de Janeiro.

Se fosse um jogo da Série A entre os grandões do Sul e Sudeste certamente a partida seria suspensa pelo árbitro para a preservação da integridade física dos jogadores de elite. 

Como tratava-se da Série C de clubes menores, o homem do apito resolveu continuar mesmo sabendo da precariedade existente e da ilegalidade que estava cometendo.

O futebol não existiu, e o Santa Cruz com a participação do apito amigo derrotou o time visitante por 3x1.

Um espetáculo lamentável, e que por conta dos Deuses do Futebol os envolvidos saíram inteiros após o final da partida.

No outro jogo da Série C com um time do nosso estado, o Salgueiro foi goleado pelo Confiança por 3x0, e pelo que estamos observando o time do nosso Sertão Central é um forte candidato ao rebaixamento.

Na Série D os nossos clubes tiveram um bom começo.

O Belo Jardim jogando fora com o Guarani de Juazeiro empatou em 3x3, o Central também como visitante empatou em 1x1 com o Jacuipense, e o Flamengo como mandante derrotou o Murici por 2x1.

Fizeram bonito.

NOTA 4- O APITO AMIGO AJUDA O PALMEIRAS

* Em um jogo que o Internacional esteve melhor o apito amigo deu a mão ao Palmeiras ao não marcar um gol legal de Leandro Damião, do Internacional, como deixou de apontar um pênalti contra o atacante Nico Lopez do time Colorado.

O alviverde foi o vencedor pelo placar de 1x0, mas pelo que jogou esse foi injusto para o time gaúcho.

O Palmeiras que continua sendo cantado em prosa e verso por uma mídia apaixonada como um grande time, mesmo ganhando nada demonstrou.

Na verdade esse só existe no papel.

O jogo foi ruim e de pouca qualidade.

Outro encontro horrível foi o do São Paulo x Ceará.

Deu um sono profundo a quem o assistia.

O time cearense nas suas limitações, e o tricolor do Morumbi na sua mediocridade. O placar de 0x0 foi justo.

No Maracanã, o Cruzeiro com 11 contra 10 jogadores do Fluminense, foi derrotado pelo tricolor por 1x0 embora tenha tido chances de pelo menos empatar o jogo.

A Raposa mineira que também foi elevada como uma das equipes favoritas para a conquista do título, pelo que está jogando terá dificuldades em conseguir algo de positivo na competição, como nas outras que está participando.

Chapecoense e Vasco fizeram uma pelada de qualidade, com pouco futebol e a perda de muitos gols. O empate de 1x1 foi justo.

O Atlético-MG recuperou-se jogando contra um adversário carimbado para lutar contra o rebaixamento, o Vitória da Bahia, derrotando-o por 2x1.

A partida foi insossa e sem a menor emoção.

Finalmente o jogo mais esperado no dia de ontem entre o Grêmio e Atlético-PR, embora com o 0x0 final foi bom de ser assistido.

O time gaúcho teve quatro chances de gol, e o paranaense apenas uma, mas para quem gosta de um bom futebol deve ter ficado satisfeito com o que assistiu.

Quase 70% de bola rolando, sem simulações. cera, a bola correndo de pé em pé, e mostrando que o adversário do Corinthians na briga pelo título está em Porto Alegre.

O tricolor gaúcho joga um futebol moderno.

Quanto ao rubro-negro do Paraná, esse sem duvida até agora é a grande novidade do Brasileirão, graças ao Furacão Diniz.

NOTA 5- A APOSENTADORIA DE ARSÉNE WENGER E O FUTEBOL BRASILEIRO

* O treinador Arséne Wenger irá aposentar-se no final da Premier League, após 22 anos à frente do Arsenal da Inglaterra.

Sem dúvida algo que no atual futebol mundial jamais será repetido.

O interessante é que nesse mesmo período, enquanto um mesmo profissional ocupava o banco de reservas por mais de duas décadas alguns clubes brasileiros contratavam dezenas de técnicos.

De 1996 até 2018 o  Flamengo contratou 49 técnicos e 19 interinos (2,27 por ano sem contar os interinos).

Enquanto isso o segundo clube com maior torcida no Brasil, teve 31 treinadores e 4 interinos (1,4 por ano).

Em Pernambuco o Sport teve 45 técnicos, com uma média de (2,45 por ano), e mais 19 interinos.

O Náutico no período do comando de Arséne Wenger no time inglês, contratou 48 profissionais, e com 9 interinos.

São números que mostram de forma clara os equívocos de nosso futebol, onde demissões de técnicos fazem a alegria dos cartolas.

NOTA 6- NEM FREUD PODERIA EXPLICAR DIEGO SOUZA

* Diego Souza colocou na parede os dirigentes do Sport para que fosse negociado com o São Paulo.

Afastou-se do clube até o momento em que a transação foi fechada, e por um valor estranho de R$ 10 milhões para um profissional trintão, instável e que não consegue se firmar por um período mais longo em uma agremiação. 

Quatro meses após, esse profissional está repetindo no São Paulo o que fez no rubro-negro de Pernambuco, para ser negociado com o Vasco da Gama.

O mais grotesco da proposta vascaína é que seria um empréstimo até o final do ano, com o tricolor paulista pagando metade do seu salário. O time do Morumbi queria Evander no meio da transação mas o da Cruz de Malta não concordou, e o assunto foi para a geladeira.

Na verdade gostaríamos de entender como um clube contrata um jogador pagando uma quantia expressiva e irá empresta-lo com a responsabilidade da metade dos seus salários?

Seria o atestado de que essa transação foi um fiasco, e que serviu de pano de fundo para encobrir as saídas de Hernanes e Lucas Pratto.

Nem Freud poderia explicar, e fatos como esse só acontecem no São Paulo.

NOTA 7- NOITE DE SOFRÊNCIA PARA OS RUBRO-NEGROS

* O Sport Recife cujo treinador arrumou um bode expiatório para salvar a sua cabeça, o goleiro Agenor, quando o entregou às feras, entra em campo na noite de hoje para enfrentar um time simples mas bem organizado, o Botafogo, campeão carioca.

Sem duvida será uma sessão de sofrência para os torcedores, pelo que o time vem apresentando.

Não vamos fazer nenhum prognóstico, mas de uma coisa temos a certeza de que esse e encontro é muito difícil para o Velho e sofrido Leão da Ilha.

Vamos aguardar.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BELO TRUCIDOU O TIMBU 

* O Belo da Paraíba não teve pena do fraco Timbu, ao aplicar-lhe um olé que veio junto com o placar de 4x0.

Na realidade o Náutico pensava que era o bam-bam-bam por ter ganho o mequetrefe estadual, e na hora da verdade em dois jogos pela Série C somou apenas um ponto.

Numa competição de 18 jogos na sua fase classificatória um bom começo é fundamental.

O Botafogo-PB foi o dono do jogo durante os seus dois tempos.

Com um futebol mais aplicado, numa excelente noite de Marcos Aurelio que marcou dois gols e deu assistência a um outro, o de Dico, a vitória do time paraibano foi justa, com o direito de um gol antológico de bicicleta de Mario Sergio.

A torcida gritava olé, olé, e o Belo tocava a bola ao som de um violino, quando Walace Pernambucano que não jogou nada cometeu uma falta violenta, e foi expulso pelo arbitro.

O Náutico tem que parar para pensar, e sobretudo entender que o seu time é igual aos demais que disputam a Terceira Divisão, e que poderá sucumbir na competição se continuar jogando de forma desorganizada como aconteceu na noite de ontem, em um Amigão com a maioria dos seus espaços ociosos.

Um papelão alvirrubro.

NOTA 2- UM MINI-BRASILEIRÃO

* O modelo da Copa do Brasil foi dividido em duas fases.

A primeira foi programada para dar o pão e o circo para clubes menores, estipularam boas cotas pelas suas participações, e um obrigado.

Um adeus feliz com dinheiro no bolso.

A segunda foi formatada para a garantir a decisão entre dois clubes que eles chamam de grandes, com a inclusão depois de quatro fases dos que estavam na Libertadores, somados aos campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde, e Brasileirão da Serie B.

A competição nas suas oitavas de final tornou-se um Mini-Brasileirão no sistema de mata-mata.

Na verdade onze clubes poderão conquistar o título com apenas 6 jogos, enquanto cinco para conseguirem esse intento jogarão 12 vezes.

Algo surreal, mas como no Brasil de tudo pode acontecer, a Copa do Brasil que já foi democrática tornou-se oligárquica.

Dos 16 clubes que estão na tabela das oitavas, 13 são da Série A, o que transformou a competição em um novo Brasileirão, com caminho mais curto para que o vencedor chegue a Copa Libertadores.

No Nacional os clubes terão pela frente 38 rodadas para conseguirem uma das vagas para o torneio Continental.

Entre os três times restantes, dois são da Série B, Goiás e Ponte Preta, e um da C, Luverdense.

Pela lógica do futebol serão eliminados nessa fase, deixando apenas os maiorais na disputa.

Tudo bem representado conforme o roteiro programado.

São coisas do futebol.

NOTA 3- UM CAMPEÃO NO VERMELHO

* O Corinthians foi Campeão Brasileiro de 2017. O Flamengo ganhou apenas um estadual mequetrefe.

Enquanto o rubro-negro carioca fechou o ano com um excelente balanço financeiro, o alvinegro paulista teve no exercício anterior uma redução de 19% da receita, e com um déficit  de R$ 35 milhões. Em 2016 teve um resultado positivo de R$ 31 milhões.

A queda foi por conta das luvas pagas pela renovação dos direitos de transmissão, que não aconteceu em 2017, e a redução das vendas de atletas.

A Receita Bruta foi de R$ 391 milhões.

A maior participação foi da televisão com 38%, seguida pela venda de atletas (25%), Comercial (24%), Outros (7%) e Torcida (6%).

O Endividamento cresceu 4% em relação ao ano anterior, no total de R$ 379 milhões. Os Débitos Fiscais representaram 57%, e os Trabalhistas (12%). 

O Caixa foi fechado com apenas 1,3 milhão.

O Custo com o Futebol foi de R$ 175 milhões (+21,0% em relação a 2016).

No endividamento apresentado algo nos chamou a atenção, e que mostra a avacalhação do futebol brasileiro, os valores emprestados por agentes de jogadores no total de R$ 9,3 milhões. R$ 4,1 milhões de Carlos Leite, e R$ 5,2 de Giuliano Bertolucci, com cobranças de juros mais altos do que os bancários.

A diretoria do clube tentou encobrir os seus nomes, colocando na rubrica Cardoso, para Carlos Leite, e Pacheco, para Bertolucci.

Fatos como esse mostram a pobreza de gestão de um dos maiores clubes do Brasil.

Lamentável.

NOTA 4- PANCADARIA NA DECISÃO DO SUB-20 CARIOCA

* Assistimos um vídeo com a batalha campal entre jogadores do Vasco da Gama e Fluminense no São Januário, além da invasão do gramado por torcedores vascaínos.

Tais fatos não aconteceram numa partida de profissionais, e sim de jovens do Sub-20 em jogo decisivo pela Taça Rio.

O título foi ganho pelo tricolor das Laranjeiras, por conta do resultado de 5x3.

A partida estava 4x3 para o Fluminense, quando Samuel marcou o quinto gol, e com uma comemoração que não foi aceita pelos adversários que partiram para as agressões, recebendo a ajuda da arquibancada cujos torcedores invadiram o gramado, chegando a agredir o árbitro da partida.

Sem duvida uma imitação grotesca do que acontece nos jogos profissionais, inclusive um BaVi que aconteceu há pouco tempo, quando jogadores do Vitória não gostaram da comemoração de um atacante do tricolor e tornaram a Fonte Nova em um picadeiro da UFC.

Na verdade a formação no futebol nacional deixa muito a desejar, e as influencias perniciosas que são transmitidas pelos times profissionais são repetidas pelas bases.

O que acontece no futebol é sem dúvida a cara desse Brasil apodrecido.

NOTA 5- DESPEDIDA BONITA EM UM JOGO MEDIOCRE

* Os torcedores do Flamengo compareceram ao Maracanã para o jogo de despedida do goleiro Júlio Cesar, e o fizeram em bom número, com um pouco mais de 47 mil pagantes.

Antes do inicio da partida ouvimos protestos contra o time e a direção do clube.

Com a bola rolando o rubro-negro carioca venceu por 2x0 o América-MG, numa pelada de alto nível, com dois gols marcados no primeiro tempo, e um domínio do Coelho no segundo, obrigando Júlio Cesar a trabalhar no dia de suas despedida, ao realizar quatro defesas impossíveis.

O Flamengo continuou a mostrar as suas fragilidades, com um futebol modorrento que pelo andar da carruagem o ano de 2018 será igual ao de 2017, sem títulos maiores.

No outro jogo pela tabela da Série A, o Bahia no final da partida, aos 48 minutos conseguiu o seu gol salvador, obtendo uma vitória justa contra o Santos pelo placar de 1x0.

A partida foi dominada pelo tricolor baiano, e o 0x0 seria injusto.

A despedida de Júlio Cesar foi a única coisa bonita que aconteceu no Maracanã.

O resto é para esquecer.

Escrito por José Joaquim

A falta de visão dos dirigentes dos clubes do futebol brasileiro é tão grave, que esses até hoje não perceberam que o esporte só existe por conta das suas agremiações, e por tal omissão continuam se submetendo aos suseranos do sistema.

Os clubes tem que tomar a iniciativa, porque sem as suas presenças não tem campeonato, não tem seleção, não tem nada. Campeonato sem o Circo tem, sem federação tem, sem clube obvio que não.

Na realidade o sistema futebolístico foi invertido, quando a sua base que é formada por agremiações enfraquecidas, enquanto o órgão maior que o comanda está cada vez mais rico.

Estamos vivendo um período longo de seca, pior do que a do Nordeste, refletindo na maioria dos clubes que apequenaram-se, levando de roldão as competições que se tornaram bem medíocres,  e afugentaram os torcedores.

O modelo adotado no Brasil é o da Casa Grande e da Senzala, que não consegue sequer abrir as portas para investidores tanto nacionais como estrangeiros como acontece na Europa, onde os times são adquiridos, grandes investimentos são realizados, e com isso o futebol do Velho Continente evoluindo.

Quando assistimos os jogos da principais Ligas Europeias observamos que os torcedores lotam os estádios e pouco se importam com o modelo de gestão, se são sociedades anônimas ou não.

No Brasil, o sistema adotado é ultrapassado por conta de dirigentes amadores, apaixonados, sem a visão de um planejamento adequado para a evolução dos seus clubes.

Todos os grandes clubes europeus tem investimentos estrangeiros das mais diversas nacionalidades, e tais participações injetaram milhões de euros nas formatações de elencos e de suas estruturas.

No Brasil pela falta de credibilidade está fora do mercado. Os poucos que se aventuraram a investir no futebol brasileiro saíram em debandada, sendo que alguns foram lesados por dirigentes.

O modelo antiquado do futebol nacional não permite a presença de investidores e de executivos profissionais dirigindo os seus clubes. Os torcedores por sua vez preferem morrer de inanição a mudar o sistema, que faleceu e que jamais poderá concorrer com o mundo capitalista e mercantilista que tomou conta do setor.

Um investidor estrangeiro para penetrar no Brasil teria que ter muitas garantias para a colocação de 200 a 300 milhões de euros no futebol, desde que os seus objetivos são os lucros, e para que isso possa acontecer existe a necessidade de formação de times fortes e altas conquistas.

Enquanto os clubes nacionais incrementam os seus débitos, os europeus fazem altos investimentos, reforçando-se com os melhores talentos do futebol mundial, que entram na corrida dos euros, e isso irá aprofundar mais ainda o abismo que nos separa.

O projeto ideal para ser implantado no Brasil seria o de separar o clube do setor futebolístico, transformando-o em empresa, limpa, sem débitos, e abrir o seu capital para quem deseja participar no setor, que para isso teria que acontecer uma lavagem, para limpar do meio aqueles que só desejam lucros fáceis, e os tem para interesses pessoais.

São ideias para serem debatidas através de um dialogo aberto, desde que se continuarmos na dependência da televisão, de uma negociação de jogadores, nunca o futebol brasileiro irá sair do atoleiro, e passará a disputar apenas com os emergentes.

Na América Latina temos o México como maior exemplo, quando os investidores assumiram os clubes de futebol desse país, que ficou fortalecido e hoje está muitos passos à frente do nosso.

Na realidade se as mudanças não acontecerem. o destino do esporte da chuteira no país será o da preservação da mediocridade.

Escrito por José Joaquim

A maré rubro-negra não está para peixe. Todos os dias ao acordarmos, as noticias que recebemos sobre o Sport sempre são negativas.

Um dia as diversas mídias divulgam cobranças feitas pelos credores do clube, em um outro o goleiro Agenor pede para ir embora.

Um verdadeiro e robusto balaio de gatos.

O rubro-negro está vivenciando um duro processo de queda e coice ao mesmo tempo.

A diretoria se omite quando não responde os questionamentos feitos pelos associados, sobre a sua real situação.

A transparência é uma palavra pornográfica nos bastidores rubro-negros. Por conta disso, o presidente do Conselho Deliberativo, Homero Lacerda convocou os membros desse órgão para uma reunião extraordinária no dia 24 do mês corrente, para conhecer e debater o Balanço de 2017.

Em paralelo, um grupo de rubro-negros conseguiu as assinaturas de mais de 500 sócios como manda o Estatuto da agremiação, para que seja encaminhado ao presidente desse Conselho a solicitação de uma Assembleia Geral Extraordinária, para discutir os destinos do Sport, inclusive com a possibilidade de que seja debatido o impeachement do presidente Arnaldo Barros.

Na verdade trata-se de um remédio duro para a vida do clube, muito embora o dirigente tenha dado cabimento a um processo como esse ao não responder as perguntas feitas pelos sócios.

Achamos que essa é uma etapa a posteriori, desde que os sócios poderiam cobrar e exigir do presidente as respostas corretas sobre o que acontece nos intramuros da Ilha do Retiro, dando um prazo definido para o cumprimento da solicitação, deixando a Assembleia em aberto para o debate final.

Esse é o caminho mais racional que deveria ser traçado, desde que numa democracia todos tem o direito de defesa, e não ser condenado sem tê-lo feito.

O Balanço do Sport é uma tragédia que mostra bem claro a ausência de uma boa gestão, e deveria ser mais analisado por todos. 

Vários erros foram cometidos, os recursos foram jogados fora sem o devido retorno.

Para que se tenha uma ideia exata do que aconteceu no rubro-negro da Ilha do Retiro, houve a captação de empréstimos em factorings, de um banco que atua no mesmo molde dessas empresas, com taxas anuais de 23,143921%.

O valor total foi de 15.810.322,00.

Só no BMG foram dois empréstimos que somaram R$ 6.964.942,00.

Com uma taxa nesse nível, os juros devem ter consumido pelo menos 1,5 milhão, que daria para o pagamento de alguns meses das folhas dos funcionários administrativos.

Sem duvida mais um erro grotesco dos dirigentes.

Capital de Giro financiado com altas taxas é algo cruel.

Fatos como esse é que deveriam ser cobrados, sobretudo as devidas explicações dos motivos que levaram a tais procedimentos.

Um conselho de quem conhece o Sport há mais de 50 anos: o clube na realidade precisa de mudanças e de um plano emergencial para que possa chegar ao final do ano sem muita turbulência, mas para que isso possa acontecer torna-se necessário que a atual diretoria entenda que deve explicações aos donos da agremiação que são seus sócios.

De uma coisa temos a certeza absoluta, a de que o clube que irá fazer 113 anos no próximo dia 05 de maio não suporta mais tanta lambança.

O impeachement seria o passo extremo.

Pelo menos os sócios do clube acordaram de um longo sono que estavam submetidos, e entenderam enfim que o destino do Velho Leão estava em suas mãos e resolveram agir.