blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

A sociedade brasileira sonha com mudanças em todos os seus setores, em especial em dois desses, politica e futebol.

Ninguém suporta mais o status quo que domina esses segmentos.

O processo eleitoral se aproxima e na certeza de que a mudança será efetuada com relação ao novo ocupante do Palácio do Planalto.

O novo deverá imperar na escolha.

Quanto ao futebol que vive  tensos momentos de decadência com um sistema de comando apodrecido, a ânsia também é muito grande para que aconteçam transformações nos gramados.

Hoje o impacto do Atlético-PR nas competições está sendo discutido em todos os rincões do país, e o nome mais citado é o do Inovador Fernando Diniz, técnico do Furacão do Paraná. É a bola da vez, muito embora os seus trabalhos anteriores sempre produziram bons efeitos.

Obvio que estamos iniciando o verdadeiro calendário e muita coisa irá acontecer, mas nesse início o rubro-negro está mostrando que um time considerado como mediano pode conseguir algo além das mesmices que imperam em nossos gramados.

O futebol como todo esporte é muito instável, sujeito as chuvas e trovoadas, e muitas vezes o céu se transforma em um inferno, e por conta disso o trabalho apresentado poderá ter um tropêço, mas na verdade o que importa é o momento, e esse sem duvida para quem procura algo inovador, o Atlético-PR e Fernando Diniz são dois bons exemplos.

Esses continuam no paraíso.

Os favoritos ao titulo do Brasileirinho sempre são os mesmos times de sempre, e se o Furacão continuar com tal performance poderá sonhar em algo que parece impossível de acontecer, a briga pela posição maior nessa competição.

Fernando Diniz faz a sua equipe jogar um futebol moderno, que prioriza a posse e controle do jogo. Além disso o clube dispõe de uma das melhores estruturas esportivas do país, que lhes dão condições para um trabalho inovador como vem acontecendo.

As seis rodadas iniciais do Nacional será o divisor de águas para as pretensões do Atlético-PR, e do seu futuro, como do treinador.

Para o esporte da chuteira o seu sucesso seria um estimulo para mudanças de comportamento dos técnicos brasileiros, que poderiam guardar os seus biarticulados, deixando de lado o sistema Infraero.

Lamentáveis são as atitudes de uma parte da imprensa do Sudeste, inclusive os comentaristas da televisão, que criticaram o São Paulo em sua melhor partida do ano, e deixaram de lado os 15 minutos do segundo tempo do jogo, que foi inesquecível pela qualidade do time paranaense.

O preparo emocional para absorver dois gols sofridos diante de um São Paulo eletrizante, foi a narrativa de um equilíbrio no conjunto, quando sem trauma ou desespero conseguiu empatar o jogo, eliminando um forte adversário.

O placar de 2x1 no final do primeiro tempo deixava o Atlético-PR classificado, e em tese poderia levar o treinador preparar o time para usar o tempo restante objetivando segurar o placar, não correndo riscos de sofrer mais gols, mas esse fez a leitura do jogo, corrigiu a falha de marcação no meio do campo, avançando todas as suas linhas, e sobretudo invertendo jogadas de lado a lado.

O novo sistema desconstruiu a organização do adversário.

O gol do empate foi o bolo da cereja de um Furacão, quando Pablo ganhou uma bola no lado esquerdo, e quando chegou ao fundo, inverteu para a direita, e Rossetto vindo de trás empatou.

O craque do jogo foi Fernando Diniz o inovador no futebol brasileiro, que ainda terá muitas pedras no caminho, mas na certeza de que conseguirá mostrar que existe vida nesse esporte.

Escrito por José Joaquim

* POR PAULO CEZAR CAJU- O GLOBO

Tem um tema que me persegue nas ruas: se todo treinador deveria ter sido jogador. Acho fundamental, sim! Claro que eles devem se preparar, se atualizar, porque nunca é demais estudar, ler, enfim, aprender. Isso é obrigação de todos, inclusive dos jogadores.

Agora os professores de educação física, que nunca pegaram em uma bola, vai ser difícil aprenderem de um dia para o outro a fazer três embaixadinhas. Com o futebol de hoje, poderiam contratar o Usain Bolt!!!! Por sinal, ele assinou com o Dortmund, da Alemanha, mas como jogador, Kkkkkk!!! Sinal dos tempos.

Fico me perguntando por onde anda Vanderlei Luxemburgo.

Pelo que sei, conquistou cinco Brasileiros, oito paulistas e uma penca de outros títulos. Será que desaprendeu ou é o futebol que anda muito estranho?

Cadê o Luxa, Jayme, Gaúcho, Jair Pereira, Joel Santana? Ah, estão ultrapassados, não se prepararam para esse novo momento... Mas qual é esse novo momento, que eu não consigo enxergar??? Luxemburgo, Evaristo e Falcão ficaram pouquíssimo tempo na seleção , foram usados e descartados. Ah, mas não são gestores de pessoas, como pede o cenário atual... Me engana que eu gosto!!!

A imprensa transforma muitos em personagens caricatos. Talvez o terno de Tite seja de uma grife melhor do que o usado por Luxa, talvez hoje seja necessário um gumex na cabeleira, falar em tom professoral, ter curso em Psicologia, RH, Administração, Fonoaudiologia, Cinema para ficar fazendo caras e bocas à beira do campo.

Moda, boas maneiras, isso é para os professores. Os jogadores hoje investem em maquiagem, tatuagem, dancinha e artes marciais. E o futebol?

Ah, esquece, alguém se importa com o futebol? 

Escrito por José Joaquim

Os sócios dos clubes brasileiros, como seus seguidores, ficam um ano na espera para conhecerem as suas situações financeiras.

Quando os balanços enfim são publicados, na sua maioria produzem um impacto negativo, quando as caixas pretas são abertas e os buracos apresentam os seus tamanhos.

Trata-se de um setor que não recebe fiscalização, desde que o órgão governamental criado para tal, a APFUT não funciona e vive apenas no papel.

Por conta disso o vermelhão atinge os seus resultados.

Não existe um controle financeiro nas entidades, tanto nas de administração do esporte, como nas de práticas desportivas. Os seus Conselhos Fiscais são formados por amigos dos dirigentes, as auditorias são contratadas pelos próprios, que não alertam para os problemas, e assim seguem um caminho que chegou a um beco sem saída.

Com a leniência do governo foi criado o Profut que parcelou de forma bem razoável os bilhões de reais referentes aos débitos acumulados, mas alguns já estão fora do processo por falta de pagamento das parcelas, ou seja as dividas voltam de forma integral para os seus balanços financeiros.

Na Europa o descalabro financeiro vinha preocupando os seus dirigentes e, assim, a UEFA implantou o Fair Play Financeiro que já está sendo cumprido, após uma quarentena para os ajustes necessários.

O Fair Play é nada mais, nada menos, do que pregamos há  muitos anos, ou seja a necessidade de um controle financeiro do futebol, realizado por uma Agencia Reguladora. Temos uma que não funciona, uma verdadeira ASPONE.

Os cartolas não suportam a regulação do setor, posto que esse iria tolher muitos malfeitos que acontecem nos intramuros do futebol brasileiro.

Tem que ser exigida a disciplina e comprometimento financeiro racional de parte de todos os clubes, que deverão ser orientados a trabalharem de forma responsável, procurando compatibilizar as suas receitas com as despesas.

Medidas de controle financeiro são bem importantes para que o futebol seja viabilizado na sua parte de recursos, que é a espinha dorsal de uma boa gestão, partindo da necessidade de entender algo bem simples, de nunca gastar mais do que ganha, e sempre deixando uma reserva para as suas eventualidades.

Na realidade a base de todo o sistema é a regulamentação, e a compatibilização entre receitas e despesas, um binômio que pode levar um clube ao sucesso, se bem formatado, ou a falência se mal aplicado.

O controle financeiro mudaria a cara do futebol brasileiro, dando-lhe as condições para o crescimento sustentável, com custos dentro da realidade do país, e bem longe das insanidades que são cometidas no seu dia a dia.

Aquelas agremiações que não cumprirem as regras determinadas, poderão ser penalizadas, inclusive com rebaixamentos, ou exclusão das competições.

Um modelo simples e que pode transformar o futebol brasileiro, mas a cartolagem prefere apoiar os momentos de anarquia que esse esporte atravessa.

Trata-se hoje de um cadáver putrefato. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RECEIO DAS RETALIAÇÕES

* O sistema adotado no futebol brasileiro tem uma influência maldita da máfia italiana.

Logo após a eleição para a nova diretoria do Circo, o presidente eleito e que pelo surrealismo existente no país só irá tomar posse em abril de 2019, ou seja a entidade como já vinha acontecendo terá um comandante no papel, o Coronel Nunes, nosso Didi, e o recém ungido Caboclo, que há tempo já baixou no terreiro da Barra da Tijuca, e que na sua oratória de agradecimento pela submissão dos eleitores, deixou bem claro que irá recompensar a todos que o apoiaram.

Um recado para os três clubes que não deram a unanimidade tão desejada, de que irão sofrer retaliações, como entenderam os seus dirigentes logo após o pleito.

Como podemos entender que os dois clubes com maiores torcidas do país estamparem o medo de perseguições nas competições?

Bastaria uma movimentação pública dos torcedores, para que Circo tivesse o conhecimento da suas forças.

Vivenciamos por muitas vezes fatos como esses, na época em que participávamos da diretoria do Sport, quando criticávamos o que acontecia na entidade maior, e sempre nos pediam para não falar por conta de possíveis retaliações.

Obvio que não entendíamos tal procedimento, posto que o Sport era um clube respeitado e com uma torcida em bom número.

O medo dos cartolas que não deram o sim no processo eleitoral do Circo, está ligado às arbitragens dos jogos que  para esses poderiam ser dirigidas para prejudicar os seus times.

De fato, anos atrás isso era viável, mas na era da tecnologia com jogos sendo transmitidos ao vivo para milhões de pessoas, jamais um árbitro iria atender uma orientação como essa, desde que seria a ruina na sua carreira.

A arbitragem nacional não é boa, mas pelo que sabemos é formada por pessoas sérias. 

Na realidade a retaliação sugerida poderia acontecer na tabela das competições, mas para quem entende do segmento é algo muito difícil de acontecer pela quantidade de clubes disputantes.

Retaliação é algo superado no futebol nacional, em especial para os clubes de grandes torcidas, e que não precisam de empréstimos da entidade.

NOTA 2- O ÚNICO CLUBE EMPRESA NAS DUAS MAIORES DIVISÕES NACIONAIS

* Entre os 40 times da Série A e B, o Figueirense é destacado por ser o único clube empresa gerenciado como sociedade anônima (S/A). O capital é dividido em ações.

O clube possui dois acionistas. O majoritário é a Holding Investimento (pertencente a Claudio Vernalha e Antônio Bartilloti), detentora de 95% do capital. O restante pertence ao Figueirense FC que não tem ingerência no setor de futebol.

Na verdade um avanço, que encontrou em um clube mediano uma plataforma ideal para ser implantado, cujo modelo é muito parecido com o que acontece entre os grandes clubes europeus.

Os resultados tem sido proveitosos, inclusive com o Figueirense conquistando o título estadual.

O importante de um clube empresa é de que esse busca lucratividade para os acionistas, e por isso terá que ser bem administrado, e sem a interferência de terceiros, a não ser dos seus profissionais que estão no seu comando.

O modelo de nossos clubes é antigo, quando todos metem as mãos nas panelas, no final a comida sai de péssimo gosto.

Só não aguentar a turma do amendoim com seus palpites é um alivio para qualquer gestão.

Esse é o primeiro passo que poderá servir de mostruário para outros clubes, que poderão ingressar na modernidade.

NOTA 3- O SANTOS E A ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL NA BASE

* Um assunto que sempre abordamos em nossas postagens é aquele relacionado ao abuso sexual de jovens das bases dos clubes.

O Santos terá que investigar à fundo e lidar com a denuncia feita por Ruan Patrick Aguiar de Carvalho, hoje tem 19 anos, que afirmou que foi abusado pelo atual coordenador das suas bases, Ricardo Marco Crivelli, o Lica, no ano de 2010.

As informações foram publicadas no jornal Folha de São Paulo.

Foi realizado um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia de São Paulo, que abriu um inquérito inclusive ouvindo algumas testemunhas.

O interessante é que o suposto acusado é sócio de uma empresa que agencia jogadores, cujo um dos seus membros é o presidente do time da Baixada Santista, José Carlos Peres, que o afastou do cargo mas saiu em sua defesa, afirmando que desejam macular o nome do coordenador.

Segundo Ruan,  o primeiro abuso aconteceu quando dormiu na casa de Lica. Depois disso, o atleta  ainda ficou 18 meses no Santos sofrendo com a mesma situação.

Quando chegou ao sub-13, diz que passou a recusar as propostas de Lica e foi dispensado pelo Santos. Como reflexo tornou-se usuário de drogas e não conseguiu se firmar em outros clubes.

A denúncia é grave e deve ser investigada com todo rigor, mas com cautela, desde que a politica do time peixeiro está em franca ebulição, inclusive com um pedido de impeachement do presidente.

De uma coisa temos a certeza, de que o trabalho com jovens é muito importante, com cuidados especiais, e deve ser entregue a pessoas sérias, ilibadas, desde que as sequelas jamais sairão da mente de quem foi abusado.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- O DESCARTE DE DIEGO SOUZA

* Contratado no inicio da temporada, Diego Souza não está mais nos planos do São Paulo.

O tricolor do Morumbi pagou R$ 10 milhões ao Sport pelo meia e, pretende negocia-lo em breve. O contrato com o jogador vai até o final de 2019.

Na realidade o atleta teve várias oportunidades no time principal mas não correspondeu a nenhuma, o que motivou a desistência do seu atual clube.

Na noite de ontem entrou no segundo tempo do jogo entre o tricolor e o Atlético-PR, e pouco apareceu.

Algumas agremiações estão interessados em tê-lo nessa temporada, e em especial o Vasco da Gama, mas os custos dessa transferência estão bem acima das suas possibilidades. Dirigentes do Sport ligaram para o jogador, querendo saber se esse tinha interesse em retornar ao clube, e a resposta foi negativa.

Na verdade o rubro-negro desejava elevar o astral dos torcedores, desde que pela sua atual situação financeira jamais teria condições de bancar essa negociação, inclusive o salário mensal.

O problema de Diego é apenas dentro do campo, desde que fora, esse é elogiado pelo técnico e dirigentes, e por isso a sua presença junto ao elenco não incomoda.

Na realidade a aquisição de Diego Souza foi um tiro na escuridão, cuja bala foi bater na ponte do Morumbi.

NOTA 5- O RECURSO DO NÁUTICO E O STJD

* O Náutico ingressou no STJD com um recurso contra a Ponte Preta, que segundo o setor jurídico do clube colocou dois atletas irregulares no jogo seu jogo pela Copa do Brasil.

O alvirrubro tomou como base a artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que penaliza uma ¨equipe que incluir, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente¨.

Na realidade os jogadores que foram citados estavam relacionados na sumula do jogo entre o Ituano x Uberlândia pela primeira fase da Copa do Brasil, mas não entraram no gramado, nem foram apenados com cartões, o que possibilitou as suas participações por outro clube.

A equipe de Campinas procedeu com uma consulta sobre três atletas nas mesmas condições, e o Circo do Futebol autorizou a presença desses dois e não permitiu a de Leo, que tinha jogado.

No caso do artigo 214 referenciado, jogador irregular seria aquele que não cumpriu uma pena imposta, ou que não estava no BID entre outras coisas. 

Sobre o assunto já existe uma linha firmada, e tal recurso poderá não prosperar, mas o Náutico está no seu direito de contestar.

NOTA 6- O FURACÃO DINIZ 

* Pelo menos após quase quatro meses de jogos pelo Brasil afora, conseguimos assistir uma verdadeira partida de futebol.

São Paulo e Atlético-PR fizeram um jogo eletrizante pela Copa do Brasil, que terminou de forma justa com o empate de 2x2, e a classificação do rubro-negro do Paraná para as oitavas de final dessa competição.

O Furacão Diniz, o nosso Pep Guardiola tupiniquim está fazendo de um time médio a novidade de nosso futebol, quando apresenta um modelo de jogar do mais alto nível, com a bola rolando no gramado e com a troca de passes eficientes. Não existe o sistema Infraero.

O São Paulo saiu na frente com 2x0, e o Atlético-PR empatou. Os dois clubes tiveram chances de modificar os resultados, mas a vitória ficou em boas mãos, em especial de um time com um orçamento bem inferior, e que tem um projeto de se tornar grande em pouco tempo.

Fernando Diniz quando trabalhava em times pequenos já mostrava que era um inovador, e agora atuando no clube mais organizado no Brasil está demonstrando a sua competência.

Um jogo de qualidade, com as duas equipes procurando a vitória.

O torcedor tricolor foi injusto com as vaias, desde que o time fez ontem a sua melhor partida da atual temporada. 

No outro jogo pela Copa do Brasil, o Vitória driblou o temporal que caiu no Barradão, derrotou Internacional por 1x0, levando a decisão para os pênaltis.

Nas cobranças despontou o jovem goleiro rubro-negro Caique, que ajudou o seu time sair vencedor com o placar de 3x2.

Pela Copa Libertadores mais um time brasileiro foi atropelado pelo portenho Racing.

A bola da vez foi o Vasco da Gama que foi goleado por 4x0, e só não foi mais dilatado por conta da defesa do seu goleiro Martin Silva que segurou dois pênaltis.

No outro jogo por essa competição o Cruzeiro complicou mais a sua vida, ao empatar como visitante com a Universidad de Chile pelo placar de 0x0, após levar um sufoco durante toda a partida. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- QUEM NASCEU PRIMEIRO: O FUTEBOL OU A REDE GLOBO?

* Existe um debate universal que não chegou a uma decisão final, sobre o questionamento do que veio primeiro: o ovo ou a galinha.

São duas correntes que discutem sobre o tema.

Uma que interpreta que o ovo antecedeu a galinha, entretanto os cientistas seguidores da teoria da evolução de Charles Darwin, entendem que era necessário um zigoto dentro do ovo para que essa surgisse.

Trata-se de uma questão que não irá salvar o mundo, mas é bem importante para se entender a evolução do ser vivo.

O futebol brasileiro tem um questionamento bem parecido com o do ovo e da galinha, com uma pergunta que necessita de uma pronta resposta: Quem veio primeiro: A Rede Globo ou o futebol?

Esse debate foi suscitado em função do jogo Náutico e Ponte Preta pela Copa do Brasil, que foi realizado na noite de ontem no horário pornográfico das 21h45, ou seja algo que só aqueles que tem veículos próprios poderiam comparecer, e por conta disso a Arena Pernambuco recebeu um fraco público.

Sem metrô para o retorno, sem linha de ônibus no palco do jogo, obvio que o torcedor deu a preferencia pela transmissão da televisão, que é o objetivo da dona dos direitos da competição.

A Rede Globo paga pelo produto, mas pelo menos o Circo e os clubes deveriam ter o direito de definir horários convenientes para as partidas, e não para a emissora, que utiliza o futebol como uma grade de programação.

Pelo que sabemos o futebol veio ao mundo antes da Rede Globo, desde 1985, quando a primeira bola correu em um campo de rua, trazida por Charles Muller, e essa empresa de comunicação foi inaugurada em 1965, mostrando que o esporte da chuteira é muito mais antigo do que o seu famoso plim plim, e deveria ter a prioridade pela sua idade bem avançada.

Esses horários intolerantes massacram os torcedores.

NOTA 2- A SÉRIE C E A CARAVANA DA MISÉRIA

* Os camelos que fazem parte da Caravana da Miséria do futebol brasileiro, estão percorrendo o Brasil, do Oiapoque ao Chuí no acompanhamento da Série C Nacional. 

No 10 jogos da primeira rodada que foram realizados pelos dois grupos, 14.455 torcedores estiveram presentes nos estádios, com uma média de 1.446 pagantes por partida.

O maior público aconteceu no ex-clássico Náutico e Santa Cruz, com 3.204 torcedores, e o menor foi o do jogo entre Juazeirense x Confiança com apenas 376 testemunhas.

A seca não ficou restrita apenas ao movimento dos torcedores, e foi bem forte com relação aos gols marcados, com o total de 11, com uma média de 1,10 por jogo.

O placar de 1x0 aconteceu por 6 vezes (60%). 

Os mandantes tiveram 6 vitórias, 1 dos visitantes e 3 empates.

Essa é que é a verdadeira Caravana da Miséria, numa competição que é totalmente abandonada por todos, inclusive pelo Circo do Futebol Brasileiro.

NOTA 3- COM 361 MILHÕES EM CAIXA, O CIRCO NÃO IMPLANTA O ÁRBITRO DE VÍDEO

* O Circo Brasileiro de Futebol fechou o ano de 2017 com um total de R$ 361 milhões em caixa, entre aplicações em bancos, segundo o balanço da entidade.

Segundo o blog de Rodrigo Mattos do Portal UOL, o superávit foi de R$ 50,7 milhões.

Só o dinheiro em caixa seria suficiente para custear durante 18 anos o importante Arbitro de Vídeo, que foi empurrado para os clubes que não concordaram.

O Balanço foi aprovado sob os aplausos dos presidentes das federações estaduais, que não analisaram um único documento.

A receita do Circo foi de R$ 544,5 milhões, com uma queda de R$ 50 milhões com relação ao ano anterior. Tal fato aconteceu por conta da redução dos patrocínios.

Apesar disso houve um aumento do superávit que saiu de R$ 43,7 milhões, para R$ 50,7 milhões. No total o Circo atingiu R$ 360,9 em capital, enquanto no balanço de 2017, esse item representou R$ 245,3 milhões.

Na verdade uma entidade rica, com filiados pobres.

Se os clubes tivessem coragem a Liga já estaria implantada há um bom tempo, e todos os recursos estariam sendo carreados para o futebol.

Nós merecemos o que temos.

NOTA 4- O ATLÉTICO CONSEGUE NA JUSTIÇA QUE O GRÊMIO DEPOSITE DÍVIDA DO SPORT POR ANDRÉ

* Como sempre esse blog chega na frente na divulgação de fatos que acontecem em nosso futebol.

Há um bom tempo atrás mostramos que o Sport tinha um débito com o Atlético-MG referente a transferência de André. O presidente do clube em suas entrevistas afirmou que esse não existia e que não devia nada.

No dia de ontem mostramos que tínhamos razão ao lermos os jornais mineiros, com todos estampando uma manchete de que o Galo Mineiro tinha conseguido na Justiça que o Grêmio fizesse um depósito de R$ 1.306.157,01 em Juízo para quitar a divida contraída pelo rubro-negro de Pernambuco na aquisição de 20% dos direitos econômicos do jogador. Matamos a cobra e mostramos o pau.

A equipe gaúcha adquiriu os direitos de André por 2,5 milhões de euros (R$ 9,8 milhões), pagou 725 mil euros de entrada (quase R$ 3 milhões), parcelando o restante dos valores em cinco vezes (parcelas de R$ 365 mil euros (R$ 1,48 milhão).

Os alvinegros, nos trâmites judiciais chegaram a classificar o Sport como um ¨contumaz devedor¨.

O clube da Ilha do Retiro tem direito a recurso, e certamente para ganhar tempo poderá fazê-lo, mas na verdade o débito sempre existiu e estava guardado nas  suas caixas pretas.

Não vai demorar muito tempo para que uma nova ação chegue ao rubro-negro, desta vez atravessando o Atlântico, com a cobrança do Sporting que também já divulgamos, de um débito referente a aquisição do mesmo André.

A vida do Velho Leão não está muito boa.

Quando não é uma queda, é um coice.

NOTA 5- O FUTEBOL BRASILEIRO ESTÁ MAL NA FITA

* Um Levantamento feito pelo site Transfermakt, especializado no mercado do futebol mundial, aponta os 100 times mais valiosos da atualidade.

No topo do ranking está o Barcelona cujo elenco está avaliado em um pouco mais de 1 bilhão de euros.

Os demais componentes do seleto grupo do TOP 10 são os seguintes:

2- REAL MADRID- 962,50 M de euros;

3- Manchester City- 856,50 M de euros;

4- FC Bayern de Munique- 779,00 M de euros;

5- FC Paris Saint Germain- 778,50 M de euros;

6- Manchester United- 750,50 M de euros;

7- Chelsea FC- 741,75 M de euros;

8- Tottenham Hotspur; 720,00 M de euros; 

9- Atletico de Madrid- 636,00 M de euros e,

10- Juventus- 616,30 M de euros.

São 4 times da Premier League, 3 da La Liga, 1 da Bundesliga, 1 da Ligue 1 e, 1 da Serie A Italiana.

O resultado apresentado pelo Transfermakt mostra que o futebol brasileiro está mal na fita de chegada, com apenas três clubes no TOP 100, e todos na rabeira.

O Flamengo é o 82º, com 88,1 M de euros, o Grêmio na 95ª posição (80,2 M de euros) e o Palmeiras 97º colocado (79,0 M de euros).

Pobre futebol tupiniquim.

NOTA 6- O NÁUTICO GANHOU MAS NÃO LEVOU  

* Como já era esperado o Náutico não conseguiu virar o placar de 3x0 que a Ponte Preta trouxe em sua mala, e no final do jogo o resultado foi de 1x0, muito pouco para a sua continuidade na Copa do Brasil.

Na verdade, o time alvirrubro embora vitorioso assistiu a equipe adversária atuar de forma para garantir a sua excelente vantagem.

No primeiro tempo a Macaca tocava a bola e o timbu assistia. Os 47 minutos foram embora.

Na segunda etapa o Náutico tentou uma reação tardia, desordenada, mas só conseguiu um gol de pênalti que não resolveu o assunto.

A Arena Pernambuco totalmente vazia foi palco de um jogo fraco, com dois times sem a fome e a qualidade para jogar um bom futebol.

O alvirrubro de agora em diante só terá pela frente a Serie C, e assim deixará de quebrar pedras em tantas competições.

Nos outros jogos pela Copa do Brasil, o Ferroviário do Ceará, com o Castelão com raros torcedores desejou pregar uma peça contra o Atlético-PR ao fazer um placar de 2x0. Não conseguiu segura-lo e cedeu o empate ao Galo mineiro.

No Serra Dourada, o Goiás passou para as oitavas de final derrotando o Avaí por 2x0.

Pela Copa Libertadores, o Flamengo continua um time que não sai do lugar, e com os portões fechados empatou com o Santa Fé por 1x1.

Enquanto isso o Corinthians continua sendo o Corinthians, jogando de forma pragmática, na espera de sua única bola, derrotou o Independiente da Argentina por 1x0.

Como no Brasil o apito amigo ajudou o alvinegro paulista ao anular no final do jogo o gol legal do clube portenho.

É um time de sorte e que vai levando o futebol de forma positiva e insossa.