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Escrito por José Joaquim

O Brasileirão começou como um Brasileirinho, pouco público, pouco futebol e com controvérsias arbitrais.

As equipes passaram três meses do ano participando dos estaduais, e no inicio da competição maior a grande maioria não tem um padrão de jogo definido, com a continuação do bumba-meu-boi e das bolas no sistema Infraero.

Entre as dez partidas disputadas, dos vinte clubes, apenas três podem ser destacados, e mesmo assim com ressalvas.

O Grêmio pelo seu segundo tempo impecável contra o Cruzeiro, o Atlético-PR com a novidade tática implantada por Fernando Diniz, e o Botafogo também por conta do segundo tempo e pela sua fome de jogar.

Com relação ao time do Flamengo não podemos avalia-lo desde que foi prejudicado pelo árbitro amigo através da marcação do pênalti não existente, e sobretudo pela expulsão de Everton Ribeiro aos 10 minutos do primeiro tempo que mudou o panorama da partida.

O Corinthians apresentou-se como o Corinthians, um time mediano, com poucos valores a serem destacados, mas com um futebol pragmático que o coloca entre os disputantes ao título.

A sua maneira de atuar irrita.

Os outros continuaram sendo os mesmos com apresentações dubladas daquelas que aconteceram nos estaduais.

Uma mediocridade acima do limite.

Para que se tenha uma ideia, o rico Palmeiras ainda usa o método do goleiro bater o tiro de meta.

Obvio que trata-se dos primeiros 26,3 metros da corrida que tem um quilometro de distância, e muita coisa irá acontecer. Alguns irão melhorar, outros estagnar e outros piorar.

O público sumiu nessa primeira rodada, desde que não houve uma preparação através do marketing para a divulgação da competição. Jamais essa poderia ser iniciada com poucos dias depois das finais dos estaduais.

O público total foi de 123.885, com uma média grotesca de 12.389 por jogo. Alguns analistas enalteceram a media de gols, de 2,7 por partida, mas na verdade esses não tem conhecimento de que na primeira rodada do Brasileiro de 2017, essa foi de 3,3, ou seja 33 bolas balançaram as redes.

Uma queda de 6 gols.

O maior público foi de Corinthians x Fluminense (28.777), e o pior o do América-MG x Sport (3.230), deixando um prejuízo ao Coelho de -R$ 56.296,20, sendo o primeiro clube que pagou para jogar, entre os muitos que virão.

Apenas um time visitante teve resultado positivo, o Grêmio contra o Cruzeiro, sete mandantes venceram os seus jogos, e duas partidas terminaram empatadas.

Na realidade o inicio do maior campeonato nacional ficou devendo não somente em publico, como na qualidade do jogo, o que aliás é o que vem acontecendo no futebol de nosso país.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NO SPORT A HORA É DE PARAR E PENSAR

* Tudo que foi publicado no caderno de Esportes do Jornal do Commercio sobre a situação do Sport, o nosso blog já tinha analisado e mostrado que os números apontavam para uma grave crise, que só poderá ser contornada no médio prazo através de algumas mudanças no processo da gestão do clube.

Fazemos uma pequena ressalva com relação a queda das receitas de R$ 24.125.140,00, que na verdade aconteceu por conta das luvas da renovação do contrato com a TV que foram pagas no ano anterior, e as alavancaram nesse período.

Sem essas o clube voltou ao seu patamar real.

A atual administração escondeu a realidade. Faltou a transparência.

Se tivesse publicado os balancetes mensais, certamente iria aparecer alguém para chamar a atenção para os seus problemas financeiros. O seu modelo era para cobrir um santo, e ao mesmo tempo descobrir outros, e os recursos sumiram.

O binômio receitas x despesas não foi respeitado. As tentativas de melhoras no futebol levaram o clube ao fundo do poço, por conta de contratações e salários vultosos.

Uma folha salarial que chegou aos R$ 4 milhões mensais, seria obvio que iria abalar as finanças. Em 13 meses (13º), isso representou R$ 52 milhões, ou seja metade das receitas do clube só em salários dos profissionais.

Tornou-se em uma bola de neve.

No meio disso algumas contratações esquisitas. 

O alto Passivo Circulante proibiu empréstimos, e resvalou no atraso salariais, como na quitação dos parcelamentos acertados com os cofres federais.

A bola rolava muito mal nos gramados, e pior ainda nos gabinetes dos diretores.

Os impostos deixaram de ser pagos, inclusive com a apropriação indébita de alguns que foram recolhidos das fontes, e que deveriam ser depositados nas contas governamentais.

Tal fato é tratado como crime fiscal. 

O ano findou e só quem sabia da situação era o presidente Arnaldo Barros e seus diretores mais próximos.

Hoje a nação rubro-negra está em polvorosa, mas nada de positivo é feito para resolver a situação.

São palavras e mais palavras perdidas aos ventos.

Há anos que sempre repetimos uma frase: ¨O Sport é uma mina de ouro se bem administrado¨, e por conta disso poderá dar a volta por cima, mas para que isso possa acontecer o modelo de gestão atual tem que ser rasgado, um projeto de recuperação implantado, e o afastamento do presidente que é o mais importante para o processo.

Com a atual direção a vaca irá para o brejo. 

Para tal necessita de cabeças pensantes, que possam dar o norte em que o clube deverá caminhar.

De uma coisa temos a certeza, se continuar como está, o rubro-negro irá bater no inferno, mudando o rumo chegará no final do ano no purgatório, com um balanço um pouco melhor.

Finanças, Administração e Marketing para a captação de recursos são as bases fundamentais para uma boa gestão, e no Sport esses setores são ineficientes.

NOTA 2- OS NÚMEROS DA ÚLTIMA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS

* De acordo com o relatório do Circo Brasileiro do Futebol com relação a janela de transferências internacionais, entre o dia 10 de janeiro e 2 de abril, 670 atletas deixaram o país.

Deu um total de 68 milhões de euros, com um aumento de sete vezes em relação a do ano anterior.

O que chama mais a atenção é que a maioria das transferências não envolveram dinheiro.

Apenas 32, 20 de venda e 12 por empréstimo tiveram negociações em valores.

No ano passado 307 atletas foram atuar em clubes estrangeiros.

Apesar de ter 46 transações financeiras, o valor arrecadado foi de 10 milhões de euros.

O levantamento mostra que 313 jogadores deixaram o Brasil para jogar como profissionais sem ônus financeiro, e que 142 que já são profissionais foram atuar em Ligas amadoras.

Os dados também abrangem transações de jogadores amadores, de futsal e fora de contrato.

Na verdade o êxodo é grande, inclusive de atletas que não são conhecidos no futebol brasileiro.

NOTA 3- SALAH ULTRAPASSA MESSI NA CORRIDA PELA CHUTEIRA DE OURO

* A corrida pela Chuteira de Ouro entre os atletas do futebol europeu continua acirrada, e com o gol de Salah no último jogo do Liverpool, esse atingiu a marca de 30 gols, e 60 pontos, superando Messi que passou para a segunda colocação, com 29 gols e 58 pontos.

A seguir:

3º- Lewandowisk- Bayern de Munique- 27 gols- 54 pontos,

4º- Ciro Immobile- Lazio -27 gols- 54 pontos,

5º- Cavani- PSG- 25 gols- 50 pontos,

6º- Harry Kane- Tottenham- 25 gols- 50 pontos,

7º- Jonas- Benfica- 33 gols- 49,52 pontos. A competição portuguesa tem uma menor pontuação,

8º- Icardi- Inter de Milão- 24 gols- 48 pontos,

9º- Cristiano Ronaldo- Real Madrid- 23 pontos e,

10º- Suarez- Barcelona- 23 gols- 46 pontos.

As competições estão na sua reta final, e a luta será travada entre os dois primeiros, Salah e Messi.

NOTA 4- COVARDIA VISUALIZADA

* A torcida organizada Camisa 12, do Internacional, está suspensa por até 90 dias devido ao envolvimento de integrantes em agressões contra dois torcedores (pai e filho) do Bahia, após o jogo do último domingo.

Os fatos ocorreram na parte externa do estádio.

A medida cautelar de proibição de atuação nos estádios foi assinada pelo juiz Roberto Carvalho Fraga, ainda durante o plantão do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.

O magistrado decidiu com base no depoimento de funcionários do clube e policiais e de imagens de vídeo cedidos pelo clube gaúcho.

¨Nas imagens preliminares nitidamente veem-se as agressões dos membros desta torcida, em número bastante elevado.

A covardia visualizada é nítida¨, disse no despacho o Juiz, acrescentando que a suspensão do grupo pode ser levantada assim que as responsabilidades pelos atos sejam apuradas.

Um torcedor sem ligação com torcidas organizadas já identificado como agressor também está proibido de frequentar os jogos.

Na verdade são penas brandas para esse tipo de gente que usa as camisas dos seus clubes para agressões como essa, quando pai e filho foram massacrados por estarem com a camisa do seu clube, o Bahia.

Queriam retira-la a força.

O jovem foi derrubado e agredido com socos e pontapés.

Como se pode ir a um jogo de futebol, quando no entorno dos estádios os marginais atuam como gangs, não permitindo a presença de torcidas adversárias? 

Só mesmo nesse Brasil de Del Nero e seu Caboclo.

NOTA 5- O BEIJA-MÃO NO CIRCO

* O picadeiro do Circo com a presença das federações estaduais, dos vinte clubes da Série B e dezenove da Série A, foi palco de mais um atentado a dignidade do futebol brasileiro com a eleição de um poste chamado Rogerio Caboclo, seguidor do fugitivo Del Nero, e que dará continuidade ao atual processo de degradação do que um dia foi o esporte predileto da população.

Foi um verdadeiro festival de beija-mão.

As federações votaram de forma unânime, inclusive contando com as do Rio de Janeiro e São Paulo que de mentirinha eram contra essa candidatura, fato esse que já era previsível, desde que seus cartolas recebem mensalinhos todos os meses, além de outras benesses, como a próxima viagem para a Rússia, a fim de assistirem a Copa do Mundo.

Os clubes da Série B, submissos pela pobreza, deram os seus vinte votos para um candidato que sequer apresentou uma plataforma para sua gestão.

Dos 20 da divisão maior, 17 sufragaram a chapa oficial, com exceção do Flamengo que se absteve de votar, com o Corinthians votando em branco, e o mais digno de todos o Atlético-PR que não compareceu a reunião. 

A atitude do rubro-negro paranaense foi sem duvida um exemplo de dignidade e da independência de um sistema apodrecido.

Os clubes fazem o futebol, gastam com esse esporte e se submetem a beijar as mãos de cartolas que envergonham o esporte brasileiro.

Mais uma vez a Justiça falhou ao não conceder a liminar proibindo o pleito que foi fruto de uma manobra ilegal. 

Lamentável, mas a cartolagem aprovou as contas de Del Nero sem a leitura de um único documento, mesmo o cartola sob suspeitas de corrupção.

Só nesse Brasil surreal.

Um dia a casa irá cair.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A TABELA PARA A LUTA CONTRA A DEGOLA

* As estatísticas do Brasileirão da era de pontos corridos à partir de 2006 com vinte clubes, mostram que o numero ideal para evitar a degola é de 44 pontos, mas sendo sujeito aos critérios técnicos.

Nos últimos anos isso vem acontecendo.

Temos uma tabela para acompanhar a situação dos clubes durante a competição, que serve para checar as suas pontuações para que as providencias sejam tomadas, tanto para a manutenção que vem acontecendo, ou para a recuperação na busca de pontos perdidos.

O Brasileirão tem 38 rodadas.

Separamos as duas últimas para que possam servir para a garantia de uma permanência (stand-by) de acordo com a classificação até a 36ª rodada.

O modelo é bem simples: Separam-se 4 etapas de 9 jogos cada uma.

Nessas os clubes para fugirem da degola terão que somar 11 pontos, que no final darão os 44 necessários, que poderão ser ampliados com os resultados das últimas rodadas.

O interessante é que um disputante se não conseguir obter essa pontuação, entra na segunda etapa sabendo do que precisa somar para chegar ao nível ideal.

Ou seja, se conquistar apenas 9 pontos, necessitará de 13 no pacote seguinte, e assim segue até o final.

A tabela serve para as agremiações projetarem o seu campeonato, em especial aquelas que entram na competição com apenas o desejo da permanência. 

NOTA 2- A JUVENTUDE COMANDA 11 CLUBES DO BRASILEIRÃO

* O jornal Folha de São Paulo fez um levantamento com relação as mudanças que aconteceram com relação aos técnicos que estão atuando no Brasileirão.

Pesquisamos sobre o tema e ampliamos essas participações para 11 profissionais com menos de 50 anos de idade, com uma renovação surpreendente.

Os mais antigos são Nelsinho Baptista- Sport (67), Abel Braga- Fluminense (65) e Gilson Kleina- Chapecoense (60).

A turma acima dos 50 anos é composta por Renato Gaucho- Gremio (56), Mano Menezes- Cruzeiro (55), Diego Aguirre- São Paulo (55), Guto Ferreira- Bahia (52), Wagner Mancini- Vitória (51) e Marcelo Chamusca-Ceará (51).

O mais novo é Mauricio Barbieri, do Flamengo com 36 anos.

Na verdade ainda continua como interino.

A seguir:

Thiago Larghi- Atlético-MG (37), com a mesma situação de Barbieri.

Jair Ventura- Santos (39),

Rogério Micale- Paraná (42),

Alberto Valentim- Botafogo (43),

Roger Machado- Palmeiras (43),

Fábio Carille- Corinthians (44),

Odair Hellmann- Internacional (44),

Fernando Diniz -Atlético-PR (44),

Zé Ricardo- Vasco (46) e, 

Ederson Moreira- América-Mg (46). 

Trata-se de algo muito novo em nosso futebol, e que tem muita relação com o problema financeiro dos clubes, desde que os mais antigos exigem salários maiores, e os novos tem uma boa redução.

É a menor média de idade na história do Brasileirão. 

Por outro lado, como em nosso futebol de tudo pode acontecer, de um momento para outro poderemos observar uma virada.

Quem conhece a nossa cartolagem não pode duvidar de que isso na verdade aconteça.

Temos bons veteranos à espera.

NOTA 3- A ÉTICA NO FUTEBOL BRASILEIRO É INVERTIDA

* Um amigo nos telefonou para reclamar da falta de ética do técnico do Santa Cruz, Junior Rocha, que no pós jogo do domingo comunicou a diretoria do clube que estava aceitando uma proposta do CRB de Alagoas, que está disputando a Série B Nacional.

A nossa resposta foi simples: Se o tricolor tivesse perdido a partida, possivelmente a cabeça do técnico iria rolar.

O Brasil no seu contexto geral é um pais que abomina a ética, e a corrupção reinante é a maior e poderosa amostra.

Uma parte de nossa sociedade é composta por pessoas que gostam de um jeitinho, e o futebol faz parte desse segmento.

Jogadores quando simulam contusões nos jogos estão ferindo a ética esportiva, quando reclamam contra o árbitro mesmo sabendo que estão errados também vão de encontro a ética, ou seja é um esporte que tem de tudo menos essa bonita palavra.

Há pouco dois técnicos da Série B foram demitidos de forma sumária por conta dos resultados da primeira rodada.

Sandro Forner, Coritiba e Mazola Junior, CRB. Tinham contratos que foram rompidos dentro dos vestiários após os jogos dos seus times.

Onde estava a ética?

A atitude de Junior Rocha com o Santa Cruz é mais uma entre as dezenas que acontecem e que irão continuar acontecendo, desde que a danças das cadeiras é o orgasmo dos nossos dirigentes.

Quando demitem os seus profissionais estão corretos, mas quando esses resolvem ir embora, estão ferindo a ética, que só é para um lado.

O sistema nacional permite que isso aconteça.

NOTA 4- OS AMADORES DE PLANTÃO

* Mesmo com uma temporada longa, o Coritiba está demonstrando que irá ter dificuldades no retorno a Série A Nacional.

Assistimos o seu jogo no Castelão, em São Luiz, de portões fechados, um produto da imbecilidade reinante em nosso futebol, quando foi derrotado por 2x0 pelo Sampaio Corrêa.

O que mais nos impressionou foi a mediocridade do time paranaense, mesmo com muitas estreias não conseguiu chutar uma única bola contra o gol do adversário.

Nada que pudesse ser chamado de futebol.

No final do jogo, a forma populista que é adotada pelos dirigentes foi destacada quando escolheram um bode expiatória para a derrota, o técnico, que foi demitido.

Da maneira que vai, o Coritiba corre o risco de chegar a Série C de 2019.

Tudo isso é uma resultante de dirigentes amadores, que não sabem nada sobre gestão de futebol.

No final da tarde de ontem a diretoria do Coxa contratou o técnico Eduardo Baptista, que no futuro será mais um bode expiatório.

São coisas do futebol brasileiro. 

NOTA 5- OS EQUÍVOCOS PREMEDITADOS

* Já afirmamos que o Brasil é um país surreal.

É o único país do mundo em que os equívocos são premeditados.

Na noite de ontem ao ouvirmos os comentários feitos no jogo e após esse pelo jornalismo do Sudeste, sentimos que tal fato é realidade.

Para esses o time do Botafogo só empatou por conta de uma falha de Felipe Melo, ou seja o Palmeiras merecia ganhar. 

Esse é o tipo de analistas que temos em nosso futebol, quando de forma premeditada criam grandes clubes apenas pelo dinheiro gasto, quando esses nos gramados muitas vezes não apresentam nada.

O alviverde de São Paulo torrou muitos recursos pela janela, e o seu melhor jogador foi o mais barato, Keno.

O resto é igual ao que temos por aí.

Querer fazer Lucas Lima um craque de seleção é grotesco. Na verdade o Palmeiras jogou apenas 10 minutos do segundo tempo até fazer o seu gol.

Depois foi dominado pelo Botafogo, um time simples, limitado, que joga por amor a bola, que foi em busca do merecido empate, e conseguiu.

Nenhum dos comentários que ouvimos mostraram um domínio do alvinegro carioca no segundo tempo, e no final mais uma vez as mesmas conversas, ou seja o Botafogo não empatou, foi o Palmeiras que deixou.

O resultado de 1x1 foi justo, e ficou bem claro que os milhões da Crefisa compraram muitos jogadores, mas não conseguiram comprar qualidade.

O time de São Paulo pode melhorar, mas não é esse bicho papão que foi criado.

Enquanto isso, no Morumbi, o São Paulo com muitos atletas reservas derrotou o frágil Paraná por 1x0, numa pelada noturna, encerrando a primeira rodada desse campeonato que irá ser um Brasileirinho.

Escrito por José Joaquim

O marido entra em casa e encontra a sua mulher deitada no sofá com um homem na sala de visitas, resolveu de forma bem imediata o problema: tirou o sofá da sala.

Uma solução rápida e adequada que serve de piada para mostrar a realidade de nosso país, cuja opção para resolver as mazelas que o afligem é a de utilizar o mesmo procedimento do marido traído.

Trata-se de algo hilário, mas um fato como esse faz parte do nosso cotidiano.

As nossas autoridades para resolverem os diversos problemas de seus governos retiram uma peça da engrenagem, como se isso fosse a solução, desde que a máquina está enferrujada precisando de uma troca geral.

No futebol existe o mesmo processo, e o Circo que o comanda no país é prodigo em providencias como essa, sempre retirando o sofá da Barra da Tijuca quando a cartolagem é apanhada com a boca na botija.

Os exemplos são bem claros.

Ricardo Teixeira foi mais um móvel removido após as denúncias de corrupção. A hora seria de mudanças mas nada aconteceu colocaram um novo sofá chamado Marin, que foi retirado pelo FBI.

Outro momento que poderia ser aproveitado para uma limpeza geral em todo o imobiliário da entidade. Mais uma vez não aconteceu.

Logo após chegou através de uma transportadora uma marquesão colonial chamado Del Nero, que terminou sendo escondido por conta do FBI, e finalmente a FIFA mandou retira-lo.

Pela terceira vez o bonde da história passou pela Barra da Tijuca e ninguém aproveitou para promover as mudanças.

No dia de hoje está marcada a eleição para ungir Rogerio Caboclo da presidência da entidade. que é um sofá usado por muito tempo através de Del Nero, quando esse carregava a sua mala na Federação Paulista, que mudou o patamar do seu patrimônio, junto com o seu trabalho no Circo.

Mais uma vez a flecha atirada passou e não volta mais.

Moral da história trocar o sofá é apenas para justificar a traição sofrida pelo marido, embora os seus chifres irão continuar pontudos.

Esse sistema atua de forma latente na Comissão de Arbitragem do Circo, ao colocarem na tal geladeira um árbitro que cometeu uma lambança logo no início do Brasileiro, mudando inclusive o resultado do jogo.

Foi o único no mundo que viu e confirmou no relatório que aconteceu um pênalti contra o Flamengo, em que a bola pegou na cabeça de Everton Ribeiro. Só mesmo no Brasil surreal.

Por conta disso tivemos a repetição de um roteiro adotado pela Comissão da Arbitragem Nacional, afastando o árbitro e todos os auxiliares, admitindo o erro, como se retirando esse sofá o problema estará resolvido.

Na realidade quantas geladeiras já foram compradas para abrigarem os árbitros brasileiros?

Diversas, acabando com o estoque nas lojas.

Quem esqueceu o pênalti marcado por Grazianni Rocha favorável ao Sport em um jogo contra o Atlético-PR, em que a bola bateu na cabeça de um zagueiro do rubro-negro pernambucano.

Um fato bem semelhante ao que aconteceu no Barradão.

Foi levado para a sala de refrigeração.

Na verdade essas geladeiras representam o modelo do engana que eu gosto, para atenuar as criticas da cartolagem que na realidade formam o conjunto de responsáveis pela manutenção do sistema.

Já mostramos em outros artigos que os árbitros são os únicos amadores na engrenagem do futebol brasileiro. Levam desvantagem no processo.

Os clubes deveriam lutar pela modificação da legislação esportiva, para a criação de uma entidade nacional de arbitragem, como existe o STJD para a aplicação da Justiça.

Essa seria administrada de uma forma profissional, independente, por pessoas sérias e de reputações ilibadas, sobretudo com um processo de formação correto, desde que o atual  é muito ineficiente e, que produz árbitros como Vagner Reway, que por ironia do destino tem o escudo da Fifa.

Na realidade para nós esse escudo nada representa, desde que tais promoções acontecem no sistema QI, não o quociente intelectual, e sim por quem o indicou.

Os árbitros Fifa no Brasil tem seus padrinhos, a maioria de políticos e o resultado está bem latente.

Merecimento em arbitragem é como o sofá retirado da sala, não resolve nada.

O árbitro de vídeo é algo que tem que ser alocado em nosso futebol, mas os que gostam de resultados modificados não deixam que isso possa acontecer, e preferem que no pós jogo o debate seja sobre a arbitragem e não pelo que aconteceu com a bola rolando.

São coisas do Brasil e dos velhos sofás.

Escrito por José Joaquim

O Brasileirão deu o seu ponta pé inicial no último sábado, com 19 dos times disputantes com jogadores estrangeiros. A única exceção é o América-MG.

O clube que tem mais é o Flamengo com 5, seguido pelo Botafogo com 4. Argentina (15) e Colômbia (10), são os maiores fornecedores.

Nada temos contra essas presenças, pelo contrário são salutares, desde que reduzem os custos das equipes e equilibram o mercado.

Trata-se de um reflexo dos celeiros vazios que existem no futebol brasileiro, que foram retratados nos primeiros meses da atual temporada, com a realização de centenas de jogos referentes aos estaduais, e quando esses terminaram uma pergunta ficou no ar: Quantos jogadores foram revelados pelos clubes que são chamados de menores? Quantos estão nas prateleiras?

A resposta é simples: Raros.

No mundo da agricultura, o celeiro (silo) guarda a produção agrícola, e esse termo sempre foi utilizado no futebol, quando se apresentava o trabalho de base.

No Brasil futebolístico de hoje os antigos e os modernos silos estão vazios, sem produtos a serem colocados no mercado consumidor.

Em outras épocas, os clubes de menor porte, em especial os do interior, quando de suas participações nos estaduais, apresentavam alguns talentos, sempre aproveitados pelas agremiações de maior porte.

O fato produzia uma cadeira financeira, com aporte de recursos para esses clubes, por conta das negociações realizadas, e um custo menor para aqueles que contratavam.

O número de estrangeiros que foi citado mostra de forma clara que esses estão suprindo a ausência do celeiro, vazio há muitos anos.

Praticamente os clubes menores repetem as mesmas caras todos os anos, com jogadores rodados, as idades avançadas, e que não despertam nenhum interesse para aqueles que sempre tiveram nesse mercado uma boa fonte para matar a sua sede.

Tal fato não é exclusivo de um estado, e sim de todo o país, quando o aproveitamento acontece de forma pontual, desde que esses clubes quando não são de empresários, insistem com raras exceções no abandono ao trabalho de formação, que seria produtivo para todos, e para o contexto geral do futebol nacional.

Um dos maiores problemas do futebol do Brasil está centrado na ausência de produção do seu pé de obra. Na realidade existem talentos, mas o ciclo mudou totalmente o seu sistema de rotação.

Antes saiam das peladas das várzeas, hoje saem das escolinhas de empresários, que os conduzem diretamente para o exterior, sem passagem por nenhum dos nossos clubes.

Tais personagens influenciam na vida das agremiações, em especial nesse setor.

Esse é o buraco, e que não é debatido pelos segmentos interessados, cujos dirigentes assistem com passividade à evasão de atletas de bom nível, e formam seus elencos com jogadores medianos.

Na verdade, o futebol brasileiro só foi grande quando tinha seus celeiros bem abastecidos. O pulgão apareceu, contaminou a todos e os talentos desapareceram, causando o seu empobrecimento.

Tudo isso acontece, mas todos estão preocupados com o novo cabelo de Neymar.

Nós merecemos o que temos.