NOTA 1- NO SPORT A HORA É DE PARAR E PENSAR
* Tudo que foi publicado no caderno de Esportes do Jornal do Commercio sobre a situação do Sport, o nosso blog já tinha analisado e mostrado que os números apontavam para uma grave crise, que só poderá ser contornada no médio prazo através de algumas mudanças no processo da gestão do clube.
Fazemos uma pequena ressalva com relação a queda das receitas de R$ 24.125.140,00, que na verdade aconteceu por conta das luvas da renovação do contrato com a TV que foram pagas no ano anterior, e as alavancaram nesse período.
Sem essas o clube voltou ao seu patamar real.
A atual administração escondeu a realidade. Faltou a transparência.
Se tivesse publicado os balancetes mensais, certamente iria aparecer alguém para chamar a atenção para os seus problemas financeiros. O seu modelo era para cobrir um santo, e ao mesmo tempo descobrir outros, e os recursos sumiram.
O binômio receitas x despesas não foi respeitado. As tentativas de melhoras no futebol levaram o clube ao fundo do poço, por conta de contratações e salários vultosos.
Uma folha salarial que chegou aos R$ 4 milhões mensais, seria obvio que iria abalar as finanças. Em 13 meses (13º), isso representou R$ 52 milhões, ou seja metade das receitas do clube só em salários dos profissionais.
Tornou-se em uma bola de neve.
No meio disso algumas contratações esquisitas.
O alto Passivo Circulante proibiu empréstimos, e resvalou no atraso salariais, como na quitação dos parcelamentos acertados com os cofres federais.
A bola rolava muito mal nos gramados, e pior ainda nos gabinetes dos diretores.
Os impostos deixaram de ser pagos, inclusive com a apropriação indébita de alguns que foram recolhidos das fontes, e que deveriam ser depositados nas contas governamentais.
Tal fato é tratado como crime fiscal.
O ano findou e só quem sabia da situação era o presidente Arnaldo Barros e seus diretores mais próximos.
Hoje a nação rubro-negra está em polvorosa, mas nada de positivo é feito para resolver a situação.
São palavras e mais palavras perdidas aos ventos.
Há anos que sempre repetimos uma frase: ¨O Sport é uma mina de ouro se bem administrado¨, e por conta disso poderá dar a volta por cima, mas para que isso possa acontecer o modelo de gestão atual tem que ser rasgado, um projeto de recuperação implantado, e o afastamento do presidente que é o mais importante para o processo.
Com a atual direção a vaca irá para o brejo.
Para tal necessita de cabeças pensantes, que possam dar o norte em que o clube deverá caminhar.
De uma coisa temos a certeza, se continuar como está, o rubro-negro irá bater no inferno, mudando o rumo chegará no final do ano no purgatório, com um balanço um pouco melhor.
Finanças, Administração e Marketing para a captação de recursos são as bases fundamentais para uma boa gestão, e no Sport esses setores são ineficientes.
NOTA 2- OS NÚMEROS DA ÚLTIMA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS
* De acordo com o relatório do Circo Brasileiro do Futebol com relação a janela de transferências internacionais, entre o dia 10 de janeiro e 2 de abril, 670 atletas deixaram o país.
Deu um total de 68 milhões de euros, com um aumento de sete vezes em relação a do ano anterior.
O que chama mais a atenção é que a maioria das transferências não envolveram dinheiro.
Apenas 32, 20 de venda e 12 por empréstimo tiveram negociações em valores.
No ano passado 307 atletas foram atuar em clubes estrangeiros.
Apesar de ter 46 transações financeiras, o valor arrecadado foi de 10 milhões de euros.
O levantamento mostra que 313 jogadores deixaram o Brasil para jogar como profissionais sem ônus financeiro, e que 142 que já são profissionais foram atuar em Ligas amadoras.
Os dados também abrangem transações de jogadores amadores, de futsal e fora de contrato.
Na verdade o êxodo é grande, inclusive de atletas que não são conhecidos no futebol brasileiro.
NOTA 3- SALAH ULTRAPASSA MESSI NA CORRIDA PELA CHUTEIRA DE OURO
* A corrida pela Chuteira de Ouro entre os atletas do futebol europeu continua acirrada, e com o gol de Salah no último jogo do Liverpool, esse atingiu a marca de 30 gols, e 60 pontos, superando Messi que passou para a segunda colocação, com 29 gols e 58 pontos.
A seguir:
3º- Lewandowisk- Bayern de Munique- 27 gols- 54 pontos,
4º- Ciro Immobile- Lazio -27 gols- 54 pontos,
5º- Cavani- PSG- 25 gols- 50 pontos,
6º- Harry Kane- Tottenham- 25 gols- 50 pontos,
7º- Jonas- Benfica- 33 gols- 49,52 pontos. A competição portuguesa tem uma menor pontuação,
8º- Icardi- Inter de Milão- 24 gols- 48 pontos,
9º- Cristiano Ronaldo- Real Madrid- 23 pontos e,
10º- Suarez- Barcelona- 23 gols- 46 pontos.
As competições estão na sua reta final, e a luta será travada entre os dois primeiros, Salah e Messi.
NOTA 4- COVARDIA VISUALIZADA
* A torcida organizada Camisa 12, do Internacional, está suspensa por até 90 dias devido ao envolvimento de integrantes em agressões contra dois torcedores (pai e filho) do Bahia, após o jogo do último domingo.
Os fatos ocorreram na parte externa do estádio.
A medida cautelar de proibição de atuação nos estádios foi assinada pelo juiz Roberto Carvalho Fraga, ainda durante o plantão do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.
O magistrado decidiu com base no depoimento de funcionários do clube e policiais e de imagens de vídeo cedidos pelo clube gaúcho.
¨Nas imagens preliminares nitidamente veem-se as agressões dos membros desta torcida, em número bastante elevado.
A covardia visualizada é nítida¨, disse no despacho o Juiz, acrescentando que a suspensão do grupo pode ser levantada assim que as responsabilidades pelos atos sejam apuradas.
Um torcedor sem ligação com torcidas organizadas já identificado como agressor também está proibido de frequentar os jogos.
Na verdade são penas brandas para esse tipo de gente que usa as camisas dos seus clubes para agressões como essa, quando pai e filho foram massacrados por estarem com a camisa do seu clube, o Bahia.
Queriam retira-la a força.
O jovem foi derrubado e agredido com socos e pontapés.
Como se pode ir a um jogo de futebol, quando no entorno dos estádios os marginais atuam como gangs, não permitindo a presença de torcidas adversárias?
Só mesmo nesse Brasil de Del Nero e seu Caboclo.
NOTA 5- O BEIJA-MÃO NO CIRCO
* O picadeiro do Circo com a presença das federações estaduais, dos vinte clubes da Série B e dezenove da Série A, foi palco de mais um atentado a dignidade do futebol brasileiro com a eleição de um poste chamado Rogerio Caboclo, seguidor do fugitivo Del Nero, e que dará continuidade ao atual processo de degradação do que um dia foi o esporte predileto da população.
Foi um verdadeiro festival de beija-mão.
As federações votaram de forma unânime, inclusive contando com as do Rio de Janeiro e São Paulo que de mentirinha eram contra essa candidatura, fato esse que já era previsível, desde que seus cartolas recebem mensalinhos todos os meses, além de outras benesses, como a próxima viagem para a Rússia, a fim de assistirem a Copa do Mundo.
Os clubes da Série B, submissos pela pobreza, deram os seus vinte votos para um candidato que sequer apresentou uma plataforma para sua gestão.
Dos 20 da divisão maior, 17 sufragaram a chapa oficial, com exceção do Flamengo que se absteve de votar, com o Corinthians votando em branco, e o mais digno de todos o Atlético-PR que não compareceu a reunião.
A atitude do rubro-negro paranaense foi sem duvida um exemplo de dignidade e da independência de um sistema apodrecido.
Os clubes fazem o futebol, gastam com esse esporte e se submetem a beijar as mãos de cartolas que envergonham o esporte brasileiro.
Mais uma vez a Justiça falhou ao não conceder a liminar proibindo o pleito que foi fruto de uma manobra ilegal.
Lamentável, mas a cartolagem aprovou as contas de Del Nero sem a leitura de um único documento, mesmo o cartola sob suspeitas de corrupção.
Só nesse Brasil surreal.
Um dia a casa irá cair.