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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COPA DO BRASIL

* A Copa do Brasil que já foi a competição mais democrática do país, com as mudanças efetuadas tornou-se oligárquica.

O novo modelo foi feito para que as zebras sejam evitadas, inclusive com uma primeira fase com um único jogo, com o melhor ranqueado jogando na casa de um clube de menor pontuação por um empate.

O último time mediano que ganhou essa competição foi o Sport em 2008. Antes desse, Criciúma (1991), Juventude (1999), Santo André (2004), e Paulista (2005), conquistam o troféu.

De 2009 até 2017 esse ficou nas mãos dos chamados grandes, e tal fato irá continuar a acontecer até que o planeta Terra desapareça, posto que decretaram a morte das zebras.

Com exceção do Sport os outros três representantes de nosso futebol estarão atuando na noite de hoje.

O Salgueiro estará o Mato Grosso do Sul para jogar contra o NOVO que está fazendo uma fraca campanha no estadual, inclusive sendo derrotado pelo Operário no último domingo.

Enquanto isso o Náutico irá jogar contra o Cordino em São Luiz, muito embora esse clube seja de Barra de Corda, distando 462 km da capital, o que caracteriza que o Castelão será entregues às moscas.

Mais um erro do Circo do Futebol, desde que um clube sem condições de atender as suas exigências não deveria ser confirmado em uma competição nacional.

Trata-se de uma equipe com poucos anos de filiação e que foi vice-campeã do estadual maranhense em 2017.

Apesar da falta de qualidade do time pernambucano, esse terá todas as chances de uma vitória ou um empate.

Finalmente o Santa Cruz irá enfrentar uma pedreira, o Fluminense de Feira de Santana, que no seu último jogo empatou com o Bahia pelo estadual.

Uma coisa boa irá acontecer, cada clube irá receber a cota de R$ 500 mil, que dará para quitar duas folhas, e se continuarem terão mais R$ 600 mil pela segunda fase.

Por isso as continuidades serão importantes.

NOTA 2- O SPORT DRIBLOU O FLUMINENSE

* As mais diversas mídias do Rio de Janeiro divulgaram uma Nota Oficial do Fluminense, em que o tricolor cobra do Sport, R$ 5 milhões por conta da negociação de Diego Souza.

Como o blog gosta de procurar fontes amigas, e não apenas dar a noticia repetitiva, tomamos conhecimento de que o Sport quando já estava nas tratativas com o São Paulo para a venda dos direitos econômicos do jogador, procurou a diretoria do clube das Laranjeiras para que abrisse mão dos seus 50%, desde que o valor de Diego seria de R$ 3,8 milhões conforme a multa da cláusula contratual, e então fizeram uma proposta do pagamento de R$ 1 milhão.

Dias após o São Paulo pagava R$ 10 milhões por esse profissional, ou seja deram um drible da vaca na diretoria do Fluminense, que garante que ¨nunca abriu mão do percentual de algum atleta¨, e irá fazer cumprir com todo o rigor o que está no contrato firmado  em março de 2016, quando Diego Souza acertou a volta a Recife.

Para o tricolor carioca o contrato é claro e estabelece formalidades que foram ignoradas pelo clube pernambucano.

O Sport já foi notificado.

No meio desse imbróglio tomamos conhecimento de algo que não tinha sido divulgado, e que é muito interessante: o clube da Ilha do Retiro ainda não quitou totalmente o debito que assumiu perante o clube carioca na vinda desse profissional para Recife. 

Seria muito importante que a diretoria do rubro-negro publicasse em seu site o recibo de quitação dessa negociação.

Drible da vaca é bonito nos gramados, fora desse é coisa feia.

NOTA 3- DESPROPORÇÃO INDECENTE

* Os direitos de transmissão do futebol gaúcho foram negociados por R$ 37 milhões, sem duvida é uma boa receita para uma competição fraca e que dura três meses.

Mas como a Globo precisa dos estaduais para que a sua grade fique completa nos três primeiros meses do ano, a emissora sustenta o que de pior existe para o futebol brasileiro. São eventos moribundos.

Tal valor mostra de forma clara o peso de Pernambuco que recebeu R$ 4 milhões, que é sem duvida é pouco para os clubes disputantes, embora a competição não tenha valor algum no mercado.

Na divisão efetuada pela Federação Gáucha os dois times maiores receberam R$ 12,4 milhões cada um, ou seja de forma arredondada 87% do total.

Enquanto isso, Juventude e Brasil de Pelotas levaram R$ 1,5 milhão por estarem na Série B, e os demais R$ 1 milhão, ou seja 12 vezes menos do que foi destinado ao Internacional e Grêmio.

É uma desproporção indecente, e que ajuda a abrir mais o abismo entre os participantes.

Esse é o modelo do futebol brasileiro, com poucos clubes levando tudo, e a maioria esmolas.

NOTA 4- AS ESTATÍSTICAS NÃO SÃO FAVORÁVEIS AOS MANDANTES NA COPA DO BRASIL

* Um levantamento realizado pelo site sr.goool mostrou que decidir em casa uma partida única no sistema mata-mata aplicado desde 2017 na Copa do Brasil não é tão vantajoso.

A maioria dos mandantes não aproveitou essa oportunidade na Primeira Fase dessa competição no ano de 2017.

Os visitantes mais bem colocados no ranking do Circo podem atuar fora mais com um handicap de um empate.

No ano anterior quando foi implantado o novo sistema, nos 40 jogos realizados, 23 visitantes se classificaram, contra 13 dos mandates, ou seja 57,5% do total.

Os números mostram que a vantagem não é aquilo que se propaga.

Dessas vagas sete foram resultados de empates e vinte com vitórias.

Dos 13 mandantes que passaram para a segunda fase, apenas cinco estarão de volta a competição, Altos-PI, Brusque-SC, Sinop-MT, Rio Branco-AC e Boa Vista-RJ.

O único que jogará como mandante é o Rio Branco, que irá visitar o Limeira, em São Paulo.

O Boa Vista que jogaria em casa, de forma indecente sob os aplausos de uma entidade que pouco se preocupa com a avacalhação do futebol, vendeu o seu mando de campo para empresários e irá atuar em Londrina contra o Internacional.

Vamos aguardar o final dessa primeira fase para sabermos se serão confirmadas as estatísticas, embora os dois primeiros jogos da Copa que foram realizados ontem terminaram empatados, o que já mostra a tendência do ano anterior.

Ambos terminaram em 0x0.

Classificaram-se BOA e Atlético-PR, eliminando Vitória da Conquista e Caxias respectivamente.

NOTA 5- O ARREPENDIMENTO

* Se arrependimento matasse, as redes de televisão que adquiriram os direitos de transmissão do Campeonato Francês já estariam mortas.

Partiram com avidez em razão da contratação de Neymar pelo PSG,  deram um tiro no escuro e não conseguiram acertar o alvo.

Hoje já existem várias  reclamações no tocante aos pontos fracos de audiência.

O que no começo era uma atração, tornou-se algo modorrento que provoca apenas curiosidade por exclusão.

Na realidade correram para um negócio pensando que o jogador brasileiro iria incrementar a audiência da competição, sem analisar que esse campeonato é mequetrefe, e sem nenhum equilíbrio.

Se o Saint Germain não ganhar a Liga dos Campeões a vaca irá para o brejo.

As emissoras estão como Madalenas arrependidas.

NOTA 6- A MÁQUINA DE TRUCIDAR TÉCNICOS

* Os estaduais são máquinas de trucidar treinadores.

Mal começaram e as danças das cadeiras já começam a intensificar-se.

A última vitima foi Lisca que estava no Criciúma a menos de dois meses.

O profissional ficou no comando da equipe do Sul de Santa Catarina por apenas quatro jogos oficiais, com uma vitória, um empate e duas derrotas.

Está deixando o time numa péssima situação, oitava colocação, com um ponto de diferença para o Tubarão e Concordia, dois clubes que estão na zona da degola.

Antes de Lisca já tinham dançado, Carlos Leiria do Resende, Jorge Luiz do Rio Verde de Goiás, que deixou o time na liderança do grupo, e foi demitido após a entrega do futebol a um grupo de empresários.

Na Paraíba com apenas quatro rodadas dançaram Cleibson Ferreira, do Souza, Wassil Mendes, do Desportiva Guarabira e, Severino Mota, do Auto Esporte.  Como a música está tocando outras cabeças serão degoladas.

Esse é o futebol brasileiro cujo orgasmo da cartolagem é a de demitir treinadores.

Escrito por José Joaquim

Ao assistirmos o jogo entre Vitória e Náutico com a Arena vazia, uma repetição do que vem acontecendo há um bom tempo, ficamos na certeza de que nada acontece por acaso.

Postamos vários artigos sobre a situação do clube da Rosa e Silva que vinha em um processo de regressão desde a década de 90, e que acentuou-se no milênio.

Há anos que vivenciamos o decorrer da vida desse clube.

Assistimos vários jogos realizados na década de 60 que foi o período de suas maiores conquistas, inclusive com o Hexa Campeonato.

O grande problema do clube é que os seus torcedores e obvio os seus dirigentes continuaram agarrados a esse título e esqueceram do seu futuro, que hoje é imprevisível, com a gravidade de não agregar as novas gerações.

O Náutico na década de 60 era o clube de Pernambuco com maior número de torcedores, hoje é o terceiro com 800 mil simpatizantes, o que aliás não é de se jogar fora, mas está faltando um trabalho bem planejado para trazê-los de volta ao ninho.

Assistimos um jogo entre Náutico e Vasco em 1983, no Arruda com 41.020 pagantes, um Náutico x Sport nos Aflitos, em 1968, com 31.066 e, Náutico x América-MG também nos Aflitos com 29.022 torcedores em 1997.

Hoje vimos a Arena Pernambuco receber no ex-clássico das emoções contra o time do Sport, menos de 3 mil testemunhas.

Nada melhor para uma análise profissional sobre tal fato.

Os dados estatísticos do clube alvirrubro mostram a sua total regressão, e demonstram que a sua sobrevivência deve ter sido obra da persistência e abnegação dos seus associados.

A queda começou com mais força na década de 90, quando o time só esteve em quatro edições da divisão principal (1991 a 1994). Em 1992 foi rebaixado mais houve uma virada de mesa, e não aconteceu a Série B, e por conta disso foi beneficiado.

No ano de 1994 foi rebaixado para a Série B, até o ano de 1998, onde foi rebaixado para a C.

Depois da Copa João Havelange, em 2000, retornou à antiga Série B, onde disputou os seus campeonatos no período de 2001 a 2006, ano em que conseguiu, enfim, a volta para a primeira divisão nacional.

Nessa permaneceu apenas 3 anos e, em 2009, juntamente com o Sport, sofreu mais um descenso, permanecendo por dois períodos, voltando a participar da competição nacional nos anos de 2012 e 2013, quando sofreu mais uma queda.

Ficou na Segunda Divisão entre 2014 e 2017, quando foi rebaixado para a C.

Como podemos observar nos dados citados, o Náutico no período de 1991 a 2000 jogou na Primeira divisão por apenas 4 vezes.

No século XXI, participou dessa por 4 vezes, o que totaliza em 27 anos já contando com o de 2018, 8 participações.

Com relação ao estadual que hoje vale muito pouco, desde 2004 não conquista o título.

Certamente faltou uma análise mais acurada para que os problemas que levaram a tal performance pudessem ser detectados, e dai a elaboração de um bom projeto à longo prazo, que subsidiasse uma manutenção mais permanente.

As implicações das ausências numa competição de maior nível para os clubes são inestimáveis.

Um clube com 8 participações no grupo maior do futebol brasileiro em 27 anos de competição, contra 19 em outras divisões, acarreta prejuízos por ser a porta de entrada para maiores receitas.

Obviamente em qualquer modelo de empresa, os recursos provocam investimentos e estabilidade.

Na realidade ao analisarmos tais números ficamos convictos que houve uma acomodação no alvirrubro, visto que os problemas foram se acumulando e com eles o endividamento, levando a prejuízos anuais, e com precárias condições de soluções.

Alguns amigos alvirrubros sempre nos perguntam se existe uma salvação para o clube, e sempre respondemos que com um número de torcedores resistentes esse poderá sobreviver as tempestades, mas para que possa acontecer existe a necessidade de um trabalho profissional para a formatação de um projeto estruturante.

Caso isso não aconteça o Náutico corre o perigo de se transformar em um clube sem grandes aspirações, ou seja um possível Bangu do amanhã.

Escrito por José Joaquim

A evolução do mundo é um fato real. Saímos da idade da pedra para a era da tecnologia e do mundo plano.

O Brasil de hoje apesar dos seus corruptos é bem diferente do Brasil de ontem.

Um fato estranho acontece com o nosso futebol que já foi grandioso e tornou-se medíocre em todos os seus segmentos. Não acompanhou a evolução.

Tínhamos abundância de craques nos gramados, tão diferente do que acontece nos dias de hoje, onde para se achar um diferenciado é o mesmo que procurar uma agulha em um grande palheiro.

Quando poderemos assistir um confronto que aconteceu na década de 60, como o do Náutico e Santos, com duas equipes fantásticas, e que as novas gerações não irão ter a alegria de ver algo tão brilhante do futebol de Pernambuco.

Fizemos uma pesquisa para mostrarmos a regressão do esporte da chuteira no Brasil, e anotamos alguns times que tiveram destaque em anos anteriores, e que eram compostos por verdadeiros craques da bola, e não os do marketing moderno que os fabricam hoje.

Encontramos o Santos de 62 sob o comando de Lula, com Gilmar, Lima, Mauro Ramos, Calvert e Dalmo, Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Sem comentários, bem superior ao Barcelona e Real Madrid da atualidade.

Também em 62 tivemos o Botafogo, sob o comando de Marinho Rodrigues, com Manga, Zé Maria, Nilton Santos, Tomé e Rildo, Airton, Didi e Amarildo, Garrincha, Quarentinha e Zagallo.

Os dois times formaram a base das seleções que conquistaram as Copas do Mundo de 1958 e 62.

O Palmeiras de 72, sob o comando de Oswaldo Brandão, com Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca, Dudu e Ademir da Guia, Edu, Madruga, Leivinha e Nei.

O Fluminense de 75, sob o comando de Paulo Emilio, com Felix, Toninho, Silveira, Assis e Marco Antônio, Zé Mario, Cléber e Rivelino, Cafuringa, Gil e Mario Sergio.

O Flamengo de 82, sob o comando de Paulo Cesar Carpegianni, com Raul, Leandro e Marinho, Mozer e Junior, Andrade, Adilio e Zico, Tita, Nunes e Lico.

O São Paulo de 92/93, sob o comando de Telê Santana, com Zetti, Vitor, Valber, Ronaldo e André Luiz, Adilson, Dinho, Pintado e Cafú, Muller e Palhinha.

Teríamos dezenas  de grandes equipes para mostrar, mas o espaço não as caberiam, daí escolhermos essas que servem de parâmetro para as discussões.

Mas para fecharmos com a chave de ouro, separamos três equipes de nossos clubes que  fizeram época por sua qualidade.

O Náutico de 1965, sob o comando de David Ferreira (Duque), com Lula, Gena, Mauro, Gilson Saraiva e Clóvis, Didica e Ivan, Nado, Bita, Nino e Lala.

O Santa Cruz de 1973, sob o comando de Paulo Emilio, com Gilberto, Gena, Antonino, Paulo Ricardo e Botinha, Erb, Luciano Veloso e Givanildo, Walmir, Ramon e Fernando Santana.

Finalmente tivemos o time do Sport de 1975, sob o comando de David Ferreira (Duque) com Tobias, Marcos, Pedro Basilio, Alberto e Claudio Mineiro, Luciano Veloso e Assis Paraíba, Miltão, Garcia, Dario e Peres.

Quando os comparamos com os times de hoje, a regressão do futebol fica bem acentuada.

Na verdade éramos felizes e não sabíamos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SEIS PELO MEIA DÚZIA 

* O treinador do Sport, Nelsinho Baptista resolveu mudar o time para o jogo contra o Pesqueira, e o resultado final foi a troca do seis pelo meia dúzia.

Os que entraram são tão fracos quanto aos que saíram.

Com quatro jogos realizados o time da Ilha do Retiro já deveria ter formatado uma cara, mas continua depressivo como no ano anterior.

A equipe é desorganizada, que não consegue trocar passes, ou fazer uma jogada que possa ser discutida.

O Pesqueira, o seu adversário de ontem, é um time semiprofissional, pobre de qualidade, e mesmo assim conseguiu chegar na área do rubro-negro por algumas vezes, inclusive com uma bola na trave, graças a Avenida Ilha do Retiro.

Grafite o jogador mais destacado do time da terra das rendas, deu dor de cabeça à defesa do Sport.

O placar de 2x0 foi um pouco além da realidade por conta de um jogo sonolento e sem técnica e qualidade.

Da maneira que vai o ano de 2018 não será bom para a equipe da Ilha do Retiro, graças a um elenco limitado, de pouca criatividade, e que ganhou na bacia das almas de uma equipe esforçada, mas sem a menor expressão.

O segundo gol marcado pelo atacante André foi um presente da defesa do time de Pesqueira.

O FEBEAPÁ mais uma vez esteve presente durante a partida, tanto no gramado como fora desse.   

O público foi de apenas 3.724 pagantes, o que demonstra a realidade de nosso futebol.

Na verdade esses torcedores são uns heróis, pois saírem de casa à noite para assistir uma partida como essa mereciam uma medalha.

Pobre futebol pernambucano.

NOTA 2- O BRASILEIRÃO DE JOELHOS

* O maior campeonato nacional deveria ser o Brasileirão, mas para o Circo do Futebol esse foi relegado ao segundo plano com relação as premiações que serão pagas em 2018.

O Cruzeiro que foi campeão da Copa do Brasil em 2017 recebeu R$ 6 milhões. O clube que conquista-la em 2018 terá sem seus cofres R$ 50 milhões, enquanto o vice receberá R$ 20 milhões.

Para que se tenha uma ideia da realidade, o Corinthians que foi o campeão brasileiro da temporada passada teve como premiação R$ 18 milhões, valor esse que voltará a ser pago nesse ano.

O time segundo colocado na Copa do Brasil receberá mais do que o vencedor do campeonato maior.

Nem Freud poderá explicar. 

Pelo sistema de distribuição de cotas dessa competição que estamos analisando, o campeão receberá um total de R$ 68 milhões.

Obvio que somos favoráveis a boas premiações, mas não poderia nem deveria ser com um abismo separando os dois eventos.

Vai chegar um momento quando começar as oitavas de final, que irá acontecer um esvaziamento no Brasileirão para dar lugar pela opção do torneio que segue paralelo, como aconteceu em 2017.

Na Série A o campeão jogará 38 partidas, e na Copa do Brasil poderá acontecer com apenas 8 jogos, desde que os maiores clubes só entrarão na 5ª fase.

Trata-se de algo irracional e difícil de se absorver.

Para os clubes menores a participação em apenas um jogo a cota será entre R$ 800 mil e R$ 500 mil, que poderá pagar muitas folhas salariais, embora a tendência é que esses sejam logo degolados.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 3- QUEREM RESSUSCITAR UM MORTO

* A Primeira Liga foi uma boa ideia que esbarrou na realidade do calendário do futebol brasileiro que não tinha mais espaço para outras competições.

Essa só poderia ser viável com a extinção dos estaduais, mas as federações dão a preferencia total aos estádios vazios a ter nos seus lugares competições mais rentáveis.

A Primeira Liga em 2017 foi um fiasco, quando os clubes receberam as suas cotas e colocaram times reservas dos reservas.

Além disso acontecia um jogo em um dia e o seguinte era realizado meses após.

No dia de ontem tomamos conhecimento que no dia 5 de fevereiro haverá uma reunião com os clubes participantes, e a apresentação do modelo da competição, que prevê a sua realização no período da Copa do Mundo no mesmo sistema da Copa do Brasil, em mata-mata.

Na verdade será mais um evento do nada para o nada e aumentando o número de jogos para os atletas.

Estão tentando ressuscitar um morto.

NOTA 4- QUE FUTEBOL É ESSE?

* Os estaduais estão em sua fase final de vida.

O atestado está sendo dado nos estádios vazios.

Como uma competição pode subsistir com públicos de menos de 100 torcedores.

Nem nas peladas antigas no campo do Cacique que recebiam mais de mil pessoas.

No Rio Grande do Sul, o jogo do Veranópolis x São Jose, recebeu 31 pagantes.

Em Sergipe, o Amadense enfrentou o Frei Paulista com apenas 82 testemunhas.

Enquanto isso, no campeonato estadual Sul-Matogrossense, o União Brasil de Campo Grande não teve condições de jogar no interditado Morenão, foi para Rio Brilhante longe de sua casa, para o seu jogo contra o time do Operário, e recebeu apenas 87 pagantes.

No Rio de Janeiro, o Bonsucesso no seu jogo contra o Macaé teve a participação de apenas 94 torcedores, enquanto o Madureira e Boa Vista jogaram para 23 testemunhas.

São números de peladas e não de jogos profissionais.

Que futebol é esse?

NOTA 5- ESTÁDIOS VAZIOS E CINEMAS LOTADOS

* Quem disse que o Brasil era o país do futebol errou feio.

O Brasil é o país do cinema, e os números atestam tal fato.

¨The Post¨ filme indicado para o Oscar de melhor filme, levou 145 mil pessoas as salas dos cinemas no fim de semana da estreia no Brasil. Segundo dados do ComScore. Entre quinta-feira e domingo, o longa foi o quarto filme a ser visto e arrecadou R$ 2,9 milhões.

O filme Maze Runner: A Cura Mortal, que também estreou no final de semana, foi o filme mais visto, com a venda de 411 mil ingressos e arrecadação de 7,2 milhões.

Em segundo lugar, ficou o filme ¨O Touro Ferdinando¨ com 316 mil ingressos vendidos com uma arrecadação de 4,7 milhões, seguido por ¨Jumaji: Bem-Vindo á Selva¨, 267 mil ingressos e arrecadação de R$ 4,4 milhões.

Enquanto isso, no futebol Carioca o Fluminense enfrentou o time do Madureira com 448 testemunhas.

Os números mostram que as telinhas continuam dando goleada.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A TARDE DO FEBEAPÁ 

* O Festival de Besteiras que Assola o País, teve  sua continuidade na tarde de ontem, com quatro jogos, e entres esses três empates.

É o futebol dos resultados iguais.

Em 19 partidas, 12 dessas terminaram empatadas, o que mostra a péssima qualidade da competição.

Isso representa o percentual de 63,2%.

O 1x1 aconteceu por sete vezes.

O Vitória recebeu o Náutico na Arena Pernambuco, para 1.219 testemunhas, e o 1x1 foi o resultado final. Não vamos comentar a partida desde que essa não existiu.

O amigo Vulpian Novaes em uma mensagem escreveu o que estava assistindo: ¨Uma pelada¨.

Concordamos inteiramente desde que muitos jogos que assistimos nas várzeas são melhores do que esse.

Com esse empate o alvirrubro continuou na liderança com 7 pontos, que representa 58% do aproveitamento dos 12 pontos disputados.

Pelos números do Sport que joga hoje com o Pesqueira somente uma goleada extravagante poderia tirar o alvirrubro do primeiro lugar da tabela de classificação.

Nos outros jogos, o América empatou com o Afogados em 2x2, o Central não saiu do 0x0 contra o Flamengo, e a única vitória foi do Salgueiro por 1x0 contra o Belo Jardim.

Há muitos anos não vimos uma competição tão fraca como essa, por isso o torcedor a abandonou.

NOTA 2- NO JOGO DA GRADE O SPORT ENFRENTA O PESQUEIRA

* Quem ligar o Premier hoje irá encontrar o jogo da grade da dona dos direitos de transmissão, envolvendo o Sport Recife e Pesqueira.

Um bom momento para o rubro-negro despertar da sonolência que tomou conta da Ilha do Retiro.

Certamente iremos ter um recorde de público por conta de um clássico dessa magnitude.

O Sport está realizando uma campanha muito fraca com  4 pontos conquistados em 9 que foram disputados, e além disso com um péssimo futebol.

O time da Ilha do Retiro é o único entre os da capital a jogar por enquanto uma única competição, e deveria estar em melhor situação.

O problema maior é que esse tem alguns pecados capitais que estão prejudicando a sua performance.

A pela ordem os pecados cometidos foram os seguintes:

1- Contratação de Nelsinho Baptista, pensando que um raio cai no mesmo lugar duas vezes,

2- Manutenção de uma zaga que foi a pior do Brasileirão de 2017,

3- Contrações equivocadas, tais como a de Felipe e Pedro Castro,

4- A presença do presidente como diretor de futebol.

Com tanto pecado o clube irá bater no inferno no final da temporada.

O time da Ilha do Retiro é favoritíssimo para esse jogo da noite de hoje, e vem modificado pelo seis no lugar do meia dúzia.

Vamos ter que aguentar mais uma noite de FEBEAPÁ.

NOTA 3- O CONTO DE FADA CONTINUA

* Roger Federer na entrevista após a conquista do Aberto de Tênis da Austrália foi às lagrimas como se tivesse conquistado o primeiro título da sua brilhante carreira.

Emocionou o mundo quando afirmou que o conto de fada continuava.

O tenista é um grande exemplo para qualquer esporte, quando aos 36 anos ainda consegue jogar no alto nível e com paixão.

Não são os prêmios pecuniários que os mantem no circuito e sim o amor ao esporte da raquete. 

Em todo o torneio perdeu apenas dois sets, justamente nessa partida final contra o croata Marin Celic que levou a decisão para o tie-break e exigiu do adversário uma superação, principalmente nessa decisão.

Federer entrou no seleto grupo dos vinte tenistas que ganharam 20 Slams em simples.

Além de ser uma maquina suíça de tênis, Federer  junta a qualidade técnica com o fair-play que dá o norte de sua carreira.

Pelo que está jogando, e como se prepara para tal, temos a certeza que iremos tê-lo ainda nas quadras por muito tempo, e trazendo a alegria para quem gosta de um esporte em alto nível.

O mais interessante na sua carreira longa e vitoriosa carreira é a metamorfose em cada jogo.

O esporte mundial necessita de muitos ¨Federes¨ para servirem de exemplo aos iniciantes.

Sem duvida esse jogo na Austrália foi a melhor coisa de ontem.

NOTA 4- UM VOLEIBOL DE ALTO NIVEL

* Após os sonolentos jogos que assistimos no último sábado, fomos recompensados por uma excelente partida de voleibol na decisão da Copa Brasil, envolvendo o SESI-SP e SADA/CRUZEIRO.

Infelizmente um jogo como esse é apenas transmitido por um canal da TV fechada, não permitindo que o Brasil pudesse saber que ainda existem esportes que jogam no mais alto nível.

Lamentamos mais uma vez o procedimento do Sport TV responsável pela transmissão ao não citar o nome completo do time Celeste, ou seja Sada/Cruzeiro, por conta da empresa que o patrocina. 

É proibido cita-la como o fazem com o Red Bull em São Paulo.

Na verdade um modelo do medievo como esse tolhe a presença de patrocinadores nos esportes, mas pelo menos as camisas do clube mineiro apresentam de forma bem clara o nome da empresa, que na transmissão não podem ser apagadas.

O que mais interessa não é essa atitude pequena, mas o jogo em sí, que foi uma aula de voleibol, que terminou no tie-break com a vitória da equipe mineira por 3 sets a 2.

As arquibancadas lotadas de torcedores civilizados, sem um mínimo arranhão, o respeito dentro da quadra entre os jogadores dos dois times, e o fair-play sendo aplicado em dois lances.

No primeiro, Felipe, do Sada acusou que a bola tinha tocado em suas mãos durante um bloqueio. Um fato raro nos esportes em geral.

O segundo foi quando o cubano Leon do time mineiro ao fazer um corte com muita força, a bola chocou-se no peito de Murilo do time adversário, e após o lance passou por baixo da rede para abraça-lo pedindo desculpas por algo normal no voleibol.

São fatos como esses, e jogos de alto nível que mostram que existe vida nos esportes brasileiros.

Um jogo que deveria ter sido levado ao ar em um horário nobre por sua qualidade técnica.

Como no futebol, o volei também sofre com o mesmo monopólio nas suas transmissões, o que é lamentável.

NOTA 5- MAIS UMA DERROTA DO GRÊMIO NO 2º TEMPO

* Quatro jogos, com três derrotas e um empate.

Um ponto somado.

Esses são os números apresentados pelo time alternativo do Grêmio, que foi reprovado no Enem do Futebol.

O mais interessante é que todas as três derrotas da equipe gremista aconteceram no segundo tempo, assim como o empate.

Muita coincidência.

Levou três gols do Avenida na derrota de 3x2.

Três do Caxias na segunda fase, um aos 49 minutos na derrota de 5x3. 

No empate de 1x1 contra o São Luiz, o gol do adversário também saiu nessa fase.

No dia de ontem ao sofrer mais uma derrota, dessa vez contra o São Jose por 2x0, com os gols sendo marcados no segundo tempo.

O time alternativo terminou essa triste jornada, e o titular estará em campo no próximo sábado na busca de 12 pontos dos 21 a serem disputados.

Enquanto o tricolor pena, o Caxias lidera o campeonato, com 100% de aproveitamento. Ganhou os quatro jogos realizados.

São coisas do futebol.