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Escrito por José Joaquim

A história não pode ser apagada, mas pode ser esquecida, e por conta disso lutamos para a preservação na mente dos torcedores do Sport, em especial a sua nova geração, de um titulo conquistado em 16 de dezembro de 1990, consagrando clube como campeão brasileiro da Série B Nacional, retornando à divisão maior em 1991.

Foram passados 27 anos e o esquecimento é total, inclusive da parte do clube, com dirigentes que não conhecem a sua real história, e mal pensam no presente, desde que o futuro é incerto.

Na gestão de João Martorelli, esse pensou em tirar a estrela de prata do uniforme do time, como se essa não tivesse a menor importância.

Fazemos questão de citar  a conquista todos os anos, não por termos participado ativamente dessa, como dirigente do futebol, e  muito mais pelas condições precárias em que vivia o clube, não somente do lado financeiro, e em especial pela desagregação politica.

A conquista do titulo teve uma influencia importante para o Sport, desde que a continuidade na Série B o levaria ao caos, e com esse  acesso foi criada as condições de melhorar as receitas e sobretudo trouxe a união quando foi consolidada uma chapa única para o seu comando, tendo à frente Wanderson Lacerda.

Numa reunião com a presença de vários rubro-negros na residência do então presidente Luciano Bivar, foi dado o pontapé  inicial que levaria à recuperação do rubro-negro da Ilha do Retiro, e isso de fato aconteceu, quando a década de 90 foi da mais alta importância de sua vida e que o estruturou para os demais anos.

No campo de jogo, um elenco simples, formado na sua maioria por atletas da casa, ou da própria região, conseguiram apesar de tudo que aconteceu no clube, trazê-lo de volta a maior divisão do futebol brasileiro.

Jamais presenciamos um grupo tão unido como esse, e tal fato foi primordial para que os objetivos fossem atingidos.

O acesso já estava garantido no jogo contra o Guarani de Campinas, que ficou marcado pela pressão de Beto Zine presidente do time campineiro, agressões ao árbitro e auxiliares, aos atletas do Sport, que conseguiram o empate de 1x1, o necessário para o que estava programado.

A disputa pelo troféu contra o Atlético-PR, serviu para consolidar uma boa campanha, onde os empates foram maiores do que as vitórias (15x11), e apenas duas derrotas em 24 jogos.

Paulo Victor, Givaldo, Ailton, Marcio Alcântara, Agnaldo, Marcos Vinicius, Mirandinha, Joélcio, Luiz Carlos, Sergio Alves, Neco, Glauber, Neco, Lopes e outros que a memória não conseguiu relembrar, mas que estão enquadrados, sob o comando de Roberto Brida, e com o apoio extraordinário do supervisor Vulpian Novaes, que foi tesoureiro e chefe da delegação, que muito contribuiu para a conquista.

Todos no seu conjunto estão sendo homenageados, pois foram esses que deram o título ao rubro-negro, numa demonstração que a base funcionava e tinha amor a sua camisa.

Foi criada uma lenda de que os jogadores dormiram no aeroporto de São Luiz para que uma diária do hotel não fosse paga, com o objetivo de ajudar no pagamento dos salários.

Na realidade o fato aconteceu, mas a história é bem outra.

Após o jogo, o time chegou ao hotel mais de meia-noite, onde seria servido o jantar.

A delegação deveria estar no aeroporto de São Luiz às 05,00 horas, ou seja não teriam tempo para dormir. 

Recebemos um telefonema de Vulpian Novaes,  que estava junto ao técnico  Brida e de Paulo Victor representando os atletas, que nos informou que o grupo achou que seria um desperdício ficar no hotel por duas horas e pagar uma diária inteira, e que queriam seguir para o aeroporto.

Na ocasião ponderamos, desde que a imprensa estava em São Luiz, e esse fato poderia ser distorcido, quando o goleiro nos disse que a decisão foi unânime entre todos os jogadores.

A verdade foi essa, e os personagens estão vivos para confirma-la.

Sabemos que vivemos em um país de memória bem curta, facilmente apagada, e de um clube que faz questão de renegar uma conquista importante que mudou a sua história.

Lamentamos, mas fazemos o nosso papel, enquanto eles esquecem.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ADEUS DEL NERO

* Desde o ano de 2015 que o Comitê de Ética da Fifa enrolava nas investigações sobre Marco Polo Del Nero.

Solicitaram a sua defesa, e esse mandou-as sempre com as mesmas conversas de que era totalmente inocente com relação as acusações.

Ganhava tempo.

As provas foram surgindo durante o julgamento de Jose Maria Marin, e aos poucos esse cartola via um grande buraco se abrindo aos seus pés.

Com a quebra dos sigilos de alguns documentos, inclusive gravações, que caíram no seu colo, e as declarações finais do promotor norte-americano Samuel Nitze, que mostrou que os dois eram as principais autoridades de futebol no Brasil e para o esquema de corrupção internacional envolvendo o esporte era importante pagar suborno a ambos: ¨Se pagar os dois então você terá o Brasil¨, disse aos jurados.

Toda essa documentação foi remetida à FIFA no início da semana, que obrigou ao Comitê de Ética tomar as medidas cabíveis através da suspensão por 90 dias desse cartola, com a possibilidade de mais 45 caso não cheguem ao veredicto final nesse período.

Não temos duvida que esse é o adeus definitivo de Del Nero, já que as investigações procedidas contra Joseph Blatter, Michel Platini e Jeróme Valcke foram iguais a essa, e no final de tudo, o trio foi punido com longas penas, tirando-os do futebol.  

A suspensão do cartola irá resolver o problema do nosso futebol?

A resposta vem de imediato: Não.

Enquanto não houver uma vassourada no sistema, nas federações e nos clubes nada irá mudar,  tudo vai continuar como dantes.

O Brasil precisa de um Lord Taylor, e um governante com  força e coragem como Margareth Thatcher para resolver esse problema, já que os nossos órgãos investigativos nada fizeram até hoje, e assistem de forma tranquila o desfile de Ricardo Teixeira, Del Nero, Kleber Leite entre outros, pelo país.

Onde está a Receita Federal?

Só Freud poderá explicar tanta omissão. 

O resto é nadar e morrer afogado.

NOTA 2- NO TOP 100 DE PÚBLICO O MELHOR CLUBE BRASILEIRO FICARIA NO 41ª LUGAR

* O site Deportes & Finanzas divulgou o ranking dos cem maiores clubes da Europa com relação a média de publico. 

Entre esses apenas quatro clubes brasileiros estariam no TOP 100 europeu.

O Corinthians teria a melhor classificação, bem longe dos lideres, no 41ª lugar, com a média de 40.007 pagantes por jogo.

O segundo brasileiro seria o São Paulo com 35.228 (45º lugar), Palmeiras, com 29.668 (56º) e o Bahia, com 21.541 (98º).

O TOP 10 ficou assim composto:

1º- Borussia Dortmund- 80.860 torcedores por jogo,

2º- Bayern de Munique- 75.000,

3º- Manchester United- 74.892,

4º- Totthenham- 66.733,

5º- Real Madrid- 63.456,

6º- Atlético de Madrid- 63.234,

7º  Barcelona- 62.443,

8º Schalke- 61.057,

9º Arsenal- 59.377 e,

10º- Internazionale- 58.621.

O que chamou mais a atenção foi a posição do Barcelona, perdendo inclusive para o Atlético de Madrid.

Por outro lado a Major Soccer (MLS dos Estados Unidos), que como já mostramos em uma postagem anterior ficou bem acima da média do futebol brasileiro, teve alguns clubes superando os nossos, como o Atlanta FC (48.200) e o Seattle Sounders (43.666).

O Dallas FC que foi o de menor média de público na MSL (15.122), ficaria à frente de 15 clubes do Brasileirão.

Na comparação com o cenário da Europa, a Liga norte-americana encaixaria os seus 22 clubes entre os cem.

* Dados da Espn Brasil e do site Deportes & Finanzas

NOTA 3- O INDEPENDIENTE AJUDOU O AMÉRICA MG

* Um fato que passou despercebido e que aconteceu com o resultado do jogo entre Flamengo e Independiente da Argentina, foi o favorecimento ao América MG.

Atlético-MG, Sport e Vasco torciam para o rubro-negro carioca, e uma outra torcida desejava a sua derrota, a do Coelho mineiro. 

O resultado fez com que o América garantisse a sua presença nas oitavas de final da Copa do Brasil, o que antes estava garantido, mas por conta da possibilidade de nove times na Libertadores, essa situação seria anulada.

O Regulamento do Circo do Futebol é bem claro quando colocou uma ressalva, determinando que no caso de nove clubes classificados para a Libertadores, o campeão da Série B iniciaria a competição na sua primeira fase.

A última aparição da equipe de Minas Gerais nas oitavas foi em 1998, quando foi derrotado pelo Sport pelo placar agregado de 5x4.

Na temporada passada o time caiu na segunda fase.

A derrota do time da Gávea derrubou três times, e ajudou um por tabela que agradeceu penhoradamente.

NOTA 4- AS ESTATÍSTICAS E O GRÊMIO

* Na tarde desse sábado  (15h00 no horário de Brasilia) teremos a final desse grotesco Mundial de Clubes, quando o campeão só joga duas vezes,com a presença do Grêmio de Porto Alegre enfrentando o Real Madrid.

Nesse mundo da era da imbecilidade ouvimos algumas coisas que beiraram o ridículo, como o debate promovido pela imprensa juvenil sobre Renato Gaúcho ser ou não ser melhor jogador do que Cristiano Ronaldo.

Até aquele técnico do 7x1 deu a sua opinião, que para nós vale tanto quanto um tostão furado.

O técnico gremista foi um bom jogador, e nunca passou disso, enquanto o atacante luso é um ótimo jogador, ganhador de várias bolas de ouro como o melhor do mundo.

Trata-se de um assunto para quem não tem nada o que fazer.

Voltando ao jogo sem duvida a equipe espanhola completa é favorita para  conquista do título, e isso deverá acontecer, mas alguns dados publicados pelo jornal espanhol Mundo Deportivo, poderão alimentar as esperanças do time brasileiro.

De acordo com o periódico, desde a criação da Copa do Mundo em 2000 em quatro ocasiões houve uma final entre times brasileiros e europeus, e destas apenas o Barcelona superou o Santos em 2011.

O São Paulo venceu o Liverpool em 2005, o Internacional ganhou do Barcelona em 2008 e o Corinthians do Chelsea em 2012.

Realmente é uma boa coincidência e que o tricolor gaúcho pode se apegar para a obtenção de uma vitória. 

NOTA 5- SANTA ARROGÂNCIA

* Eduardo Bandeira de Mello era um bom técnico do BNDES que sem duvida é uma boa escola.

Mas parece que o futebol emburrece e transforma as pessoas, e o cartola foi um dos contaminados com o vírus da arrogância.

Por uma coincidência o seu clube, o Flamengo também é rubro-negro tanto quanto o Sport, como o Atlético-PR, cujos dirigentes também primam por serem arrogantes.

Numa entrevista no dia de ontem, Bandeira deu uma declaração que passou dos limites, quando analisava a barbárie que aconteceu no jogo final da Copa Sul-Americana, esse afirmou que os torcedores dio Flamengo estavam acima do bem e do mal.

São declarações desconexas como essa, que ajudam a aumentar a violência no futebol.

Quando afirmamos que o problema real do futebol brasileiro está na cartolagem, estamos com razão.

NOTA 6- A LISTA DA NOVA TEMPORADA 

* O jornalista Wanderley Nogueira, da Rádio Jovem Pan é um dos poucos no Brasil que vem acompanhando de perto o caso FIFAGATE, e as suas informações sempre batem com a realidade.

Segundo esse com o afastamento de Del Nero deverá ser iniciada a segunda temporada do escândalo do futebol mundial.

As delações com os sigilos quebrados, tornaram-se públicas, e alguns nomes estão sendo citados, e entre esses uma lista com 40 brasileiros, cujos nomes irão surgir nas mídias muito em breve.

Tem até um senador da República.

Vamos checar os nomes que estão em nosso poder, para a devida divulgação.

Será uma festa.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- AS TRAIÇÕES NA OCRIM

* No dia de ontem os advogados de José Maria Marin apresentaram a sua defesa perante a Corte de Justiça de Nova York, e entregaram a cabeça de Marco Polo Del Nero como o líder da Ocrim do futebol, e o responsável pelo recebimento das propinas.

Marin traiu o chamado ¨Rei¨ nos documentos apresentados, dando o troco da traição que deixou a sua esposa sozinha em Zurique, e fugiu para o Brasil logo após a sua prisão.  

Na tarde de ontem vários documentos sigilosos foram abertos, e um deles era uma gravação de J.Hawilla que coloca o presidente do Circo no centro do furacão.

Toda essa documentação foi remetida à FIFA para a continuação da investigação do cartola, que continua dizendo que não existe provas contra ele, e sim indícios. Todo culpado tem essa mesma conversa.

Esse futebol brasileiro é realmente surreal.

Um ex-presidente escondido no Brasil, o outro preso nos Estados Unidos, e o atual que não pode viajar com medo de ser preso pelo FBI.

Vamos e venhamos, só um idiota poderia acreditar nessa história de inocência de Del Nero, desde que se isso fosse verdadeiro esse estaria viajando pelo mundo afora.

Quem não deve, não teme.

Se Del Nero tivesse certeza de sua inocência, deveria comprar uma passagem para Nova York para se defender.

Essa seria a atitude de um inocente.  O resto é conversa para boi dormir.

Pelo andar da carruagem José Maria Marin será condenado à prisão perpétua.

NOTA 2- SEM MEL NEM CABAÇA

* A diretoria do Sport Recife apostou numa coisa para ganhar outra, perdeu  as duas, ou seja ficou sem nada.

Em outras palavras encaixou-se de forma perfeita no antigo ditado: ¨Sem mel nem cabaça¨.

Ao desprezar a participação na Copa do Nordeste que traria recursos para o combalido caixa do clube apostou na Sul-Americana, cuja última esperança estava focada nas chuteiras do Flamengo, fato esse que não aconteceu.

Um grande prejuízo financeiro, sem a menor chance de ser coberto por outro evento.

A Primeira Liga faleceu de forma precoce. Nem Calendário tem, e o rubro-negro terá apenas o fraco estadual no seu inicio de temporada, e com prejuízos certos pela frente.

Um outro conhecido ditado diz que: ¨Um passarinho nas mãos é melhor do que dois voando¨, e esse foi o problema do Sport, que tinha a Copa Regional nas mãos, e jogou em dois passarinhos que voavam, a Copa Continental ou a Primeira Liga.

São fatos como esse que mostram o tipo de gerenciamento adotado pelo clube, que traz a opção pelo vermelho nas receitas.

Lamentável.

NOTA 3- AUDITORIAS NOS CLUBES BRASILEIROS

* Nenhum clube brasileiro suportará uma auditoria externa que não seja as que são pagas por esses. 

O exemplo do Internacional de Porto Alegre, é sem dúvida o melhor retrato para mostrar essa realidade.

A situação estava tão cinza, que o problema foi parar na Promotoria do estado.

Todos os clubes do país tem seus auditores contratados que recebem para analisarem os balanços, e isso é sem duvida algo muito grave, desde que ficam tolhidos de uma analise mais profunda, confiando apenas nos documentos que lhes são apresentados.

Tudo isso só é auditado após o balanço fechado no final do ano.

O Santos é um outro exemplo, desde que ninguém sabia o valor real dos seus débitos, que espantaram o novo presidente.

Não podemos e não devemos ter o menor sentido de desconfiança no trabalho das auditorias, mas na verdade esse é muito limitado pelos próprios clubes.

O modelo ideal para a solução dos problemas, está na formação de um Conselho Gestor independente, indicado pelos associados, com a atribuição de acompanhar a movimentação de suas finanças, e que as auditorias sejam contratadas e pagas pelos associados, com uma pequena contribuição em suas mensalidades.

Uma fórmula simples e que irá acabar de vez as caixas pretas que existem em todos os clubes do futebol brasileiro, e que sempre assustam quando os comandos são mudados.

NOTA 4- BRASILEIRÃO EM SEGUNDO PLANO

* O ano de 2018 irá deixar o Brasileirão mais uma vez em segundo plano.

A banalização na classificação de times para as disputas da Copa Libertadores e Sul-Americana, reduziram a meritocracia dos pontos corridos para a garantia de que 14 clubes entre os 20 disputantes na próxima temporada estejam envolvidos nessas competições.

Na realidade um campeonato que premia clubes que andaram pela zona do rebaixamento, certamente tem algo de irreal, desde que a disputa começa com oito clubes na Libertadores, em um universo de 20, e seis na Sul-Americana, a briga por colocações foi reduzida.

Ao analisarmos o Calendário de 2018, verificamos que a Libertadores terminará no fim do ano, e a Copa do Brasil em setembro, e os clubes que estiverem envolvidos nessas, certamente como aconteceu com o Grêmio, deixarão de lado o Brasileirão, após a garantia da vaga para a competição continental no próximo ano, e passarão a dedicar-se apenas ao evento do mata-mata, abandonando os pontos corridos do maior campeonato do Brasil. 

Sabemos que o futebol sobrevive por conta dos recursos financeiros, e nessas competições os valores são altos, mas algo deveria ser feito para a preservação do seu maior campeonato.

Hoje no futebol brasileiro se premia a incompetência.

É surreal.

NOTA 5- ONDE ESTÁ WALLY?

* Marco Polo Del Nero é a nossa Wally, onde todos estão querendo saber onde se encontra.

O cartola foi procurado no Maracanã na final da Copa Sul-Americana, mas não compareceu.

Sabíamos que esse tem medo do FBI, mas no Brasil que é o país que abriga valhacoutos sem nenhuma reação, o cartola poderia passear livre e feliz desde que não será importunado.

Como um presidente de uma entidade que está sediando a final de um torneio continental não teve a mínima gentileza de recepcionar Alejandro Dominguez, o novo presidente da Conmebol, a entidade que comanda o futebol Sul-Americano? 

Além desse, o presidente da AFA-Associação do Futebol Argentino, Claudio Tapia, também estava presente na entrega do troféu e das medalhas.

Del Nero mandou dois prepostos, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, que é o seu cordeirinho de longas datas, e Fernando Sarney, cujo nome já diz tudo.

Na verdade para ir ao Maracanã não precisa de passaporte, algo que o presidente do Circo não pode utilizar, mas a sua ausência foi por conta de possíveis vaias, e sobretudo de vergonha de encontrar dois novos cartolas que todos falam serem fichas limpas, uma raridade nesse futebol sul-americano.

Além da ausência de Marco Polo que não viaja, os jogadores do Flamengo mostraram a falta de educação desportiva no recebimento das medalhas do vice-campeonato, com alguns pegando-as com as mãos, e outros sem as colocarem no pescoço. 

Estavam enojados.

São coisas de um futebol que é avacalhado pela própria natureza.

Por favor quem encontrar Wally avisem ao blog.

NOTA 6- DAVID E GOLIAS

* O Grêmio penou para vencer o Pachuca que foi melhor em campo, e só foi derrotado na prorrogação por conta do desgaste físico.

Por outro lado apesar de dominar o seu jogo contra o Al Jazira, o Real Madrid penou para conquistar a vitória.

Amanhã teremos a final do Mundial de Clubes entre o time espanhol e o brasileiro.

Ouvimos uma entrevista com o técnico do time merengue, e esse menosprezou totalmente o tricolor gaúcho ao afirmar que conhecia muito pouco sobre esse.

Não é verdade, desde que o clube com seu setor de inteligência deve ter levantado os jogos do rival.

Uma arrogância sem limite.

Na rotina normal o Real é favorito absoluto, mas pelo que vimos nos dois jogos, o Grêmio poderá fazer um bom encontro, muito embora esteja bem longe na qualidade técnica e sobretudo financeira do rival.

O clube madrilenho teve uma receita na temporada de 2016/2017 de R$ 2,52 bilhões, se comparada com a do clube brasileiro com menos de R$ 300 milhões,  é e mesma distância que separa a terra da Lua.

Os valores pagos a Cristiano Ronaldo que é a estrela do Real em uma temporada, é maior do que a receita da equipe gaúcha de um ano.

Não é apenas pela diferença financeira que o clube de Madrid é favorito, e sim pela disparidade técnica de seus jogadores, mas como sonhar não é nenhum pecado mortal, que os torcedores do tricolor continuem pensando em um bom  resultado para o seu time, desde que um dia Golias foi derrotado pelo pequeno David. 

Escrito por José Joaquim

Na última quarta-feira que deveria ser uma festa do nosso futebol, mais uma vez se transformou em um espetáculo de selvageria graças aos torcedores do Flamengo.

O Maracanã estava repleto, um pouco mais de 57 mil pagantes, com muitas famílias, dando-nos a falsa impressão de uma cena que sempre assistimos no mundo civilizado, quando os encontros futebolísticos começam e terminam da mesma forma, tudo dentro da tranquilidade.

No domingo passado assistimos um clássico do futebol inglês entre dois tradicionais clubes de uma mesma cidade, Manchester, com o Old Trafford lotado, sem nenhum arranhão para deslustrar um jogo que se transformou em espetáculo.

Já falamos diversas vezes que o Brasil perdeu o seu rumo há algum tempo, e isso vem influenciando na formação de sua sociedade, que assumiu momentos de degradação nos seus segmentos, inclusive no futebol, onde torcedores que não são maioria, mas tem a força para espanta-la, abraçaram a violência como a arma para as necessidades mentais.

Uma decisão de uma Copa Sul-Americana que poderia ser uma festa do esporte, com dois clubes tradicionais do Continente, desde o dia anterior ao jogo começou de forma turbulenta e grotesca.

Uma briga entre torcidas do Flamengo e Independiente na porta do hotel que hospedava a equipe portenha terminou em pancadaria, e com a interferência policial.

Os rubro-negros como no tempo antigo, estavam promovendo um foguetório para interromper o sono dos rivais.

A torcida argentina tentou impedir, e a barbárie começou. 

Na noite do jogo, o Maracanã pronto para receber uma festa que na verdade é um encontro de futebol, testemunhou uma briga campal na sua porta e o festival de bombas, spray de gás pimenta, e várias prisões, a invasão daqueles que estavam sem ingressos, que arrombaram um portão de entrada.

No campo de jogo a bola rolou sem nenhuma violência, e terminou totalmente na paz, com os portenhos conquistando o título.

Ainda dentro do estádio começou a confusão com os protestos da torcida do Flamengo, que ganhou às ruas, e sendo mais uma vez enfrentada pela policia, com todos os seus aparatos.

Por outro lado o bom torcedor teve que esperar dentro do estádio para voltar para casa.

Do lado de fora as grades voavam de um lado para o outro.

Uma foto dos jogadores portenhos comemorando o título dentro de um ônibus depredado foi sem dúvida o melhor momento desse evento, e que catalisou toda a selvageria que aconteceu.

Como ir a um estadio de futebol com sua família, para depois enfrentar uma batalha campal?

Essa é a pergunta que todos sabem a resposta: O Brasil há anos que vem degradando-se, a impunidade reinante é o motivador do que acontece no país onde a violência domina em todos os seus setores.

Os clubes foram os culpados na criação de torcidas organizadas, e as investigações que estão sendo feitas mostram que no Rio de Janeiro todos tem comprometimento com essas facções criminosas, o reflexo está bem claro, e o jogo de ontem deixou a sua foto para comprovar.

Ir a um estádio hoje é sem duvida algo para se estudar, desde que o torcedor sai de casa sem saber se irá retornar.

Mais uma vez o futebol brasileiro termina nas páginas policiais.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Os esportes brasileiros em quase totalidade, passam por uma fase de ostracismo e poucas expressões.

Um sério problema que o país vem enfrentando é o da ausência de referencia em cada área esportiva, que possa despertar o interesse de uma nova geração para a prática e acompanhamento do esporte.

O futebol está entre aqueles que mais sofreu com tal fato, desde que há anos não tem um ídolo maior, o seu ponto de apoio.

A referência é fundamental numa sociedade.

Essa começa na família, quando os filhos tem como exemplo os pais, passa para a escola, quando os professores são admirados, e nas atividades esportivas sempre busca o seu ídolo.

O futebol brasileiro teve grandes mitos, que motivaram a sua prática. Pelé, sem duvida, foi o maior, e serviu de mote para várias gerações.

Com a sua aposentadoria, o lugar ficou aberto até a chegada de Zico, depois Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Neymar poderia ter sido um bom substituto, mas deixou o pais antes de consolidar-se como tal.  

Hoje os ídolos dos jovens estão no exterior, inclusive no voleibol que foi o último esporte a perder as suas grandes referências e que são aplaudidos até hoje.

Os que acompanham diversos esportes, hoje tem Messi e Cristiano Ronaldo, como ídolos, no basquete depois da geração de Oscar, Marcel, Hortência e Paula, todos correram para Michael Jordan, Magic Johnson, Shaquille O'Neal, e hoje acompanham Lebron James, Dewyane Wade, Kevin Durant entre outros.

No atletismo o pais contou com Ademar Ferreira da Silva, João Carlos de Oliveira, Joaquim Cruz, e  mais recente, Maurren Maggi e Fabiana Murer, que não estão mais nas pistas. No tênis, Gustavo Kuerten mudou o nível desse esporte no Brasil, mas não conseguiu formatar seguidores da mesma qualidade técnica , e encontra-se na UTI.

Depois do futebol, quem mais sofreu com a perda de suas referências foi o basquetebol.

A modalidade foi disseminada nas escolas, que ajudou o crescimento, e todos tinham os seus ídolos, no feminino Hortência a Paula e, no masculino, Oscar e Marcel.

No momento não temos ninguém como expoente, e o esporte entrou em fase de decadência.

Pelé enchia todos os estádios em que jogava, era o craque de todo brasileiro, independente da camisa, e o mesmo se dava com os ídolos do basquete já referenciados, que lotavam os Ginásios, quando todos queriam vê-los de perto, e nós que acompanhamos esse segmento presenciávamos a empolgação dos jovens quando de suas presenças.

Na verdade não foi somente nos esportes que o Brasil perdeu um padrão de exemplo a ser seguido, e com mais força na politica, cujo espaço foi ocupado em boa parte por aproveitadores, que não fazem nada a não ser por seus interesses pessoais, ou então meterem as mãos nos cofres públicos.

É uma triste realidade de um país que passa um momento sem ter um  bom espelho para servir de miragem para uma nova geração, e o resultado é a soma de tudo isso que estamos assistindo.

Lamentável.