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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O MARACANAZO

* Do lado de fora do Maracanã, antes do jogo um tumulto provocado pelos torcedores do Flamengo que não tinham ingressos, e queriam entrar no estádio.

Prisões, pancadaria, spray de gás, foi o espetáculo do pré-jogo, o que aliás sem nenhuma novidade nesse avacalhado futebol brasileiro.

O estádio lotado com a torcida do Flamengo, voltou a viver os seus tempos de Maracanazo, com a conquista da Copa Sul-Americana pelo Independiente da Argentina, que conseguiu um empate de 1x1 que lhe garantiu a conquista.

O rubro-negro sucumbiu ao melhor jogo do adversário.

Foi a vitória de um futebol que rolou a bola no gramado, trocou de passes com competência, e soube se defender nos momentos certos, contra um Flamengo que jogou de forma desorganizada e com o futebol Infraero com bolas pelo alto para dentro da área adversária, que na verdade pouco produziram.

A defesa sempre levava vantagem.

O Independiente foi um time maduro comandado por um jovem de 18 anos, habilidoso no trato com a bola e que foi o protagonista da partida.

Barco é o nome que deve ser anotado, e sem duvida será uma estrela nos campos da Europa.

O clube da Gávea gastou milhões de reais na temporada, terminou apenas com um título de pouco valor, o de campeão carioca.

Os seus torcedores já esqueceram.

Com a derrota da equipe rubro-negra, o Vasco que sonhava com a vaga na fase de grupos da Copa Libertadores vai ficar mesmo na Pré, enquanto o Atlético-MG cujos seguidores na noite de ontem torceram pelo Flamengo ficou longe dessa competição, em um ano desastroso do seu futebol.

Enfim os Deuses do Futebol não permitiram que o Sport, um time que lutou contra o rebaixamento até a última rodada, e só escapou por conta do Corinthians amigo, tivesse uma boquinha na Sul-Americana, que na verdade não era justo.

Um time ruim não merecia esse premio. 

NOTA 2- UMA LIMINAR ENGAVETADA

* O blog do Perrone que é publicado no portal UOL, levantou um fato que merece um bom debate, e que está relacionado a uma ação civil pública, de autoria do promotor Rodrigo Terra, do Rio de Janeiro, contestando a assembleia feita em março pelo Circo do Futebol.

Nessa é pedida a destituição de Del Nero e toda a sua diretoria por suposta irregularidade na reunião que deu peso maior ao voto das federações em relação aos clubes.

O representante do Ministério Público também solicita o afastamento do cartola até o resultado definitivo do caso.

Na realidade entre idas e vindas, com relação ao endereço atual do Circo, desde que estava com o antigo, que provocou uma demora, a Justiça não tomou uma decisão sobre o pedido da liminar, o que mostra o poder dessa gente que comanda a entidade do futebol brasileiro.

Enquanto todos os dias aparecem mais acusações contra esse cartola na Justiça norte-americana, um pedido de liminar que pede o seu afastamento está engavetado em uma sala do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Um caso que nem Freud poderia explicar.

De acordo com o Ministério Público, o Circo não poderia ter feito uma assembleia para alterar as suas regras eleitorais, sem a participação dos clubes.

Para os menos avisados, essa foi uma manobra nas caladas da noite, para impedir o aumento de poder de decisão dos times.

Pelo menos no dia de ontem o cartola teve um inquérito aberto pela policia de São Paulo por conta de contratos estranhos, quando esse era presidente da Federação Paulista. 

Só mesmo no Brasil isso poderia acontecer.

NOTA 3- POBRE FUTEBOL BRASILEIRO

* O presidente da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, certamente estará no voo da alegria com destino à Rússia, para a assistir a Copa do Mundo como convidado pelo Circo.

Enquanto isso a sua entidade passa por vexame, inclusive na tabela do estadual, quando está marcado o jogo Operário e Misto para uma quinta-feira 29 de fevereiro.

Procuramos o atual calendário gregoriano, e esse nos mostrou que em 2018 não consta essa data, desde que ano bissexto só acontece de quatro e quatro anos, e como 2016 foi um desses, o próximo será em 2020.

Certamente esse jogo só será realizado nesse ano.

Por outro lado, antes de começar a competição estadual, com a tabela divulgada, o Naviraíense pediu o seu afastamento da competição, sob a alegação da ausência de recursos.

A entidade convidou o Cena, terceiro colocado na Série B local, mas teve a recusa por conta dos mesmos problemas.

Esse é o retrato de um futebol abandonado, com uma Confederação rica e que poderia dar um apoio as federações menos aquinhoadas como essa, mas prefere gastar com os seus eleitores.

Uma vergonha.

NOTA 4- O FUTEBOL DE HERÓIS E DOS TALISMÃS

* Não existe nada mais grotesco de que o tratamento dado a alguns jogadores que ficam no banco de reservas, e quando entram no jogo, fazem o gol salvador para o seu time, ou colaboram para tal.

São os talismãs humanos.

O jogador Everton do Grêmio é o mais novo do setor.

As mídias não o reconhecem como um jogador mediano, com alguma qualidade para transforma-lo em um amuleto da sorte, por conta de suas participações em momentos salvadores.

Como esse é sem duvida o 12º jogador, pronto para participar de um jogo, sempre é utilizado, e em alguns momentos consegue fazer algo importante que muda o seu placar.

Obvio que isso só acontece por conta do profissional ter a devida qualidade.

Na realidade estão confundindo amuleto com talismã que são coisas bem diferenciadas.

Por outro lado observamos que a palavra herói vem sendo utilizada de forma desordenada pelas mídias esportivas quando um atleta faz um gol da vitória do clube, ou o goleiro pratica defesas milagrosas.

Ambos ganham bons salários, para que possam cumprir aquilo que é determinado por sua profissão. 

Fazer um gol é o maior atributo de um atacante, e agarrar as bolas fica para o lado do goleiro.

Estamos vivendo uma era de banalização desses termos.

Herói é sem dúvida os nossos Severinos e Josés que lutam pela vida, heróina foi a professora de Janaúba que morreu salvando crianças de um incêndio, e não um personagem que é pago para tal.

Esses fatos nos incomodam quando lemos ou ouvimos.

NOTA 5- UMA CONTRATAÇÃO EQUIVOCADA 

* O Internacional de Porto Alegre no ano de 2015, contratou o meia Anderson como uma referência para o seu futebol.

Esse vinha da Europa onde jogava muito pouco, mas a cartolagem Colorada fez uma aposta cara dando-lhe um contrato de 4 anos com o salário de R$ 500 mil mensais.

Foi um fiasco, e nunca firmou-se como titular.

Dois anos após estava treinando em separado dos demais jogadores, mas os pagamentos eram realizados em dia.

Na temporada que encerrou-se no inicio desse mês, foi emprestado ao Coritiba, com o clube gaúcho pagando 2/3 do seu salário.

Jogou muito pouco no time paranaense, que como o Internacional de 2016, foi rebaixado para a Série B.

Trata-se de um problema grave que custa muito caro para o cofre Colorado, e que não terá uma solução amigável, desde que Anderson que está gozando férias nas Ilhas Maldivas, paraíso dos milionários do mundo, mandou um recado para a diretoria do clube, de que não irá fazer acordo para a rescisão do contrato, e quer cumpri-lo até o seu final, mesmo treinando no CT das bases.

Um exemplo de como se faz o futebol brasileiro, e a maneira como se torra os recursos de um clube.

Contrataram um jogador que todos sabiam que era complicado, e um dia foi bom, mas na verdade perdeu a vontade de jogar, e terão que paga-lo até o final do contrato, com milhões desperdiçados.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 6- UMA QUASE ZEBRA

* Quase que a zebra deixava a sua marca no Zayes Sports City, no encontro entre o Real Madrid e Al Jazira.

O time espanhol sofreu para derrubar o biarticulado que foi posto à frente do time dos Emirados Árabes que jogou fechado no sistema 10-1.

O contra-ataque era a arma do El Jazira, e através de um desses o placar foi aberto aos 40 minutos do primeiro tempo, com um gol de Romarinho que fez um bom jogo, apesar das limitações do seu time.

O Real tentava de tudo e não conseguia furar o bloqueio.

No segundo tempo a equipe espanhola conseguiu empatar e no final do jogo desempatar, garantindo a passagem para a final contra o Grêmio sem jogar a prorrogação.

A arbitragem foi ridícula, anulou um gol da equipe madrilenha totalmente legal.

Aliás sem nenhuma novidade, desde que o apitador era nada mais, nada menos o brasileiro Sandro Meira Ricci.

O futebol defensivista de hoje, torna um time medíocre como o árabe em um rival perigoso, o que realmente aconteceu.

No próximo sábado acontecerá a partida final contra o Grêmio, um adversário mais forte, e talvez possamos ter algo parecido com o que chamamos de futebol, desde que os dois jogos das semifinais ficaram longe disso.

NOTA 7-  QUEM SEGURA PEP GUARDIOLA?

* Mais uma noite na Inglaterra de um baile de futebol.

Quando o City entra em campo, é a certeza de que teremos um aula do técnico Pep Guardiola, que está transformando esse clube em um novo Barcelona.

O técnico espanhol conquistou os ingleses pela maneira que seu time joga.

Troca de passes, sem faltas, sem chutões, e com a proibição de bolas alçadas, inclusive nos escanteios.

A vitima foi o Swansea, que levou uma goleada de 4x0, com direito a um show sob os gritos de Olé da torcida.

A incrível campanha do Manchester City está chamando a atenção do mundo futebolístico, e influenciando o próprio futebol inglês.

Em 51 pontos disputados na Premier League, a equipe de Manchester conquistou 49, 16 vitórias e um empate.

São 15 vitórias seguidas.

Hoje sem duvida é a melhor equipe do mundo, graças ao trabalho de um gênio do futebol que é Pep Guardiola. 

Vale a pena ver o seu time jogar.

A pergunta continua em aberto: Quem segura esse treinador?

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro viaja numa antiga Maria Fumaça que corria pelos trilhos bem devagarinho, demandando um longo tempo até chegar a estação.

O número de torcedores presentes na sua maior competição teve um pequeno crescimento, por conta das novas arenas, que foram construídas para a Copa do Mundo.

No ano de 2013, a soma total foi de 5.681.355 pagantes, com um aumento de 15,2%, em relação ao ano de 2012, que foi o maior da série histórica e que animou aos que dirigiam esse esporte.

Em 2014 com uma maior intensidade da utilização das novas arenas, o publico totalizou 6.208.100, com um incremento de 8,48%, com uma queda com relação ao período de 2012/2013 (15,2%).

Na temporada de 2015 o percentual foi bem menor se comparado com o do ano anterior (8,48%), desde que a competição abrigou 6.374.531 pagantes, com um aumento de 2.7%.

Cresceu no número, e caiu no crescimento percentual.

Na temporada de 2016, aconteceu mais uma queda, quando somou nos 380 jogos disputados 5.756.085 torcedores, com uma redução de 9,7%, e na temporada de 2017 houve um pequeno crescimento de 4,5%, com 6.020.070 pagantes.

Os últimos números representam apenas  um percentual de 5.3% da população que poderia frequentar os estádios de futebol, quando retiramos do total os que não gostam desse esporte, e os brasileiros de 0 a 12 anos. 

Existe uma demanda estimada em 114.007 milhões de torcedores para ser trabalhada, e nada foi realizado.

A densidade da população que poderia participar de forma ativa do futebol brasileiro é ínfima, se considerarmos alguns países europeus.

É bem lógico que aqueles que contemplam uma menor densidade demográfica, apresentam as condições e os números que podem distorcer a realidade, mas de qualquer maneira estão bem acima de nosso país.

Na Holanda esse percentual é de 36%, Bélgica (32%), Inglaterra (25%), Portugal (25%), Espanha (23%), Alemanha (16%), Itália (15%), França (12%).

Quanto maior a população, os percentuais são mais reduzidos.

A Escócia é um fato bem raro, tem uma população estimada em 5,3 milhões de habitantes, e quase 3,3 milhões assistem os jogos dos seus campeonatos.

De forma conservadora, se aplicarmos um aumento do nosso percentual para 10% teríamos 11.400 milhões de torcedores no Brasileirão, com uma média de 30 mil pagantes por jogo.

Um sonho factível de acontecer, mas para isso necessita-se de boas cabeças pensantes, e sobretudo seriedade.

Enquanto os estádios brasileiros estão sempre com ociosidade, as poltronas cresceram de forma vertiginosa, inclusive por conta do futebol europeu.

Esse crescimento bem conservador para o tamanho da população esbarra na realidade brasileira, que hoje tem estádios muito mais estruturados para receberem os seus torcedores, mas enfrenta um problema muito grave, que é o da falta de organização, e principalmente da falta de credibilidade dos que fazem o futebol no país.

Estádios lotados, as receitas maiores, mas os cartolas do futebol brasileiro ficam emocionados com o dinheiro pago pela televisão, e esquecem de focar algo que é importante para o setor, ou seja a presença de torcedores nos estádios, e para que isso aconteça terão que ser tratados como verdadeiros consumidores, e não como gado. como acontece atualmente.

Dobrando o público, através de competições bem formatadas, certamente os novos caminhos serão abertos.

O difícil é fazer acontecer.

Escrito por José Joaquim

O artigo ¨Futebol Sem Berço¨ que foi postado no dia de ontem teve uma boa repercussão, e que nos motivou a dar uma continuidade da análise de um tema muito importante para o esporte da chuteira no Brasil.

O futebol brasileiro passa pelo mesmo processo de nossa educação, ambos na mesma sala de uma UTI hospitalar. Somos de uma geração que a base do ensinamento era nos chamados cursos primários.

Ali aprendíamos de tudo, e levávamos para o ginásio, pulando para o científico, e desse para a Universidade, cujo acesso era feito com provas escritas e orais.

A base era bem feita e servia para o resto da vida.

Hoje com raras exceções, a escola pública resumiu-se apenas a merenda escolar. Os professores não são bem remunerados.

Não vivem, sobrevivem.

Criaram um Enem em que a língua pátria é maltratada, com palavras como ¨trousse¨, e ¨Chadrez¨.

O futebol tem a sua similaridade, quando tinha o seu curso primário na várzea, que foi substituída pelas escolinhas, que nada ensinam e somente cobram para aulas de futebol, com professores que não conhecem nada sobre o esporte.

O jogador talentoso tornou-se uma peça rara, e por conta disso, retrocedemos no tempo e no espaço, quando o futebol de várzea projetava talentos, e dava-lhe a habilidade no trato com a bola.

Aprendiam de forma correta o ABC. A várzea ensinava os dribles, o chapéu, a lambreta, a condução da bola, e nada disso encontramos nos jovens futebolistas de hoje.

Os campos de bairros foram tragados pelo progresso desordenado, para darem lugar aos espigões que matam as cidades por asfixia, e com a gravidade da omissão do poder público com relação ao fato, que foram aprovando projetos e mais projetos, e esquecendo da necessidade da preservação das áreas de lazer.

Quantos campos de várzea formadores de talentos desapareceram?

Se fossemos enumerar, teríamos um verdadeiro livro. Sem a várzea o futebol ficou órfão.

As escolinhas dos clubes, e de campos particulares proliferaram, recebendo jovens que sonham com a carreira no futebol. Um grande engano, visto que esse modelo nada ensina, e são apenas meros instrumentos de captação de recursos para os clubes ou para os seus proprietários.

Muitas vezes um jovem passa anos pagando as suas mensalidades, sem nenhum progresso, e mostrando as suas poucas aptidões para esse esporte.

Os novos atletas pertencem aos empresários, e chegam aos clubes sem muitos ensinamentos, e serão sem duvida os próximos brucutus dos gramados.

O futebol brasileiro originou-se na várzea. Foi discriminado pela sociedade e até mesmo pela policia. Eram jogos com os mais velhos, mas os jovens começaram a participar, e divertiam-se jogando com bolas de meia e de papel.

Na várzea o jogador aprendia a ter criatividade, inventava jogadas e começava a tratar bem a bola. Os campos tinham buracos e isso os levavam ao aprendizado, não somente para driblar os adversários, como os acidentes encontrados nesses pedaços de terra que serviam para as partidas de futebol.

Fomos peladeiros e conhecemos de perto o sentimento da várzea. Não havia brigas nos jogos, e os responsáveis pela segurança eram os ¨donos¨ dos times.

Tivemos grandes clubes de várzea em nossa região metropolitana, que serviram como celeiro dos clubes pernambucanos.

Hoje para se jogar futebol tem que se matricular numa escolinha, enquanto a várzea era grátis, sem ônus, sendo a população carente a mais atingida, cujos pais não podem pagar para que um dos seus filhos tente ser um atleta de futebol.

Na realidade esse antigo modelo era o curso primário de um futebol que tornou-se o melhor do mundo, e hoje agoniza numa UTI.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM MUNDIAL DE DOIS JOGOS

* Esse Mundial de Clubes é hilário.

Para ser campeão torna-se necessário ganhar dois jogos.

Na noite de ontem em Al Ain, Emirados Árabes, o Grêmio fez sua estreia contra o Pachuca do México, e só conseguiu vencer a partida na prorrogação quando o adversário estava caindo pelos tabelas por conta do jogo anterior que teve também uma decisão por mais trinta minutos.

Aos seis minutos desse novo período, Everton em uma bonita jogada pessoal fez o gol da vitória gremista.

Nem o time gaúcho, nem o mexicano tinham o domínio do jogo.

Esse teve alternâncias.

O Grêmio foi melhor até os 15 minutos do primeiro tempo. Daí em diante o dono do jogo foi o Pachuca, que obrigou o goleiro Marcelo Grohe a trabalhar com boas defesas.

O segundo tempo foi alternado em bons momentos para um e para o outro, mas o cansaço bateu na equipe do México, que foi sentido na prorrogação, e que originou o gol da vitória.

Na realidade foi um jogo sem sal, e com poucas emoções.

Com a vitória, o tricolor gaúcho irá esperar o resultado do jogo de hoje entre o Real Madrid e Al Jazira para conhecer o seu adversário, que pela lógica será o time espanhol, que na verdade é o favorito mais do que absoluto para ganhar o título. 

NOTA 2- PERNAMBUCO É PEQUENO PARA O SPORT

* O presidente do Sport deve estar em outro planeta.

Ao justificar o trágico ano do clube, inclusive na sua vida financeira, e por conta de algumas competições da base em que o clube foi vencedor, que na verdade não vale um tostão furado por falta de competidores, numa entrevista o cartola afirmou que Pernambuco é pequeno para o Velho Leão.

Não vamos citar o estadual por motivos óbvios.

Depois disso só o dilúvio.

O tamanho de nosso estado sempre comportou muito bem o verdadeiro Sport que conhecemos há muitos anos.

O importante não é ganhar campeonatos de categorias menores, e sim formar bons jogadores, caso esse que não vem acontecendo, desde que o clube contrata um avião de atletas por ano.

Algo deve estar errado na Ilha do Retiro.

Uma boa gestão não vive de receitas antecipadas, que é um crime financeiro, pois cobre um santo e descobre o outro.

A humildade não faz mal a ninguém, e a arrogância é uma arma dos fracos para cobrir os erros que vem acontecendo no Sport, que não tem transparência em suas atividades.

Lançamos um desafio, para que o balanço do clube seja aberto para os associados, a fim de que esses possam conhecer a realidade dos intramuros.  

Na verdade o Sport não merece o que tem.

Por outro lado, o estado de Pernambuco sempre teve orgulho de uma das suas referencias esportivas, que é representada pelo clube da Ilha do Retiro.

Um conhecido ditado diz algo que poderia servir para o  momento atual do rubro-negro: ¨Os incomodados que se mudem¨.

Nesse caso certamente não é o Sport.

NOTA 3- PERGUNTAR NÃO OFENDE 

* Karl Marx em seu trabalho 18 do Brumário de Louis Bonaparte, escreveu que a história se repete a primeira vez como tragédia, e a segunda, como farsa.

Ao tomamos o conhecimento da contratação de Nelsinho Baptista pelo Sport, nos lembramos dessa frase para encaixa-la.

Um técnico há mais de oito anos fora do país, em um mercado em que o futebol é de mediano para baixo, com o conhecimento do que acontece no Brasil feito pelo google, certamente não foi um acerto da diretoria do clube.

Uma aposta de risco. 

Algo bem temerário.

Uma pergunta sem ofender: Será que a contratação foi por conta de 10 anos atrás com a Copa do Brasil, ou seja pensando que a história possa ser repetida?

Segundo Marx, essa primeira repetição poderá ser uma tragédia.

NOTA 4- A FINAL DA COPA SUL-AMERICANA

* O Flamengo com o apoio das torcidas do Sport, Vasco da Gama e Atlético-MG, com o Maracanã lotado, os ingressos vendidos de forma antecipada, irá enfrentar o Independiente da Argentina, com a necessidade de uma vitória por conta do placar de 2x1 favorável ao time portenho no jogo de ida.

A equipe argentina é forte, joga um bom futebol, tem tradição em disputas continentais, e será sem duvida um difícil adversário a ser batido.

Entendemos que a equipe rubro-negra carioca tem condições de obter a vitória, principalmente pelo apoio que terá da sua torcida, mas não deve desprezar um adversário maduro, consciente e que irá dar muito trabalho.

Os times rivais que necessitam de uma conquista do Flamengo, na noite de hoje serão flamenguistas de carteirinha.

Quem viver, verá.

NOTA 5- UM FATO RARO NO FUTEBOL NACIONAL

* A notícia de que o diretor executivo da Chapecoense iria para o Santos, pegou a cidade de Chapecó de surpresa.

Ruy Costa, ex-Grêmio, é um dos responsáveis pela refundação da equipe catarinense após a tragédia aérea de 2016.

Esse foi convidado oficialmente pelo novo presidente santista para ocupar o mesmo cargo no clube da Baixada.

Depois de uma reunião com a presidência da Chape, e apesar da diferença salarial, esse resolveu respeitar o seu contrato com o clube.

Ruy Costa é um dos melhores executivos do futebol nacional. Trabalha com seriedade, sem envolvimento nas transações de jogadores, foi o responsável pelo processo do fortalecimento das divisões de base do tricolor gaúcho que projetaram vários atletas que hoje estão na sua equipe titular.

Uma bela atitude, difícil de acontecer nesse mundo mercantilista e podre que é o futebol brasileiro.

Um convite do Santos ser rejeitado por quem está numa cidade do interior, é algo bem relevante, e que mostra que o futebol não é o de Del Nero, e que tem pessoas sérias no seu meio.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM PESO E DUAS MEDIDAS

* O futebol brasileiro é surreal. Isso acontece em todos os seus segmentos.

O caso de Robinho que foi condenado a nove anos de prisão, pela Primeira Instancia do Tribunal de Milão, por violência sexual em grupo, contra uma jovem albanesa, numa boate da Lombardia em janeiro de 2013 quando de sua passagem pelo Milan da Itália merece uma análise mais profunda do jornalismo esportivo brasileiro.

O jogador nega, o que é normal.

Segundo a imprensa italiana o atleta tinha praticado o ato com mais cinco pessoas.

O mais grave é que a agredida ingeriu bebida alcoólica induzida, para ficar sem condições de se defender.

Não vamos julgar esse profissional desde que isso já foi feito pela Justiça da cidade de Milão, mas não poderíamos deixar de mostrar como o tratamento a atletas de futebol no Brasil é diferenciado dos demais membros da sociedade.

Não lemos ou ouvimos sequer um artigo, um único comentário crítico sobre o assunto, pelo contrário um dos blogueiros do Portal Uol o defendeu de forma grotesca. A diferença é grande com relação a um cidadão comum quando é preso por violência sexual. Mesmo sem as devidas provas esse é jogado às feras, e condenado com antecedência.

Muitas vezes são linchados.

São os Josés e Severinos do Brasil. 

O caso de Robinho é sem duvida o que chamamos de dois pesos para uma única medida, significando tratar uns com justiça e outros com injustiça, o de ter condutas diversas diante de situações idênticas.

Violência como essa de Milão, não é diferente do que acontece no Brasil e deve ser tratada como tal, independente de quem a cometeu.

Uma parte pequena da sociedade de Minas Gerais protestou contra a presença do jogador com a camisa do Atlético-MG, mas uma outra o apoiou.

No dia de ontem Robinho deixou o clube cujo contrato está chegando ao seu final.

O novo presidente do Santos que seria o seu mais provável destino, afirmou que as portas do clube estarão fechadas para esse, até que prove que não teve nada com a agressão que o condenou perante a Justiça.

Segundo Peres, a marca do clube tem que ser preservada.

Jogador de futebol é um ser igual aos demais, e não pode ser tratado com benesses, com as mãos alisando cabeças, como pertencessem a um outro planeta, e sobretudo com o fingimento que um crime com alta gravidade não aconteceu.

Nada contra Robinho, mas na verdade esse para poder jogar no Brasil deveria ter o seu nome limpo com relação a violência cometida contra essa jovem imigrante.

O futebol agrega jovens e esses não poderão ter um exemplo nefasto oriundo de um dos seus ídolos.

Lamentável.

NOTA 2- ¨EL BRUJO¨ 

* O futebol argentino como o brasileiro tem os seus momentos de crendices.

Em nosso estado tivemos um período onde o pai de santo atuava em favor dos clubes. Até um indefeso boi foi sacrificado para ajudar um time bem famoso de nossa capital.

Na verdade não deu certo.

Por outro lado o estoque de sal grosso findou por conta dos últimos jogos do Sport na luta contra o rebaixamento.

A Argentina é a capital dos ¨Brujos¨ (bruxos em português).

O mais famoso é Manuel de Gorina que segundo a mídia portenha está ajudando o Independiente na luta pelo título Sul-Americano.

O time argentino derrotou o Flamengo por 2x1, de virada no primeiro jogo dessa competição, apesar dos esforços dos jogadores, o que mais se comenta foi a ajuda dada pelo ¨El Brujo¨ ao time local.

Segundo as mídias portenhas esse estava no estádio, e ajudou o Independiente a conseguir uma virada com dois belos gols. Principalmente o segundo.

Será que as jogadas foram resultantes de uma bruxaria?

Manuel de Gorina é uma celebridade no país.

Apesar de não gostar de falar muito, esse deu uma breve entrevista ao site argentino ¨Toda Pasión¨, e falou que estava ajudando a equipe colocando a sua fé em Deus, e que os jogadores e técnico do Independiente estão de acordo.

Amanhã esse mago estará no Maracanã apoiando o  seu time.

Segundo o jornal Olé, Gorina também esteve presente no jogo da classificação do time argentino no jogo contra o Libertad do Paraguai, na semifinal da Copa Sul-Americana. 

Muitos torcedores atribuem a ele o fato da seleção da Argentina ter conseguido a classificação para a Copa do Mundo. Antes do confronto contra o Equador, ele foi chamado, e os portenhos venceram com uma boa atuação de Lionel Messi.

Te cuida Flamengo, que além de ter que jogar um bom futebol, terá que derrotar um ¨Brujo¨ famoso e cheio de poderes.

Só mesmo no futebol Sul-Americano tal fato poderia acontecer.

NOTA 3- DO BAHIA PARA EXECUTIVO DO ATLÉTICO-PR

* O futebol do Atlético-PR terá mudanças para a próxima temporada, por conta da saída do técnico Fabiano Soares e Paulo Autuori do cargo de gestor esportivo.

As noticias que chegam de Curitiba é que esse cargo será ocupado por Marcelo Sant'Ana, presidente do Bahia, cujo mandato termina no final do ano.

Ele é o favorito da diretoria rubro-negra para que possa assumir o cargo de gestor esportivo do clube, logo após que passar o bastão para o novo presidente que já foi eleito e toma posse no final desse mês.

Sant'Ana foi um um bom dirigente no tricolor baiano e por conta disso conseguiu abrir as portas para ser gestor esportivo de um dos clubes mais organizados do Brasil.

No Bahia como cartola recebia um salario mensal por conta dos seus serviços.

Era remunerado pelo cargo que ocupava.

O mais complicado será o de trabalhar para um clube que tem como dono Mário Celso Petráglia, o dirigente mais complicado do país.

Vai precisar de muita paciência e sorte.

NOTA 4- A VOLTA DE SEEDORF AO BRASIL

* Clarence Seedorf aposentou-se como jogador de futebol em 2014 quando jogava pelo Botafogo.

Se tornou técnico, com a licença tipo A da UEFA, com direito a treinar qualquer clube do mundo.

Dirigiu o Milan que foi o seu primeiro clube, por apenas seis meses e foi demitido por falta de bons resultados, deixando o time na oitava colocação.

Passou afastado quase dois anos, e foi contratado pelo Shenzhen FC, time da Segunda Divisão chinesa, que tinha a pretensão do acesso à Divisão maior. Isso não aconteceu e o treinador foi demitido.

Seedorf teve alguns convites de clubes europeus para a atual temporada, mas preferiu continuar sem trabalhar.

Como técnico dirigiu os dois clubes em 35 partidas, com 14 vitórias, 6 empates e 15 derrotas.

Na realidade esse começou por cima quando deveria ter iniciado a sua carreira com times medianos.

Se o chamado do Furacão paranaense for confirmado, será o inicio real de uma carreira, com um clube bem estruturado, e que poderá sob o seu comando atingir objetivos mais altos.

A sua experiência como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, poderá servir para mudar o rubro-negro do Paraná.

O seu perfil cabe muito bem para o que o Atlético-PR deseja.

NOTA 5- UMA BOA IDEIA

* O novo presidente do Santos, José Carlos Peres eleito no último sábado, irá remeter ao Conselho Deliberativo do clube uma proposta para a mudança do seu Estatuto.

Na verdade só um item especifico.

Pela proposta, o presidente não poderá gastar mais do que a dívida deixada pelo seu antecessor no posto.

Um exemplo real, e que está relacionado ao próprio Santos.

O débito que será deixado pelo atual presidente Modesto Roma é de R$ 480 milhões, e por conta disso Peres não poderá entregar o clube ao seu sucessor daqui a três anos, com uma dívida maior do que essa.

Caso isso  venha acontecer no período, o presidente do clube e o seu Conselho Gestor, ficarão responsáveis pelo pagamento dos valores extras.

Se isso estivesse em vigor Modesto Roma o presidente atual e que entregará o bastão no primeiro dia de janeiro, teria que desembolsar a diferença entre R$ 350 milhões que era o débito do clube quando assumiu, para os R$ 480 milhões que está deixando para o seu sucessor.

Uma ideia muito boa, e que deveria ser aplicada em todos os clubes do futebol brasileiro.

NOTA 6- O FLA X FLU NA DELEGACIA

* Nem no Maracanã, nem na Arena Urubu, o novo Fla x Fu está sendo travado numa Delegacia de Polícia.

No manhã de ontem (11), o assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Arthur Makmoud, o funcionário do Flamengo, Claudio Tavares de Lima, e o presidente da torcida organizada Raça Rubro-Negra, Alesson Galvão de Souza, foram presos na segunda fase da Operação Limpidus que investiga repasses de ingressos de futebol para torcidas organizadas.

Também foram levados presos, dois funcionários da empresa Imply, fabricante dos ingressos.

Segundo a delegada responsável, os dirigentes dos clubes forneciam ingressos para as  torcidas organizadas, que os repassavam para os cambistas.

Na verdade tal fato não representa nenhuma surpresa, desde que isso acontece em todo o Brasil, em particular no Rio de Janeiro e São Paulo que vivem nas mãos dessas facções criminosas.

Todos são coniventes quando abrigam esse tipo de torcedor que não tem a menor valia para o futebol.

O Fla x Flu deixou os gramados cariocas, e passou para as celas das cadeias. 

São coisas do futebol brasileiro.