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Escrito por José Joaquim

Ao lermos as declarações feitas pelo empresário J.Hawila durante o julgamento de José Maria Marin na Justiça Federal do Distrito de Brooklin, New Jersey, sobre as propinas pagas a Ricardo Teixeira, ex-presidente do Circo do Futebol Brasileiro, e com citações sobre o réu, e também ao atual Marco Polo Del Nero, nos recordamos da rica história da Grécia, e de que Teixeira tem o perfil de um dos membros da mitologia grega, Sísifo, que era mestre da malicia e dos truques.

Por muitos anos o cartola dirigiu o Circo dos Foragidos com todos os poderes, um ditador. Pintou, bordou, de tudo fez um pouco.

Todos sabiam que aconteciam várias mutretas na entidade que dirige o futebol nacional, mas calavam-se por medo de represálias, ou através das benesses que não eram poucas.

O futebol brasileiro começou a sua queda ainda na gestão do nosso Sísifo, foi coroada mundialmente com os seus sucessores, que fazem parte das páginas policiais no lugar das esportivas.

Todos nós sabemos que não existe nada mais importante para um segmento, inclusive para o ser humano, do que a credibilidade.

Quando se perde esse atributo, o fundo do poço se aproxima. Foi isso que aconteceu com o apodrecido futebol brasileiro. O esporte da chuteira no Brasil encalhou nas prateleiras por falta de crédito.

Quem pode acreditar no que é feito na sua entidade maior? Nada mais parecido com o que acontece no país, que é negativado pelas agencias de risco, e com dirigentes sem credibilidade.

Todos os poderes são afetados.

Como podemos acreditar em cartolas que trabalham para os seus próprios interesses, e tem no clube uma escada para suas promoções pessoais?

Como podemos acreditar no setor de arbitragem que a cada rodada, com seus erros grotescos modificaram os resultados dos jogos?

Como podemos acreditar nas diversas competições em que os seus regulamentos são alterados ao bel prazer dos cartolas, ferindo os interesses dos torcedores?

Como podemos acreditar nas entidades do futebol do pais dirigidas pelos mesmos cartolas há décadas, como verdadeiros feudos, sem transparência, e com muitas caixas pretas a serem abertas?

Como podemos acreditar em um esporte onde a Confederação é milionária, as Federações ricas e os clubes pobres, alguns jogando com prejuízos, e com altos passivos. 

Como podemos acreditar em um futebol, com clubes tendo prejuízos, devedores de milhões, com salários atrasados, e que vivem em outro planeta, como se nada estivesse acontecendo?

Como podemos acreditar em um segmento da imprensa esportiva, que é passiva perante as mazelas que acontecem, sem cobranças, como tudo estivesse correndo as mil maravilhas?

Vivem na Ilha da Fantasia.

Paparicavam o Sísifo Teixeira, continuaram com José Marin, e hoje fingem que Marco Polo Del Nero é o homem mais honesto do mundo.

Como podemos acreditar nesse esporte onde mais de 400 clubes são sazonais, que tem mais de 12 mil atletas desempregados no terceiro mês do ano?

Poderíamos fazer um tratado sobre esses fatos que consumiram a credibilidade do futebol brasileiro, e gostaríamos de citar mais uma: as negociatas com venda de jogadores, que conta muitas vezes com o apoio de alguns dirigentes, aliados aos agentes do futebol, que representam também o lado ruim desse esporte.

Os nossos Sífisos modernos, com as suas maldades e truques foram os responsáveis pela perda da credibilidade de um esporte que tinha uma forte demanda, e que hoje por conta dessa turma do mal foi sendo perdida.

As punições para essa cartolagem, obvio que uma delas é a cadeia, e outra como aconteceu com o nosso personagem mitológico, que foi a de empurrar cem vezes uma rocha até o alto da montanha, de onde retornava por conta do seu próprio peso.

Os Deuses quando o puniram foi com o sentido de mostrar que não há castigo mais terrível de que um trabalho inútil e sem esperança, e que rendeu muitos milhões aos seus bolsos e que estão sendo desovados no pagamento de advogados.

Pessoas com crédito conseguem até o impossível, e isso é o que falta em nosso futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- PROPINA PARA ESCALAR A SELEÇÃO

* O empresário brasileiro J.Hawila, no depoimento na Corte Federal de Brooklyn, Nova York, Estados Unidos, afirmou ter pago US$ 10 milhões a Ricardo Teixeira, por conta dos contratos dos direitos de transmissão da Copa Libertadores.

Até aí um assunto sem novidade, tudo dentro do figurino.

O mais importante nessa declaração é que o pagamento da propina era para assegurar a convocação de jogadores escolhidos, que eram considerados como os titulares do time.

Na verdade há anos que se comenta sobre a manipulação de fora nas convocações da seleção do Circo, não somente na gestão do cartola, como nas demais.

Nada melhor lembrar que não é a primeira vez que uma denuncia como essa acontece, na CPI da CBF/NIKE, através dos documentos ficou comprovado que a empresa que contratava o time do Circo exigia pelo menos 10 titulares na convocação.

O sistema aconteceu nas convocações de vários treinadores, que tem o dever de fazerem uma declaração publica sobre o fato, pois ficaram como suspeitos nessa delação.

De uma coisa temos a certeza, de que a continuidade do depoimento irá ocasionar uma explosão no futebol brasileiro.

Quem viver verá.

NOTA 2- UMA SELEÇÃO DO TAMANHO DO BRASIL

* O Circo do Futebol Brasileiro promoveu a sua festa para apresentar a seleção do Brasileirão de 2017.

A Espn também realizou a sua Bola de Prata.

Vamos, venhamos e convenhamos, para que pudessem chegar aos onze jogadores, deve ter sido um sofrimento, pois os atletas com destaques foram contados nos dedos, por conta de um dos piores campeonatos da era dos pontos corridos.

O craque do ano Jô é a maior referencia do tamanho da competição.

Um fato bem interessante que nos chamou a atenção foi que no meio de tantos estrangeiros que estiveram nos gramados na temporada desse ano, apenas o zagueiro do Corinthians, o paraguaio Balbuena, foi escolhido, aliás de forma justa posto que foi uma das poucas coisas boas que aconteceram, como no caso de outro jogador que participou dessa seleção, o gremista Arthur.

Esse é bom de bola e vai ficar muito pouco no Brasil. 

O Barcelona está de olho.

O nível do futebol jogado nesse Brasileirão que acaba de findar foi tão fraco, que nenhum desses jogadores apresentados como os melhores da competição estarão na Copa do Mundo de 2018 pela seleção do Circo.

Se acontecer um milagre, um ou dois ficarão no banco de reservas sem direito a cinco minutos de jogo.

São coisas de nosso futebol.

NOTA 3- CHAPECOENSE E PALMEIRAS COLOCARAM ÁGUA NO CHOPP DO CORINTHIANS

* O Corinthians além de ter conquistado o título do Brasileirão só não foi melhor em tudo por conta do Chapecoense e do Palmeiras.

O time do Parque São Jorge ganhou em quase todas as estatísticas, mas foi atropelado em duas.

A classificação no returno, foi perdida para a equipe de Chapecó, e no número de gols favoráveis, marca essa que ficou com o alviverde de São Paulo (61).

A arrancada da Chape no segundo turno foi sensacional, e culminou garantindo a sua presença na Copa Libertadores.

A classificação do returno apresentou-se com o efeito elevador. Um sobe e desce constante.

Estiveram na sua liderança, Atlético-PR, Avaí, Botafogo, Cruzeiro e Palmeiras, mas o título simbólico ficou com a Chapecoense com 32 pontos, empatada com o time do Vasco, com a decisão pelos critérios de vitórias.

O Corinthians foi um fiasco nessa segunda etapa, somando 25 pontos e ficando na 12º colocação.

Rolou a ladeira, sustentou-se pela pontuação obtida no turno com 47 pontos.

O time alvinegro teve a melhor defesa, 30 gols, foi melhor visitante (31 pontos), melhor mandante (41 pontos). Ainda teve Jô como artilheiro empatado com Henrique Dourado (18 gols).

Para fechar o cenário, a equipe do Parque São Jorge obteve a maior média de publico com 40.001 pagantes e a maior receita bruta, de R$ 28.703.336.09.

Sem duvida um título incontestável, embora com um futebol pobre que é a cara do Brasil.

NOTA 4- MOSCA NO MEL

* Sem duvida no meio de tantos jogos ruins, de jogadores medianos, Arthur, de 21 anos, volante do Grêmio foi a revelação.

As moscas europeias começaram a voar sobre esse mel.

Uma foto correu pelo mundo com o atleta vestido com a camisa do Barcelona, como se já estivesse contratado.

Rodeando-o vários agentes, verdadeiras moscas.

O Grêmio não gostou do que viu, e o time espanhol pediu desculpas pelo fato.

Mas na verdade esse tiro dado pelo time catalão poderá sair pela culatra, e a Europa que ainda não conhecia o potencial de Arthur com o vazamento da foto, o assunto virou notícia no Velho Continente, posto que outro clube poderá aparecer e pagar o que o clube deseja de forma direta, e deixando os agentes com as mãos vazias.

Pela foto que conta com a presença do seu genitor, parece que família do atleta está apalavrada com a equipe catalã. 

Vários clubes já mostraram interesse.

A multa rescisória é de quase R$ 200 milhões, que para os grandes europeus não é lá muita coisa.

Tomamos conhecimento através dos jornais de Porto Alegre, que o Grêmio detém 60% dos seus direito econômicos, um investidor, (como sempre), mesmo sendo um atleta bem jovem, com 20%, e um agente e sua família com os outros 20%.

Uma mini pizza calabresa.

Essa é a foto do futebol brasileiro, que não consegue segurar os seus talentos que voam de forma muito rápida, conduzido pelas moscas que atuam no sistema.

NOTA 5- O BAILE DO BAYERN DE MUNIQUE

* O Paris Saint Germain que vinha invicto na Liga dos Campeões da Europa, sofreu ontem a sua primeira derrota na competição, ao ser derrotado pelo Bayern de Munique pelo placar de 3x1.

O resultado não refletiu o que foi a realidade do jogo, desde que o time alemão foi o seu dono, e no segundo tempo deu um baile no time francês para desespero do narrador do Esporte Interativo, que torcia de forma aberta pela equipe de Neymar, que mais uma vez foi uma figura desaparecida no gramado.

Essa foi a segunda derrota consecutiva do Saint Germain, sendo que a primeira foi para um modesto time da França pelo campeonato nacional, o que mostra que nem tudo são flores no reino desse clube, e que está chegando a realidade.

A defesa é fraca, e por coincidência com três brasileiros, com Daniel Alves levando um banho de Coman, com uma velocidade tipo Bolt que o deixou perdido no gramado, e da dupla de zaga Marquinhos e Thiago Silva.

Imagine esse trio na Copa do Mundo.

A equipe do Bayern de Munique melhorou bastante, se comparada ao início da competição, e será um adversária difícil nas oitavas de final da Liga.

NOTA 6- EDITAL DE CONVOCAÇÃO

* Por esse edital, estão convocados os rubro-negros de Pernambuco, os alvinegros das Minas Gerais, e os cruzmaltinos do Rio de Janeiro, para uma concentração na sede dos seus clubes, Sport Recife, Atlético-MG e Vasco da Gama, para torcerem juntos pelo Clube de Regatas do Flamengo em seu encontro de hoje em Buenos Aires, contra o Independiente.

Uma vitória será comemorada pelos novos torcedores do time da Gávea, que vai encontrar uma bruta pedreira que muita dinamite não consegue retira-la.

Será sem duvida um bom jogo e uma grande confraternização entre os novos flamenguistas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A NOVA GEOGRAFIA DO BRASILEIRÃO

* O Nordeste voltou a ter quatro times no Brasileirão, fato esse que há um bom tempo não acontecia.

Com a permanência sofrida do Sport e Vitória, a campanha mediana do Bahia, e com o Ceará após seis anos de ausência voltando à essa divisão, a região passou a ter 20% dos clubes na disputa.

O Norte continuou sem qualquer representante, Centro-Oeste perdeu o único, o Atlético-GO, que foi o lanterna da competição.

O Sul teve o Avaí rebaixado, mas ganhou o Paraná continuando com os seus  cinco clubes com o retorno do Internacional.

O estado de Santa Catarina que em 2015 teve quatro representantes, em 2018 só terá a Chapecoense que foi inclusive a campeã do returno de 2017 com 32 pontos, ganhando do Vasco pelo critérios de desempate.

O Sul tem 25% de participantes.

A região Sudeste continua com um maior número de clubes, no total de 11 (55%).

Perdeu a Ponte Preta, cuja vaga foi preenchida pelo América-MG.

O estado de São Paulo que pela primeira vez na era dos pontos corridos viu seus times nas três principais colocações (Corinthians, Santos e do Palmeiras), teve uma queda de cinco para quatro representantes, quando em 2004 chegou a ter sete.

Desde o começo dos pontos corridos, em 2003, será a quinta vez que o estado mais poderoso do Brasil terá só quatro representantes no Brasileirão. 

O Mapa por estados tem a seguinte ordem:

São Paulo- 4, Rio de Janeiro-4, Minas Gerais-3, Paraná-2, Bahia- 2 Rio Grande do Sul- 2, Santa Catarina- 1, Pernambuco- 1 e Ceará-1.

O nosso estado terá dois anos para aumentar a sua representação já que em 2018, não terá nenhum clube na Série B, e no caso de tudo correr bem para Náutico e Santa Cruz.

Aí que mora a duvida.

NOTA 2- ONZE ANOS DE BRASILEIRÃO COM 20 CLUBES

* A série de 2012 a 2016 em 5 anos seguidos contemplou clubes que são chamados de grandes com o rebaixamento, entretanto nessa temporada de 2017 essa foi quebrada, e todos conseguiram escapar.

O que chegou mais perto do perigo foi o Fluminense que ficou na 13ª colocação, com 47 pontos.

Foram 44 rebaixamentos, com 39 medianos e apenas 7 dos maiores.

No período de 11 anos, apenas um clube mediano figurou no G4, o Atlético-PR na 3ª colocação em 2012.

Nos demais anos alguns times de menor porte se contentaram com a página um da tabela de classificação.

Na temporada que foi encerrada no último domingo, somente o Chapecoense teve a 8ª posição entre os 10 melhores.

Os demais foram para a segunda página.

Em 2006 três clubes terminaram no TOP 10, Paraná (5º), Figueirense (7º) e Goiás (8º),

2007, nenhum,

2008- Goiás (8º) Coritiba (9º) e Vitória (10º),

2009- Avaí (6º), Goiás (9º),

2010- Atlético-PR- (5º),

2011- Figueirense (7º), Coritiba (8º),

2012- Nenhum, 2013- Atlético-PR (3º), Goiás (6º) e Vitória (5º),

2014- Atlético-PR (8º),

2015- Sport (6º),

2016- Ponte Preta (8º) e,

2017- Chapecoense- (8º).

Verificamos que o Goiás esteve nesse grupo por quatro vezes, e o Atlético-PR por três, sendo que o rubro-negro do Paraná tem tudo pronto para tornar-se um grande mas não consegue chegar a esse patamar.

Falta ainda algo em seu projeto.

Pelos números apresentados, nas 110 vagas disputadas no período de 11 anos  que foi analisado,  apenas 10 times medianos colocaram os seus nomes na página maior, com um sério agravante de que nos últimos 4 anos, somente um conseguiu chegar a tal grupo, ou seja estão se tornando coadjuvantes e figurantes.

Esse buraco aumentou com o início dos contratos dos direitos de televisão de forma individual, desde que na época do coletivo era mais igual, e os clubes conseguiam uma maior competitividade.

NOTA 3- OS TOCEDORES DO SPORT PELA SEGUNDA VEZ IRÃO TORCER PELO FLAMENGO

* Um fato bem interessante irá ocorrer enquanto o Flamengo disputa a fase final da Copa Sul-Americana, que é ligado aos torcedores de três clubes rivais que vivem às turras com o rubro-negro carioca.

O destino jamais será tolhido quando for desenhado pelos Deuses do Futebol.

A conquista do título pelo clube da Gávea ira colocar o Vasco na fase direta de grupos, que dará a nona vaga para o Atlético-MG, e por incrível que pareça para o Sport na Sul-Americana que até o último domingo lutava contra a degola.

Na verdade o que estamos assistindo no atual futebol brasileiro é que todos os competidores com exceção dos rebaixados e do 16º lugar terão uma boquinha nas Copas Continentais.

É a avacalhação da guerra.

Os vascaínos apenas de mentirinha já começaram nas redes sociais afirmando que jamais irão torcer para o inimigo.

Conversa para boi dormir.

Os atleticanos que detestam os flamenguistas estão no silencio, e é obvio que gostariam da conquista do time carioca.

Quanto ao Sport nenhuma novidade desde quando o Flamengo cedeu o seu CT para o treinamento durante a estadia do time no Rio de Janeiro, os dois clubes tornaram-se irmãos gêmeos, inclusive no último domingo os rubro-negros torciam de forma apaixonada pelo rival carioca, para que esse tivesse um vitória contra o rubro-negro baiano, que de fato aconteceu.

O Flamengo será a salvação de tais clubes, e vale a pena rezar por esse nessa competição Continental.

Quem afirmar que não irá torcer, é sem duvidas um péssimo mentiroso.

Todos são flamenguistas de coração e corpo e alma.

Os Deuses do Futebol pregaram uma boa peça.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- O VASCO DE ZÉ RICARDO

* Duas coisas que não entendemos na diretoria do Flamengo.

Uma foi a demissão de Zé Ricardo do comando técnico do time, e a outra o não aproveitamento do goleiro Cesar, e ao mesmo tempo massacrando Muralha.

O técnico deu a sua resposta no Vasco da Gama, e o atleta nos seus dois jogos que assistimos, inclusive o do domingo contra o Vitória foi o personagem principal.

Realmente duas medidas bem esquisitas.

Quando Zé Ricardo aceitou o convite do Vasco da Gama vinte dias após a sua saída da Gávea, todos os que acompanham o futebol acharam que esse não iria suportar os problemas internos do clube, e as interferências dos 'Mirandas', pai e filho.

Sem duvida o Vasco vivia um momento conturbado, com a saída de Milton Mendes por conta de resultados, mas o comando do novo treinador fez efeito, o time da Cruz de Malta terminou o campeonato em 7º lugar, com vaga na disputa da Libertadores que não acontecia há 11 anos.

A casa foi arrumada e por incrível que pareça o time vascaíno ficou em segundo lugar no returno com o total de 32 pontos, os mesmos da Chapecoense, separados pelos critérios técnicos.

Na verdade foi uma lição aos dirigentes do rubro-negro da Gávea que não rebateram as pressões e optaram pela degola do técnico, que hoje está sendo cotado para assumir o Santos.

São coisas do futebol e de sua cartolagem.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* O Sport só não foi rebaixado por conta da ajudinha do Corinthians ao mandar um time reserva para o seu jogo.

O titular que foi campeão era mediano, imagine os seus reservas.

Deu no que deu.

Por outro lado a sua diretoria deseja continuar na sofrência, e estão querendo o retorno de Eduardo Baptista, que traz no seu currículo quatro clubes após a saída do Sport, e não teve o sucesso esperado em nenhum.

Um fiasco no Fluminense onde foi demitido, seguiu para a Ponte Preta, dessa para o Palmeiras em mais uma demissão, passou pouco tempo no Atlético do Paraná, e por  fim voltou para  a Ponte Preta, que foi rebaixada.

Perguntar não ofende, será que a cartolagem rubro-negra gosta de sofrimento, ou não acompanha o nosso futebol?

Quem souber por favor responda. 

Escrito por José Joaquim

Ontem ao assistirmos a torcida do Sport vibrar com a continuidade do clube na Série A de 2018, aos trancos e barrancos transferimos o nosso pensamento para a cidade de Chapecó, que através de um seu filho pródigo marcava mais um ponto na sua história como também a do próprio futebol brasileiro. 

O Chapecoense sem duvida foi adotado pelos Deuses do Futebol, e com mais ênfase após a tragédia aérea que dizimou 19 jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes, quando esses escolheram os três sobreviventes, um já de volta ao time para assistirem o seu renascimento das cinzas como uma Fênix moderna.

O clube em cinco anos pulou da Série C para a A.

Em 2012 foi vice-campeão da B, jogou a A em 2013, ficando na 15ª colocação, quando todos esperavam pelo seu rebaixamento.

Melhorou na temporada de 2015, pulando para o 14º lugar, cresceu em 2016 situando-se na 11ª posição, e voltando mais uma vez para a Copa Libertadores que já disputou em 2017 por conta do título de campeão da Sul-Americana de 2016.

Estava classificado para a segunda fase, mas por conta de um erro administrativo ao colocar um jogador irregular perdeu os pontos.

Por conta das possíveis dificuldades para a montagem de um time completo, todos clubes que disputariam o Brasileirão de 2017 ofereceram a diretoria do Chapecoense um indulto para que o time se chegasse entre os quatro da zona de rebaixamento não fosse degolado.

Com a dignidade que dirige o clube, essa não aceitou e resolveram junto com a cidade promover com a sua reconstrução.

O grupo foi formado do zero, e esse marcou uma bela trajetória no Brasileirão que findou no último domingo.

Driblando a tudo e todos ficou longe da zona perigosa, e tornou-se o único clube mediano na primeira página da classificação com 54 pontos, o maior de sua história.

Os Deuses do Futebol exatamente no dia 3 de dezembro, data em que a Arena Condá foi transformada em um velório das vitimas da tragédia com o avião que transportava o Chapecoense na Colômbia, o time catarinense conquistou algo que era muito improvável para quem saiu das cinzas.

A sua manutenção na Série A já valeria por um título, mas pelo contrário fez algo muito maior, que serviu para mostrar que a Fênix estava procurando outros caminhos.

O time perdia por 1x0, e o Coritiba estava garantindo a manutenção na divisão maior, mas os Deuses do Futebol voltaram a agir através de Edi Carlos que tentou cruzar uma bola para a área adversária, essa tomou um rumo diferente e surpreendeu o goleiro Wilson.

O apoio continuou e com o adversário comemorando o empate de 1x1, que daria a sua continuidade na competição no ano de 2018, um jogador que tinha entrado na partida quase no seu final, foi o autor do gol da vitória, Tulio de Melo, exatamente aos 50 minutos.

Na realidade, os Deuses resolveram apoiar o time de Chapecó um ano após de uns dos episódios mais triste dos futebol mundial, e o levaram a um triunfo emblemático, desde que em jogos anteriores sempre tinha sofrido muitos gols nos minutos finais, e justamente nesse aconteceu o inverso, que lhe garantiu uma ótima colocação e sobretudo a classificação no grupo da Libertadores.

Na vida tem de tudo, mas no final quem trabalha com seriedade, planejamento leva vantagem para os desorganizados.

Não foi o Corinthians com o seu título de campeão o grande destaque do Brasileirão, e sim o Chapecoense, que partiu do nada, montou um grupo às pressas, trocou de treinadores e viveu a competição para não ser rebaixado, depois de tudo conseguiu o 8º lugar.

Trata-se de um trabalho que tem que ser reconhecido por todos os que acompanham o nosso futebol, independente de ser um clube do interior que é discriminado no contexto.

Vida longa para o Chapecoense, posto que o futebol brasileiro tão desmoralizado necessita dos bons para recupera-lo.

Escrito por José Joaquim

Com exceção dos times do Grêmio e Flamengo, o futebol brasileiro entrou de férias coletivas com alguns clubes com salários atrasados com seus profissionais e funcionários.

Nada de novo no reino de Del Nero.

No caso de Pernambuco tivemos um ano doloroso, com seus clubes sendo rebaixados, o Sport permanecendo na maior divisão na bacia das almas, Salgueiro continuando na Série C, e os demais nem nos jornais aparecem.

Nada a comemorar.

O Náutico vai contratar um pacote de jogadores dando continuidade ao que aconteceu nessa temporada.

O Santa Cruz com um processo eleitoral que não irá modificar em nada a sua situação, pois são as mesmas caras que o levaram ao fundo do poço.

O rubro-negro da Ilha terá mais um ano de sofrência, desde que o seu comando irá continuar sufocando-o.

Os clubes do interior já compraram os agasalhos para a hibernação que começa em maio para alguns.

Qual o futuro desse esporte em nosso estado?

A Federação local produz factoides, vai realizar um campeonato sem datas, e com alguns filiados jogando dois jogos em 24 horas. Algo surreal.

A nossa imprensa não ajuda, e continuam navegando em um Titanic que irá afundar cedo ou tarde.

O nosso caminho está errado, desde que é uma estrada sem saída, com um abismo profundo no final.

O futebol local foi definhando quando o trabalho de base não foi incrementado.

Quantos jogares formados foram utilizados durante a temporada? Contam-se nos dedos. Na contramão da história contrataram quase 100 atletas, muitos desses sequer jogaram. Um desperdício de recursos que estão fazendo falta.

Temos uma vida longa nos esportes, e Pernambuco só foi grande com seus jogadores da casa. Os exemplos vem dos clubes da capital, e do Central que teve uma excelente equipe na época de Vadinho que era natural da cidade.

Erámos respeitados.

O trabalho de formação exige profissionais da maior qualidade, um grupo multidisciplinar, atuando em todas as esferas. Aqui pouco ou quase nada se faz para uma boa orientação dos atletas da base, inclusive no comportamental.

Pernambuco é um estado com 9,5 milhões de habitantes, e pela falta de um trabalho sério de formação não consegue obter novos talentos para os seus clubes, não apenas no futebol, assim como nos outros esportes.

O mais grave nesse trabalho que hoje é realizado nas agremiações é que poucos jogadores de nossas bases não frequentam as escolas, que é um problema sério para o futuro, quando as portas quando fechadas e não terão firmados os seus sonhos, ficam perdidos, sem o futebol, e sem uma boa educação.

Há anos que mostramos a base de um futuro promissor, que é a escola, e que poderia ser o celeiro de atletas em todos os segmentos, em especial a pública que não tem equipamentos esportivos para tal.

Surge nesse momento os clubes que poderiam fazer parcerias, para dar a devida iniciação esportiva, e assim colher os frutos que serão destacados.

Os dirigentes do futebol precisam entender que bons jogadores já tem caminho certo, os mais providos à Europa, e os medianos para os grandes clubes das regiões mais ricas.

Produzir talentos é importante no ponto de vista técnico e sobretudo financeiro.

Um exemplo, o volante Arthur, do Grêmio, com 21 anos, da base do clube já está pronto para jogar no Barcelona, e a sua negociação no futuro irá deixar milhões de reais nos cofres do clube gaúcho.

Como sonhar é livre, nós continuamos sonhando que um dia tido isso irá mudar, que apareçam dirigentes com mais lúcidez que tenham a noção da realidade, desde que se continuarmos com o atual status quo, o nosso caminho será o abismo que nos espera.

A única palavra para ser aplicada, é a de mudar, e se não acontecer todos morrerão de inanição.