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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O VOO DA ALEGRIA

* Na última segunda-feira o fugitivo presidente do Circo Brasileiro de Futebol, conhecido também como CBF, Marco Polo Del Nero reuniu os seus perpétuos eleitores representados pelos cartolas que presidem as Federações estaduais que são responsáveis pela manutenção do status quo vigente, que tem cheiro de uma estação de tratamento de esgotos.

Na reunião o cartola se defendeu das acusações que sofreu nos EUA, através dos depoimentos de testemunhas.

Del Nero com esperteza e falando para uma plateia que pouco liga ao que acontece na entidade que comanda o futebol, declarou que o FBI deveria rastrear o caminho do dinheiro citado como pagamento de propinas.

Esqueceu de dizer que a Justiça norte-americana não tem processo em curso contra ele, desde que refugiou-se na Barra da Tijuca, e não sai do país nem que a vaca tussa.

Não explicou a cartolagem o motivo desse seu refúgio. 

Os dirigentes aplaudiram e choraram de emoção.

O melhor da reunião aconteceu, quando Del Nero comunicou que a entidade estava preparando uma logística para que todos os 27 presidentes das Federações, fossem à Rússia durante a Copa do Mundo do próximo ano.

O  Voo da Alegria. 

Uma indecência coletiva.

É realmente uma vergonha o silencio dos dirigentes com relação as denúncias, mas de uma coisa temos a certeza é de que o cartola maior está sendo investigado em nosso país, e cedo ou tarde com o apoio da documentação do FBI a verdade virá à tona.

O Brasil já vem prestando a assistência ao processo que corre nos Estados Unidos, convalidada pelo Superior Tribunal de Justiça no dia 6 de dezembro, ao considerar que essa participação contra os ex-dirigentes do Circo foi correta.

Quem viver verá o que irá acontecer em um futuro bem próximo.

NOTA 2- O SÁBADO É O DIA DO FUTEBOL

* O domingo já foi o dia do futebol brasileiro, e na temporada que foi encerrada tal fato deixou de ser para dar o lugar ao sábado, que foi aquele que teve o melhor público da competição, com uma média de 19.158 pagantes por jogo.

O horário das 19h00 foi o mais contemplado, com uma boa média de 22.454 pagantes, superando em muito o das 16h00, que teve  17.450 torcedores por jogo.

Tudo isso mudou quando as partidas foram realizadas nesse mesmo dia às 21h00, que foi reduzido a 12.622 pagantes como média.

Enquanto isso, a média geral dos jogos realizados aos domingos foi de 15.978, com 17.175 torcedores nos jogos das 16h00.

Por outro lado as matinês que foram realizadas nesse mesmo dia, tiveram uma queda com relação ao ano anterior, mas conseguiram colocar em campo 20.782 torcedores por partida realizada.

A chamada ¨segunda campe㨠foi um desastre total, e só é louvada pelos narradores da Globo.

Com seus 15.801 pagantes, só ficou acima do pior dia para o futebol nacional, o da quarta-feira, com uma pífia presença nos estádios com uma média de 13.142 pagantes/jogo.

Um fato interessante está no registro do público nos jogos da quinta-feira, com uma média de 16.083 torcedores, sendo que o horário das 19h30 é o preferido com 19.523, contra 14.631 das 21h00.

Na verdade tais dados são muito importantes desde que refletem o sentimento do consumidor na escolha dos horários para assistir os seu time no estádio.

A Rede Globo que é a dona do futebol brasileiro pouco se importa. Só deseja uma única coisa, que a sua audiência seja incrementada, e para essa público nos estádios é algo que não vale nada.

São coisas do futebol de brasileiro.

* Dados do site sr.goool

NOTA 3- AS TRAPALHADAS DO  CIRCO DO FUTEBOL

* Acreditamos que os cartolas brasileiros não tiveram o cuidado de analisar o calendário do futebol de 2018.

Se o fizeram passaram batidos, posto que os gênios do Circo criaram um grave problema para um clube que porventura conquiste a Copa Libertadores, e no final do ano tenha que disputar o Mundial.

Pelo calendário da entidade da Barra da Tijuca, o Brasileirão termina no dia 9 de dezembro, ultrapassando assim o início do torneio de Clubes, marcado para 06 dezembro. 

Mesmo que o representante do Brasil jogue a sua primeira partida no dia 11 ou 12, certamente teria que viajar como o Grêmio fez no dia 7 do mês, e abandonaria duas rodadas da competição nacional.

E se esse estiver disputando o título Nacional, qual seria a saída?

Só os gênios que elaboraram o calendário poderão responder.

Certamente o clube escolheria o abandono da competição, por conta de um título maior.

São coisas do futebol brasileiro e e seus apedeutas.

NOTA 4- O ATLÉTICO-PR E O ESTADUAL

* Pela segunda vez o Atlético-PR resolveu disputar o estadual com um time de aspirantes.

O titular só começará a temporada no final de janeiro, quando irá disputar a Copa do Brasil.

Por outro lado o rubro-negro do Paraná não assinou o contrato com a Rede Globo, e irá transmitir os seus jogos pela internet.

O Coritiba que está no processo eleitoral, também deverá continuar fora da transmissão global.

A decisão da diretoria de jogar com os reservas foi bem respaldada pelos jogadores mais experientes.

O lateral Jonathan do Furacão, definiu a realidade ao declarar que ¨os estaduais servem para queimar jogador. Eu não sei porque não acabaram com os estaduais no Brasil¨

Palavras certas no momento certo.

Todos nós sabemos que esse campeonato não serve como parâmetro para o Brasileirão, e para nenhuma competição.

Os números atestam o que estamos afirmando.

O rubro-negro do Paraná, mesmo deixando de lado alguns jogos do estadual de 2017, ainda jogou 72 partidas, de 1º de fevereiro a 3 de dezembro, o que é uma insanidade.

Os estaduais são verdadeiros trambolhos que existem desde o tempo da brilhantina, e quando acabam não deixam rastros.

NOTA 5- A DIFERENÇA ABISMAL

* As diferenças nas pontuações do campeão do Brasileirão com os que ocupam as lanternas são pornográficos, e comprova o profundo abismo que existe nessa competição.

Por outro lado, os lanternas sempre são as equipes pequenas e sem uma maior expressão.

Raras são as exceções.

Como sempre os números dão uma visão da realidade, e estão assim delineados:

2006- SÃO PAULO- 78 pontos - SANTA CRUZ- 28 - (-50 pontos),

2007- São Paulo- 77- América-RN- 17- (-60),

2008- São Paulo- 75- Ipatinga- 35- (-40),

2009- Flamengo- 67- Sport-31- (-36),

2010- Fluminense- 71- Barueri-28 (-43),

2011- Corinthians- 71- Avaí- 31 (-40),

2012- Fluminense- 77- Figueirense- 30 (-47),

2013- Cruzeiro- 76- Náutico- 20 (-56),

2014- Cruzeiro- 70- Criciúma- 28 (-42),

2015- Corinthians- 71- Joinville- 27 (-44),

2016- Palmeiras- 80- América-MG- 28 (-52) e,

2017- Corinthians- 72- Atlético-GO- 36 (-36).

Os números mostram uma linearidade tanto para os times campeões, como para os lanternas, com pequenos desvios em poucos anos.

Escrito por José Joaquim

Não são as fórmulas adotadas pelos clubes do futebol brasileiro, com modelos de 3-2-3-1, 4-4-2, 4-4-1, 1-10, e outras mágicas criadas por seus treinadores, que irão leva-los ao sucesso.

Na verdade, o que poderá provocar as conquistas é a estabilidade financeira e a presença de profissionais certos, nos lugares certos, com um projeto claro e delineado, acoplado a sabedoria e coragem de seguir uma estratégia definida.

Há um bom tempo atrás, lemos um artigo de Roberto Shinyashiki, medico psiquiatra, com graduação em Administração e Economia, com atuação no Esporte Clube Pinheiros na preparação de atletas olímpicos, que em poucas linhas conseguiu resumir algo que sempre defendemos, ou seja- um clube é muito maior do que seus atletas, e a força de uma equipe que deseja ser vencedora começa com uma diretoria competente.

No futebol brasileiro acontece o inverso. Entendemos que fora disso é o caos.

No caso especifico do nosso futebol, nada mais importante do que o relacionamento entre a diretoria e o treinador, que deve ser bem estruturado.

Esse é o ponto principal para a conquista do sucesso.

O que acontece na maioria dos clubes brasileiros, mesmo naqueles que já contam com profissionais no setor, são diretores interferindo no trabalho desse profissional, escalando equipes, ou dando palpites.

Isso faz parte de uma cultura funesta muito utilizada no futebol de Pernambuco, onde a cartolagem adora os vestiários, e sonham em escalar os seus times. 

Com tal metodologia o sistema jamais irá funcionar.

Um clube com um bom planejamento estratégico, conduzido por bons profissionais, tem tudo para conseguir sucesso, e nesse modelo a formação de uma equipe é fundamental, desde que o trabalho não pode ficar focado em DVDs, e sim com uma análise do perfil de cada contratado, e do que esse poderá fazer para atender aquilo que foi projetado.

Os nossos times contratam por contratar, os empresários mandam no pedaço, e muitas vezes alguns atletas que não dão certo ficam na ociosidade recebendo os seus salários.

Outro ponto fundamental é o financeiro.

Esse na verdade é quem vai ditar os valores a serem gastos, e a mescla dos atletas de bom e razoáveis níveis técnicos, com diversos comportamentos.

Dessa simbiose nasce o sucesso.

A relação do treinador com os atletas é fundamental, devendo esse entender bem o perfil psicológico de cada um. Alguns precisam de dureza, outros se isso acontecer desaparecem, ao não admitirem tal situação.

Hoje fala-se em demasia das táticas, palavra adorada pelos nosso jornalismo juvenil, mas todos esquecem o básico para que se formule um time de sucesso, já que o problema não está nos atletas, e sim na união de todos, cujo fundamento básico é  que os interesses coletivos sobrepujam os individuais.

Quando isso acontece, é que descobrimos o esquema de jogo que prepara os segredos do sucesso.

Aliás, na década de 1990, ouvimos isso que estamos escrevendo da ex-técnica da Seleção Brasileira de Basketball feminino, Maria Helena Cardoso, em uma preleção antes de um jogo, ao afirmar que o sucesso viria através desses fatores citados, e tudo dependia de um bom dirigente.

Ela estava certa, e o Brasil de hoje paga pela ausência de pessoas capacitadas para assumirem o comando dos clubes e das entidades.

O resultado é o buraco em que o futebol do país se encontra.

Escrito por José Joaquim

Mudar pode demorar apenas um segundo...ou uma eternidade. Há pessoas que decidem parar de fumar e fazem isso de forma rápida, e há aquelas cuja decisão demora um ano, e quando resolvem fazê-lo a saúde está abalada.

O futebol brasileiro, assim como a politica tem a necessidade de mudanças radicais, e não pode esperar muito para que isso aconteça, antes que a doença se torne irreversível.

O esporte da chuteira em nosso país chegou ao fundo do poço, e não  é necessário ter um QI elevado para entender a razão. Essa está bem à vista de todos.

A desorganização é  total. Por outro lado a corrupção é tão clara que está sendo julgada na Justiça norte-americana, desde que o nosso país é o paraíso para os valhacoutos.

O torcedor do futebol deveria se associar ao seu clube, participar de suas atividades, e sobretudo na sua vida politica. Quando lemos o número de votantes nas eleições do Botafogo do Rio de Janeiro, e a do Santa Cruz em nossa capital, com pouco participação, o juízo final foi decretado.

O clube tem que ser ocupado pelos sócios, e somente nesse estágio é que as mudanças serão realizadas.

Com tais transformações, as Federações e a Confederação terão um efeito cascata para que possam se transformar em algo produtivo para o esporte.

É uma cadeia interligada.

O futebol brasileiro é grandioso, mas definhou por conta de gestões desastradas, muitas dessas às vezes corruptas, e que continuam comandando-o como nada tivesse acontecido, e com uma maioria anestesiada sem protestar.

O Brasil do futebol apodreceu, como o Brasil politico e precisa de uma faxina geral, para que possa voltar aos seus bons tempos, e só poderá tornar-se realidade se o consumidor desejar muda-lo e a sua participação efetiva poderá fazer isso acontecer.

Precisamos dar espaço ao torcedor do torcedor, e não ao torcedor do dirigente, o segmento profissional representado pelas organizadas.

O torcedor irá sem duvidas ser o fator principal para as mudanças necessárias ao sistema, existindo uma necessidade de associação com os clubes, para que comece o processo de participação.

Continuar com o atual modelo é sem duvida colocar a última pá de terra no caixão desse esporte que vem sendo maltratado há muito tempo.

Não existe a condição de sobrevivência se continuarmos com um modelo que se exauriu, e levou o futebol ao fundo do poço, e que insiste em permanecer vivo, através de casuísmos, de benesses e sobretudo por um processo corruptor, que está entranhado sem que nenhum remédio seja aplicado.

Ou mudamos agora, ou então jamais essa estrutura carcomida será derrubada.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL DAS POLTRONAS

* A Globo teve a sua maior audiência nos últimos 11 anos da era dos pontos corridos. Na média foram 26 pontos no estado de São Paulo e 24 no Rio de Janeiro, que são as maiores praças do país.

As poltronas estão substituindo as arquibancadas.

A média de público da temporada que foi encerrada, por incrível que possa parecer foi a terceira melhor da década, com 15.968 pagantes, só perdendo para os anos de 2015 (17.044), 2014 (16.555) e 2016 (15.188).

O crescimento na relação ao ano anterior foi ínfimo e representa uma fase de estagnação.

Os torcedores das poltronas cresceram, os das arquibancadas estancaram.

Apenas dois clubes tiveram uma média de público acima de 30 mil pagantes, Corinthians (40.007) e São Paulo (35.228). Outros dois estiveram acima de 20 mil, Palmeiras (29.660) e Bahia (21.541).

Em matéria de público a atual década está perdida, sem evolução nos seus números, o que reflete o modelo do torcedor brasileiro que só lota os estádios nas decisões, ou quando os seus clubes estão lutando contra o rebaixamento.

Os números são grotescos para um país que era conhecido como o do futebol.

Conversa fiada.

As médias foram as seguintes:

2010- 14.839 pagantes,

2011- 14.322,

2012- 12.977,

2013- 14.951,

2014- 16.555,

2015- 17.044,

2016- 15.188 e,

2017- 15.968.

Pobre futebol brasileiro.

NOTA 2- O CUSTO DE UM PONTO NO BRASILEIRÃO

* Levando-se em consideração as folhas salariais dos times que disputaram o Brasileirão, na relação com os pontos conquistados, a Chapecoense foi a que teve melhor retorno.

Apesar de não ter sido campeã, conseguiu ficar na 8ª colocação, com 54 pontos, acima de  vários clubes com maiores investimentos.

Para cada ponto conquistado, o time de Chapecó despendeu R$ 400 mil.

Um excelente retorno do investimento.

Para que se tenha uma ideia exata sobre o tema, a conquista dos 72 pontos que deram o título ao Corinthians, teve um custo unitário (por ponto) de R$ 1.583 milhão.

BAHIA- (12º)- R$ 672 mil por ponto,

ATLÉTICO-PR (11º)- R$ 705 mil,

SANTOS (3º)- R$ 857 mil. Excelente retorno.

VASCO (7º)- R$ 857 Mil- Bom retorno.

BOTAFOGO (10º)- R$ 905 mil,

VITÓRIA (16º)- R$ 1.060- Muito alto para a campanha realizada.

SPORT (15º)- R$ 1.070- Mesma situação do Vitória.

FLUMINENSE (14º)- R$ 1.276 milhão- Retorno negativo,

GRÊMIO- (4º)- R$ 1.548 milhão,

CORINTHIANS (1º)- R$ 1.583 milhão, 

CRUZEIRO- (5º)- R$ 1.894 milhão, 

SÃO PAULO- (13º)- R$ 2.160 milhões- Retorno negativo,

ATLETICO-MG (9º)- R$ 2.142 milhões. Retorno fraco,

FLAMENGO (6º)- R$ 2.464 milhões- Retorno fraco e,

PALMEIRAS (2º)- R$ 2.761 milhões. Gastou para ser campeão, mas jogou muito dinheiro fora.

Os melhores retornos de acordo com as classificações, sem duvida foram os da Chapecoense, Santos e Vasco da Gama.

NOTA 3- O COFRINHO DO FIFAGATE

* A Justiça dos EUA tornou públicas as anotações apreendidas no famoso cofrinho de Kleber Leite, que foram apreendidas numa operação de nossa Policia Federal e do Ministério Público Federal, em maio de 2015 logo após a prisão de José Maria Marin.

Os documentos na ocasião foram divulgados pelo jornal o Globo.

Para o entendimento dos nossos visitantes, estamos apresentando as anotações:

¨COPA AMÉRICA¨

Partiés: Full Play- Traffic- Torneos

Period 2015-2013

MPM US$ 3 M for each CA played + US$ 3 M for contract signing

¨COPA DO BRASIL¨ 

Parties Klefer Period: 2013-2022

MPM: R$ 1m per ¨year¨.

Segundo os procuradores norte-americanos a inscrição com o ¨MPM¨ significa Marco Polo e Marin.

Por outro lado as anotações comprovaram de forma clara os valores que foram citados nas delações.

Um procurador federal brasileiro testemunhou comprovando que as anotações foram apreendidas em um cofre na sede da empresa de Kleber Leite.

E aí Del Nero?

E aí cartolagem brasileira?

NOTA 4- A LEI GERAL DOS ESPORTES

* Há quase um ano que o Projeto de Lei 68, denominado de Lei Geral dos Esportes vaga nas comissões do nosso Senado Federal.

Como trata-se de algo que não alimenta os interesses dos senadores, entra mês e sai mês, e esse não é levado ao plenário.

Nesse projeto tem um artigo bem importante que vem cobrir uma grande lacuna na questão de desvios nas entidades esportivas.

A legislação brasileira não permite a interferência do estado no caso de desvio de recursos dos clubes e federações  pelos dirigentes, desde que como esses não são governamentais nada se pode fazer para a punição dos culpados.

O Circo do futebol não recebe verbas do governo para não ser fiscalizado.

Há pouco tomamos conhecimento de que essa entidade circense transferiu para um aliado fraterno do dia a dia, o Sport Promotion, os recursos para o Futebol Feminino que foram disponibilizados pela Caixa Econômica.

No projeto que está vagando feito um fantasma no Senado Federal, consta um importante artigo que acaba com o privilégio que é dado para as empresas privadas de não processarem os seus diretores pelos desvios cometidos, ou seja  se meterem as mãos no dinheiro ficarão sujeitos ao Código Penal Brasileiro. 

Como isso interfere na vida do Circo do Futebol, a bancada da bola está segurando e deixando-o no esquecimento.

São coisas do nosso parlamento e do futebol brasileiro.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Os analistas de desempenho do Sport Recife atenderam o pedido do Circo e acompanharam os jogos da seleção da Servia, que será uma das adversárias do time circense.

A nossa pergunta que não ofende é a seguinte: se esses profissionais não conseguiram detectar os desempenhos dos times adversários do rubro-negro no Brasileirão, que terminou com 17 derrotas, qual foi o grau das analises que seguiram para o treinador Tite?

É preocupante.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- JOTINHA E KLEBINHO

* No segundo dia de depoimento no caso FIFAGATE, o agente das propinas J.Hawila, apresentou uma gravação da sua conversa com Kleber Leite, que fazia a ponte para os cartolas do Circo.

O mais interessante de tudo foi o tratamento entre esses no dialogo telefônico.

Um era chamado de Jotinha e o outro de Klebinho, e no teor das conversas os valores dos pagamentos feitos à Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, por conta do contrato da Copa do Brasil.

Segundo a gravação cada um receberia R$ 500 mil. Klebinho achou pouco, desde que esses mereciam mais, mesmo Teixeira já afastado da entidade.

Um fato bizarro ocorreu durante o depoimento do delator Hawila, quando choramingando afirmou à Juíza responsável que não tinha condições de pagar os US$ 106 milhões que restavam por conta do acordo.

O advogado de José Maria Marin, obvio que instruído por esse, retrucou e entregou de bandeja a sua cabeça, quando afirmou que o dono da Traffic tinha duas emissoras de televisão no Brasil, uma imobiliária das mais importantes do país, além de outras coisas.

Na realidade se o acordo não for cumprido, J.Hawilla irá passar o resto de seus dias em uma cadeia dos Estados Unidos.

Marin como um bom Sífiso vingou-se do seu delator.

São coisas entre supostos corruptos e corruptores.

NOTA 2- RUIM, MUITO RUIM

* O ex-técnico Paulo Autuori após deixar a diretoria do Atlético-PR, concedeu uma entrevista a ESPN-Brasil sobre temas atinentes ao futebol brasileiro, e com colocações bem interessantes.

Como a matéria foi longa, separamos os trechos mais importantes para que os nossos amigos visitantes possam debate-los.

Uma das perguntas foi sobre o estágio do atual futebol brasileiro, e a resposta de imediato foi que esse estava ruim, muito ruim.

¨E aí entra a questão do calendário e entra o assunto ¨ quem está jogando esperando o contra-ataque vem ganhando¨.

Isso é uma estatística fria, que pode mudar ano que vem.

E as pessoas vão dizer: que foi feito para mudar isso?

O calendário te força a isso, você opta pelo mais fácil, o mais seguro. E as equipes que precisam propor o jogo vão se expor mais, e para se expor você tem que ter qualidade de jogo, trabalho ofensivo. Só temos trabalho defensivo.

A minha bronca com a CBF vem disso, ela utiliza a seleção para dizer que está tudo bem, mas está tudo mal. A realidade do futebol brasileiro é uma, e da seleção é outra.

São palavras de um profissional que entende do ramo, e batem com tudo que escrevemos sobre o tema, de que o futebol brasileiro está ruim, e muito ruim.

NOTA 3- O NORDESTE NA SÉRIE B DE 2018

* As cinco regiões do Brasil estarão representadas na Série B, e pela primeira vez na era dos pontos corridos o Nordeste só irá contar com quatro representantes.

Nas outras edições jamais essa Região disputou com menos de cinco clubes.

Entre as quatro equipes que foram rebaixadas na Série B nessa temporada, três foram da Região Nordestina (Santa Cruz, Náutico e ABC), o Ceará teve o acesso para o Brasileirão, restando apenas o CRB que terá a companhia de três clubes que ascenderam da divisão anterior, Sampaio Corrêa, CSA e Fortaleza.

Vitória e Sport escaparam da degola, e permaneceram juntos com o Bahia na Série A.  

O Sul é a região com mais competidores:

Coritiba-PR, Avaí-SC, Londrina-PR, Juventude-RS, Brasil-Pelotas-RS, Figueirense-SC e Criciúma-SC.

Três clubes de Santa Catarina, dois do Paraná e dois do Rio Grande do Sul.

A Região Sudeste terá cinco representantes:

Ponte Preta, Oeste, BOA-MG, Guarani-SP e São Bento-SP. 

Quatro clubes de São Paulo e um de Minas Gerais.

O Centro Oeste com o rebaixamento do Atlético-GO, terá três times disputando essa divisão: Atlético-GO, Vila Nova-GO e Goiás-GO.

Todos dos estado de Goiás.

Enfim a Região Norte terá seu único representante, o Paysandu.

A competição deverá ser equilibrada com alguns times que deverão ter uma maior competitividade, Coritiba, Avaí, Londrina, Ponte Preta, Fortaleza e o próprio Atlético-GO.

NOTA 4- NÚMEROS DO BRASILEIRÃO

* Após uma revisão do público pagante nos jogos do Brasileirão, a média de público na realidade não superou mais uma vez a casa dos 16 mil pagantes.

Os números computados foram tirados dos movimentos financeiros de cada jogo, contando-se os ingressos vendidos, e deixando-se de lado os não pagantes.

A média real foi de 15.958 torcedores por jogo.

Um fato que não foi devidamente analisado está ligado a pontuação do Atlético-GO, que foi a maior entre todos os rebaixados na era dos pontos corridos, com 36 pontos.

O mais próximo foi o Ipatinga em 2008 com 35.

O São Paulo registrou os três maiores públicos da competição:

São Paulo x Corinthians- 61.142, São Paulo x Bahia- 60.488 e São Paulo x Cruzeiro- 56.052.

Os três menores públicos foram dos jogos do Atlético-GO:

Atlético GO x Sport- 338, Atlético-GO x Coritiba- 1.035 e Atlético-GO x Chapecoense- 1.243.

O melhor ataque foi do Palmeiras- 61 gols. O pior foi do Avaí- 29 gols.

Melhor defesa- Corinthians- 30 gols, Pior defesa- Sport- 58 gols.

TOTAL DE JOGOS- 380- Vitórias dos Mandantes- 167 (43,94%), Visitantes- 110 (28,97%) e, Empates- 103 (27,09%).

Foram marcados 923 gols, com uma média de 2,43/jogo.

O Campeonato não teve evolução, com relação aos números dos anos anteriores.

* Dados foram obtidos no site Sr.goool.

NOTA 5-  O SHOW DO LIVERPOOL

* Na noite de ontem na Europa e tarde/noite no Brasil aconteceram vários encontros pela Liga dos Campeões.

Três jogos estavam à disposição para quem desejava assistir um bom futebol.

A partida entre  o time do Manchester City contra o Shacktar Donetsk não tinha motivação, desde que Pep Guardiola colocou um misto frio para atuar, já que era primeiro lugar na classificação, e mais ainda por conta do jogo contra o Manchester United no final da semana pela Premier League.

A vitória foi do time da Ucrânia por 2x1.

Fizemos a opção por Liverpool e Spartak de Moscou, e assistimos um baile de futebol da parte da equipe inglesa, e com uma participação primorosa de Philippe Coutinho que foi autor de três gols.

A equipe moscovita ficou acuada no gramado assistindo uma partida impecável do adversário, tomando uma goleada acachapante de 7x0.

O time do Liverpool não disputava a fase eliminatória dessa competição, desde 2008/2009, e nove anos após conseguiu a sua classificação na primeira colocação do seu grupo.

O futebol da Inglaterra classificou os seus cinco clubes para a fase posterior.

Manchester United  1º do grupo,

Chelsea (2º),

Manchester City (1º),

Liverpool (1º),

e Tottenham (1º).

Está de bola cheia.

NOTA 6- A DESPEDIDA DE DUBEUX

* Para surpresa dos torcedores do Sport, Gustavo Dubeux deixou na tarde de ontem o cargo de vice-presidente de futebol do clube, que era acumulado com a vice-presidência executiva.

Na verdade já era o esperado após a trágica participação do Sport na temporada que está findando, conquistando apenas o título estadual que pertence de fato ao Salgueiro, e libertou-se da degola graças ao apoio do Corinthians.

Muito pouco para o investimento realizado.

Segundo o cartola a sua saída se deu por conta dos afazeres que terá no ano de 2018 em suas empresas, e não daria para conciliar o seu tempo com o clube.

Não acreditamos nas suas alegações, posto que esse estava em tratativas com vários treinadores para o clube, e de repente resolveu sair.

Como o pedido foi feito e já está sacramentado, os demais diretores deveriam acompanha-lo, até o presidente poderia tomar uma atitude como essa para o bem da entidade, que precisa voltar a ser dos rubro-negros e não de terceiros.

NOTA 7- UM JOGO ELÉTRICO

* Independiente e Flamengo fizeram um bom jogo pela Copa Sul-Americana. Sem violência, limpo e sobretudo elétrico da parte do time portenho.

O rubro-negro da Gávea saiu na frente do placar com um gol de bola aérea do zagueiro Rever.

O time argentino não esmoreceu e passou a dominar o jogo, com um futebol pelas pontas e velocidade de Fórmula 1.

Aos 28 minutos um ataque perfeito com troca de passes originou o gol do empate.

No segundo tempo o Independiente dominou a partida nos minutos iniciais e saiu na busca do desempate, obtendo o sucesso com um gol aos 7 minutos.

Depois disso recuou e a equipe do Flamengo cresceu, teve algumas oportunidades, mas a boa defesa do adversário segurou o placar.

Na verdade o Colorado argentino fez um bom jogo, sem chutões, sem bolas alçadas, sem faltas violentas, e sobretudo utilizando as pontas, em especial a direita que foi o mapa da mina para a sua vitória.

O clube da Gávea terá um pedreira à sua frente no jogo de volta, pois o adversário aplica um futebol moderno e eficiente.

As torcidas do Sport, Atlético-MG e Vasco da Gama vão ter que rezar, pois sem rezas a vaca irá para o brejo na próxima quarta-feira.