NOTA 1- O GONGO SALVOU O SPORT 

* Mais uma rodada sem vitória e com o caminho para a degola sendo muito bem pavimentado, o time do Sport foi salvo pelo gongo aos 51 minutos da segunda fase graças a um pênalti que realmente existiu, e sobretudo pela incompetência total da equipe da Chapecoense que não soube garantir o placar de 1x0 mesmo com um jogador a mais.

Não podemos analisar a partida desde que essa não aconteceu. 

Foi mais uma vez a repetição do futebol Infraero, com passes errados, chutões para o alto, que é o modelo rubro-negro de se jogar, no que foi acompanhado pela mediocridade do time local.

Na ocasião da penalidade favorável ao Sport, o Vitória empatava o seu jogo contra o Vasco, e o time pernambucano estava  ingressando na zona da degola. Como o empate aconteceu, o gongo tocou e a queda foi desconsiderada. 

Na verdade o fato foi adiado por dias, desde que irá acontecer na próxima quarta-feira quando esse deverá ser derrotado pelo time do Botafogo, desde que pela maneira como está atuando até o nosso Íbis torna-se um forte adversário.

Foi um dos piores jogos entre os que assistimos nesse Brasileirão, com péssima qualidade, e um futebol danoso.

Depois de noventa e nove minutos de uma partida não conseguimos destacar nada de útil, nem nos jogadores que estiveram no campo.

A expulsão de Anselmo foi justa, desde que a sua falta merecia o cartão vermelho direto, assim como de uma queixa na Delegacia do Torcedor por tentativa de agressão.

O Sport que já não jogava nada, piorou, foi quando o ¨excelente¨ volante Patrick resolveu dar uma generosa ajuda ao time do Chapecó cometendo um pênalti que originou no gol do dono da casa.

Depois da partida começamos a analisar o que poderia ser feito para melhorar o rubro-negro pernambucano, e a única ideia factível foi a contratação da empresa Granero que é uma referência no setor de mudanças à longa distância.

Talvez o problema poderia ser resolvido.

Como tínhamos escrito na postagem de ontem sobre esse jogo, o dia seria de sofrência para os seus torcedores.

Acertamos. 

NOTA 2- UM MARAVILHOSO PELADÃO

* O Corinthians resolveu ontem dar um grito de um basta solene nas conversas sobre  a perda do título do Brasileirão.

As mídias do Sudeste criaram um novo Palmeiras, que seria aquele que iria desbancar o alvinegro.

Tudo estava programado, mas não acertaram com os russos, e o alviverde em dois jogos somou apenas um ponto afastando-se de vez do cálice que estava sendo oferecido, sendo derrubado para a quarta colocação.

Com o maior público no pós Copa nos jogos na arena de Itaquera, infelizmente com a presença de uma só torcida, o time  corintiano se sobrepujou ao derrotar ao do Parque Antarctica pelo placar de 3x2, em um dos melhores jogos do Brasileirão, não por conta de sua qualidade técnica que não existiu, e sim pela entrega dos dois clubes.

Lutaram bravamente.

Parecia aqueles encontros entre times rivais de bairros, onde a luta pela bola era como a busca de um pedaço de pão para quem estava com fome.

Os dois clubes se entregaram, não tinham formação tática, a não ser a vontade de ganhar, e o Corinthians como foi aquele mais competente obteve a vitória que o distanciou do Santos, segundo colocado por seis pontos, e respirou na competição após rodadas de atropelos.

Um grande publico, um excelente jogo, que são coisas necessárias ao futebol. Os torcedores gostam.

Pelo menos vimos algo de bom no atual momento desse esporte no Brasil.

O Santos será o escolhido para derrubar a equipe do Parque São Jorge, que soube trocar de cavalo, saindo do paraguaio para um inglês de boa qualidade, que o levará para o título.

NOTA 3- JOGOS SEM EMOÇÕES

* Além desses dois jogos que foram analisados, no dia de ontem tivemos mais quatro que fecharam a 32ª rodada do Brasileirão.

O mais razoável foi o encontro entre o Grêmio e  Flamengo, com uma vitória de virada do time gaúcho por 3x1.

O primeiro tempo começou melhor para o rubro-negro da Gávea, mas aos poucos foi sendo equilibrado.

No início da segunda etapa a equipe carioca abriu o placar, e com a entrada de Everton e Beto da Silva no time gremista, o jogo mudou de feição, e em três minutos aconteceu a virada com dois gols do primeiro, e depois com a assistência do segundo, Luan ampliou o placar para 3x1.

O Flamengo segue a sua sina, com uma campanha bem fraca, sem o retorno dos investimentos realizados.

Encontra-se no 7º lugar, com 47 pontos.

No Mineirão em um jogo insosso o Cruzeiro derrotou o Atlético-PR por 1x0, com o rubro-negro do Paraná perdendo muitas chances no segundo tempo.

A equipe paranaense segue a sua vida de um clube que foi sem nunca ter sido.

Na Fonte Nova aconteceu um confronto direto entre Bahia e Ponte Preta, que no final terminou com a vitória da equipe baiana pelo placar de 2x0, deixando a Macaca de Campinas em péssima situação, sendo uma das mais cotadas para o rebaixamento.

No último jogo, o Vasco esteve com as chuteiras na Libertadores quando vencia o Vitória, não aguentou a pressão do time baiano que empatou nos acréscimos.

O placar de 1x1 o tirava da zona da degola, posto que o Sport estava sendo derrotado, mas como esse empatou, o time rubro-negro da Boa Terra voltou para o inferno calorento do rebaixamento.

Ainda bem que tivemos o jogo do Corinthians, pois os demais foram de torturas para todos aqueles que os assistiram.

Ainda bem que esse campeonato está sendo encerrado, pois se tivesse um tempo mais longo iriamos desistir. 

NOTA 4- NO MUNDO CIVILIZADO

* No último sábado no jogo entre Santa Cruz e Náutico pela Série B Nacional, foi concedido um minuto de silêncio pelo falecimento de Luiz Cavalcante, um profissional que estava entre os últimos dos moicanos do radialismo do país.

Baiano de nascimento, pernambucano por adoção, deixou o seu nome registrado na história de nosso futebol.

O mais interessante é que o minuto é de 30 segundos, os torcedores que estavam presentes no estádio do Arruda continuaram com seus gritos de guerra, com uma orquestra tocando, pouco ligando para o sentido da homenagem que estava sendo prestada.

Aliás quando o hino nacional é tocado nos estádios, a avacalhação é geral, não existe mais o devido respeito aos símbolos que fazem um país de verdade.

Vivemos em um nação incivilizada, quando a educação foi jogada no lixo, e o respeito não é cultivado.

Por outro lado no Velho Continente, ao assistirmos o jogo da Premier League entre o Chelsea e Manchester United foi concedido um minuto de silêncio que na verdade foi de 60 segundos integrais, e a reação do público nos chamou atenção.

Antes o locutor do estádio de forma bem educada explicou a razão da homenagem que estava sendo realizada.

Logo após as suas palavras o árbitro sinalizou, e o estádio totalmente lotado emudeceu. Um silêncio sepulcral.

Os aplausos aconteceram quando do apito inicial.

Uma bela lição de civilidade.

No Brasil jogadores agridem os árbitros, torcedores jogam pedras nos estádios, brigam nas arquibancadas, outros brigam nas ruas, ou  são mortos, e pouco ou nada se faz para que esses procedimentos deixem de acontecer.

Não temos civilidade nesse país, e os exemplos vem daqueles que nos comandam, que na verdade é o que de pior existe.

A Lava- Jato que o diga.

Triste de um país que não respeita uma homenagem aos seus mortos.  

Lamentável. 

NOTA 5- O IMPARÁVEL MANCHESTER CITY

* O Manchester City fez mais uma vitima na Premier League.

A bola da vez foi o Arsenal que foi derrotado pelo placar de 3x1, em um jogo movimentado onde a bola correu no lugar dos jogadores.

O time ¨blue¨da cidade de Manchester foi o protagonista de um primeiro tempo primoroso, perdendo muitas chances de gol, e com um futebol jogado na grama, não no espaço aéreo como o nosso.

No segundo tempo o Arsenal equilibrou o jogo levou o segundo gol, marcou de imediato o  seu, mas levou um terceiro graças ao apito amigo que não anotou o lance de impedimento de David Silva que foi o passador para Gabriel Jesus marcar.

Não teve nenhuma reclamação acintosa com relação a arbitragem, nenhum jogador valente dando cabeçada, entre outras coisas que sempre acontecem em nossos gramados.

O início do City é sem duvida avassalador, quando nos onze primeiros jogos somou 10 vitórias e um empate.

Quem vai parar Pep Guardiola?

NOTA 6- UM CAMPEONATO DE WO

* A falta de seriedade na gestão do futebol no Brasil é bem clara.

Há anos que afirmamos que existem clubes e ¨clubes¨ em nosso país, mas aqueles que fazem as entidades estaduais não perceberam tal fato, e por conta dos votos no processo eleitoral os filiam, mesmo sabendo que não seriam aceitos em um campeonatos de várzea.

A Série C do futebol do Rio de Janeiro é a cara do estado, um exemplo da desorganização geral.

Os clubes sem a menor estrutura já originaram 32 WO em suas partidas, inclusive com vários duplos quando as duas equipes não compareceram aos locais, ou não tinham numero legal para os seus inícios. 

No regulamento da competição, o WO é punido com um resultado de 3x0, ou seja 96 gols foram fantasmas.

Uma competição tem que ser tratada com seriedade seja qual for a sua divisão. Requer uma fiscalização da entidade que a promove, para separar o joio do trigo, mas o problema é que tanto um como o outro tem direito à voto.

O mais grave é que os atletas assinam contratos de profissionais, não recebem salários e em alguns casos pagaram R$ 500 para os seus registros.

Esse é o futebol brasileiro que a cada ano se afunda mais em todos os seus segmentos.

Só uma varredura poderá resolver, mas não existem varredores para tal.

NOTA 7- PARA OS AMIGOS TUDO

* Segundo o blog de Lauro Jardim, Sergio Cabral pode estar na pior, mas nem por isso deixa de ser amigo dos amigos.

Por isso quando Carlos Arthur Nuzman chegou ao presídio do Benfica, foi recebido com uma recepção inesquecível.

Fez os que estavam por perto se levantarem para recepcionar o mais novo companheiro recém chegado, convocando a todos para uma saudação. 

¨Vamos aplaudir o cara que trouxe a Olímpiada para o estado do Rio de Janeiro¨ .

Todos aplaudiram.

Trata-se de um corrupto debochado que deveria estar em um presídio federal, mas o nosso doutor Gilmar não permitiu.

Nós merecemos.

São coisas do Brasil bem brasileiro.

NOTA 1- SOFRÊNCIA RUBRO-NEGRA

* O torcedor do Sport terá hoje uma noite de grande sofrência, que será ocasionada pelo jogo em Chapecó contra a equipe local.

Por conta da entrevista do ex-presidente Luciano Bivar falando sobre o modelo extracampo, os chapecoenses aproveitaram para apimentar o jogo, inclusive entre os seus jogadores.

Mas como futebol se ganha em campo, e o sujeito oculto faz parte de um passado distante, certamente nada disso irá pesar, sim a qualidade dos dois clubes, e nesse quesito o rubro-negro não está bem situado.

O Sport ocupa a 16ª colocação na tabela, colado à zona do rebaixamento com 35 pontos, quatro à menos do que o time da Chapecoense que é o 12º da competição, com 39.

Nos últimos cinco jogos o time de Chapecó somou 7 pontos (46,6%), e o da Ilha do Retiro, 5 (33,3%).

Nos últimos 10 jogos, a vantagem é da Chapecoense é ampla, 49,67% de aproveitamento, enquanto o Sport é o lanterna com pífios 20%.

No returno, em 12 jogos, a equipe pernambucana também segura a lanterna de Diógenes, com 19,55% de aproveitamento, enquanto o rival é o 9º colocado, com 47,22%.

Como visitante o Leão da Ilha é dono de uma péssima campanha, com 28,89% de aproveitamento, enquanto o time local como mandante tem um percentual de 44,44%, que na verdade é razoável.

Os números levam a um favoritismo da Chapecoense, e que poderá se concretizar, desde que o Sport não merece a confiança dos seus torcedores.

NOTA 2- UMA VITÓRIA ENGANOSA  

* O ex-clássico das emoções, teve de tudo um pouco, menos o mais importante a presença dos torcedores.

O público total foi de 8.574 pagantes, que mostrou o tamanho de nosso futebol.

Por outro lado o jogo foi interessante, com dois times limitados na busca de uma vitória, desde que o empate não seria bom para ambos.

Embora o Náutico tenha obtido a vitória por 3x2, a sua situação na tabela de classificação não permite sonhar em fugir da degola, desde que são 8 pontos a diferença para o primeiro de fora da zona perigosa, com apenas 15 a serem disputados. 

O tricolor foi bem melhor do que o alvirrubro durante toda a partida, teve chances de sair vitorioso, mas na verdade o time do Arruda perdeu totalmente a vontade de conquistar pontos positivos em seus jogos.

Está atuando para cumprir tabela. 

O alvirrubro mesmo sendo bem inferior no gramado teve a virtude de aproveitar os erros do rival, e fazer o placar.

O pênalti à seu favor aconteceu, o goleiro Julio Cesar derrubou o atacante William, e o árbitro Thiago Duarte Pereira de forma correta marcou.

Por outro lado, quase no final dessa partida aconteceu uma penalidade contra o time do Náutico e o árbitro amigo passou em branco, prejudicando o Santa Cruz, que ficou numa situação insustentável.

As cenas protagonizadas por Derley, atleta do tricolor, que culminou com uma cabeçada contra o apitador, foi uma demonstração clara de que o futebol brasileiro não amadureceu, e que permite que um fato grotesco como esse aconteça ainda em nossos gramados.

A punição ao jogador tem que ser severa, inclusive com uma suspensão preventiva de imediato para que sirva como exemplo para os demais profissionais.

A agressão não iria mudar o resultado, apenas trouxe lama para um jogo que foi bom de ser assistido. 

NOTA 3- O FIGUEIRENSE SAIU DA UTI

* O final da 33ª rodada da Série B foi muito bom para o Figueirense, que obteve uma vitória de 2x0 para o Brasil de Pelotas, saindo da UTI e passando a respirar sem os aparelhos, ao somar 42 pontos, bem próximo de alcançar o numero mágico.

Sob o comando de Milton Cruz foram seis jogos como mandante, com cinco vitórias e um empate.

O time gaúcho continuou com 39 pontos, e terá que lutar contra o carrasco nessas últimas cinco rodadas.

No segundo jogo da tarde, o América-MG foi dominado pelo Guarani no segundo tempo, mas segurou o placar de 1x0 obtido no inicio do primeiro e voltou para a vice-liderança, com 60 pontos.

A equipe de Campinas não evoluiu com Lisca, e é séria candidata ao rebaixamento junto com Náutico, Santa Cruz e ABC.

O BOA mesmo jogando como mandante foi derrotado pelo Londrina (1x0), mantendo-se com os 40 pontos, e com a necessidade de conquistar seis nos cinco jogos que ainda disputará.

O placar de 1x0 aconteceu por 4 vezes, o que mostra o equilíbrio da competição.

Na próxima segunda-feira será iniciada a 34ª rodada com o jogo entre Luverdense e Internacional. 

NOTA 4- O CORITIBA JOGOU O SPORT PARA A 16ª COLOCAÇÃO

* A 32ª rodada do Brasileirão foi iniciada na noite de ontem com a realização de quatro partidas.

O Santos sem Levir Culpi atropelou o Atlético-MG por 3x1, jogando uma boa partida, assumindo de forma provisória a vice-liderança da competição, somando 56 pontos, três à menos do que líder Corinthians que joga na tarde de hoje.

O segundo tempo do time da Baixada foi perfeito, e com uma demonstração que os jogadores não estavam ajudando o antigo treinador.

Enquanto isso no Estádio Nilton Santos, o Botafogo foi derrotado pelo Fluminense de virada pelo placar de 2x1, com o gol da vitória sendo marcado por Matheus Alessandro que foi captado em um torneio comunitário entre as favelas cariocas.

Bem jovem e uma boa promessa para o futuro.

Com esse triunfo o tricolor respirou mais tranquilo ao se distanciar da zona da degola, somando 42 pontos.

O São Paulo no Estádio Serra Dourada, com um público totalmente tricolor ganhou na bacia das almas por 1x0 do lanterna da competição, o Atlético-GO, que merecia uma melhor sorte.

Com esse resultado o tricolor do Morumbi está ficando cada vez mais longe da zona da degola, ao atingir 43 pontos.

Nesse jogo é que vimos o desperdício para o futebol de um dos melhores talentos do Brasil, o atacante Walter que trata a bola com carinho, e apesar de jogar em um time já rebaixado impressiona com um belo futebol.

É uma pena.

No último jogo da noite, o Coritiba com a presença de mais de 20 mil torcedores em seu estádio, atropelou o Avaí com uma goleada de 4x0, com a segunda vitória seguida, assumindo o lugar do Sport com 38 pontos somados.

Aos poucos o Coxa está fugindo do carrasco da foice.

Esse inicio de rodada não foi bom para o rubro-negro de Pernambuco, desde que o leque de disputantes contra o rebaixamento está sendo reduzido.

Dependendo dos resultados dos jogos de hoje, o velho Leão poderá ingressar no Z4.

NOTA 5- UM ENCONTRO ESPERADO

* Entre todos os jogos da 32ª rodada do Brasileirão, o que chama mais atenção será o encontro entre o líder Corinthians e o Palmeiras, o 3º colocado na tabela, e separados apenas por 5 pontos.

Em campo o alvinegro de São Paulo teve um turno brilhante conquistando 47 pontos em 19 rodadas. No returno rolou pela ladeira, somando 12 em 12 jogos realizados.

Enquanto isso o alviverde somou no turno 32 pontos, e no returno 22, ou seja uma campanha nessa segunda etapa bem superior a do rival.

Na tabela de classificação o time do Corinthians tem 17 vitórias, 8 empates e 4 derrotas (63%), enquanto o do Palmeiras apresentou 16 vitórias, 6 empates e 9 derrotas (58,0%).

Fora dos gramados os dois clubes dão um banho nos demais participantes com relação a renda liquida dos seus jogos.

Em 15 partidas como mandante a equipe do Parque São Jorge colocou em seus cofres R$ 20.998.586,25, enquanto a do Parque Antarctica foi recheada com R$ 20.184.657,95.

A soma dos dois representa R$ 41.1583.244,20, ou seja 49,2% do total de toda a competição, que até a 31ª rodada é de R$ 83.582.659,07.

A média por jogo em Itaquera é de R$ 1.399.905,57, e no Allianz Parque essa corresponde a R$ 1.261.541,12 por jogo.

Tais valores ficariam em 12º lugar no atual ranking, acima de oito clubes.

Para que se tenha uma ideia exata, o São Paulo o 3º no ranking de renda liquida, somou R$ 9.016.863,73.

São números expressivos e que mostram a realidade de nosso futebol.

O jogo não tem favorito, e tem cheirinho de empate.

NOTA 6- A HORA E A VEZ DE RICARDO TEIXEIRA

* Segundo o jornalista Jamil Chade correspondente na Suíça do jornal Estado de São Paulo, a Espanha atendeu a um pedido da nossa Procuradoria Geral da República, e aceitou transferir ao Brasil o processo criminal existente contra o ex-presidente do Circo, Ricardo Teixeira.

O compromisso é que seja investigado e processado no país.

O cartola brasileiro havia sido indiciado na Espanha por corrupção, no caso que levou à cadeia, o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell.

Um mandado de prisão contra Teixeira  foi expedido para todos os países, mas a legislação brasileira não permite a extradição de seus cidadãos.

O cartola tem um outro mandado expedido pela Justiça norte-americana. É bicampeão, mas vive feliz na cidade do Rio de Janeiro cujo símbolo maior é o ex-governador Sergio Cabral.

Sem dúvida a hora e a vez de Ricardo Teixeira está chegando, e certamente o dia de Del Nero também irá acontecer, no momento em que  a Justiça dos Estados Unidos liberar a documentação do processo Fifagate, que irá ouvir amanhã José Maria Marin no inicio do seu julgamento.

Só esperamos que no Brasil a documentação não fique engavetada.

A sociedade necessita de uma resposta bem rápida sobre essa cartolagem. 

A crise do futebol brasileiro tem como ponto de partida o amadorismo dos seus dirigentes, e em muitos casos a falta de uma maior concentração na vida de suas entidades. 

A sociedade mudou os seus conceitos, e os clubes que eram parte do seu cotidiano não acompanharam as transformações e foram perdendo as presenças dos seus associados no dia a dia, e isso sem dúvida tem reflexo nas diversas gestões.

O clube era formador de lideranças, que viviam as suas necessidades, os seus objetivos, criando uma escola de futuros gestores.

Hoje o cartola é uma nuvem passageira.

Muitas vezes não o frequentou, e em casos especiais somente os jogos de futebol. Quando o assumem é por pertencer ao grupo dominante que se apossou desse por interesses pessoais.

Passa um período no comando, quando retira-se deixa problemas para o sucessor.

Como não existe mais o antigo modelo de agregar, de trazer os sócios para os seus intramuros, ficam entregues a dirigentes que se dedicam parcialmente, sem a experiência para os cargos que ocupam, e os resultados são bem cristalinos, quando uma maioria anda de pires nas mãos.

Um sentimento mais arraigado à camisa de sua entidade, sabendo que poderá fazer o bem para essa é fundamental, caso contrário, ou seja, jogar no aleatório é improdutivo e carreador de transtornos.

Uma boa parcela dos gestores, aplica o sistema do tanto faz, tanto fez.

Quantos dirigentes de nossos clubes que estão nos seus comandos não tinham o conhecimento de perto das suas dependências?

Assumem e ficam perdidos nos labirintos internos, e trazem para os ajudarem muitas vezes áulicos, que só sabem balançar a cabeça e dizer amém.

Como a cultura do clube empresa não é absorvida no Brasil, a profissionalização torna-se fundamental, com pessoas capacitadas, sérias, que possam administrar de forma correta, de modo profissional na busca de dividendos positivos.

Não podemos continuar com o modelo existente, que dirigir um clube é um favor, e quando cobrado a resposta é: ¨não ganho nada com isso¨.

Já que não podemos mais voltar aos bons tempos, quando os dirigentes começavam como atletas, viviam o dia a dia de sua agremiação, pelo menos deveríamos tentar acabar com a nuvem passageira entregando-o a gestores competentes, profissionais, que poderão dar uma nova dimensão ao processo.

Se continuarmos com cartolas gastando acima das receitas, com prestações de contas escondidas, o futebol brasileiro não irá se recuperar, desde que o amadorismo está matando-o, enquanto todos ficam observando como se estivessem na Ilha da Fantasia.

Na realidade já tivemos dirigentes, mas hoje temos cartolas, que gostam de passear em um belo Camaro amarelo com o rádio ligado tocando a música dos Engenheiros do Hawai, com o refrão: ¨Eu sou uma nuvem passageira, que como o vento se vai¨. 

O brasileiro sempre acreditou que Deus era um nativo, e tupiniquim como todos os nossos habitantes.

Esse pensamento sempre era exposto, no momento em que as dificuldades eram bem visíveis, e um jeitinho e sua mão mudava os acontecimentos.

Mas até Deus cansou, e resolveu não mais interferir no Brasil.

Deve ter partido para outras plagas, que pelo menos não lhes darão tantos constrangimentos.

Entendemos as razões do Criador, pois é impossível aguentar os fatos negativos que acontecem em nosso país, que ultrapassaram a realidade e adentraram no reino do absurdo.

Como Deus poderia ser considerado brasileiro, quando do céu estava observando o que acontecia em nossa pátria, que foi dilapidada por varios membros de uma organização criminosa que tomou conta do poder, e pelo sentimento do povo que nós temos certamente irá continuar, apesar de tudo que foi descoberto pela Operação Lava Jato? 

Descobrimos que Deus não é mais brasileiro, quando lemos ou ouvimos as noticias divulgadas pelas mídias, quando pais matam filhos, filhos matam os pais, policiais matam inocentes, bandidos matam policiais, estupros tornaram-se banais, entre outras coisas.

Descobrimos que Deus não é mais brasileiro, quando os esportes do país foram esmagados pelos cartolas, quando uma entidade maior foi entregue  a pessoas suspeitas de corrupção, com um ex-presidente, Jose Maria Marin, preso nos Estados Unidos, sem falarmos de Ricardo Teixeira que ficou rico com vacas leiteiras.

O atual, Marco Polo Del Nero é fugitivo do FBI, ou quando as federações são entregues a um continuísmo exacerbado, que está agora resumido, mas o sistema é de pai para filho, ou para parentes e aderentes.

Uma verdadeira avacalhação.

Descobrimos que Deus não é mais brasileiro, quando permitiu que uma Copa do Mundo fosse realizada no país, cujos legados foram para as empreiteiras e para alguns políticos que são suspeitos do recebimento de pixulecos, enquanto as escolas foram depedradas, a segurança esfacelada, e a saúde nem no inferno é tão maltratada.

Se Deus desejar voltar a ser brasileiro a primeira coisa que iriamos pedir, seria um vendaval para que pudesse arrastar uma inoperante cartolagem que conseguiu o impossível, destruir um esporte importante para a vida nacional.

A ajuda poderia ser estendida com relação ao setor politico, quando no processo eleitoral de 2018 fechem as portas para os corruptos.

Como Deus sempre gostou de ser brasileiro, e sente saudades, que volte a sê-lo, atendendo o nosso pleito, embora não tenhamos nenhuma esperança que isso possa acontecer.

Os torcedores do futebol tem um refrão que é exibido em vários cartazes durantes os jogos: ¨Eu acredito¨, mas como conhecemos de perto o que acontece no Brasil temos a absoluta certeza de que as palavras certas seriam: ¨Não acreditamos.¨

Na verdade a nossa sociedade acostumou-se com tudo que não presta.

Perdeu o olfato.