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Escrito por José Joaquim

Nesses sete anos de atividade do nosso blog, um tema muito bem explorado foi o da ausência de boas gestões nos clubes, por falta de planejamento.

Na realidade daria para publicar um livro.

No dia de ontem lemos os primeiros resultados dos estudos feitos pela consultoria Ernst & Young, em parceria com a Ambev, por conta do Prêmio Excelência do Futebol Brasileiro da presente temporada.

Os dados foram divulgados por Thiago Nogueira, na sua coluna do jornal ¨O Tempo¨ de Minas Gerais.

Quatorze clubes participaram da pesquisa: Palmeiras, Santos, Ponte Preta, Atlético-MG, Atlético-GO, Goiás, Juventude, Fortaleza, Ceará, Cruzeiro, Vitória, Coritiba, Flamengo e Fluminense.

Vários itens foram bem analisados, entre esses gestão e planejamento.

De acordo com os estudos 71% dos clubes não tem metas de gestão planejada, e nenhum acompanha-as. 

Como sempre afirmamos, o futebol brasileiro é movido pela indigestão, e os resultados são bem claros.

A avaliação apontou que o controle das despesas com energia elétrica é ignorado por 39% dos clubes, e 71% não controlam os bens patrimoniais de suas sedes e centros de treinamento. 

Alguns cubes mantem investimentos pesados na área de marketing, apostando nas redes sociais. Mas em outros setores a concentração de esforços é acanhada, ou dividida em diversos departamentos.

A pesquisa apontou que 64% dos entrevistados não buscam novos licenciados para aplicação e o uso da marca, 57% não chegam a fazer pesquisas de mercado para orientar a atuação do setor de marketing.

A satisfação e o bem estar dos trabalhadores são reflexos de uma empresa equilibrada e séria. Mas nenhum clube costuma fazer pesquisa de satisfação com seus funcionários e metade das equipes não tem politica de benefícios.

Para os jogadores que ganham salários gordos essas ¨regalias¨ são irrelevantes, mas para os trabalhadores comuns, fazem grande diferença.

Em 86% dos clubes não há plano de cargos e salários.

Com relação ao trabalho de formação, que é o futuro do futebol, o levantamento mostrou que 57% dos entrevistados não acompanham o desempenho escolar de seus atletas.

Não é oferecido apoio psicológico em 64% desses, e em 79% não há cursos de idiomas ou informática.

Outros detalhes foram analisados, mas o espaço não permite as suas divulgações, mas pelo que mostramos, sem duvidas estamos certos quando criticamos as gestões dos clubes brasileiros, e em especial para o planejamento que para a cartolagem é uma palavra pornográfica.

O futebol brasileiro continua na época da bola de pito. 

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O OESTE TOCOU FOGO NA SÉRIE B

* A 33ª rodada da Série B Nacional foi iniciada na noite de ontem com a realização de duas partidas.

A primeira envolveu os times do Goiás e Criciúma que fizeram um jogo bem prejudicado pelas chuvas, e que terminou de forma justa empatado em 1x1.

O time goiano completou seis rodadas sem derrota, e o catarinense cinco sem uma única vitória, mas ambos estão perto do número mágico. 

O segundo encontro foi sensacional principalmente no segundo tempo quando o time do Oeste resolveu jogar o seu bom futebol.

A primeira etapa foi retrancada, muitas faltas, a bola correndo em apenas 47 minutos e os dois goleiros sem muito trabalho.

O time paranista nos minutos finais conseguiu abrir o marcador.

No segundo tempo a partida tornou-se eletrizante com chances para os dois lados, mas aos poucos o Oeste foi tomando conta do gramado, perdendo muitas chances de gol, conseguiu o empate, e no final marcou o gol da vitória.

Placar bem justo de 2x1 para o rubro-negro paulista, e com a quebra de uma série de dez vitórias do Paraná jogando na Vila Capanema.

O time de Barueri é um exemplo de como pode se fazer algo produtivo com poucos recursos. Formou um grupo com qualidade e está fazendo uma boa competição.

Com essa vitória de ontem o G4 pegou fogo, desde que a diferença da equipe paranista, para o rubro-negro ficou com apenas um ponto, tornando aberta a última vaga para a obtenção do acesso.

Uma vitória justa, da parte de um time organizado e que aproveitou as falhas do adversário para fazer o marcador.

Um bom jogo nesse meio tão mequetrefe.

NOTA 2- A METAMORFOSE DO GALVÃO

* Galvão Bueno em uma entrevista ao jornal Estado de São Paulo, mostrou-se um personagem que passou por uma metamorfose.

Abordou temas que em toda a sua vida jornalística jamais explorou.

Criticou de forma bem dura Ministério do Esporte, que para ele nos últimos anos foi moeda de troca por apoio politico.

Lançou um desafio para saber qual foi o último Ministro do Esporte que tinha ligação com o setor. Por conta disso nunca procedeu com uma fiscalização nas entidades ligadas aos esporte.

Segundo Galvão, temos problemas com a Confederação de Futebol com um ex-presidente preso nos Estados Unidos, um presidente e um ex que não podem sair do Brasil, um presidente da Confederação Aquática preso, e agora temos o presidente do Comitê Olímpico também preso, e outros que se afastaram dos cargos para não serem presos.

Questionou:

Não chegou o momento do Ministério do Esporte fazer alguma coisa?

Para esse só o Ministério poderá determinar uma auditoria em todas as Confederações e Federações para ver o que está acontecendo.

Finalizou afirmando que precisamos de uma vassoura gigante para ir varrendo e limpando.

Esse é o novo Galvão Bueno, que depois de tanto anos acobertando o que não prestava nos esportes brasileiros, somente agora despertou.

Antes tarde do que nunca.

NOTA 3- BRINCANDO COM FOGO

* A cartolagem do Sport ainda não conseguiu perceber que o clube está na fronteira do inferno, e que a possibilidade de ganhar no jogo de volta contra o Atlético Junior pela Sul-Americana é como receber o prêmio da Mega Sena.

Apesar disso o rubro-negro embarcou praticamente com a sua equipe titular, deixando para o segundo plano o encontro que terá contra a difícil Chapecoense no próximo domingo.

Serão seis horas de viagem.

O elenco voará 4.886 km para chegar a Barranquilla, joga no dia de amanhã, retorna para Chapecó, enfrentando outras tantas horas de voo.

Uma insanidade.

Obvio que para um time que vem desgastado em final de competição, essa viagem irá pesar na parte física dos seus profissionais.

Poderíamos até entender tal decisão se houvesse algo que sugerisse uma vitória nesse segundo confronto, mas sem duvida a vantagem do time colombiano é grande, e além disso o seu futebol é bem superior ao do rubro-negro.

O jogo contra a Chapecoense é complicado, e fica mais difícil por ser em sua casa, e que deveria ter sido escolhido como o preferencial para o clube, mas os gênios que o fazem acharam de modo inverso.

Uma pergunta: Se não tiver sucesso contra o Atlético Junior e com o time de Chapecó, o que os cartolas irão dizer? 

NOTA 4- PAGANDO PARA JOGAR

* O futebol brasileiro tem uma via que sempre leva a sofrência.

Os torcedores sofrem com os seus clubes, por sua vez esses sofrem quando pagam para jogar.

O Flamengo solicitou ao Circo que comanda o futebol no país, que o seu jogo contra o Vasco da Gama fosse realizado na Arena Urubu de sua propriedade.

Sob a alegação da segurança e entidade negou, e determinou que a partida fosse efetuada no Maracanã, o que na realidade aconteceu, e com brigas e prisões nas ruas, e outras no interior do estádio.

Onde estava a segurança? 

Tudo dentro dos conformes.

A solicitação do rubro-negro da Gávea foi por conta de um possível prejuízo que poderia acontecer.

A sua diretoria estava certa.

Ao analisarmos o movimento financeiro dessa partida, encontramos um vermelho nas contas do Flamengo de -R$ 346.796,58, ou seja como era previsto pagou para jogar.

Haja inteligência no interior do Circo.

O público foi de 20.571 pagantes.

A renda bruta totalizou R$ 739.775,00. 

As despesas somaram R$ 1.086.570,58.

O clube pagou R$ 250 mil como aluguel do estádio.

O prejuízo foi de -R$ 346.945,00.

Isso é futebol brasileiro.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* O Luverdense tem como sede a cidade de Lucas do Rio Verde, que dista 3.524,2 km do Recife.

O time jogou no último sábado contra o Santa Cruz e retornou no domingo.

Um apedeuta genial colocou o seu jogo pela 33ª rodada na cidade de Natal contra o ABC.

A distância da sede da equipe do Mato Grosso para Natal é de 3.806,6 km.

Ou seja irá viajar em uma semana 14.679,6 km.

O mais simples e lógico seria a marcação desse jogo para o dia de ontem, desde que o time estava no Recife, bem próximo a capital do Rio Grande do Norte.

A pergunta que não pode ofender é simples:

Tal fato é uma burrice patológica, ou algo ligado ao Circo e a empresa que faz a logística da competição, que irá fornecer passagens duplas no lugar de um só destino?

Temos ai um cheiro de mumunha.

NOTA 6- O BRASIL É O PAÍS DO CINEMA

* O público pagante dos 10 jogos que foram realizados na 31ª rodada do Brasileirão somou 172.362.

Fraquinho. 

A receita liquida foi de R$ 1.749.187,55.

O filme ¨Thor Ragnarok¨, nesse final de semana em sua estreia levou aos cinemas 1,5 milhões de espectadores arrecadando R$ 26 milhões.

Em segundo lugar ficou outra estreia ¨Tempestade Planeta em Fúria¨ com 126 mil pessoas e arrecadação de R$ 2,2 milhões, e em terceiro ¨A morte te dá parabéns¨, com 68 mil de bilheteria e R$ 1 milhão de arrecadação.

Não existe nenhuma dúvida que o Brasil é o país do cinema.

Salas confortáveis, ar condicionado, pipoca saborosa, público bem educado, sem torcidas organizadas e gás pimenta, e o principal sem o futebol mequetrefe.

O conjunto da obra faz a diferença.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- EXPECTATIVA FRUSTADA 

* A mídia do Sudeste no desejo de salvar o mequetrefe Brasileirão, criou uma expectativa com relação ao jogo do Corinthians contra o Palmeiras, na certeza de que o alviverde passaria pelo Cruzeiro no encontro de ontem.

Esqueceram de falar com os russos.

A equipe Celeste colocou um ônibus à frente de sua defesa, saiu com vantagem no marcador, no primeiro tempo chutou uma única bola ao gol adversário, contra as oitos chutadas por esse.

O Palmeiras foi bem melhor, empatando o jogo ainda nessa fase, com um gol do colombiano Borja.

Na segunda etapa a partida melhorou quando passou a ser jogada por duas equipes, com a mineira soltando-se, desempatando, com um gol de Robinho.

Daí em diante a equipe do Parque Antarctica passou para o tudo ou nada, e no final conseguiu empatar com mais um gol de Borja, que aos poucos vai mostrando a razão de ter sido a contratação mais cara do Brasil.

Trata-se sem duvida de um bom jogador que estava sendo prejudicado por Cuca.

O resultado frustou as expectativas dos palmeirenses de encostar no Corinthians e de vencê-lo no próximo domingo, assumindo assim a liderança da competição.

No papel tudo é fácil, mas na realidade é diferente, e foi o que assistimos nesse jogo de ontem, o melhor de toda a rodada.  

A diferença do alvinegro para o alviverde ficou em cinco pontos, que nessa reta final apesar da queda desse time com um returno de rebaixamento, é ainda confortável.

O apito amigo Heber Roberto Lopes deixou de marcar um pênalti favorável ao Palmeiras, quando o atacante Keno sofreu uma falta dentro da área adversária.

Os corintianos dormiram tranquilos, e o clube vendeu no dia de ontem 40 mil ingressos para o encontro do próximo domingo, que para as mídias seria o dia da passagem do Palmeiras para a liderança.

O Cruzeiro colocou agua no chopp.

NOTA 2- A DEBACLE NORDESTINA

* A Região Nordestina festejou a subida de três dos seus clubes da Série C, para a B, Sampaio Corrêa, Fortaleza e CSA, sendo que esse último foi o campeão.

Por outro lado, a região está correndo o risco de sofrer um grande vexame, com a queda de quatro que estão disputando a Serie B Nacional.

Hoje pelo menos três clubes estão quase garantidos, ABC, Náutico e o Santa Cruz, que poderão receber a companhia amiga do CRB, que está com dois pontos de diferença para o 17º colocado (Luverdense), primeiro da zona da degola.

Está no limite do precipício.

Nunca na história da competição quatro clubes de uma mesma região foram rebaixados.

Em 2009, tivemos três times do Nordeste degolados, Fortaleza, Campinense e ABC.

Na temporada de 2012 foi a vez do Sudeste, com o Guarani, Ipatinga e Barueri, que foi repetida em 2015, com Macaé, BOA e Mogi Mirim.

Ao analisarmos a próxima rodada (33ª) verificamos que a situação para a região é critica com a realização de confrontos diretos, com Santa Cruz e Náutico, ABC e Luverdense, e o CBR para complicar a atual situação enfrentará o Internacional no Beira Rio.

Uma vitória do time do Mato Grosso e uma derrota do alagoano, esse irá compor o quarteto dos degolados.

Pobre Nordeste. 

NOTA 3- TRISTE FUTEBOL BRASILEIRO

* Nunca assistimos tanta mediocridade nos gramados brasileiros.

A pobre bola é maltratada. 

Jogos desmotivados, sem qualidade, com a aparência que estão atuando apenas por obrigação.

O novo modelo tático é o Infraero, com a bola voando pelo alto, abandonando o gramado.

As gestões dos clubes estão no século passado, com o uso da tabuada para trabalhar nos cálculos, ou então contando nos dedos.

Não tem nada pior do que entrevistas dos cartolas, que com poucas exceções não servem para nada, apenas para empobrecer mais ainda esse esporte.

O resultado está bem latente, e que tem a sua maior representação na degola de treinadores.

Na verdade esse fato supera o absurdo.

Levir Culpi que era do Santos foi protagonista de uma antiga chanchada com Oscarito, quando foi demitido, readmitido e 48 horas depois degolado.

Um caso de bi-demitido com direito a faixa.

Essa dança completou a 24ª mudança de técnicos em 30 rodadas, atingindo 70% dos clubes que disputam a Série A Nacional.

Sobraram apenas, Claudinei de Oliveira (Avaí), Jair Ventura (Botafogo), Fabio Carille (Corinthians), Mano Menezes (Cruzeiro), Abel Braga (Fluminense) e Renato Gaúcho (Grêmio).

São os moicanos sobreviventes.

Atlético-MG, Bahia e Chapecoense, com quatro trocas.

Sport, Atlético-GO, Coritiba, São Paulo, Vasco, Vitória e Atlético-PR trocaram por três vezes.

Enquanto isso, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Santos optaram por duas mudanças.

Foram econômicos.

Na realidade as mudanças começam bem com alguns resultados positivos, sempre estancam e tudo continua como dantes.

Que futebol é esse?

NOTA 4- NO BRASIL O ÁRBITRO DE VIDEO TEM MEDO DO FBI

* O Circo ciscou, ciscou como uma galinha no terreiro após botar um ovo.

Divulgou, programou-se para o árbitro de vídeo e no final adiou para a próxima temporada.

Na certa ficaram com medo do FBI.

O Circo é aquele que foi sem nunca ter sido.

Enquanto isso acontecia no Brasil do famoso Del Nero, a Federação Portuguesa de Futebol resolveu ajudar a Liga por mais uma temporada, com o custeio para a utilização do árbitro de vídeo.

O presidente Fernando Gomes da entidade afirmou que o custo beneficio é compensador, e que no período em que o sistema foi solicitado 16 decisões que tinham sido tomadas pela arbitragem foram revertidas, dando mais transparência e segurança aos jogos.

No Brasil os cartolas preferem continuar com árbitros modificando os resultados através dos seus erros.

NOTA 5- A TECNOLOGIA E OS PENÂLTIS

* Não existe nenhum espanto um goleiro agarrar dois pênaltis seguidos em um só jogo.

Na verdade está existindo uma inversão de valores, quando narradores e comentaristas entendem que as defesas feitas, é uma perda para quem cobrou.

São alhos misturados com bugalhos.

A tecnologia tomou conta do futebol, e os clubes tem especialistas que trabalham com esse setor orientando aos seus guardadores de redes.

São programas feitos com os batedores, que mostram os seus modos de cobrança, lado que sempre chutam entre outras coisas.

Nada mais fácil estudar Diego Souza que repete em cada cobrança o mesmo modelo.

Sempre rebolando. 

Para que se tenha uma ideia foram marcados 103 pênaltis nos diversos jogos do Brasileirão, e 34 não tiveram sucesso.

Desses 26 ficaram nas mãos dos goleiros, 4 foram para fora e 4 na trave.

Gatito Fernandez, do Botafogo, é recordista ao segurar quatro penalidades, Wilson do Coritiba, Vanderlei do Santos e Victor do Atlético-MG vem a seguir com três.

O futebol cada vez fica mais previsível, e um gol de pênalti que tinha uma garantia de sucesso, tornou-se incerto por conta da tecnologia.

Só resta a FIFA aumentar o comprimento da trave.

NOTA 6- CHANCES DE REBAIXAMENTO

* Após o encerramento da 31ª rodada do Brasileirão, nove clubes ainda lutam contra a degola.

As chances de cada um são as seguintes: 

Atlético-GO- 98%,

Avaí- 58%, 

Ponte Preta- 55%,

SPORT- 50%,

Coritiba- 44%,

Fluminense- 12%,

Bahia-10% e,

Chapecoense, 10%.

Tudo embolado.

Escrito por José Joaquim

Somente eles que não enxergaram o caminho que foi tomado pelo Sport.

Os números eram reais, e mostravam um viés de baixa antes do término do turno.

Nada acontece por acaso, e uma queda latente como essa deveria ter algo de errado embutido.

Tranquilos, felizes, ficaram na janela vendo o tempo passar como a Carolina de Chico Buarque, criticando aqueles que mostravam a realidade, como se fossem inimigos, quando na verdade estavam analisando que o futuro que estava à vir não seria o desejado. 

No returno o Sport em 36 pontos disputados somou 7, aproveitamento pífio de 21,2%, que obvio é de um time rebaixado.

Está na lanterna.

Não houve uma análise do que estava acontecendo.

Pelo contrário eles sempre diziam que o time não seria rebaixado.

O tempo continuava correndo e nada mudava. 

Para eles tudo corria às mil maravilhas, era apenas um momento e que seria modificado. 

Não observaram que desde a 24ª rodada do Brasileiro o time não ganhava na Ilha do Retiro, que era o sinal de que os tempos mudaram, e que existia algum fator que estava provocando uma mudança tão radical de um palco que o segurou por muitas vezes, quando os adversários tinham respeito, e de repente passou a ser uma Ilha da Alegria.

Eles não sentiram o problema.

Na realidade não conseguiram observar que faltou ao rubro-negro um comando racional, profissional, para que pudesse mudar o seu deslocado rumo.

O clube tem um executivo que não executa nada.

Uma queda tão latente tem seus motivos.

Ou atraso de salários, jogadores descompromissados, as noitadas mais intensas, os pagodes alegres, que no final em uma competição longa, exaustiva, refletem na parte mental e física.

A insistência equivocada de fazer o clube jogar várias competições ao mesmo tempo, pode fazer parte dos problemas que o afligiram.

Eles não observaram que algo teria que ser feito, com mudanças radicais, cortando cabeças, não apenas a do treinador, que aconteceu tardiamente, e sim daqueles que perderam o rumo para darem os seus lugares aos mais compromissados.

O Corinthians é um exemplo e os seus dirigentes são os culpados pela queda, desde que não observaram que alguns atletas importantes para o time, deixaram de lado o clube e passaram ao setor de divertimento.

O Sport pode estar passando por isso.

Não é proceder com uma caça às bruxas, e sim colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Eles não conseguiram observar que Samuel Xavier não pode ser escalado, que a zaga repetida tantas vezes bate cabeça, que Rithely há um bom tempo esqueceu de jogar futebol, que o próprio Diego Souza joga para si e não para o coletivo, e tantas outras coisas.

De um fato temos a plena certeza, e que foi constatada quando dos cálculos para as probabilidades de queda depois do jogo contra o Coritiba, de que o rubro-negro passou para 50% de chances de ser degolado.

Ainda existe tempo para fugir da debacle, mas para tal necessita-se de coragem e de cabeças que pensem, fatores esses que estão desaparecidos do clube.

Lamentável, mas o Leão está indo para o brejo, e eles não enxergaram.

Escrito por José Joaquim

A Série B Nacional passou um grande tempo embolada na parte da tabela ligada ao rebaixamento.

Nas últimas rodadas a situação foi sendo definida, e pelo andar da carruagem foi formatada uma tendência com relação aos prováveis rebaixados.

Na parte de cima os clubes que formam o G4 estarão no Brasileirão de 2018.

Não existem duvidas sobre isso. 

A competição chegou a 87% do seu total de jogos, e a cada rodada verificamos que os visitantes estão sem conquistar muitas vitórias, e nessa que encerrou-se no sábado, tivemos uma farra dos mandantes que tiveram 6 sucessos, contra 3 empates e apenas 1 fora de casa, a do Ceará contra o Internacional.

Um fato importante que deve ser destacado é o novo ponto mágico para a fuga da degola, que passou para 45 pontos por conta da pontuação do CRB, o primeiro de fora da zona perigosa.

A situação dos clubes de Pernambuco é trágica, e suas campanhas mostram de forma bem clara que esses não irão escapar do rebaixamento, a não ser que os Deuses do Futebol operem um milagre, que não será factível, posto que para tudo tem um limite.

O futebol que os dois representantes de nosso estado vem apresentando é de times que abraçaram de vez o carrasco da degola.

Os seus aproveitamentos são grotescos.

O Santa Cruz não vence em casa desde a 24ª rodada, depois dessa foram 4 derrotas e 4 empates.

Como mandante tem um aproveitamento de 43,75%, que foi adquirido no turno.

Como visitante tem apenas 22,92% de aproveitamento dos pontos disputados.

O seu returno é constrangedor, com apenas 23,08%.

Isso levou o time a atual situação.

Com relação ao Náutico, embora tenha tido um suspiro antes da morte anunciada, sob o comando de Roberto Fernandes, chegou ao máximo do fundo do poço ao observar a chegada do ABC empatando na pontuação, e prometendo manda-lo de volta para a lanterna.

Como mandante o time da Rosa e Silva tem 39,58% de aproveitamento, 18,78% como visitante e 35,90% no returno.

Contra os números não existem argumentos.

Faltam seis rodadas para o final dessa competição, 18 pontos a serem disputados, e as possibilidades de uma queda são as seguintes:

ABC- 99,99%,

NÁUTICO-98%,

SANTA CRUZ- 95%,

LUVERDENSE- 50%,

CRB-22%,

GUARANI- 15% e,

FIGUEIRENSE- 7%.

Fugir dessas possibilidades é quase impossível.

Existe um antigo ditado que retrata essa realidade: Quem semeia vento, colhe tempestade.

Só existe uma alternativa, a de rezar no caso do tricolor. 

Quanto ao alvirrubro o campeonato já foi encerrado, e as suas chuteiras já estão na Série C de 2018.

Lamentável.