NOTA 1- DECISÕES NA SÉRIE B
* Na noite de hoje teremos uma rodada cheia pela Série B, com a realização de 10 partidas.
Para os clubes de Pernambuco serão amistosos já que ambos jogarão sem as cabeças por conta das degolas.
Alguns jogos são de alta relevância já que poderão influenciar na tabela de classificação.
O encontro do tricolor do Arruda será contra o Paraná que necessita de uma vitória para chegar aos 62 pontos bem próximo do acesso.
O Náutico enfrenta o Criciúma que já fugiu da zona da degola e está apenas cumprindo a tabela.
Outro que vai cumprir o regulamento será o Brasil de Pelotas já classificado para a Série B de 2018. Os outros sete jogos são importantes.
O Londrina que tem remotas chances para o acesso, receberá a visita do Guarani, que necessita de pontos para fugir da degola.
Em Goiânia, o Vila Nova irá cumprir tabela posto que só um milagre o levaria para o G4, mas para o seu adversário, Figueirense, esse tem a necessidade de somar três pontos necessários para consolidar a sua permanência na competição.
Na luta pelo grupo de acesso, o Oeste receberá o Internacional que há três jogos não obtém vitórias. O time de Barueri dista dois pontos do 4º colocado, e a conquista dos três pontos é fundamental para as suas pretensões.
No Castelão, o Ceará recebe o Paysandu que está em uma zona de conforto, enquanto o time cearense necessita de uma vitória, para que possa chegar com maior proximidade ao acesso.
O América-MG recebe o Juventude já consolidado, com o desejo de vitória para a manutenção da liderança.
O jogo que irá definir a vida de dois clubes será entre Luverdense e BOA. Um confronto direto, que poderá influenciar na classificação final.
Uma vitória do time do Mato Grosso o deixará com a mesma pontuação do adversário, enquanto esse com uma conquista selará a sua permanência na competição.
O último jogo da rodada envolve o CRB e Goiás, ambos necessitando de uma vitória.
Uma rodada completa de emoções, de malas pretas, azuis e brancas.
O importante é que não tenhamos o apito amigo.
NOTA 2- A AUTONOMIA DA JUSTIÇA DESPORTIVA
* O relatório paralelo da CPI do Futebol do Senado, assinado pelo senador Romário Faria, apresentou algumas sugestões factíveis para que possam tornar a Justiça Desportiva autônoma.
Sempre defendemos o processo de separação entre o Circo e o STJD, que hoje é apêndice desse, desde que o seu funcionamento depende de sua boa vontade, posto que os recursos que são disponibilizados saem da Barra da Tijuca.
Trata-se de uma relação incestuosa que não deveria envolver os dois poderes distintos.
Na realidade existe uma influência muito grande do Circo para com esse Tribunal.
Esse indica de forma paralela os membros das Comissões, e na última eleição, Del Nero escolheu o presidente do órgão, Ronaldo Piacente no que foi atendido.
Na Procuradoria Geral mais um afilhado foi colocado pelo cartola fugitivo, Felipe Beviláquia, que estava na lista tríplice encaminhada ao Circo.
Na última quinta-feira ficou comprovado a intimidade do cartola maior com Ronaldo Piacente, que de acordo com a jornalista da ESPN, Gabriela Moreira, esse o acompanhou como advogado, quando do seu exame de DNA em ação promovida por um comerciante, que alega ser seu filho.
Não devemos esquecer que o STJD é o responsável, entre outras coisas, de julgar litígios envolvendo o Circo do Futebol.
Que tribunal é esse?
Há anos defendemos a sua independência, sobretudo transparência, e que os seus membros sejam definidos através de concurso, sem a interferência da entidade.
Só assim teremos uma justiça livre.
NOTA 3- O PROJETO DE FORMAÇÃO DA INGLATERRA
* Já mostramos o trabalho de formação na França que vem colhendo muitos frutos através de vários atletas que vem se destacando na sua seleção.
Outro país que está com um sistema bem parecido com o francês e alemão é a Inglaterra, através da Elite Player Performance Plan.
Um modelo no formato de academias com o objetivo de acelerar o desenvolvimento tanto de atletas como de treinadores.
A ideia inglesa é a de aumentar o número e qualidade dos jogadores crescidos nas academias dos clubes com contratos profissionais, e ao mesmo tempo criar mais tempo para que esses joguem e em paralelo sejam treinados.
Por outro lado o projeto procurou melhorar a provisão de treinador.
O foco do EPPP é o de permitir que o jogador tenha mais tempo para praticar com os treinadores, além de promover vínculos com escolas locais para não apenas colaborar no seu desenvolvimento como futebolista, mas também para ajudar a criar jovens do ponto de vista acadêmico.
Além disso existe a implementação de um sistema de medição efetiva e garantia de sucesso.
A resposta veio com as conquistas pela Inglaterra de dois mundiais seguidos, o Sub-20 e o Sub-17, que não aconteceram por acaso.
Sem duvida esses países estão longe do que acontece no Brasil, que não organizou até a data de hoje um modelo efetivo de descoberta, e de desenvolvimento de seus principais talentos.
NOTA 4- A SINA DO NORDESTE
* O sábado do futebol Nordestino foi trágico, um desastre completo.
Os números que colhemos no site sr.goool, nos mostraram que na época dos pontos corridos, ao menos um representante da região foi degolado.
Desta vez foram três e de uma só pancada.
ABC, Náutico e Santa Cruz confirmaram as suas fracas performances abraçados na 35ª rodada.
Desde 2006, primeiro ano do atual formato, já foram 17 descensos da região.
Em 2006 não houve participante do Nordeste entre os quatro piores colocados.
Em 2007 foi a vez do Santa Cruz, 2008- CRB, 2009- ABC, Fortaleza e Campinense, 2010- América-RN, 2011- Icasa e Salgueiro, 2012- CRB, 2013- ASA, 2014- Icasa e América-RN, 2015- ABC, 2016- Sampaio Corrêa, 2017- ABC, Náutico e Santa Cruz.
O ABC foi o time que teve mais rebaixamentos (3).
NOTA 5- PERNAMBUCO NÃO MERECE
* Por Juca Kfoury
O Santa Cruz e o Náutico caíram para a Série C.
O Sport está ameaçado de cair para a Série B.
Pernambuco é a terra de Rivaldo, um dos melhores jogadores do futebol mundial.
Também de Ademir de Menezes, o Queixada.
Do goleiro Manga.
De Almir Pernambuquinho, a quem o Santos deve um título mundial, ao substituir Pelé nas finais contra o Milan, em 1963.
De Juninho Pernambucano.
De Vavá, o Peito de Aço, o centroavante bicampeão mundial pela Seleção Brasileira em 1958/62.
De Nunes, campeão mundial pelo Flamengo, em 1981.
Além de Givanildo, de Nado, tantos.
Mas o futebol pernambucano está em ruinas.
Porque se submete e vota em quem mantém uma divisão desigual de recursos para os clubes de menor poder politico, a nefasta CBF.
Porque os cartolas não honram a tradição de rebeldia da Batalha dos Guararapes e ainda fazem bobagem como acreditar em Vanderlei Luxemburgo.
Pernambuco não é terra de pernas de pau.
Mas de cartolas caras de pau, que deveriam se impor com a altivez dos nordestinos.
Até quando?
NOTA 6- DESCULPA AMARELA
* O presidente do Sport arrumou um culpado para o seu fiasco como dirigente do clube.
Numa entrevista a ESPN-Brasil afirmou que Tite era o responsável pela situação do rubro-negro ao convocar Diego Souza para a seleção do Circo.
O cartola esqueceu que esse atleta esteve em quase todos os jogos do returno e o Sport só ganhou um desses.
Desculpa de amarelo é comer barro, como afirma o velho ditado.
A sua gestão é que é a culpada por conta da incompetência.
Quem contratou Vanderlei Luxemburgo não foi certamente o técnico Tite, quem colocou Daniel Paulista não foi Tite, quem contratou os jogadores que estão no elenco também não foi Tite.
O mais correto seria de assumir a culpa e pedir desculpas aos sócios e torcedores do clube.
No nosso entender deveria pedir o boné.
NOTA 7- MIREM-SE NA CHAPECOENSE
* No último jogo da 34ª rodada, a Chapecoense venceu o Santos por 2x0, ficando bem perto da manutenção na Série A de 2018, com 44 pontos.
O time da cidade de Chapecó tem de servir como imagem para aqueles que tem maiores condições financeiras, com folhas salariais mais altas e que não conseguem se manter no bom padrão que esse tem apresentado.
No final desse mês corrente será completado um ano do desastre aéreo que abalou o mundo, quando praticamente um time completo e seus reservas, além da comissão técnica, dirigentes e jornalistas morreram.
Era a Chapecoense.
Havia uma unanimidade de que essa equipe seria rebaixada.
Mas tal visão está sendo jogada de lado por conta de uma Fênix que saiu das cinzas, se recompôs, e está se garantindo para a próxima temporada.
O modelo de gestão do clube catarinense tem que ser analisado, desde que é um bom exemplo para aqueles que insistem nos antigos erros de um futebol amador e longe do profissionalismo.
Essa continuidade na Série A é sem duvida o maior exemplo de que ainda existe vida em nosso futebol.
A Chapecoense vive.
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