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Escrito por José Joaquim

Temos uma simbiose com os esportes em geral, em especial do futebol por um longo tempo, o que facilita as nossas  análises sobre o tema, e observando sempre algo que passa despercebido pela mídia, que tem uma visão ligada a espetacularização do esporte do que o trato de sua realidade.

Não existe a menor duvida de que o futebol brasileiro está atuando como uma ferramenta de manipulação e controle social. Enquanto arte e espetáculo verdadeiro, esse esporte é totalmente distorcido pelos diversos meios de comunicação, perdendo assim a sua essência e raízes.

Essa modalidade esportiva tão discutida no país, da maneira que está sendo apresentada pela mídia pode ser traduzida como um pão sem nutrientes, servindo apenas para a engorda dos detentores do poder, e como circo, acrescenta pouco ou nada de útil para a formação de um pensamento critico de seu torcedor.

Quando a seleção do Circo do Futebol atua, e obtém uma vitória muitas vezes perante um time mequetrefe, o ufanismo com essa conquista representa as distorções dos fatos. Trata-se de um modelo indutor de que o adversário era potente, com a criação da ideia de que o time circense foi extraordinário, manipulando as mentes daqueles que estão assistindo.

Os atletas tornaram-se celebridades, são tratados como tal e todos os seus movimentos são destacados. Tivemos momentos com Neymar o mais festejado, em que esse virava manchete até por ter entrado em um banheiro. Uma diarreia mental.

Os times tornaram-se secundários, e o importante é o individual.

Quando lemos, assistimos e ouvimos a divulgação de tais fatos, ficamos certos de que o futebol que deveria ser um esporte coletivo, está transformando-se em algo individual, movido a interesses financeiros, e que os segmentos do setor pouco se importam com os clubes, e sim com os seus ídolos.

Obvio que para o esporte possa crescer necessita de astros, mas esses não estão acima das bandeiras que são perenes. O mundo tornou-se individualista, e o futebol é coletivo, e o que importa é o sucesso de um clube em geral, mas isso tornou-se um pequeno detalhe quando observamos a maneira em que os nossos astros são tratados.

Na realidade a imprensa é comprometida com os patrocinadores, e segue a linha editorial de suas empresas, vendendo muitas ilusões para uma multidão de iludidos.

Lemos uma certa vez, um documento da Sociedade de Jornalistas da França, em que textualmente dizia: ¨A imprensa só é livre quando não depende do poder governamental, nem do poder do dinheiro, e sim exclusivamente da consciência dos jornalistas e seus leitores.

Aplicando-se isso o ufanismo chapa branca seria extirpado.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ÍBIS DA ARGENTINA DERROTA O SPORT 

* Pensamos que haveria um jogo de futebol em Sarandi, mas na realidade aconteceu uma pelada das piores que poderia ser vista.

Muitos dos jogos que assistimos no Brasil são fracos, mas como esse de ontem entre o Sport e Arsenal de Sarandi passou dos limites, foi grotesco.

O time argentino parecia que estava jogando junto pela primeira vez, desentrosado, erros de passes, entre outras coisas, mas apesar disso foi melhor do que a equipe da Ilha do Retiro, que com o gol salvador no final da partida classificou-se para a terceira etapa da competição.

A impressão que tivemos do jogo, era que o Arsenal estava fazendo uma peneira para a escolha de jogadores. 

O placar foi injusto para o Sarandi, que perdeu muitas chances, mas como tinha sido derrotado no Recife, e com o gol fora de casa, foi eliminado da competição.

A defesa rubro-negra foi deprimente, os volantes ridículos, deixaram os zagueiros desprotegidos, Diego Souza no engana que eu gosto, e o ataque foi cardíaco, não funcionou.

No geral nada que possa se aproveitar, mas no final mesmo perdendo por 2x1 do Íbis argentino classificou-se para o jogo contra a Ponte Preta que será o adversário na fase seguinte.

De uma coisa temos a certeza, se o Sport jogar contra o Bahia da forma que apresentou-se ontem será derrotado, inclusive por conta do adversário que descansou durante a semana.

NOTA 2- O QUE O BOTAFOGO TEM?

* Dorival Caymmi em uma das suas músicas tinha um refrão que perguntava o ¨O que é que a baiana tem?¨

Nos lembramos  do falecido compositor da Bahia, para fazermos uma pergunta: O que o Botafogo tem?

Sem duvida o time da Estrela Solitária tem algo que o impulsiona e leva-o para conquistas jamais esperadas.

O clube carioca tem uma das folhas salariais mais baixas do Brasileirão.

O clube não tem no seu elenco atletas milionários, pelo contrário aproveitou muitos que estavam longe dos holofotes.

O Botafogo inovou em 2016 com a contratação de Jair Ventura, jovem treinador da base, e filho de um dos seus antigos ídolos, Jairzinho que está nos anais da história do nosso futebol.

O clube brigou em 2016 contra o rebaixamento, e de repente como uma Fênix se renova e com um sopro diferente consegue derrotar alguns grandes times nas diversas competições.

Jair Ventura é sem duvida o responsável pelo que acontece, que foi apoiado pelo trabalho competente da gestão do clube ao equacionar os seus débitos com o Profut, e o transformando em uma entidade com seus compromissos em dia, e com os pés no chão.

O grupo de profissionais vestiu a sua camisa, e o primeiro tempo do jogo contra o Atlético-MG foi excelente, com uma aula de futebol moderno, com trocas de passes rápidas, com dois gols na meta do adversário.

Sem dúvida apesar de todas as limitações é aquele que apresenta o futebol mais evoluído taticamente de nosso futebol.

O melhor jogador em campo foi Roger que rodou em vários clubes do país, mas encontrou em General Severiano um ambiente propício para apresentar o seu jogo.

O Botafogo faz uma campanha média no Brasileirão por conta do seu planejamento, que fez opção pela Copa do Brasil e Libertadores, mas mesmo assim está na 7ª posição com a mesma pontuação do Sport (6º), e com apenas quatro pontos de diferença para o 4º (Flamengo).

Com esse modelo a equipe chegou as semifinais da Copa do Brasil e das quartas de final da Copa Libertadores numa demonstração que nada acontece por acaso.

Na verdade o que o Botafogo tem é muito trabalho, sem estrelismo.

NOTA 3- O APITO DA TV

* Ontem um dia após o jogo entre Santos e Flamengo que na verdade foi de boa qualidade, aliás uma exceção à regra, assistimos várias vezes o lance e o que aconteceu no seu entorno para que o pênalti favorável ao Santos fosse marcado e anulado.

Depois de todas as análises ficamos convictos que teve a influencia do apito da TV. Não foi do apito de vídeo, ou do amigo e sim da televisão.

A razão disso está na movimentação do árbitro após o lance, que ficou em duvida quando os jogadores do rubro-negro reclamaram.

O auxiliar concordou com a marcação, não existia o boneco que fica atrás da meta, mas apareceu o quarto árbitro, que era único que não podia dar o seu palpite, por conta da distância do lance, com poucos segundos de consulta deixou Leandro Vuaden na certeza de que deveria anular o pênalti marcado.

Assistimos uma entrevista desse reserva, e sua conversa foi para boi dormir.

Óbvio que esse personagem não viu com clareza a penalidade, e teve o sopro de alguém que estava no gramado, que por sua vez recebeu a confirmação da televisão. 

O mais estranho foi a resposta do jornalista Eric Faria da TV Globo a uma declaração de um diretor do Santos, quando afirmou que um repórter que estava no campo tinha avisado ao quarto árbitro.

Em nenhum momento o cartola citou o seu nome, mas esse resolveu colocar a carapuça na cabeça. Esquisito. 

O Santos ingressou no Circo e STJD com um pedido da anulação da partida e citou Eric Faria como o responsável pelo aviso.

Antes de qualquer medida sobre o assunto, os cartolas da entidade maior deveriam baixar um ato proibindo a presença de repórteres sejam de que qualquer emissora, de estarem nas laterais do campo de jogo, e sim por trás das metas.  

Aliás esse tipo de interferência não é a primeira vez que acontece nos jogos do Brasileirão.

Uma pergunta apenas: se fosse contra o Santos o sopro aconteceria?

Não podemos garantir quem foi o delator, mas que houve o apito da TV não temos a menor duvida.

NOTA 4- UMA VITÓRIA DA VIDA

* O sentimento da tragédia aérea que abalou a Chapecoense ainda paira nas suas arquibancadas.

A decisão nos pênaltis no jogo pela Sul-Americana entre o time de Chapecó e o argentino Defensa Y Justicia, fez retornar a lembrança de jogos anteriores, e em especial do goleiro Danilo uma das vitimas do desastre que abalou o futebol mundial. 

Jandrei pegou dois pênaltis, e levou a emoção a todos que estavam na Arena Condá, ou em casa quando fizeram a relação entre os dois goleiros.

Nesse mesmo dia outro momento emocionante com o retorno aos gramados de Alan Ruschel, um dos sobreviventes da tragédia, em um amistoso contra o Ypiranga de Erexim.

O que passou pela cabeça desse atleta que foi poupado pelos Deuses de Futebol, e que assistiu a morte dos seus companheiros, só ele poderia responder. Temos a certeza que foi de emoção ao dar um abraço na bola. 

Um verdadeiro renascimento, uma vitória da vida, que irá fazer parte da história do futebol.

NOTA 5- LISCA DE DOIDO NÃO TEM NADA

* Doido é aquele que rasga dinheiro.

O técnico Lisca adotou a loucura como seu marketing, mas aqueles que o conhecem bem afirmam que nunca o viram rasgar as cédulas da Casa da Moeda.

Certamente isso serve como um atestado de que esse de doido não tem nada, e um fato bem recente acontecido no Paraná mostra a realidade.

O técnico contratado pelo Paraná Clube foi orientado pela sua diretoria para morar no Hotel de Pestana, sem ônus para o clube.

Ao chegar no local encontrou a faxineira fazendo a limpeza do apartamento, que avisou ao novo hóspede que em cinco minutos estaria tudo pronto.

Lisca não gostou do que ouviu, disse alguns desaforos para a funcionária, pegou as malas indo alojar-se no estabelecimento mais caro da cidade, o Hotel Bourbon, e já avisou que não irá sair.

Será que esse é um técnico para uma hospedagem cinco estrelas?

NOTA 6- OS NÚMEROS DA DANÇA DAS CADEIRAS ENTRE 2011 E 2016

* O futebol brasileiro é repetitivo e isso é demonstrado na dança das cadeiras no período de 2011 e 2016, até a 16ª rodada. Os números são os seguintes:

2011- 10 técnicos,

2012- 8,

2013- 13,

2014-15,

2015- 15

2016- 12 e,

2017- 13

Não existe solução para um futebol que na verdade é esculhambado por natureza.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SPORT EM SARANDI

* Levando na sua bagagem um placar favorável de 2x0 na partida que foi realizada no Recife, o Sport enfrenta mais uma vez o Arsenal de Sarandi no jogo de volta pela Copa Sul-Americana.

Na realidade mesmo com tal vantagem e com um adversário que não está entre os melhores da Argentina, a partida será difícil como foi a da volta na primeira fase contra o Danubio, quando o rubro-negro tinha uma vantagem de 3 gols e terminou empatando. Conquistou a passagem na cobrança de pênaltis, graças ao goleiro Magrão.

A torcida do clube local é apaixonada, e esse conseguiu recompor o elenco após o seu primeiro jogo, e por conta disso não temos duvida que será um encontro complicado.

Por outro lado o Sport sofrerá um degaste que irá refletir no domingo quando enfrentará o Bahia pelo Brasileirão, que estará descansado enquanto esse tentava quebrar pedras numa pedreira argentina.

NOTA 2- O REBAIXAMENTO NA SÉRIE B

* Em uma postagem anterior mostramos os caminhos do acesso para os clubes que disputam a Série B Nacional.

Por outro lado as nossas pesquisas detalham alguns números sobre as possibilidades de queda para a Série C.

Nos últimos quatro campeonatos dessa divisão, 44 pontos foi a média do 16º colocado na fuga da degola. Na atual competição por conta da embolada em que essa se encontra, de acordo com a colocação do Paysandu, com 20 pontos, a média teve um crescimento para 47, mas no andar da carruagem deverá ser reduzida.

A pontuação do líder de hoje, o América-MG é a menor no período de 2013/2016. A pontuação do lanterna, Náutico é a pior desses anos, empatando com o Vila Nova de 2014, com 8 pontos, que no final da competição foi rebaixado.

Em 2013, a zona do rebaixamento era composta por São Caeteano, (16), Paysandu (15), América-RN (15) e ABC (11). Desses, quatro foram rebaixados o Paysandu e São Caetano.

Em 2014, a degola estava composta com o Paraná (16), Oeste (15), Bragantino (13) e Vila Nova (8). Desses somente o Vila Nova foi rebaixado.

No ano de 2015, o quarteto tinha o Atlético-GO (15), BOA (15), Mogi Mirim (13) e Ceará (11).Foram rebaixados o BOA e Mogi Mirim.

Em 2016, a composição dos possíveis degolados obedecia a seguinte ordem: Bragantino (17), Joinville (14), Tupi (12) e Sampaio Corrêa (11). Todos os quatro foram para a Série C.

No atual campeonato a diferença do último colocado (Náutico), para o 16º é de 12 pontos. Em nenhum dos anos estudados essa era tão larga.

2013- 5 pontos, 2014- 10 pontos, 2015- 4 pontos e 2016-7 pontos.

O mais próximo do alvirrubro foi o Vila Nova (2014), que no final foi degolado.

Por conta dessas diferenças pequenas alguns lanternas escaparam, como o ABC (2013), Ceará 2015. No ano de 2016 a degola foi geral.

Os números mostram que a situação do Náutico é trágica, desde que os números são contrários a qualquer pretensão. O clube da Rosa e Silva só tem uma vitória, 8 pontos ganhos, e com 66 à disputar, necessitando de 37 para fugir do carrasco, o que representa 12 vitórias e um empate, em 22 jogos, o que não é fácil de acontecer.

Dos quatro que estão no grupo da degola, dois não sairão desse até o fim da competição, Náutico e ABC.

NOTA 3- ESTÁDIO PEQUENO E INGRESSOS CAROS FAZEM A FESTA DO FLAMENGO

* A Arena da Ilha que é chamada grotescamente de Ilha do Urubu, tem feito a felicidade do Flamengo por conta das receitas referentes a venda dos ingressos.

A sua capacidade é limitada, mas a contrapartida vem com os valores cobrados. O mais barato custa R$ 50. Somente para a elite.

Nas sete partidas em que jogou nessa Arena, o rubro-negro carioca embolsou R$ 2.335.623,94, o que representou 61,5% de receitas oriundas das bilheterias na temporada.

Nas que foram realizadas no Maracanã e outros estádios, a receita foi de R$ 1.462.827,95.

Para que se tenha uma ideia, o Flamengo arrecadou no jogo contra o São Paulo, R$ 516.333,83, e no do Grêmio, R$ 483.512,27.

Enquanto isso o jogo contra o Atlético-MG no Maracanã com o maior publico do rubro-negro na temporada, com 42.575 torcedores, mais do dobro da capacidade da Arena, coube à esse R$ 384.947,17.

A Arena da Ilha é pequena mais tornou-se um sucesso financeiro.

NOTA 4- UMA ENQUETE SIMPLES E INTERESSANTE

* O jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza promoveu entre os seus leitores uma enquete sobre alguns dos problemas que afetam o futebol do Ceará, que podem ser estendidos para os demais estados do Brasil.

A pergunta a ser respondida foi a seguinte: O que te afasta dos estádios de futebol?

Os itens que tiveram maiores percentuais foram:

Insegurança- 44%,

Times que não empolgam- 25%,

Preços dos Ingressos, estacionamentos e alimentação- 22% e,

Transporte público ruim- 9%.

Obvio que caberiam outras perguntas, como os horários dos jogos, arbitragem, cartolagem, etc.

De qualquer forma a enquete serviu como um recado dos torcedores aos que fazem o futebol do Ceará.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Como o Santa Cruz pode almejar algo mais no Brasileiro com atraso de dois meses nos salários de seus profissionais? Está chegando no terceiro.

Já repetimos muitas vezes que a melhor tática de um clube numa competição nivelada como essa, é sem dúvida o pagamento em dia das obrigações salariais.

Quando isso não acontece, a vaca vai rápida para o brejo.

No caso do tricolor será a cobra.

NOTA 6- O FURACÃO CHAMADO BOTAFOGO

* Jair Ventura é filho do Furacão Jairzinho, que estava vibrando no pós jogo do Botafogo pela Copa do Brasil contra o Atlético-MG quando o time carioca aplicou uma goleada de 3x0.

O time da Estrela Solicitaria é um verdadeiro Furacão, desde que com poucos recursos tem mantido uma performance sensacional, como essa da segunda maior competição brasileira, quando chegou a fase semifinal, sem contar que está nas quartas da Libertadores.

Algo que merece ser estudado.

Nos demais jogos dessa competição, o Palmeiras com o seu elenco milionário empatou com o Cruzeiro por 1x1, e deu um adeus ao torneio. Só lhe resta a Copa Libertadores.  

O Santos continua bem, e ontem goleou o Flamengo por 4x2, mas não conseguiu classificar-se por conta do árbitro amigo Leandro Pedro Vuarden, que marcou um pênalti favorável ao time santista e voltou atrás.

Como sempre a arbitragem atrapalhando o futebol.

Escrito por José Joaquim

Obviamente não somos mais a tão chamada Pátria de Chuteiras. Os números atestam a estagnação do futebol em nosso país e que não podem ser contestados.

O futebol é a cara do nosso Brasil, que conseguiu sobreviver, apesar de todos os assaltos que os cofres públicos já sofreram durante décadas.

Está vivo, resistente, mesmo sendo vilipendiado por alguns, que só visam os interesses pessoais e não os pretendidos pela nação. Apesar disso e dessa gente, continuamos sendo o mesmo Brasil.

O esporte da chuteira em nosso país tem suportado de tudo, um verdadeiro massacre, por conta da presença de segmentos nefastos, compostos por aventureiros que só desejam sugar a última gota de sangue que esse ainda contempla.

Gostamos de futebol há décadas. Além de torcedores que sempre fomos, dirigimos o setor no clube (Sport) e da Federação, e podemos afirmar que hoje vivemos um dos piores momentos de sua história.

O respeito foi perdido e com ele, a sua credibilidade foi enterrada. Estamos entregues ao abandono. O cartola maior da entidade que o dirige não pode sair do país com medo de ser preso. Um surrealismo tupiniquim.

No campo de jogo, nada a ser comemorado, com raras exceções as partidas ficam abaixo da média, medíocres, defensivistas, sem gols, sem craques, numa maré seca sem futuro.

Fora  desses, os mais espertos faturando, enchendo as suas contas no exterior, enquanto os clubes sofrem.

O jornalismo juvenil ocupa seus espaços com matérias sobre Neymar, que sequer joga no país, mostrando que nada temos a apresentar com relação aos nossos clubes e seus jogadores. Até a compra de um tênis por um alto valor, é divulgada com intensidade.  

Vivenciamos o futebol europeu, que já foi bagunçado, mas deu a sua volta por cima, e ao compararmos com o nosso, verificamos que fazemos tudo ao contrário.

Os horários dos jogos são indecentes. Regulamentos e tabelas são mudados ao sabor dos ventos, a violência das torcidas derrotou o torcedor do bem, arbitragens da mais baixa qualidade, constituindo um somatório de fatos destruidores, que não conseguiu extermina-lo por conta de sua capacidade de sobrevivência.

Os 60% de ociosidade nos estádios brasileiro refletem o desanimo que tomou conta desse esporte. Nada mais grave do que a perda da credibilidade, que provoca o grande distanciamento da parte boa do seu torcedor.

Hoje não sabemos qual a camisa dos clubes. Mudam de cores várias vezes por ano, deixando de lado a tradição que sempre serviu para chamar o seu seguidor. Como podemos assistir ao Sport, Santa Cruz e Náutico nos gramados com os seus uniformes fora do contexto?

Na verdade ainda não desistimos, e somos um daqueles resistentes que ainda acreditam que o futebol voltará a ser do lado do bem, com pessoas sérias que sempre desejaram a sua evolução e não dos seus patrimônios pessoais.

Eles não conseguiram acabar com o Brasil, e os do futebol também não irão conseguir acabar com esse esporte.

Escrito por José Joaquim

Enquanto o Brasileirão avança nas suas rodadas, o Corinthians está provando no alfaiate a roupa de Campeão Brasileiro para desfilar no final do ano nas ruas de São Paulo.

Todos os dias aparece uma novidade sobre a campanha do alvinegro paulista.

Os números são expressivos.

Uma invencibilidade de 16 jogos, melhor defesa com apenas 7 gols sofridos, aproveitamento de 83,3%, um recorde se comparado com as pontuações dos campeões anteriores, melhor mandante, como também o melhor visitante.

Um fato que vem passando despercebido dos nossos analistas, que é de suma importância para as analises sobre o time corintiano, está no seu equilíbrio no somatório de pontos, que está dividido de forma equitativa, com 20 pontos conquistados em casa, e 20 nos jogos fora de sua Arena. É mais um recorde para ser anotado.

Um outro fator que mostra a superioridade e a razão do favoritismo do time do Corinthians está nos 40 pontos que foram somados nos 16 jogos realizados, com 12 vitórias e 4 empates, que segundo o site sr.goool jamais aconteceu na competição na era dos pontos corridos com vinte clubes.

Para que se tenha uma ideia exata sobre o assunto, o próprio clube em 2015 quando conquistou o título chegou no final do turno com 38 pontos. Nenhum outro campeão atingiu esse patamar, e em especial na 16ª rodada.

Obvio que não irá permanecer o atual aproveitamento do alvinegro paulista, desde que a matemática nos ensina que quando se chega a um determinado patamar, sempre acontece uma leve queda com a estabilização, e isso irá acontecer com o clube, embora sem afetar a sua campanha.

Hoje com 83,4% de aproveitamento a pontuação final seria de 95 pontos, o que jamais será concretizado.

Com exceção do Flamengo em 2009, que ganhou o título com apenas 67 pontos, o Brasileirão teve uma média de 76 pontos, sendo que nos últimos três anos houve um crescimento para 80 e 81.

Vamos e venhamos, se considerarmos a pontuação do Palmeiras em 2016 (80), o Corinthians bateu mais um recorde ao atingir a metade desse número com três rodadas antes do término do turno, e isso reforça mais ainda o seu patamar de grande favorito.

No futebol nada acontece por acaso, e somente um tsunami poderá tirar-lhe o sétimo troféu do Brasileirão.

Sabemos que é cedo, mas a tendência estatística é bem clara, e pelo andar da carruagem dificilmente o time do Parque São Jorge será batido.