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Escrito por José Joaquim

Existe a necessidade da união daqueles que gostam do futebol brasileiro, para que seja criado um movimento que possa lutar para trazê-lo  de volta aos seus bons tempos, dos craques e dos bons jogos.  

Após o final do último jogo da 14ª rodada, ficou bem claro que algumas  mudanças do atual futebol que está sendo jogado no país deverão ser realizadas. 

O modelo mercantilista adotado, tomou o espaço que era ocupado pela magia do futebol. Isso levou consigo os grandes craques que desfilavam nos gramados.

Nos 10 jogos realizados, não conseguimos elevar à esse nível os atletas que participaram. Medianos para baixo.

Não somos contra o profissionalismo que foi adotado, mas deveria ter havido um contrabalanço para não transformar esse esporte em um segmento onde o físico supera a técnica.

O volume de recursos é muito mal aplicado nesse mercantilismo exagerado. Criou-se uma nova fórmula de jogo, o de não querer ganhar e também o de não perder. O futebol virou uma prova de automobilismo onde quem corre mais ganha. Os gramados ficaram pequenos por conta dos ônibus que são implantados na nova tática do defensivismo.

Os cabelos, as tatuagens, as baladas e as namoradas dos jogadores, representam para os marqueteiros de plantão, muito mais do que esses apresentam em campo.

Vivemos a era do marketing e de pouco futebol.

Quando aparece um talento ainda bem jovem, esse vai embora para o Continente Europeu, que é muito mais estruturado do que o nosso.

O improviso é muito raro, desde que as táticas e os professores para manterem os seus empregos não deixam. Até os bons batedores de falta sumiram.

Os brucutus tomaram os lugares que eram ocupados pelos craques, e que transformaram o futebol em 95% de previsibilidade e 5% do imprevisível.

Quando disputa-se hoje uma competição, sabemos quem vai ganhar ou perder, tornando-se impossível que um clube de menor porte tenha condições de chegar a uma final de um grande campeonato.

Todos jogam de forma igual, parecendo os presidiários das cadeias americanas, e a criatividade não faz parte do sistema. 

Não abraçar esse modelo do futebol atual, não é um saudosismo piegas, ou mesmo conservadorismo, sim amar o belo, a criação e os grandes mestres.

Queremos deixar bem esclarecido que não somos saudosistas de carteirinha, pois sempre procuramos estar à frente do tempo com as nossas ideias, mas convenhamos, que era muito melhor assistir aos jogos de outrora, do que esses de hoje.

Pena é verificar uma nova geração que é obrigada a assistir tanta mediocridade, o que aliás acontece no país em todos segmentos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEQUÊNCIA QUEBRADA

* O Botafogo está se tornando o carrasco do Sport. Na noite de ontem com a ajuda do apito amigo derrotou o velho Leão por 2x1, quebrando a sua sequência de vitórias. Foi uma partida com dois tempos distintos.

O alvinegro carioca abriu o placar com um gol ilegal, desde que Roger estava impedido quando a bola tocou em seu ombro, mas o rubro-negro deu de forma rápida o troco, empatando em 1x1.

O primeiro tempo foi do Sport, com maior volume de jogo, pressionado o adversário em sua defesa, com quase 70% de posse de bola, mas não traduziu essa superioridade em gols.

Na segunda fase foi a vez do Botafogo mandar no jogo e uma queda do time da Ilha do Retiro. A pressão botafoguense culminou com o gol de desempate, fechando o placar em 2x1. 

No contexto geral, e dentro das limitações foi um bom jogo, bem disputado, muito melhor do que a maioria que formou a 14ª rodada, com o Sport bem numa etapa, e o Botafogo melhor na segunda.  

NOTA 2- A SÉRIE B NÃO DESCANSA

* Mal acabou, e já vai começar hoje a Série B do Brasileiro, com 10 jogos, contando com as presenças de Náutico e Santa Cruz.

No final dessa rodada teremos 78,8% de jogos do turno realizados, e 43,1% do total. 

O Santa Cruz joga em casa contra o Vila Nova que estava no G4 até a última rodada. O tricolor nos seus últimos 5 jogos, somou seis pontos dos 15 disputados, 1 vitória, 1 derrota e 3 empates. É 10º colocado na tabela de classificação, com 19 pontos, 45% de aproveitamento. Como mandante, tem 61,1% de aproveitamento.

Por outro lado, o time goiano vem realizando uma boa campanha, esteve no G4 por várias rodadas, sendo alijado na última pelo CRB, mas com o mesmo número de pontos, 23 (5º) e aproveitamento de 56%. Nos cinco últimos jogos somou 8 pontos dos 15 disputados, com 2 vitórias, 2 empates e 1 derrota, aproveitamento de 53,3%. Como visitante tem um aproveitamento de 52,38%.

Um jogo difícil para o Santa Cruz, mas que servirá para mostrar se o time tem capacidade para almejar o G4.

Enquanto isso, o Clube Náutico estará em Belém para enfrentar o Paysandu, que vem de uma vitória fora de casa.

O time dos Aflitos está segurando a lanterna há tanto tempo que já está se acostumando. Tem apenas 7 pontos dos 42 disputados, um aproveitamento de 17%, com 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas.

Nos últimos cinco jogos somou apenas 5 pontos, aproveitamento de 33,3%, apresentando uma pequena melhora. Como visitante tem apenas 16,67% de aproveitamento.

O Papão do Curuzú, é o 14º colocado, com 17 pontos, e um aproveitamento de 40%.

Nos últimos cinco jogos ganhou os mesmos 5 pontos do seu adversário (33%), com igual campanha.

Como mandante tem 42,8% de aproveitamento.

Um jogo complicado para  equipe da Rosa e Silva, que só tem um objetivo, o de ganhar.

NOTA 3- O GRÊMIO FOI O QUE MELHOR APROVEITOU A RODADA

* O Grêmio teve duas derrotas na sua Arena, Avaí e Corinthians.

O torcedor gremista já andava desconfiado com o time. No último domingo a Ponte Preta saiu na frente do placar, mas o tricolor gaúcho virou e ganhou por 3x1.

Com esse resultado o Grêmio foi o único time do G4 a ganhar três pontos, enquanto o Corinthians, Santos e Flamengo conquistavam apenas um.

No contexto geral da competição a equipe gaúcha foi a grande vencedora da rodada, desde que ficou com uma distância para o líder de 8 pontos, e de 4 para o terceiro colocado.

Ganhou pontos na Arena, como também nos gramados dos outros.

NOTA 4- WAGNER RIBEIRO INSINUOU QUE OS CARTOLAS PEDEM COMISSÃO

* Wagner Ribeiro parece que está fazendo uma delação premiada com relação ao comportamento dos cartolas brasileiras.

Na semana passada declarou que havia propina nas transações dos jogadores das bases, quando os treinadores e dirigentes participavam.

Voltou a soltar suas bombas quando numa entrevista a Revista ¨O Poder¨, insinuou que os cartolas pediam comissões da parte dos empresários nos negócios com atletas.

Segundo o agente de jogadores, que é um dos mais importantes do país: Em tempos de Lava Jato a máxima ¨é tudo ladrão¨. Virou mantra na boca do povo para referir-se aos políticos.

No futebol a necessidade de responsabilizar alguém no período de crise vem de antes, mas precisamente da década de 1990, quando elegeu-se uma figura até então relegada ao segundo plano dos noticiários esportivos: os empresários. Na verdade ¨os cartolas querem o dinheiro de nossa comissão, a torcida não quer perder seus ídolos, e os jornalistas querem o furo¨.

Existe um fato em nosso futebol que até hoje não entendemos, ou seja o clube pagar a comissão do agente quando de uma transação, quando essa deveria ser paga pelo atleta.

Um exemplo bem simples sobre esse fato, quando da venda de um imóvel, a imobiliária recebe a comissão da empresa ou do dono, e não do comprador.

É aí que mora a insinuação de Ribeiro.

NOTA 5- SETE TORCEDORES DO SPORT PRESOS NA ARENA PERNAMBUCO

* Os torcedores do Náutico e Santa Cruz tiveram um comportamento exemplar durante o encontro dos dois clubes na Arena Pernambuco no último sábado.

Muitas famílias, crianças estiveram no local sem nada que as perturbassem.

Do lado de fora do estádio um grupo organizado do Sport que foi banido pelo clube, que nada tinha com o jogo, tentaram provocar uma briga com os torcedores dos dois clubes.

Sete foram presos, e três fugiram de carro, mostrando uma arma de fogo para a Policia.

Na realidade são bandidos infiltrados e deverão ser tratados como tal. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FEDERER SALVOU A MATINAL

* Lewis Hamilton foi o vencedor do Grande Premio da Inglaterra, de ponta a ponta, sem emoções, com gosto de água com açúcar. Foi o inicio da matinal esportiva.

Logo após, o tenista Roger Federer que é igual ao vinho, quanto mais velho melhor, conquistou o torneio de Wimbledon, o mais tradicional e antigo do mundo.

Tornou-se o primeiro tenista homem a conquistar oito títulos dessa competição. Além disso completou a 19ª vitória em Grand Slams na sua brilhante carreira.

A vitória foi por 3 sets a 0 contra o Croata Marin Civic, que terminou o jogo lutando contra uma contusão.

A história de Federer em Wimbledon é rica, desde que além desse oitavo título, participou de 11 finais, 91 vitórias, e um segundo mais velho numa final.

Federer é um fenômeno que deve ser admirado por todos, e não ser explicado.

Logo após chegou a hora da matinal  do futebol, e a qualidade na comparação do que tínhamos assistido nos outros eventos caiu de forma vertiginosa.

Em um jogo fraco, com um resultado enganoso, com o apito amigo trabalhando, o Palmeiras venceu o Vitória por 4x2, que poderia ter sido empate se não fosse a participação da arbitragem grotesca e dos gols que foram perdidos pelo time baiano.

Dudu, atacante do time paulista com uma bela atuação como diria o comentarista Ricardo Rocha, foi a única luz acesa no gramado.

O rubro-negro saiu na frente do marcador, e o apito amigo resolveu marcar um pênalti favorável a equipe alviverde, em um lance que acontece dezenas de vezes nas áreas em disputas das bolas alçadas. Empate.

No final do primeiro tempo um gol do desempate.

Na segunda etapa o Vitória correu na busca do gol e o seu ataque perdeu lances inacreditáveis.

O apito amigo de Bruno Aleu, que nunca ouvimos falar e não sabemos de onde o tiraram, deixou de marcar um pênalti em Patric do rubro-negro baiano, que foi tirado da jogada por um empurrão do adversário, e como saiu tropeçando e não caiu, não foi anotado.

Na verdade aprendemos ontem algo bem novo nas regras do futebol, ou seja mesmo sendo prejudicado o atleta tem que simular uma queda para que o soprador do apito possa marcar. Essa foi a interpretação do comentarista do Sport TV.

Quem salvou a matinal foi Roger Federer.

NOTA 2- MUITO JOGO E POUCO FUTEBOL

* N matinê do Brasileirão tivemos a realização de cinco jogos, uma boa quantidade, mas a maioria com pouca qualidade.

O encontro mais esperado do domingo era o que seria realizado no Mineirão, entre o Cruzeiro e Flamengo, em especial para o rubro-negro carioca por conta do resultado do Corinthians.

Antes da partida uma festa entre os torcedores dos dois clubes com uma grande confraternização, um exemplo para o nosso futebol. Dentro do campo uma partida intensa, com poucas faltas e equilibrada. O placar de 0x0 na primeira fase foi justo.

Os dois gols sugiram na segunda etapa, e com uma melhora do Cruzeiro que esteve bem mais perto da vitória, e que não aconteceu por conta da atuação do goleiro Thiago do rubro-negro da Gávea.

Foi o melhor encontro da tarde.

O contraste veio do estádio Nilton Santos com o jogo do Vasco e Santos, sem torcida por conta da punição do time carioca.

Não existe uma imbecilidade maior do que futebol sem torcedores. Já que aconteceu a punição, qual a razão de não distribuir-se ingressos para as crianças das escolas públicas que poderiam ir ao jogo com suas mães.

Os jogadores dos dois times sentiram o vazio das arquibancadas e realizaram um jogo melancólico, sem alma e sem futebol. O 0x0 foi o retrato da realidade.

Em Goiânia aconteceu uma verdadeira pelada, entre os dois Atléticos, o goiano e o mineiro.

O dono da casa saiu na frente do marcador e o Galo sofreu para virar o jogo. Placar final de 2x1 e uma certeza de que o alvinegro de Minas Gerais não vai muito longe.

Em Porto Alegre o Grêmio penou para ganhar da Ponte Preta que saiu na frente. O tricolor sem uma organização, perdido no campo, melhorou um pouco e virou o jogo que terminou em 3x1, permanecendo na vice-liderança com uma diferença de oito ponto para o líder Corinthians. 

Finalmente no último enontro da tarde, o São Paulo completou nove jogos sem vitórias, e afundou-se mais ainda frente à Chapecoense que estava rolando a ladeira, e pegou uma vítima para segura-lo.

No final o resultado de 2x0, deixou claro que o tricolor paulista é um sério candidato ao rebaixamento. 

NOTA 3- OS JOGOS DA SOIRÉE

* Na rodada noturna um jogo de lesões, o Fluminense perdendo a sua zaga, improvisando, e com os seus atletas mirins conseguiu uma vitória sobre o Coritiba em pleno Couto Pereira por 2x1.

Só Abel Braga teria as condições de conduzir um time quase sub-23 no Brasileirão sem fazer vergonha, e no TOP 10.

Do lado do Coxa mais gritos dos torcedores do ¨Fora Pachequinho¨, que é o menos culpado por tudo que está acontecendo, e sim uma diretoria incompetente.

No outro jogo da noite aconteceu uma pelada entre Bahia e Avai, que não merece comentários. O placar final foi de 1x1.

Com exceção do jogo do Mineirão, os demais fizeram parte de nossa mediocridade futebolística.

NOTA 4- A PERGUNTA DE ONTEM

* A pergunta que foi feita no dia de ontem com relação ao resultado do jogo Corinthians e Atlético-PR, foi sobre a possibilidade de uma queda do time alvinegro na tabela de classificação.

Na realidade as estatísticas nos ensinam que clubes que tenham um longo tempo de resultados positivos, sofram uma redução nas suas performances ao longo do campeonato.

Segundo o matemático da UFMG, Gilcione Nonato da Costa, esse fenômeno é conhecido como ¨regressão à média¨.

Tal fato pode ser entendido como queda na média de pontos, mas a seguir vem a estabilização.

Para que se tenha uma ideia, o Corinthians precisaria conquistar nas 24 rodadas restantes (72 pontos), 44 pontos, para atingir 80 que foi a média dos últimos três campeonatos, e para obter esse objetivo poderia ter uma queda  dos 85,7% atuais, para 61%, enquanto os seus adversários teriam a obrigação de aumentar as suas capacidades.

Para o matemático numa entrevista ao jornal O Globo, o Grêmio se conseguir manter a sua performance atual só poderá chegar aos 73 pontos. O Flamengo iria a 67. Está correto.

Esses clubes vivem no sistema de perde e ganha, e pelo futebol que estão apresentando de altos e baixos dificilmente irão superar o Corinthians, que está mais sólido que o Pão de Açúcar.

NOTA 5- A ENTREVISTA DO EX-CHEFE DE ARBITRAGEM DA FEDERAÇÃO JOGOU AREIA NO VENTILADOR

* Numa longa entrevista gravada pelo repórter Wellington Araújo para o seu blog, Salmo Valentim que acabou de deixar a chefia da arbitragem da mentora local, jogou muita areia no ventilador.

Várias coisas não deveriam ter sido ditas, desde que esse passou três anos no comando do setor, e somente após a sua saída é que resolveu falar, sendo conivente com o que acontecia.  

Mas o que nos chamou a atenção foi a sua declaração sobre o arbitro de vídeo do jogo Salgueiro e Sport, cujo responsável era Péricles Bassol.

Segundo Valentim esse tinha afirmado ao árbitro da partida, Wilton Sampaio, que a bola não tinha saído, e que o gol do time sertanejo foi legitimo.

Não entendemos a razão do apitador ter solicitado a intervenção do árbitro de vídeo, e apoiar a marcação do seu auxiliar, que estava mal colocado e de maneira alguma poderia ter definido o lance.

Mais uma pitada de sal em um assunto tão polêmico, e certamente merece explicações. 

NOTA 6- O SPORT ENCERRANDO A RODADA

* O Sport Recife irá enfrentar o Botafogo no estádio Nilton Santos, encerrando a 14ª rodada.

O time rubro-negro vem de cinco jogos sem derrotas, 1 empate e 4 vitórias, somando 13 pontos e ocupando a 6º colocação com um total de 21 pontos, enquanto o alvinegro somou 7 pontos em cinco partidas, com duas vitórias, um empate, e duas derrotas, e ocupa a 11ª posição com 19 pontos, dois a menos do que os do adversário. 

O Sport melhorou a sua condição de visitante, e está na 10º colocação nesse segmento, com 7 pontos, e o Botafogo como mandante está no 8º lugar com 8 pontos.

Será um jogo bem equilibrado, com chance de vitória para cada lado.

Escrito por José Joaquim

A Série B tem como transporte especial o carro de boi que segue pelas estradas gemendo e bem devagar.

Enquanto o clube que lídera a Série A tem 36 pontos em 14 rodadas, o dessa divisão tem apenas 26, ou seja aproveitamentos bem distantes.

O nivelamento está sendo feito por baixo, e o número de empates está acima da normalidade, o que ajuda na formatação da tabela de classificação. Nos 140 jogos realizados aconteceram 43 empates, o que representa 31,9% do total.

O Grupo de acesso perdeu um dos seus mais assíduos visitantes, o Vila Nova, que deu o lugar para o CRB, por uma razão muito simples, o time alagoano nas últimas seis rodadas somou 16 pontos, enquanto o goiano só obteve 9, ou seja sete pontos a mais o levaram para o 4º lugar.

Do atual G4 o time que mais cresceu foi o América-MG com 14 pontos em relação aos 18 disputados. Na oitava rodada o Coelho era o 14º colocado, com 10 pontos, e um diferença para o líder de 10 pontos, hoje é de 2, ou seja houve um passeio de carro de boi nesse grupo principal.

No caso do CRB essa era de 11 pontos (19º) e na atual tabela é de apenas 3, o que mostra uma realidade bem clara, que até um clube que tenha 17 pontos na zona da degola como o Luverdense, pode chegar ou próximo ou ao Grupo do Acesso, obvio se conseguir um meio de transporte mais rápido.

Com as movimentações efetuadas na tabela, os clubes com maiores percentuais para que possam chegar ao objetivo do acesso são os mesmos:  Internacional, Juventude, Guarani e América-MG, que não poderão tropeçar nos jogos fáceis, desde que aqueles que estão acelerando irão tomar os seus lugares.

O próprio Internacional o grande favorito, há quatro rodadas que está fora do G4, hoje é o sétimo colocado. Nos últimos seis jogos ganhou 10 pontos.

O Top 10 da oitava rodada pela ordem era composto por: Juventude, Guarani, Vila Nova, Santa Cruz, Internacional, Londrina, Paraná Clube, ABC, Goiás e Paysandu.

Os quatro últimos foram desalojados dando os seus lugares para América-MG, CRB, Ceará e Criciúma. O Santa Cruz que era o 4º caiu para o 10º lugar, e o Londrina saiu da 6ª para a 8ª posição.

A classificação nos últimos 18 pontos disputados tem a seguinte ordem: CRB 16 pontos, América-MG-14, Criciúma-12, Guarani-11, Ceará-10, Vila Nova-9, BOA-9, Luverdense-8, Juventude-8, Internacional-8, Londrina-8, Oeste-8, Figueirense-7, Santa Cruz-6 (14º), Goiás-6, Brasil-6, Paysandu-6, Paraná-5, Náutico-5 (19º) e ABC-0. Um novo campeonato.

Com relação ao ABC, a sua queda de 8º para 19º, sem pontos conquistados nas últimas seis rodadas, é um sinal de que não terá a recuperação, e com a tendência firmada para o rebaixamento, na companhia do Naútico que dista 10 pontos para o 16º colocado, e apesar de ter melhorado tem a necessidade de somar 37 pontos em 72 que serão disputados, ou seja um aproveitamento de 51%. para quem tem hoje 17%, uma evolução três vezes mais.

Só um milagre.

Na verdade quem apanhar um carro de Fórmula 1, em especial o da Mercedez terá maiores condições na disputa com o de boi.

Escrito por José Joaquim

Um dos mais longevos jornalistas do Brasil, Alberto Dines, tem uma frase antológica, que reflete as dificuldades do jornalismo esportivo e a sua falta de independência.

¨O jornalismo esportivo pode ser critico, veemente rigoroso até certo ponto mesmo estando desiludido obriga-se a manter algumas ilusões básicas. Para consumo interno e externo. A não ser que queira transferir-se para outras editorias¨, escreveu.

Nada mais real do que essa frase, e os exemplos são bem claros no nosso dia a dia. Na transmissão de um jogo de qualidade duvidosa, os narradores e comentaristas fazem pequenas ressalvas, desde que não podem analisa-los de forma correta, por conta dos valores que são cobrados pelos patrocínios que poderão perceber que compraram um gato por lebre.  

A notícia publicada, é produzida de forma estática, sem que aconteça uma análise de seus reflexos. O jornalismo esportivo na televisão tornou-se um programa humorístico, onde os gracejos imperam, e os esportes ficam de lado.

Por outro lado, perdeu a liberdade de questionar, e faz parte de um novo sistema de encenação, quando compactua com o errado sem as devidas condições de contesta-lo.

Sentimos falta do repórter que saia em busca das fontes, daquele jornalista furão que procurava uma agulha no palheiro para sua matéria, mas isso deixou de acontecer, desde que essa só será divulgada com a autorização do editor e, por sua vez, tem que consultar o editor-chefe, que procura o diretor e esse o dono da empresa que irá dar a palavra final, caso a notícia não tenha ligação com um amigo.

Por conta disso as redes sociais estão tomando conta do processo, quando divulgam os fatos como aconteceram de forma independente.

O atual modelo do futebol brasileiro ainda persiste por conta da ausência de um jornalismo investigativo e analítico, desde que hoje os questionamentos rarearam, a busca dos fatos e das denuncias foram trocados pela internet, e as mazelas continuam livres e felizes habitando o sistema vigente.

Não pode haver clubismo como acontece de forma bem aberta, ou amizade com atletas e dirigentes, e sim a notícia e sua verdade, que checada com boas fontes teria que ser divulgada doa a quem doer. Isso é quase impossível desde que os poderosos não iriam permitir. Esses só gostam de elogios, como a madrasta de Branca de Neve.

A imprensa livre é fundamental para a democracia, e o exemplo está na divulgação da corrupção que assolou o país.

Sabemos da vida dura de um jornalista esportivo, em especial o setorista de um clube, que se contar a verdade do que observa e ouve, certamente seria expulso  e com um pedido dos cartolas para demiti-los. Na verdade hoje são assessores de imprensa, divulgando o prato feito que lhes é entregue.

Numa região medieval como a nossa, o fato é ainda mais grave, com suseranos que não admitem criticas e tem o poder junto ao dono de um veículo de comunicação para demitir aquele que ousou divulgar algo que não seja do seu interesse.

É lamentável mas faz parte de nossa dura realidade.