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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SAL GROSSO NO BEIRA RIO

* O Internacional usou de tudo para espantar o fantasma de mais um jogo sem qualidade.

Para enfrentar o modesto Oeste espalharam sal grosso no Beira Rio, e parece que deu certo, desde que após sete rodadas conseguiu voltar ao G4, embora de forma provisória, com a dependência de derrotas do Vila Nova, CRB e Londrina.

Um time com um treinador com a cabeça na guilhotina, uma torcida que não iria aguentar mais um resultado negativo, entrou em campo para o tudo ou nada, mas apesar do domínio o primeiro gol saiu aos 45 minutos do primeiro tempo.

Ataque contra a defesa mas com a espada na cabeça de todos, a bola não entrava.

No segundo tempo a repetição da repetição, o receio de uma virada do adversário, e finalmente chegou o segundo gol para acalmar a situação e com isso fechar o placar em 2x0.

O Colorado é um time desesperado, um milionário numa competição de pobres que não consegue se impor.

Pelo menos a vitória serviu para minorar a revolta dos torcedores, e o sal grosso foi festejado.

No outro jogo da Série B, o ABC depois de 10 rodadas sem vitória, oito derrotas, encontrou pela frente um time pior, o Brasil de Pelotas, derrotando-o pelo placar de 1x0.

Não tivemos nada parecido com um jogo de futebol, e sim de uma pelada com dois times de fraca qualidade.

Pelo menos o torcedor do alvinegro de Natal depois de um longo período não vaiou o seu clube.

NOTA 2- A VANTAGEM DE SE JOGAR MENOS

* O Corinthians além da boa campanha no Brasileirão, leva uma vantagem para alguns clubes que disputam outras competições de forma paralela, que é retratada nos números de jogos.

As estatísticas comprovam essa análise, desde que de 2010 até 2016 os campeões do Brasileirão foram eliminados no meio do caminho desses torneios, com uma exceção para o Cruzeiro, que caiu nas quartas de final da Libertadores em 2014, mas prosseguiu na Copa do Brasil até a fase final.

Um exemplo bem recente, quando em 2016 o campeão Palmeiras foi eliminado da Libertadores na fase de grupos, e na Copa do Brasil nas quartas, ficando livre dessas competições.

Todos os ganhadores do Brasileirão no período citado, ou caíram de forma precoce nos dois torneios, ou não jogaram, como o Fluminense de 2012, que saiu nas quartas da Libertadores e não jogou a Copa do Brasil, o mesmo acontecendo em 2010.

No ano de 2012, o Corinthians que foi campeão brasileiro, não jogou a Copa do Brasil, e caiu na Pré-Libertadores.

Por outro lado nenhum clube que foi campeão dessa Copa Continental ganhou o Brasileirão ou a Copa do Brasil, e não ficou no G4.

Na realidade a fórmula é simples, menos jogos, menos desgaste, e mais chances do título nacional.

NOTA 3- DEJA PETKOVIC CAIU NA DANÇA DAS CADEIRAS

* A dança das cadeiras mudou de setor, por enquanto deixou de lado os treinadores, e começou a atingir os executivos, cuja estreia foi com Deja Petkovik, diretor de futebol do Vitória que perdeu o seu lugar na última segunda-feira.

O profissional teve um período de faz tudo no time baiano, gerente, treinador e diretor executivo. Tudo isso em apenas três meses.

Com a licença do presidente, e a presença de Agenor Godilho no comando, o clube deu inicio a uma limpeza.

O primeiro a dançar foi o técnico Alexandre Gallo, e a vez chegou agora para o diretor executivo, que no momento da demissão estava tratando da contratação de um novo treinador.

A música parou e Pet dançou, o que aliás já era esperado, desde que a imprensa baiana há tempo afirmava que o seu relacionamento com os jogadores não era bom, enquanto o Vitória se firmava como um dos prováveis rebaixados.

A música está tocando para os executivos do futebol, que esses se cuidem.

NOTA 4- CINEMA X FUTEBOL

* O público que esteve presente nos dez jogos da 16ª rodada do Brasileirão melhorou muito com relação ao da anterior.

Os torcedores pagantes somaram 194.843, com uma média de 19.485 por jogo.

A receita foi de R$ 5.704.608,00.

No total das 160 partidas realizadas pela competição até o momento, foi registrada a presença de 2.463.509 torcedores, com uma média de 15.532 por partida.

O Brasileirão está chegando no final do turno e não conseguiu colocar por jogo 16 mil pagantes.

Enquanto isso na atual Pátria do Cinema, que já foi do futebol, a estreia de Transformers: O último Cavaleiro, foi um sucesso, e o filme mais visto no final da semana no Brasil.

Em seus primeiros dias de exibição 777 mil pessoas viram o longa, com uma bilheteria de R$ 13,5 milhões.

Se compararmos a presença de público do cinema com o do futebol, verificamos que aconteceu uma goleada com um único filme com uma diferença de 582.157 espectadores.

No tocante a receita do futebol, essa somou R$ 5,7 milhões, bem longe do que foi recolhido no cinema em apenas um filme.

Aliás esse esporte não conseguiu ganhar do segundo filme mais visto Meu Malvado Favorito que vendeu 589 mil ingressos, com uma renda de R$ 8,9 milhões, e para o terceiro, O Homem Aranha, com 574 mil espectadores e uma receita de R$ 9,7 milhões.

O Brasil é sem dúvida o país do cinema.

NOTA 5- UM RECADO DOS DEUSES DO FUTEBOL

* Os Deuses do Futebol resolveram brincar com os destinos de alguns clubes que atuaram na 16ª rodada do Brasileirão, em especial com os quatro que demitiram os seus treinadores na semana que passou.

Por uma coincidência  nenhum deles conseguiu vencer os seus adversários com o comando dos interinos.

O Vitória que demitiu Alexandre Gallo foi derrotado pelo Chapecoense (2x1).

O Coritiba sem a presença de Pachequinho continuou a série de derrotas, perdendo o seu jogo contra o time do Flamengo (2x1).

Mais uma derrota pelo placar de 2x1, dessa vez do Atlético-MG sem Roger Machado em seu jogo contra o Vasco.

Por fim, o Atlético-GO sem Doriva, empatou em 1x1, com o time reserva do Botafogo.

Os Deuses do Futebol não gostam da música tocada na Dança das Cadeiras.

NOTA 6- O SITE INFOBOLA E AS CHANCES DOS CLUBES DA SÉRIE B

* O site Infobola esperou 16 rodadas para publicar as estimativas de chances para o acesso dos clubes que estão disputando a Série B. 

O América-MG é o mais cotado, com 74%, Guarani (56%), Juventude (43%),Vila Nova (30%), CRB (30%), Internacional (23%), Londrina (23%), Criciúma 20%, SANTA CRUZ (16%), Oeste (15%), Ceará (14%), Paraná (12%), BOA (10%), Goiás (8%), Brasil (6%), Luverdense (1%) e, Figueirense (1%).

Somente ABC e Náutico não tem a menor chance como os demais, ou sejam já estão perto da degola.

O Internacional após a vitória de ontem deverá ter as suas chances aumentadas.

Na realidade, pelo modelo de embolada que está acontecendo na competição, bem diferente do que acontece no Brasileirão, previsões de chances são prematuras, desde que pelo movimento dos clubes na tabela as dificuldades de cálculos tem uma grande margem de erro.

O ideal é esperar o final do turno.

Escrito por José Joaquim

O futebol de Pernambuco habita na terra do nada. Há anos que nada acontece.

Conversando ontem com um amigo antigo peladeiro, e que ainda gosta de acompanhar alguns desses jogos de bairros, em locais que escaparam da sanha dos espigões, ele nos dizia que não encontrava nenhum talento entre os seus participantes, bem diferente da época em que jogava. Ou seja não via nada.

Contou algo bem grave de que nessas peladas os mais jovens eram uma minoria, com uma maior participação de veteranos. Aliás isso nós já tínhamos observado tal fato há um bom tempo.

Essa é uma realidade bem clara daquilo que acontece no futebol de Pernambuco e que também se espalha pela Região Nordestina.

Há quantos anos não se revela um grande talento em nosso estado?

Há quantos anos os nossos clubes maiores não fazem boas negociações com jogadores?

As duas últimas que tiveram alguma expressão, foram as dos atletas Ciro e Gilberto do Sport e Santa Cruz respectivamente, ambas não desabrocharam. 

Há quantos anos os clubes do interior não conseguem revelar um bom jogador? Acabam uma competição, entram em outra, e nada.

São detalhes que passam despercebidos de todos, e que apontam de forma bem clara uma realidade que representa a decadência do futebol de nosso estado.

Um fato estranho, é que os atletas que são formados nas bases dos nossos clubes não despertam o mínimo interesse em outras regiões, cujos times contratam os profissionais de outros estados, inclusive de divisões menores, e sequer um pernambucano é lembrado.

Na terra do nada, acostumou-se com a importação de pé de obra em quantidade, e o que se produz é muito pouco, e apenas para o seu gasto.

Lemos diariamente os veículos das mídias importantes do Brasil, e não encontramos nenhuma noticia da terra do nada, com relação aos nossos atletas, em especial os mais novos.

Na verdade os clubes apostam naqueles de fora, que pertencem aos empresários, ou alguns emprestados, cujo custo benefício é negativo, com salários pagos, expostos nas vitrines com o mercado acompanhando, e no final vão embora e todos ficam com nada.

Com relação aos jogos de várzeas, o poder público na realidade pecou em não deixar pelo menos um campo em cada bairro, e sem áreas disponíveis a prática do esporte foi reduzida, com uma menor possibilidade de novas revelações. Os governantes não fizeram nada.

Existe uma relação de causa e efeito nessa situação que tomou conta do nosso futebol. O atleta é um ativo do clube, serve para contemplar em negociação o seu caixa, e como isso não acontece, certamente reflete no seu orçamento, com custos em contratações, sem a contrapartida das transações. Fica em nada.

Obvio que certamente algo está errado e isso é fácil de ser percebido pelos que analisam esse esporte.

De formadores passamos a importadores, e o que formamos não se destaca para despertar interesses, e o mais grotesco é que os que participam no sistema deixam passar tais fatos, sem um esboço de qualquer reação.

Pertencemos hoje a um futebol do nada, na terra do nada, e que nada é feito para que se possa voltar ao mundo real, onde esse esporte tornou-se um nada.

Escrito por José Joaquim

Com exceção do jornal Correio do Povo de Porto Alegre, que foi o único a analisar de forma correta a declaração infeliz do Prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que numa entrevista ao site do jornal El Pais, afirmou ¨que chegou a hora do futebol, o esporte mais popular do Brasil de elitizar de uma vez¨.

Tais declarações alopradas passaram despercebidas das diversas mídias esportivas brasileiras que ficaram mais preocupadas com a possível ida de Neymar para o PSG, do que uma entrevista radical, em especial vinda da boca de um politico e desportista.

Para nós esse poderá ir para onde desejar, desde que é um problema dele e de seu papai, e não do futebol brasileiro, mas um fato como esse serve de alerta, e precisa ser debatido, desde que já vem sendo aplicado em alguns clubes, com ingressos vendidos de até R$ 300, que certamente não é para pobre.

Kalil ainda afirmou que os custos desse esporte cada vez estão mais altos, jogadores caros e endinheirados, e os ingressos baratos não condizem com essa realidade. ¨No mundo inteiro o futebol não é coisa de pobre, e não pode ter um valor de uma banana estragada¨, declarou.

Por outro lado temos lido e ouvido certas declarações banais de que a violência nos estádios será reduzida com valores mais altos nos preços cobrados nos ingressos, ou seja, as camadas mais populares, que sempre frequentaram os estádios ficarão de fora dos eventos. 

O sociólogo Mauricio Murad, especialista em violência no futebol, que foi ouvido pelo jornal, afirmou que essa majoração sequer diminui a violência, e que não existe uma relação direta entre o preço e a presença das camadas mais populares com relação as brigas e mortes que estão acontecendo. 

Na realidade esse processo de elitização está em curso no futebol de nosso país, e irá matar o que resta desse esporte, quando as famílias perderão o costume de irem aos estádios, e migrarão para outros segmentos.

O programa sócio-torcedor é indutor dessa elitização, quando o associado ao sistema tem redução nos preços dos ingressos, além de pagar uma mensalidade. Para que esse crescesse, os não sócios tem que pagar valores fora da realidade.

Na verdade os estádios estão ociosos, e os números atestam tal fato, e com espaços para todos os preços de ingressos, inclusive para o sócio-torcedor, que poderia aumentar a média do público que hoje é menor do que a da Segunda Divisão Inglesa.

Numa arena existe espaço para valores mais altos, como também para aqueles de menores, dentro de nossa realidade.

Como vivemos na Era da Imbecilidade o futebol não poderia ficar de fora, mas temos a certeza, de que a politica de ingressos caros pode aumentar a arrecadação dos clubes no curto prazo, mas podemos garantir com toda a convicção que no futuro próximo todos terão prejuízos e estarão lamentando.

Sem duvida trata-se de uma politica intolerante, preconceituosa de uma elite apodrecida.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SÃO PAULO AJUDOU O CORINTHIANS

* O último jogo da 16ª rodada contou com a presença de 51.511 torcedores que lotaram o Morumbi, com 98% de tricolores presentes com o intuito de transmitirem o apoio ao São Paulo na tentativa de uma fuga da zona de degola.

Antes da partida uma homenagem ao ex-goleiro são paulino Valdir Peres, falecido no último domingo, que jogou em 1989 pelo Santa Cruz, sendo vice-campeão do estadual.

Quanto ao jogo, esse foi bem interessante, com um primeiro tempo do Grêmio, jogando um futebol moderno de troca de passes, que deu origem a um contra golpe e o primeiro gol.

O São Paulo voltou com substituições na segunda fase, melhorou um pouco mas com o apoio da torcida, deu a motivação  para que o time embora desorganizado sem criatividade, pudesse lutar com garra pelo empate, quando o conseguiu.

Daí em diante o jogo ficou por conta do goleiro tricolor Renan Ribeiro que segurou o ataque gremista. O placar final de 1x1 foi justo para uma partida boa de se assistir, embora o tricolor tenha continuado na zona da degola.

Os corintianos que secavam o time gaúcho agradeceram aos rivais, desde que o seu time terminou a rodada com oito pontos de diferença para rival. 

Um fato bem interessante foi com relação a posse de bola, quando nos 10 jogos realizados os times que tiveram essa com mais tempo não saíram vencedores.

NOTA 2- A MATEMÁTICA E O ACESSO NA SÉRIE B

* A matemática do acesso é bem simples, bastando uma análise nas estatísticas dos campeonatos da Série B na era dos pontos corridos com vinte clubes, à partir de 2006.

Os números deixam bem claro que nenhum clube foi campeão com menos de 20 vitórias, e nenhum teve o acesso garantido com menos de 17.

O número mágico ideal é 19, desde que em 2012 e 2014, São Caetano e América-MG tiveram 20 conquistas e terminaram na 5ª colocação.

De acordo com a pontuação do Vila Nova, que é o atual 4º colocado, com 62 pontos um dos participantes poderá garantir a sua passagem, com um aproveitamento de 54,2%, mas com uma margem grande de que mais de dois clubes cheguem empatados.

Em 2006 e 2012 houve empate por pontos na quarta colocação, e a vaga foi decidida pelos critérios técnicos, no caso o número de vitórias.

Em 2007 aconteceu uma exceção à regra geral, quando o Vitória conquistou a vaga com 59 pontos.

Considerando-se o aproveitamento atual, podemos estimar que o clube que atingir 63 pontos poderá ter a sua passagem para a Série A de 2018.

Faltam 22 rodadas a serem disputadas, com 66 pontos em jogo, e o Santa Cruz tem quatro disputantes à sua frente considerando-se o Vila Nova (4º).

Para atingir 63 pontos o tricolor terá que conquistar 40 pontos dos 66 disputados, aproveitamento de 66,6%. Seriam mais 13 vitórias e um empate nos 22 jogos.

Chegaria ao número mágico (19 vitórias) que é a referência correta para o sucesso.

Hoje o time coral tem 6 vitórias e 48% de aproveitamento, e um dos clubes entre aqueles que estão à sua frente, é o Internacional que apesar da campanha ainda é favorito a uma das vagas. Quanto ao título hoje é discutível.

O futebol não tem segredo, e tudo que poderá acontecer está anotado nos números.

Por conta disso o blog sempre acerta, desde que a matemática é uma ciência exata e que não pode ser modificada.

NOTA 3- TIRANDO LEITE DE PEDRA

* A melhor análise do jogo entre Sport e Palmeiras, foi escrita pelo jornalista Claudemir Gomes em uma postagem em seu blog.

Gomes é um dos últimos dos moicanos da crônica esportiva que ainda usa a cabeça e não o google.

Concordamos em número, gênero e grau com o que foi escrito.

No dia de ontem ouvimos criticas com relação a atuação do time da Ilha do Retiro por ter sido derrotado pelos reservas do alviverde paulista.

A nossa resposta foi baseada no texto do jornalista quando ao perguntarmos se os reservas palmeirenses seriam titulares do time da Ilha do Retiro. Os críticos perderam a fala.

Na realidade por conta da arrancada do Sport sob o comando de Vanderlei Luxemburgo criou-se uma expectativa que o time era um Real Madri, e quando observamos o seu elenco o classificamos como de mediano e bem inferior a equipe palmeirense, que soube jogar e não deixou o rubro-negro sequer pensar na partida, eliminando as suas melhores peças.

Não podemos deixar de lado a capacidade do seu treinador que conseguiu tirar leite de pedra de um elenco sem grande potencial, que soube se aproveitar dos seus ensinamentos e está realizando uma boa competição.

Na hora das substituições foi que observamos a disparidade dos dois times, quando pelo Sport tivemos Rogerio, Thalysson e Thomas, e Zé Roberto, Raphael Veiga e Roger Guedes pelo Palmeiras com a comprovação  do que foi escrito por Claudemir, o rubro-negro tem time, e o alviverde tem elenco.

Culpar Durval ou o goleiro Agenor pela derrota é não conhecer as diferenças abissais entre os dois clubes.

Vanderlei Luxemburgo em sua entrevista no pós jogo sem entrar no mérito mostrou de forma clara o abismo entre os dois disputantes.

A obrigação do torcedor rubro-negro é de prestigiar o clube que hoje está à frente de muitos dos chamados grandes do futebol por conta de uma campanha bem formatada, e não é por causa de uma derrota para um adversário mais forte que tudo deve ser jogado ao mar. 

O torcedor de futebol é apaixonado, mas tudo na vida tem um limite, e nesse caso seria o de reconhecer que o seu clube não jogou por conta de um adversário que não permitiu que isso acontecesse.

NOTA 4- UM GRAND CANYON SEPARA A INGLATERRA DO BRASIL NO FUTEBOL

* Os clubes da Premier League gastaram 850 milhões de libras na atual janela de transferência e estão perto de quebrar o seu recorde, conforme divulgou o site Sporting Intelligence no dia de ontem.

A janela ainda ficará aberta até 31 de agosto, mas a previsão é de que o valor do último verão seja quebrado.

O Manchester City foi o que mais gastou, com 188 milhões de libras em seis novos jogadores. O City recebeu 34,2 milhões de libras na venda de jogadores, ficando com um gasto de 150 milhões de libras.

O Chelsea está em segundo lugar com 130 milhões de libras, e o Manchester United movimentou 105,8 milhões de libras, e promete ainda outras contratações.

O abismo entre o futebol brasileiro e o inglês é do tamanho do Grand Canyon, e não existe a menor perspectiva para que tenha uma maior proximidade, nem nesse século ou no outro.

Há anos que lutamos para fugir do subdesenvolvimento e até hoje não conseguimos, por conta dos desgovernos que tivemos nos últimos anos, onde a corrupção foi o seu lema.

Não adianta sonhar, desde que nada irá mudar.

Somos o Brasil e vamos continuar sendo o Brasil que um dia pensou em ser grande, mas os aloprados não deixaram.

NOTA 5- UM MANDANTE QUE NÃO MANDA

* Enquanto o Corinthians após 16 rodadas continua de forma invicta, o Fluminense que foi derrotado por esse no último domingo jogando em casa, completou sete rodadas sem uma única vitória como mandante.

É o seu pior jejum na era dos pontos corridos, segundo o levantamento do site ¨Futdados¨.

Antes a maior sequência negativa nos jogos em casa pelo Brasileirão ocorreu no ano de 2006, quando o Fluminense ficou seis partidas seguidas sem vencer no Maracanã, da 13º a 22ª rodada com quatro empates e duas derrotas.

A sequência de sete jogos sem uma vitória começou na quinta rodada e está distribuída entre quatro empates e duas derrotas.

O time tricolor tem sofrido com lesões, e é o mais jovem da competição, e está pagando por tais fatos.

NOTA 6- PGR QUER AÇÃO ESPANHOLA CONTRA RICARDO TEIXEIRA

* A PGR quer a transferência para o Brasil da ação instaurada na Espanha contra Ricardo Teixeira, ex-presidente do Circo. Ele teve um mandado de captura internacional decretado pela Justiça espanhola por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, mas não pode ser extraditado.

O objetivo da PGR é ter acesso as provas da investigação espanhola para denuncia-lo aqui.

Segundo a Procuradoria, ¨as investigações realizadas na Espanha apuram ocultação de valores ilicitamente obtidos a partir da venda dos direitos audiovisuais das partidas da Seleção de Futebol do Circo em favor da International Sports Events (ISE), empresa sediada nas Ilhas Cayman, e detentora de organizar esses jogos¨.

Ainda bem que estão se movimentando para colocar na cadeia esse pilantra que enriqueceu de forma desonesta com o futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- AINDA BEM QUE TEMOS O SALGUEIRO 

* Os chamados três ¨grandes¨ clubes de Pernambuco não tiveram uma única vitória nos jogos do final de semana. Santa Cruz e Náutico empataram, e o Sport foi derrotado.

Disputaram 9 pontos e conquistaram 2.

Quem salvou o nosso futebol foi o Salgueiro ao vencer o Moto Clube fora de casa, subindo na classificação no seu grupo da Série C.

Depois da perda do estadual por conta do apito amigo, o time do Sertão Central já está colocado de forma provisória entre os quatro classificados para a segunda fase da competição.  

Na Arena de Pernambuco que teve um belo público como diz o comentarista Ricardo Rocha, com mais de 43 mil torcedores, o Sport jogando com o misto do Palmeiras levou um nó tático de Cuca e foi derrotado por 2x0, de forma justa.

O técnico do alviverde conseguiu anular Diego Souza, que rendeu muito pouco, assim como o restante do time.

Na realidade a partida não teve boa qualidade, a não ser a exibição de Bruno Henrique do Palmeiras, que foi o principal responsável pela vitória do seu clube.

As faltas e a quantidade de passes errados principalmente do time da Ilha do Retiro, fizeram a festa do jogo, que teve apenas 49m minutos de bola correndo, quando a FIFA pede 60m.

O torcedor do Sport compareceu de forma espetacular, deixando a arena rubro-negra, mas receberam como troco uma meia pelada sem muitas emoções.

Ainda bem que temos o Salgueiro.

NOTA 2- PELA PRIMEIRA VEZ O AMÉRICA LIDERA A SÉRIE B

* Faltando apenas três rodadas para o encerramento do Turno da Série B, o América MG embora estivesse por um longo tempo no G4, somente agora assumiu a liderança, após 10 jogos sem derrotas.

Quem mais ocupou esse posto foi o Juventude por sete vezes e o Guarani por quatro. O G4 teve de volta o Vila Nova após a sua vitória contra o Internacional por 2x1, mas o único clube desse grupo que venceu foi o Coelho mineiro.

O alviverde de Caxias caiu para o terceiro lugar por conta de três rodadas sem vitória, foi derrotado dessa vez pelo Oeste, e o Guarani teve um bom resultado ao empatar fora de casa com o CRB.

O Internacional continuou com a sua via crucis e só não caiu mais na tabela geral da classificação por conta dos outros clubes que estão emperrados, que brigam para não subir.

A embolada continua firme, quando a diferença do 10º colocado o Oeste, para o 4º, o Vila Nova é de apenas 3 pontos.

Quem teve a maior queda foi o Ceará, que caiu do 8º lugar para o 11º, o maior crescimento foi do Criciúma que pulou do 13º degrau para o 9º, distando apenas de três pontos do último colocado do Grupo de Acesso.

O Santa Cruz embora tenha subido uma casa, continua no seu passo bem lento, e quando começa uma rodada sempre a mesma conversa de chegar ao G4, que fica apenas no sonho e na ilusão, desde que o time está mais emperrado do que um jumento manso.

É aquele que vai e nunca chega.

Na realidade os favoritos são os mesmos das últimas dez rodadas, ou seja, América-MG, Guarani, Juventude e Internacional, sendo que esse último mesmo com os seus diversos tropeços, no final a sua camisa irá prevalecer.

Nos últimos quinze pontos disputados, o time mineiro conquistou 11, bem acima dos demais, inclusive os quatro que lideram, que ficaram entre 5 e 7 pontos.

Quanto ao Náutico, como já afirmamos várias vezes, somente um milagre dos Deuses do Futebol poderá salva-lo, e isso certamente não irá acontecer por conta de sua performance que não dá nenhum sinal de uma possível recuperação. É o pior em todos os itens.

O alvirrubro já deveria estar arrumando as malas para ingressar na Série C, desde que após 16 rodadas não saiu do lugar, e com as distâncias se aprofundando.

NOTA 3- O MELHOR JOGO DA RODADA

* Das dez partidas realizadas pela 16ª rodada do Brasileirão apenas um jogo se destacou, o do Santos e Bahia.

Sem duvida foi o melhor entre todos, o único que reviveu o bom futebol brasileiro.

O placar de 3x0 não mostra a realidade. A vitória para o time santista foi justa, mas o adversário mesmo sendo derrotado atuou bem, com várias chances de gol, que parou nas mãos desse fantástico goleiro Vanderlei, que foi o melhor em campo. Aliás com seu uniforme preto nos faz lembrar dos grandes goleiros do passado que utilizavam essa cor, em especial Gilmar que foi bicampeão mundial em 1958/62.

O Bahia foi um perdedor com cara de vencedor, por conta de sua participação em um dos melhores jogos do Brasileirão.

O atacante Bruno Henrique marcou os três gols da equipe da Baixada Santista, que completou o sexto jogo sem derrota, com 4 vitórias seguidas.

O Santos segue de forma silenciosa na competição, mas aos poucos vai se firmando como um dos times que irá brigar pelo G4.

A presença do técnico Levir Culpi no seu comando trouxe a calmaria necessária, acabando com as desavenças, as vaidades e sobretudo as brigas religiosas.

Com desfalques importantes, a perda de atletas para o exterior, o grupo não abalou-se por conta do celeiro santista que é bem farto, está apresentando um futebol de alto nível. 

NOTA 4- O CORINTHIANS ESTÁ VIVO

* O Corinthians voltou a vencer no Brasileirão, e como sempre de forma sofrida com a sua ¨goleada¨ de 1x0, sobre o Fluminense, com um gol do zagueiro paraguaio Balbuena, que foi mais uma vez o melhor em campo.

Mesmo com os desfalques de dois titulares importantes, como Pablo e Jadson, o alvinegro conseguiu superar o tricolor carioca, que vem descendo a ladeira, por conta de uma juventude em excesso.

Com essa vitória o Corinthians somou 40 pontos, voltando a diferença de 9 para o Grêmio que joga hoje contra o São Paulo necessitando de uma vitória.

Os demais jogos poderiam ser riscados do mapa, e não merecem análises mais profundas, por conta de suas péssimas qualidades. 

O Avaí que vinha jogando boas partidas sem um bom resultado, aproveitou-se dos desfalques do Cruzeiro, derrotando-o por 1x0, mas não conseguiu sair da zona da degola.

O Atlético-MG que demitiu o técnico Roger Machado, mais uma vez sofreu uma derrota no Horto, que antigamente matava os adversários e hoje mata o time local.

O Vasco com um time bem jovem venceu a pelada pelo placar de 2x1 de forma justa. O alvinegro mineiro continua se afundando, e mesmo com um novo treinador com o elenco envelhecido que tem não irá melhorar.

Os dois últimos jogos da noite foram desastrosos, daqueles que tem que devolver o dinheiro pago pelos ingressos.

A Ponte Preta derrotou o Atlético-PR por 2x0, que poderá ingressar na noite de hoje na zona do rebaixamento no caso de uma vitória do São Paulo contra o Grêmio, e o lanterna Atlético-GO empatou em 1x1 com o Botafogo que poupou alguns titulares.

Quem salvou a rodada foi o Santos, a única andorinha fazendo o verão.

NOTA 5- O INACREDITÁVEL ACONTECE

* No jogo da Série C entre o Mogi Mirim e Botafogo-SP aconteceu o inacreditável, quando várias crianças e adolescentes que vieram de Ribeirão Preto com seus pais para assistirem o jogo foram barradas, por conta de uma ordem judicial que proíbe o ingresso de torcedores  menores de 18 anos, mesmo acompanhados pelos seus responsáveis.

A determinação é da Vara da Infância e Juventude de Mogi Mirim, e que está em vigor desde o início do ano.

Vamos e venhamos trata-se de algo inusitado, que só poderia acontecer nesse Brasil bananeiro em que vivemos.

Quando se deseja acabar com as ociosidades nos estádios, uma medida como essa vai na contramão da história.

Grotesco.