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Escrito por José Joaquim

Na última terça-feira foi realizada uma rodada completa da Série B, com seus 10 jogos, e a embolada continua sendo a sua música predileta, com uma proximidade dos clubes na tabela de classificação. Uma vitória produz um movimento de rotação, com mudanças de posição.

Nessa quinta rodada, os mandantes tiveram 5 vitórias (50%), os visitantes apenas 2 (20%) e 3 empates (30%). No geral com os 50 jogos realizados, os donos da casa somaram 24 vitórias (48%), os visitantes, 10 (20%) e 16 empates (32%).

O item empate é exagerado, um percentual alto, e que está sendo responsável pela embolada.

Nas pesquisas que realizamos sobre os números para o acesso, verificamos que um clube para atingir o objetivo deverá ter o percentual de 15% de empates nos 38 jogos realizados. 

O G4 teve modificações nas colocações, embora três dos seus ocupantes tenham permanecido no grupo, apenas trocaram de cadeiras.

A novidade foi do Guarani, que com a sua vitória pulou do 8º degrau para o 3º. O Juventude que ocupava essa faixa assumiu a liderança, colocando o Paysandu o antigo líder no segundo lugar. O Santa Cruz passou para a 4ª posição tomando o lugar do Vila Nova, que passou para o sexto degrau, por conta de um empate.

O nivelamento que na verdade é por baixo mostra algo bem interessante, quando seis equipes (5ª a 10ª) tem a mesma pontuação (8 pontos), e distam apenas de 3 pontos para o líder, ou seja uma vitória. Qualquer tropeço e o sucesso de um desses, a rotação será efetuada. 

O maior exemplo são dos times que tiveram vitórias, que deram saltos gigantescos na tabela. O Guarani era 8º, pulou para 3º, o Internacional fechou a 4ª rodada no 10º lugar, passou para o 5º, o ABC era o 15º, e hoje está na 7ª colocação, o América-MG estava na 13ª e encontra-se na 8ª e o quinto vencedor, o Brasil de Pelotas, deu um salto da 14ª vaga, para a 9ª.

O público sumiu com apenas 24.621 pagantes, com uma média baixa de 2.462 torcedores/jogo. Só uma partida somou mais de cinco mil testemunhas, a do Figueirense x Internacional (5.919).

No total geral com os 50 jogos realizados, 200.194 pagantes estiveram nos estádios, com uma média de 4.218/jogo.

Embora a competição tenha apenas 14% de seus jogos efetuados, alguns pontos foram destacados, tais como a influência da casa sobre os resultados,  a reduzida participação dos visitantes, e o número muito alto  dos empates, demonstrando a realidade que para chegar no final entre os quatro melhores, o clube terá que vencer em casa o máximo do possível, limitar os empates em seis ou sete, e somar pontos jogando na casa dos adversários.

Dezenove vitórias e sete empates são  os números mágicos, fora disso só um milagre. Uma competição como essa é como uma corrida de obstáculos, não tem tempo a perder na conquista de pontos, e quanto mais no seu início é bem melhor.

Só não analisamos o futebol, desde que esse não existiu.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O LEÃO COMEU O URUBU 

* A noite de ontem não foi boa para os milionários do futebol brasileiro, com a derrota do Palmeiras frente ao Coritiba, e a do Flamengo em seu jogo contra o Sport.

O Coxa derrotou o alviverde de São Paulo de forma justa pelo placar de 1x0. Foi bem melhor do que o seu adversário.

Enquanto isso o rubro-negro da Ilha do Retiro fez a sua melhor partida do ano, a primeira mostrando vontade de jogar, e não tomou conhecimento do time da Gávea, derrotando-o por 2x0.

Os milagres de Magrão no final do jogo ajudaram a consolidar o placar. O Flamengo é o que nós sempre estamos chamando, um time no papel e da imprensa.

Não jogou nada e foi dominado pelo Sport.

Mais uma vez o torcedor não apoiou a  sua equipe. A Ilha do Retiro recebeu o menor público entre os jogos realizados, com 12.167 pagantes.

No Rio de Janeiro aconteceu um milagre, no melhor jogo da rodada, com o Corinthians marcando cinco gols no seu jogo contra o Vasco, que apesar do placar fez uma boa partida.

Há anos que o alvinegro de São Paulo só ganhava com a ¨goleada¨ de 1x0, e no São Januário apresentou o seu novo cardápio com cinco bolas na rede do adversário. O resultado final foi de 5x2.

No outo jogo da rodada, uma pelada antológica que fez vergonha aos grandes clássicos da década de sessenta entre Santos e Botafogo. O time santista aos 50 minutos do segundo tempo marcou um gol e venceu a partida. O 0x0 seria justo por conta da mediocridade das equipes disputantes. 

Outra pelada foi realizada no Independência com a vitória do Atlético-MG de forma injusta pelo placar de 1x0, contra um Avaí mas bem organizado e que não merecia a derrota.

O Galo Mineiro é uma equipe desorganizada e caindo pelas tabelas.

A festa continua na noite de hoje.

NOTA 2- NA PORRINHA E COM BUZINA

* Há muito tempo que mostramos que o futebol de Pernambuco está à deriva. Está registrado na história como o único a não ter a conclusão do seu estadual, por conta de um formato que foi além do calendário de 2017.

De forma grotesca a segunda data da partida foi marcada para 42 dias após o primeiro jogo, no dia 18 de junho.

Os gênios que comandam o futebol da entidade local esqueceram de falar com os russos, desde que essa está dentro do pacote suicida do Circo com 13 jogos em 42 dias, sem nenhuma vaga para remanejamento. Ou seja apostaram no ovo dentro da galinha e esse não foi desovado.

Na realidade quando determinaram a data, pensaram que conseguiriam remanejar os jogos tanto do Sport, como do Salgueiro para outra período.

Com relação a esse último o fato poderia acontecer, mas do lado do time da Ilha do Retiro será impossível realizar tal procedimento, posto que se trocarem a data do jogo contra o Vitória para o dia 28 de junho, o clube baiano terá três jogos seguidos em casa, afetando os concorrentes, e em especial aquele da parte mais baixa que lutam contra a degola, que é o caso do Sport.

Segundo informações esse dia será oferecido para a decisão, numa quarta-feira que não é de cinzas, mas de lamentações pelo que acontece em um futebol que já foi respeitado no Brasil, e hoje vive um período de avacalhação.

O blog tem uma sugestão, a de reunir os presidentes dos dois clubes para que façam a decisão no famoso e tradicional jogo da porrinha. Quem ganhar receberá o troféu, e com a presença da buzina já que a proibição da Justiça é apenas para o Cornélio de Barros.

É um Sanatório Geral.

NOTA 3- AS PROVIDÊNCIAS SÓ VIRÃO COM UMA MORTE NO GRAMADO

* O gramado onde se joga o futebol é retangular, mas no Brasil está se tonando um octógono igual aos que recebem as lutas da UFC. Estamos vivenciando um momento grave de complacência da arbitragem com relação as jogadas violentas.

Os carrinhos voltaram com toda intensidade, sob os olhares bondosos dos árbitros. Em cada rodada pelo menos dois atletas são vitimas dessa violência com contusões graves.

Na segunda-feira durante o jogo entre Fluminense e Atlético-PR, aconteceu um lance de MMA, quando uma bola cruzada na área do rubro-negro do Paraná, ficou entre o lateral Renato do tricolor carioca e Wanderson, zagueiro do Furacão.

Não havia espaço para outra jogada por conta da altura da bola, que não fosse a de cabeça. Apesar disso, Renato de forma irresponsável, projetou uma bicicleta, e agrediu em cheio o rosto de Wanderson, que terminou no hospital.

O mais grave é que o agressor recebeu apenas cartão amarelo, no lugar do vermelho que seria o correto.

Para que se tenha uma ideia, o jogador do Atlético-PR é alto, e o pé do lateral para atingir o seu rosto mostra realmente que foi uma voadora do Spide, não um lance de futebol.

Essa situação só vai parar quando um atleta morrer em campo, e como no Brasil o costume é fechar as portas depois de arrombadas a cartolagem irá tomar as devidas providências.

NOTA 4- A ¨LEI GUARDIOLA¨

* Uma matéria bem interessante do Portal UOL foi buscar na biografia de Pep Guardiola uma receita para vencer o campeonato de pontos corridos.

Procuramos o livro Guardiola Confidencial, e realmente nesse existe essa fórmula milagrosa, quando para o técnico o título se ganha nas últimas oito rodadas e se perde nas oitos primeiras.

Pelas pesquisas efetuadas pelo Portal, a história do Campeonato Brasileiro de pontos corridos com 20 clubes mostra que a tese é verdadeira.

A máxima distancia de um campeão brasileiro para o líder em oito rodadas foi de seis pontos, por duas vezes, nos Campeonatos de 2008 e 2009 (São Paulo e Flamengo, respectivamente, ambos em sétimo lugar).

Segundo as estatísticas nenhum dos clubes da oitava colocação para baixo reagiram a ponto de terminar a temporada com a taça de campeão brasileiro.

São detalhes bem importantes e que estamos sempre frisando em nossas postagens, ou seja o começo de uma competição é fundamental para o futuro dos participantes.

Com tais detalhes quando chegarmos a oitava rodada da atual competição, teremos uma ideia sobre os disputantes do título. Pep Guardiola é um técnico que gosta dos números, que na verdade dão o norte em vários segmentos e em especial no futebol.

NOTA 5- A NECESSIDADE FAZ O SAPO PULAR

* Assistimos uma parte do jogo Fluminense e Atlético-PR, na abertura da 5ª rodada do Brasileirão, e pelo que observamos, o técnico Abel Braga utilizou 8 jogadores formados na base tricolor, entre os 14 que estiveram no gramado.

Uma renovação em massa, motivada em parte pelos problemas financeiros e sobretudo pela coragem dos dirigentes do clube que resolveram bancar esse modelo, com uma folha baixa, enquanto pagam os débitos contraídos.

Na verdade dos 35 jogadores do elenco, 19 foram da categoria sub-20 do clube. Obvio que a falta de experiência irá refletir na campanha do clube, mas o início é promissor, desde que em cinco rodadas o time conquistou 10 pontos, com um time que tem uma média de idade de 23 anos.

O caminho a ser seguido é esse e no futuro o retorno será positivo, inclusive para formação de caixa com negociações.

Na Europa a busca é de jovens jogadores, e não os mais rodados, que no máximo vão para a China.

Como diz um velho ditado brasileiro, ¨A necessidade faz o sapo pular¨.

Isso se enquadra no tricolor das Laranjeiras.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DESEMBARGADOR ATENDE O PEDIDO DO SPORT

* O desembargador José Fernandes de Lemos, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, acolheu o pedido do Sport com relação a buzina do Salgueiro.

Na sua decisão determinou a proibição da entrada nas dependências do Cornélio de Barros, bem como de outras localidades onde sejam realizadas partidas de futebol entre o Sport e o Salgueiro, de integrantes do clube, torcedores portando tipo de corneta/buzina nas dimensões e potência (ID 2286241), sob pena de multa diária de R$ 10 mil (dez mil reais), limitada a R$ 100 ml no caso de reincidência.

Não vamos discutir a decisão judicial, mas sem dúvida essa foi pior do que a propositura do clube. 

Para que os amigos tenham uma ideia, recebemos essa bem cedo, e achamos tão fora de propósito que não fizemos a divulgação, antes da checagem final. 

Na verdade o futebol brasileiro marcha para a sua extinção, desde que alguns jogos já são realizados com torcidas únicas, as bandeiras são proibidas, entre outras coisas. Agora chegou a vez das buzinas.

Os estádios irão se transformar em velórios.

Quanto ao Salgueiro iremos dar um conselho, ou seja que não recorram, desde que a decisão não será tão rápida como essa, e que comprem buzinas com ID menor, atendendo a decisão judicial e as coloquem bem junto do banco do Sport.

Atenderão a justiça, como a liberdade de expressão que foi tolhida.

Quanto ao Sport a sua diretoria do ¨não ganha nada¨, no desespero apelou para o grotesco, apequenando um clube tradicional, e tentando de todas as formas conquistar um título de uma competição que tinha sido renegada, e que hoje é a sua tábua de salvação.

A melada foi tão grande que conseguiram jogar uma cidade inteira contra o time da Ilha do Retiro.

O Sport não merece esse modelo de comando que está avacalhando uma instituição de 112 anos.

Pobre Leão.

NOTA 2- JUVENTUDE É O NOVO LÍDER DA SÉRIE B

* Os clubes de Pernambuco não se saíram bem nessa quinta rodada do Brasileiro da Série B, desde que não tiveram resultados positivos.

O Náutico jogando em casa para as mariposas que sobrevoavam a Arena, pois os torcedores que lá estavam eram contados nos dedos, saiu na frente do placar e deixou o Oeste empatar. O placar final foi de 1x1, com o primeiro gol do alvirrubro na competição.

O time não melhorou em nada, mesmo com um adversário fraco mais uma vez termina uma partida sem vitória. Na verdade não houve jogo, e sim uma pelada bem pior de algumas que ainda sobrevivem em alguns bairros.

O Náutico com apenas cinco rodadas da competição, já é um sério candidato para jogar na Série C de 2018. 

Enquanto isso, no Serra Dourada, o Santa Cruz não conseguiu manter uma linha vitoriosa e foi derrotado pelo Goiás, pelo placar de 2x1. O jogo foi equilibrado, com chances para os dois lados.

O tricolor jogou bem, perdeu muitas chances, enquanto o adversário aproveitou as oportunidades que surgiram. Apesar da derrota ainda continua no G4.

Foi uma péssima rodada para o nosso futebol.

Nos demais jogos, o Juventude derrotou o Criciúma por 1x0, assumindo a liderança da competição por conta de derrota de Paysandu para o ABC por 2x1.

O Guarani venceu o BOA (2x1), Londrina e Paraná empataram (1x1) e o Internacional conseguiu uma vitória bem sofrida derrotando o Figueirense por 2x1.

Nos três últimas partidas da noite o América-MG superou o Ceará por 1x0, o Luverdense empatou com o Vila Nova no final do jogo (1x1) e um resultado não esperado, a derrota do CRB em casa para o Brasil de Pelotas por 1x0.

Uma rodada cheia e um novo líder.

NOTA 3- UMA NOITE PARA REZAR

* As treze fatídicas rodadas do Brasileirão teve a sua continuidade no dia de ontem com o jogo, se é que podemos chama-lo dessa maneira, entre Fluminense e Atlético-PR que terminou com o placar de 1x1, e com um jogador paranaense sendo levado para o hospital por conta de uma jogada temerosa de Renato, lateral do tricolor, que levou apenas um cartão amarelo. O vermelho seria dado com a morte do adversário.

Na noite de hoje teremos mais cinco jogos em sua continuação, com uma aposta não pelos resultados, e sim por conta de quem irá sobreviver até o dia 16 de julho.

Entre esses iremos ter o do Sport e Flamengo, quando os torcedores do Leão irão levar seus terços para o estádio para rezarem durante os 90 minutos, pedindo a proteção para a zaga rubro-negra para que essa possa evitar as lambanças e os gols do time da Gávea, que é aquele que foi sem nunca ter sido. De favorito para o 12º lugar, embora de forma invicta.

O clube pernambucano está na 15ª colocação com 4 pontos, com uma vitória e um empate, enquanto o ¨favorito¨ carioca é o 12º com 6 pontos (uma vitória e três empates).

Pela lógica do futebol, e com relação aos elencos, o Flamengo deveria ser favorito com mais de 50% de chances, mas pode ser que o Sport resolva acordar e enfrentar o adversário com vontade, e assim conseguir um bom resultado, que poderá ser concretizado por conta das rezas, e não da bola, desde que esse é o time que mais a maltrata.

NOTA 4- OS DESFALQUES NO BRASILEIRÃO

* Em todos os países do Mundo, quando da utilização das datas determinadas pela FIFA, as competições nacionais são paralisadas.

O Calendário europeu bem formatado permite que isso aconteça, mas no Brasil como a esculhambação é geral, a seleção do Circo irá fazer dois caça niqueis em busca dos dólares para serem torrados pelos seus cartolas, enquanto os clubes que estão participando do Brasileirão serão sacrificados em duas ou três partidas sem que possam contar com os seus jogadores.

Entre esses o mais sacrificado será o Corinthians com a convocação de 4 dos seus profissionais, tanto para a seleção do Circo, como para as do Continente Sul-Americano.

A seguir vem o Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Sport, com dois cada um. Bahia, Botafogo, Fluminense e o Santos, sendo que Lucas Lima desse último está machucado, liberaram um profissional para o atendimento das convocações.

No total serão 21 atletas fora de nossos gramados, enquanto a bola irá rolar, e 12 clubes prejudicados por conta da insanidade de um futebol mal dirigido.

O Brasileirão já anda mal no tocante ao público nos estádios, e com a retirada de alguns dos poucos bons jogadores que estão nos gramados, a tendência é de uma queda maior.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 5- AS MÉDIAS DE PÚBLICO NAS TRÊS MAIORES DIVISÕES

* A média de púbico do Brasileirão é de 14.656 pagantes, que é grotesca para o que se deseja da maior competição nacional. O TOP 5 está formado por Corinthians- 38.820 torcedores por jogo, Palmeiras (33.833), Flamengo (25.725), São Paulo (22.858) e Grêmio (22.796).

Enquanto isso os cinco da parte de baixo tem a seguinte formação: Botafogo-RJ com 7.270 pagantes, Santos (6.473), Avaí (4.543), Ponte Preta (4.271), e na lanterna o SPORT (3.080).

Na Série B, a média de púbico é de 4.748 pagantes por jogo. O Ceará lidera com 22.776 torcedores, seguido pelo Internacional (20.132), Paysandu (7.105), CRB (4.103) e Londrina (3.856). As cinco piores médias ficaram com o América-MG (1.518), Náutico (1.500), Boa (1.337), Luverdense (465) e Guarani (0), sendo que esse último jogou com portões fechados. Não estão computados os jogos da rodada de ontem. 

Na Série C a média é de 2.463 pagantes/jogo, com o Fortaleza em primeiro lugar com 7.589 pagantes, seguido pelo Botafogo-PB (6.776), Remo (6.406), CSA (4.666) e Confiança (3.889). As piores estão com o Cuiabá (399), Tombense (355), Tupy (261), Mogi Mirim (145) e Macaé (127).

Os números comprovam que em todas as divisões os estádios estão ociosos.

NOTA 6- CUSTO X BENEFÍCIO

* Everton Ribeiro é um bom jogador comparado aos padrões do Brasil. Jogava em um futebol incipiente dos Emirados Árabes, que tem pouca expressão no mundo. Os melhores estão na Europa. De uma coisa temos a certeza esse não é nenhum craque fora de série, para ter um custo tão alto em sua negociação. 

O Flamengo que vive um momento de desespero pelo que vem apresentando no Brasileirão resolveu investir R$ 23 milhões nesse profissional, além do salário de R$ 800 mil mensais. Algo totalmente fora dos padrões do país.

Uma pergunta deveria ser feita, se esse jogador tem mercado que pague tal valor? Certamente a relação custo benefício não será positiva. Na verdade os que estão satisfeitos são os intermediários da transação.

Fizeram uma festa.

Escrito por José Joaquim

O futebol passa por uma grande crise técnica, e isso é representado nos jogos que temos assistido.

A maioria dos clubes continua sendo administrada por gestores amadores, cujo único prazer é o da troca de treinadores, atendendo aos torcedores quando de suas primeiras vaias, ou as suas vaidades pessoais.

Os jogadores e técnicos passam por um momento em que chamamos na economia de viés de baixa. Os rendimentos das equipes cada vez reduzem em qualidade, e entregam aos consumidores um produto caro, e que não merece ser consumido.

A violência das ruas e de algumas torcidas organizadas deram motivos para afastamento dos bons torcedores, que trocaram os estádios pela frieza das telinhas, além dos horários pornográficos.

Nós estamos entre esses, e isso nos afeta por sermos há mais de cinquenta anos consumidores de futebol nos campos. Começamos nas gerais, passamos para as arquibancadas, depois para as sociais e enfim nas cadeiras, mas sempre presentes aos jogos, muitas vezes de outros clubes e sempre pagando ingressos.

Jamais entramos em um estádio de forma gratuita, mesmo no tempo de clube, ou no comando desse esporte em Pernambuco.

Nos entregamos a televisão, e estamos vivenciando um sério problema, desde que até nesse veículo está se tornando insuportável assistir a um jogo de futebol.

O que está se apresentando nos gramados é trágico, com partidas pobres, sem motivação, sem bons jogadores, e sem a emoção dos gols. Na última rodada do Brasileirão tivemos apenas 15 redes balançando em 10 jogos. Poderíamos não ter a técnica perfeita, mas se tivéssemos um futebol organizado, sem faltas, competitivo, a ausência de bons jogadores não seria sentida.

Pela quarta rodada da Série A que findou na última segunda-feira, vários jogos foram televisionados, e ficamos com o controle na mão trocando de canais em busca de algo motivador, o que não aconteceu. Apenas Grêmio, Chapecoense e Bahia mostraram algo que tivesse a aparência de futebol.

Encontramos um pouco de salvação no jogo entre Bauru e Paulistano pela terceira partida do play-off final do campeonato do Novo Basquete Brasil, que foi realizada logo após os encontros da matinal do Circo, com mudanças de resultados por diversas vezes, uma entrega total dos atletas, e sobretudo com um público civilizado lotando o Ginásio.

Embora tecnicamente o nosso basquete não atravesse uma fase promissora, a vontade dos dois times consegue transformar o jogo, e sobretudo por conta dos bons treinadores com as suas táticas. Uma renovação com o clube da capital com uma média de 21 anos.

As cestas no basquete são iguais as redes do futebol, com uma diferença quando as primeiras balançam dezenas de vezes, e a cada uma as emoções afloram.

O futebol brasileiro precisa de pessoa sérias no seu comando, para que possa encontrar um novo e perene caminho, afasta-lo das mazelas incrustadas, e voltar a trazer alegrias ao seu consumidor, desde que até nas telinhas esse não vem mais prestando para ser assistido.

Infelizmente essa é a realidade, e com uma gravidade, a de não aparecer uma viva alma para dar um basta, e modifica-lo.

São sofredores profissionais.

Escrito por José Joaquim

O Brasileirão encerrou a sua quarta rodada na noite de ontem com o encontro do Bahia 3x0 Atlético-GO, com jogos melancólicos, de pouca qualidade, com exceções para o Grêmio e Chapecoense,  que estiveram fora dessa faixa de peladeiros em seus encontros contra o Vasco e Cruzeiro respectivamente. 

No caso do tricolor baiano, esse jogou um bom futebol mas com um adversário frágil que não serve para uma avaliação, mas pelo que vimos esse formatou uma equipe para lutar por posições maiores.

Para que se tenha uma ideia exata do que aconteceu nessa rodada, em nove jogos que foram realizados no sábado e domingo, foram anotados apenas 12 gols, com uma média de 1,33 por jogo. Com os três do Bahia, a média subiu para 1,50 que é muito pouco para uma competição tão importante. 

As Arenas de Itaquera e Allianz Parque incrementaram o público, que teve uma média de 17.076 pagantes por jogo, um público total de 170.767 torcedores, e entre esses os 74.409 que estiveram presentes nesses dois estádios, ou seja quase 50% do total.

No geral com os 40 jogos realizados, os pagantes somaram 586.241, com uma média de 14.555/jogo, que na realidade é baixa se comparada as dos grandes centros do futebol mundial.

Na quarta rodada os mandantes tiveram 7 vitórias (70%), 2 empates (20%) uma única do visitante (10%). No ranking geral, nos 40 jogos, foram 24 vitórias dos donos da casa (60%), 8 dos que visitam (20%) e 8 empates (20%).

O Brasileirão é o retrato do atual futebol brasileiro, medíocre em sua essência e produtor de lesões como nunca visto na história dessa competição.

Não tivemos uma única rodada, sem que diversos jogadores fossem encaminhados para o Departamento Médico dos cubes. Em duas partidas o Botafogo teve cinco atletas com problemas, e dois desses de forma mais grave.

A Chapecoense que alguns jornalistas estão referindo como coelho, numa alusão as maratonas, onde sempre tem algum competidor que larga na frente objetivando dar um maior ritmo a prova, é a grande surpresa. 

Nas quatro rodadas realizadas  o time de Chapecó está fazendo uma ótima campanha, com um bom futebol e liderando a competição por duas semanas seguidas de forma justa.

Quando foi iniciado o Campeonato três cubes foram considerados como favoritos, inclusive por nós em algumas postagens, Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, mas ao olhamos a atual classificação, verificamos que esses estão na 12ª, 13º e 17ª colocações, o que mostra que o futebol ficou de cabeça para baixo.

Quatro times que ficaram na temporada de 2016 entre os seis melhores na pontuação, Palmeiras (1º), Santos (2º), Atlético-MG (4º) e Atlético-PR (6º), estão fora no atual Brasileirão do TOP 10, inclusive com dois na zona de degola (Atlético-MG e Atlético-PR). O Flamengo que foi o terceiro, hoje é o 12º.

Obvio que estamos com apenas 10,6% da competição realizada, que tem um caminho longo, mas estamos presenciando clubes que não foram bem na temporada passada, com excelentes performances nesse ano, como é o caso do Corinthians (2º), Grêmio (3º), Curitiba (4º) e Fluminense (5º), além da líder Chapecoense que teve uma ressureição de uma Fênix e hoje nos apresenta um bom futebol.

Certamente muitas coisas irão mudar, inclusive com o time rubro-negro da Gávea que ainda está invicto, mas de uma coisa temos a certeza de que Corinthians e Grêmio estarão lutando pelo título.  O alvinegro paulista que era considerado o quarto clube de São Paulo, hoje é o melhor, inclusive com o título estadual.

Por conta da inversão os torcedores dos clubes que estão nas melhores posições estão cantando a música de Raul Seixas, ¨De Cabeça pra Baixo¨, quando estão pisando o teto como carpete.

O futebol brasileiro necessita de uma boa sacudidela, e quem sabe se em 2017 nós iremos alcançar algo melhor para a sua renovação.