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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro nos primeiros meses de temporada foi palco de centenas de jogos referentes aos estaduais, e quando esses terminaram uma pergunta ficou no ar: Quantos jogadores foram revelados pelos clubes menores? Quantos estão nas prateleiras?

No mundo da agricultura, o celeiro (silo) guarda a sua produção, e esse termo sempre foi utilizado pelo futebol, quando se apresentava o trabalho de base.

No Brasil futebolístico de hoje os antigos celeiros e os modernos silos estão vazios, sem produtos a serem colocados no mercado consumidor.

Em outras épocas, os clubes de menor porte em especial os do interior, quando de suas participações nos estaduais, apresentavam alguns talentos, sempre aproveitados por agremiações de maior porte. 

O fato produzia uma cadeia financeira, com aporte de recursos para esses clubes, por conta das negociações realizadas, e com um custo menor para aqueles que os contratavam.

O número de sul-americanos contratados pelo nosso futebol mostra que estão suprindo a ausência dos celeiros, vazios há muito tempo.

Praticamente os clubes menores repetem as mesmas caras todos os anos. Jogadores rodados, com idades avançadas, e que não despertam nenhum interesse para aqueles que sempre tiveram nesse mercado uma boa fonte para matar a sua sede.  

Tal fato não é exclusivo de nosso estado, e sim de todo o país, quando o aproveitamento acontece de forma pontual, desde que esses clubes quando não são de empresários, insistem no abandono ao trabalho de formação, que seria produtivo para todos, e para o contexto geral do futebol nacional.

Um dos maiores problemas do esporte da chuteira no Brasil está centrado na ausência de produção do seu pé de obra.

Na realidade existem talentos, mas o ciclo mudou o seu sistema de rotação. Antes saiam das peladas das várzeas, hoje saem das escolinhas de empresários, que muitas vezes os conduzem de forma direta para o exterior, sem passagem por nenhum dos nossos clubes.

Esse é o maior buraco, e que não é observado pelos segmentos interessados, cujos dirigentes assistem com passividade a evasão de atletas, e formam seus elencos com jogadores medianos.

Na verdade o futebol brasileiro foi grande quando tinha os seus celeiros abastecidos. O pulgão apareceu, contaminou a todos, e os talentos sumiram, causando o empobrecimento técnico desse esporte no país.

Tudo isso acontece, mas estão preocupados com as baboseiras que são ditas no dia a dia.

Nós merecemos o que temos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO IMPORTANTE PARA O SANTA CRUZ

* A quarta rodada do Brasileiro da Série B, terá o seu final no dia de hoje com a realização de quatro jogos, e entre esses o do Santa Cruz e ABC de Natal.

Os dois clubes vem realizando campanhas razoáveis, com o tricolor somando 6 pontos (2 vitórias e 1 derrota), e o alvinegro natalense com 5 (1 vitória e dois empates).

Um bom resultado para o Santa Cruz é importante para a sua solidificação na tabela de classificação, onde ocupa a 7ª posição. O seu adversário está na 11ª, com apenas um ponto de diferença do tricolor.

Será uma partida difícil e que o mando de campo poderá influenciar no seu resultado.

Infelizmente esse encontro será no mesma horário da decisão da Liga dos Campeões que sem duvida irá despertar os torcedores de todo o mundo pelo seu conteúdo futebolístico.

São coisas do Circo. 

NOTA 2- UMA DECISÃO QUE IRÁ PARAR O MUNDO

* Nos impressiona como a decisão de hoje da Liga dos Campeões da Europa domina as conversas em todos os lugares do país, e em particular em nossa cidade.

Trata-se da maior competição de clubes do mundo, com os melhores jogadores, e com o certificado exemplar de organização. Um exemplo para todos que dirigem o futebol avacalhado de nosso país.

A cidade de Cardiff, no País de Gales, com apenas 345 mil habitantes será o palco do encontro entre os dois melhores times da temporada.

Real Madrid e a Juventus de Turim representam hoje a qualidade do esporte da chuteira, e tem tudo para realizarem uma partida para que possa ficar registrada na história do futebol.

São duas maneiras diferentes de jogar, com o time espanhol ofensivo, o italiano com uma defesa perfeita e um forte contra ataque.

Não sabemos como a cidade irá comportar o número de torcedores que estarão no estádio, 66 mil, e mais 104 mil que irão assistir nas ruas através dos telões.

A capacidade dos seus hotéis é de dois mil leitos, que foram esgotados.

Para Cardiff o acontecimento irá servir para expandir o seu turismo, desde que trata-se de um local histórico, com centenas de anos, de uma beleza extraordinária.

A tarde será dos europeus, enquanto os inteligentes do Brasil colocaram no mesmo horário um dos clássicos mais famosos do nosso futebol, o Atletiba.

Uma chuva de cangalhas tem o seu destino certo, a Barra da Tijuca, local onde o Circo está sediado. 

NOTA 3- AS IMBECILIDADES NAS REDES SOCIAIS

* As redes sociais são bons instrumentos quando trabalham para o bem, mas em nosso pais essas são muitas vezes utilizadas por imbecis que carregam dentro de si complexos, e por conta disso descarregam em cima de outras pessoas.

Um exemplo do lado bom desse segmento nós estamos vendo em Pernambuco no trabalho para ajudar a todos os desabrigados em diversas cidades do interior.

O humor limpo sem ofensas é outra ponto bem interessante utilizado por essas redes, que é muito bem recebido, além de assuntos sérios para serem discutidos. 

Na inversão de valores, utilizar uma ferramenta tão importante para ofender pessoas é algo que tem que ser combatido de forma dura.

Na última quinta-feira recebemos diversas mensagens de vários locais, atacando de forma bem intolerante, Tatiane Sacilotti, auxiliar da arbitragem do jogo Sport x Botafogo, por conta de um erro grotesco que poderia ter prejudicado o alvinegro carioca.

Tais mensagens poderiam ter criticas sobre a sua capacidade, mas não com o teor agressivo como foram publicadas, e que mostramos a seguir:

¨Arrombada merece dois tiros na cara. Depois fala que somos machistas¨.

¨Se estivesse lavando louça não estava fazendo m...¨.

Safada, erro grotesco. Tem lugar no varal estendendo roupa¨.

Tais postagens mostram o lado perverso das redes sociais quando são utilizadas por pessoas sem caráter.

NOTA 4- O NÁUTICO E O FAIR PLAY TRABALHISTA

* O foco do Fair-Play Trabalhistas está dirigido para o Clube Náutico.

Segundo a Fenapaf, o clube chegou a ter sete meses de atraso dos direitos de imagem dos jogadores, e quatro dos valores registrados na carteira. Pagou apenas dois meses. O Sindicato já notificou-o e espera uma resposta sobre o assunto.

Caso a situação persista, a procuradoria do STJD irá receber uma denúncia pedindo a punição do clube dos Aflitos.

Para um melhor entendimento, o Tribunal Desportivo ao receber a notificação, dá ciência ao interessado e o prazo de 15 dias para que esse realize os pagamentos, e caso isso não aconteça será punido.

O interessante e que foi ressaltado em um comentário em nosso blog, pelo amigo Guilardo Pedrosa, é que essas atitudes não se resumam apenas ao Nordeste, e que fiscalizem alguns clubes do Sudeste que não vem pagando os direitos de imagem.

Há pouco tempo o Fluminense era um desses.

NOTA 5- MAIS UM QUE SE VAI

* Há pouco postamos um artigo sobre a fuga de talentos do futebol brasileiro, por conta das frágeis finanças dos clubes, e da incapacidade de manter os bons jogadores em nossos gramados.

Somos pobres em relação aos países europeus, e até clubes sem grandes recursos conseguem leva-los por conta de uma moeda forte.

O último caso foi a negociação de Luiz Araújo, do São Paulo, um jovem com 21 anos, que desabrochou nessa temporada.

Marcelo Bielsa que andou pelo Brasil, e fez uma limpeza no Lille da  França seu novo clube, indicou a compra desse atleta, que foi fechada por 8 milhões e euros, ou seja cerca de R$ 38,3 milhões, sendo que 2 milhões de euros irão para o Mirassol, clube formador do atleta.

Essa é a sina de países emergentes, que vendem as suas matérias primas e se contentam com os medianos para baixo que atuam em nossos gramados.

NOTA 6- A FALTA DE ÉTICA DE MANO MENEZES

* O Brasil é um país surreal.

Os heróis do povo, segundo o Congresso do PT, são José Dirceu e João Vaccari, dois corruptos condenados pela Justiça por roubarem o dinheiro da Petrobras.

Um fato como esse constrange o cidadão de bem que faz parte da maioria em nosso país, quando verificam que bandidos são festejados.

O futebol brasileiro com todos os seus protocolos adotados pelo Circo também é surreal, e alguns fatos o comprovam.

No meio da bagunça total que aconteceu no jogo da Chapecoense e Cruzeiro por conta de um árbitro banana que deixou os jogadores apitar a partida, aconteceu uma confusão generalizada entre os atletas e comissão técnica dos dois clubes nas portas dos vestiários.

Por outro lado na saída do gramado, o árbitro reserva recebeu um objeto voador vindo das arquibancadas que provocou um ferimento no seu rosto. Tais fatos não tiveram a gravidade com relação a atitude de Mano Menezes durante o jogo, quando atrapalhou a cobrança de um lateral por Renato, atleta do time da casa,  para ganhar tempo.

Uma falta de ética e um péssimo exemplo para quem comanda um grupo.

O futebol brasileiro não tem civilidade e vive no vale tudo, inclusive com situações como essa.

O árbitro não viu, ou fez que não viu, não colocou na súmula, mas a televisão mostrou claramente, e por conta disso o técnico deveria receber uma dura punição.

Já que estão proibindo de tudo, que saia uma nova norma, obrigando aos treinadores a ficarem sentados no banco de reservas. No caso do não cumprimento uma expulsão.

Se é isso que figuras como Mano Menezes querem, que de fato aconteça.

 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A ESTREIA DE LUXEMBURGO

* As manchetes de nossas mídias foram dúbias ao associarem a estreia de Vanderlei Luxembugo no Sport, com a eliminação da Copa do Brasil. 

O técnico nada tem com o que aconteceu, foi para o banco de reservas por profissionalismo e sequer conhecia a maioria dos atletas do clube.

Participou apenas de um treinamento, e obvio que não teria condições de proceder com mudanças. Pelo que entendemos, caso o rubro-negro tivesse ganho a partida, as mídias a dariam como obra do dedo do treinador. Seria um outro equívoco.

Não existem milagres no futebol, e se forem esperar uma mudança radical na maneira de jogar do time do Sport de forma imediata, por conta da presença  do novo técnico, podem tirar o cavalo da chuva, pois os problemas do clube são grandes, desde que esse não tem defesa, não tem meio de campo e não tem ataque, ou seja, não tem nada, e fazer do nada um time de futebol requer tempo, paciência, e muito trabalho.

O time do rubro-negro da Ilha do Retiro só é bonito no papel e na folha salarial, mas com relação a bola é bem fraco, desorganizado e com pouca produtividade. Os erros de passes são grotescos.

O que vem pela frente será uma batalha, com seguidos jogos e sem horários para treinamentos, e é nesse momento em que o treinador poderá dar o seu recado, ou seja o de continuar ou o desistir.

Por conta do sistema do clube no primeiro semestre da temporada já teve três treinadores, o que se pode entender que algo está errado na sua estratégia.

NOTA 2- A DELAÇÃO DE RICARDO TEIXEIRA ESTÁ NA BOCA DO FORNO

* Embora o silencio seja bem estranho e nada se publica no Brasil, o acordo de delação de Ricardo Teixeira, ex-presidente do Circo do Futebol, com o Departamento de Justiça do Estados Unidos está na boca do forno para ser assinado.

Um único problema que está segurando essa decisão é o risco de um pedido de extradição da Espanha, quando esse estiver nos Estados Unidos, e o cartola não quer correr o risco, desde que no Brasil o seu guarda-chuva é muito grande.

O governo norte-americano está trabalhando junto ao espanhol para que o pedido não seja formulado, já que o cartola brasileiro é o verdadeiro homem bomba das investigações que estão sendo procedidas.

Pelo que tomamos conhecimento, existe uma vasta documentação de contas milionárias encontradas em Andorra e Lichtenstein, além de vários personagens do futebol brasileiro que estão sendo investigados.

Para o esporte nacional essa delação poderá ser o ponto de partida da sua moralização.

NOTA 3- FRED PRÓXIMO DE SE TORNAR O MAIOR ARTILHEIRO DA COPA DO BRASIL

* O atacante Fred do Atlético-MG é um dos últimos camisa 9 do futebol nacional, posição essa que foi substituída pelo falso nove criado pelos gênios que comandam os nossos times.

Continua jogando no alto nível e marcando os seus gols.

Na última quarta feira ao balançar as redes do Paraná, pela Copa do Brasil, completou o seu 34º gol no somatório dessa competição, distando apenas de dois gols para atingir o recorde de Romário, que tem 36.

Fred tem melhor performance com relação a média de gols. Marcou 34 em 40 jogos (0,85), enquanto Romário somou 35 em 45 jogos (0,80).

Na era dos pontos corridos, o goleador do Galo é o maior artilheiro do Brasileirão, com 127 gols marcados, o que demonstra a sua qualidade técnica e fome para furar as redes adversárias.

Fizemos questão de mostrarmos tal fato, para que se possa entender o valor de um bom camisa 9, posição em extinção em nosso país.

NOTA 4- UM TRI DIRIGENTE

* O futebol brasileiro é igual a um famoso prato do antigo Buraco de Otília na Rua da Aurora, que tinha o nome de ¨Tudo Um Pouco¨.

Realmente eram mais de 10 pratos com poções das iguarias preparadas pelas mãos de Otília. Época boa que não volta mais.

Na última terça-feira vimos um goleiro abandonar o vestiário quando do encerramento do primeiro tempo, pegar um taxi e voltar para casa. O inacreditável realmente aconteceu.

No dia de ontem o diretor de futebol do Vitória, Sinval Vieira, não aguentou a pressão pela campanha do clube, que na sua gestão contratou 16 jogadores, e entregou a sua carta de renúncia ao presidente.

Depois disso aconteceu o inusitado quando Petkovic assumiu o cargo que é o terceiro que esse ocupa no clube.

Foi contratado para ser gerente de futebol, com a saída do treinador assumiu esse cargo, acumulando com o da gerencia, e agora com mais um, o de diretor, tornou-se um ¨manager¨, igual aos do futebol europeu, mas com uma grande diferença, o nível de competência.

É o único tri dirigente do futebol brasileiro. 

NOTA 5- A PUNIÇÃO AO SANTA CRUZ EMBORA TARDIA, FORMA JURISPRUDÊNCIA

* O STJD puniu o Santa Cruz com a perda de três pontos referente a sua classificação no Brasileirão de 2016, por falta de pagamento aos seus profissionais e funcionários, ferindo o que determina o fair-play trabalhista.

A notificação foi protocolada em outubro do ano passado, e somente agora foi julgada, o que mostra como anda o nosso maior Tribunal Esportivo, que deve ter aprendido com o STF nas suas decisões.

Na realidade o tema deveria ser decidido logo após o pedido da Fenapaf, e não esperar por um longo tempo.

Se o clube não tivesse sido rebaixado, o julgamento iria acontecer? Uma boa pergunta que necessita de uma resposta.

O único fator positivo foi o de uma jurisprudência firmada, e que serve de alerta para todos os clubes.

Escrito por José Joaquim

Sabemos que estamos vivenciando no Brasil o pique da era da imbecilidade, e o futebol brasileiro é um dos seus maiores protagonistas.

O que vem acontecendo em nossos gramados é algo que supera a racionalidade, e que estão levando esse esporte a perder o seu conteúdo maior que era a alegria.

O torcedor vem transmitindo o seu recado deixando os estádios vazios, e somente os cartolas não percebem.

Os responsáveis pelas competições criam protocolos editados com mais de 100 páginas, com tudo que deve ser feito em uma partida de futebol, desde a entrada no gramado pelas equipes, até o seu final com as entrevistas.  Foi tirada a espontaneidade através de proibições, que estão transformando o futebol em um filme policial. 

Quando os times entram no gramado dão a aparência dos antigos colégios com suas filas para a entrada das aulas. Os alunos marchando sem o menor interesse. 

Os hinos dos estados e o do Brasil são tocados, mas ninguém participa, os gritos dos torcedores os abafam. As novas determinações  elaboradas pelos gênios para a arbitragem, são perniciosas para a festa do futebol.

Um jogador não pode comemorar com a sua torcida a feitura de um gol, e quando o faz é apenado com um cartão amarelo, e se já tiver um, o vermelho, fazendo com que o seu time fique com um atleta à menos. Uma imbecilidade total. 

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, existem alguns tipos de provocações que devem ser coibidas, mas comemorar de forma alegre com as arquibancadas é salutar, e sempre fez parte da história desse esporte.

A última novidade é a proibição aos profissionais que estão no banco de reservas, de comemorarem um gol com aqueles que estão no gramado.

Uma medida grotesca e ditatorial, e que mostra de forma clara o tipo de gente que está à frente do esporte da chuteira no país.

Por outro lado, o jogo de torcida única é uma faca no coração do futebol brasileiro, privando o torcedor de um clube de ir ao estádio, incentivando-o a se tornar mais um das poltronas.

As bandeiras em alguns estados desapareceram, que faziam parte do colorido nos estádios. Na verdade o futebol brasileiro está querendo incentivar os seus torcedores a adotarem um comportamento como se estivessem em um réquiem para algum falecido.

Foram criados alguns mecanismos para disciplinar de forma irracional os profissionais dos clubes, a imprensa que perdeu a sua liberdade, e esqueceram do fundamental, o Calendário, os horários pornográficos dos jogos, e sobretudo da arbitragem, um setor que vem modificando os resultados das partidas, através de seus erros. 

Deixam de lado a tecnologia e acreditam na visão dos apitadores e seus auxiliares, e no final uma bagunça total, com erros em demasia, prejudicando os times, e tirando a credibilidade das partidas.

Esses itens é que deveriam ter os seus protocolos, e não para aqueles que estão nos gramados fazendo a festa que sempre foi o futebol.

Na última quarta-feira com diversos jogos pela Copa do Brasil, no pós-jogo não se comentava o que de bom aconteceu, e sim os erros cometidos pela arbitragem, e que na verdade foram diversos.

Entre as cinco partidas realizadas, três dessas foram influenciadas pelos apitos amigos.

Que o diga Thiago Peixoto responsável pelo encontro entre o Fluminense e Grêmio, o que aliás não é novidade, desde que esse personagem foi suspenso por ter expulsado Gabriel do Corinthians, que sequer tinha participado da jogada faltosa.

Que o diga Ricardo Marques apitador de Internacional e Palmeiras, e a auxiliar Tatiane Saciolotti, de Sport e Botafogo, que conseguiu marcar um impedimento de um jogador autor de um gol do alvinegro carioca, quando esse estava com quase três metros dentro da legalidade.

O que tem que ser feito é deixado de lado e o lado que tem que ser incentivado é perseguido.

Na verdade os cartolas do Circo só tem um pensamento, o de destruírem o que resta da alegria do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Não é nenhuma novidade a carência do futebol brasileiro com relação a bons talentos. O número de jogadores medianos para baixo nos gramados representa a quase totalidade.

Quando aparece um com maior qualidade, de imediato é negociado para o exterior, muitas vezes sem mostrar o seu potencial aos seus torcedores. Um bom exemplo é o de Vinicius Junior do Flamengo, que foi negociado com o Real Madrid, mesmo antes de chegar ao profissional do clube.

Em 2015, o Fluminense que tem um bom trabalho nesse segmento, apresentou três revelações, Gerson, Kenedy e Marlon, que sem o amadurecimento foram negociados, sendo que esse último é o único que tem um futuro melhor desenhado, desde que já começou a ser aproveitado pelo time principal do Barcelona. Os outros dois ainda estão penando no futebol europeu.

Atletas como esses ainda estão nos cueiros, e que poderiam maturar em nossas competições, mas pelas necessidades financeiras dos clubes são transferidos de forma bruta, para serem lapidados no exterior.

O sistema do futebol é bem igual ao que acontece nas exportações do Brasil. As matérias primas são vendidas, e retornam como produtos acabados ao país, que é maléfico para qualquer economia.

Na realidade nossas bases possuem pouca base. São entregues a pessoas que muitas vezes não tem condições profissionais para estarem à frente de um setor tão importante, e com um fato mais grave, a interferência dos empresários que são os donos dos futuros atletas , e que forçam as negociações.

Os bons trabalhos nesse setor são raros. Alguns clubes tem boas estruturas, mas os resultados não condizem com essas. São poucos os verdadeiros talentos revelados, em um esporte que tanto necessita.

Uma pergunta que deve ser feita a quem comanda o futebol: O que acontece com as divisões de base no Brasil? Um país com mais de 200 milhões de habitantes, com uma história no futebol mundial, deveria lidar com o excesso e não com a falta de talentos.

Na verdade temos a resposta para essa questão, que é bem simples: se objetiva os lucros nas negociações, e os nossos futuros jogadores são vendidos como gados.

Outro fator que afeta a formação é a falta de transparência das agremiações, desde que os seus associados pouco sabem sobre o trabalho que é feito.

Todos gostariam de saber os nomes de todos os jogadores da base, e dos que passaram por ela nos últimos cinco anos, de como chegaram ao clube, a quem esses pertencem, os percentuais nos direitos econômicos, entre outros itens.

Assim todos teriam um mapeamento para o reconhecimento dos procedimentos e do valor do trabalho que está sendo realizado. Obvio que isso jamais irá acontecer, porque as caixas pretas sendo abertas, iriam escancarar as portas da incompetência, e de algumas negociações nebulosas.

Trata-se de um assunto sério, e que só entendemos com maior profundidade, quando descobrimos vários brasileiros atuando no futebol do exterior, totalmente desconhecidos no Brasil. Esse tema é um dos pontos mais importantes para a reforma do futebol brasileiro, desde que representa o seu futuro.