Mal acabou e já está começando uma nova rodada da Série B Nacional. Os treinamentos estão sendo feitos em aviões, tudo por conta de um calendário apertado e sobretudo estrambelhado. As viagens muitas vezes são longas aumentando os desgastes.
Náutico e Santa Cruz estarão nos gramados em locais diferentes, e mais uma vez os seus torcedores terão uma noite de sofrência.
Na verdade já está existindo sinais de masoquismo, que é de torcer por times que não lhes dão a devida alegria.
O clube da Rosa e Silva nos 18 pontos disputados conquistou apenas 2, com aproveitamento de 11%. Além do pífio. Na verdade esse não se planejou para a competição ao não saber contratar um técnico com o conhecimento da situação, e que soubesse trabalhar com atletas da base e não famosos.
Clubes com dificuldades financeiras não são novidades em nosso país, mas um bom projeto pode mudar os seus parâmetros e torna-lo competitivo.
O líder da Série B é o Juventude de Caxias uma cidade do interior gaúcho, que com seus poucos recursos formatou uma equipe que vem dando certo em uma competição nivelada por baixo. O mesmo se deu com o Guarani de Campinas, clube que até o estádio foi leiloado, e que aos poucos vai ressurgindo das cinzas, assim como o Vila Nova, que tem uma boa torcida e que estava numa situação delicada, e hoje faz a melhor campanha nos seus oito anos de Série B.
Não vamos afirmar que todos estarão no G4 final, mas são exemplos de clubes com grandes dificuldades e que souberam dar a volta por cima.
O Náutico vive abraçado com uma divisão interna que está destruindo-o, e com o agravante de antecipar uma eleição para enfraquecer o atual comandante, que é uma pessoa séria de tradição alvirrubra, que deveria receber o apoio de todos, mas os egos são maiores.
Como poderá haver harmonia quando esse tiver dois comandos, um real até o fim do ano, o outro virtual que assumirá em 2018, com o time na Série C, produto de toda essa autofagia alvirrubra.
O clube há vários anos vem atravessando momentos de agonia, com poucas presenças no Brasileirão e sobretudo um jejum de títulos que está influenciando na sua demanda, e nada se fez para tira-lo do atoleiro e leva-lo para uma estrada que possa dar-lhe um vislumbre de um futuro mais promissor.
O jogo de hoje contra o Paraná que começou bem e atrapalhou-se nas últimas rodadas, poderia ser o início de um novo momento, mas pelo que estamos acompanhando será mais uma noite de sofrência para os seus torcedores que estão abandonando-o. A Arena Pernambuco só contempla as mariposas que ficam voando perto dos seus refletores.
Enquanto isso, do lado do Santa Cruz, que começou a competição de forma positiva, nas duas últimas rodadas tropeçou e foi bater na 7ª posição, com 9 pontos (50%), o mesmo do seu adversário Ceará, que pelos critérios está na sexta.
O tricolor não tem os problemas na área interna do seu rival alvirrubro, mas está pecando pela falta de uma gestão mais centrada no futebol, onde a paixão das arquibancadas é dominante, além do amadorismo.
Por experiência própria um time com atrasos salariais tem dificuldades numa competição dura como essa, desde que tira o foco dos profissionais, e tal fato está acontecendo no Arruda.
A demissão do treinador foi equivocada, desde que esse estava lidando com atletas que estavam no vestiário discutindo não o jogo, mas as folhas salariais não pagas.
Voltamos a afirmar que nunca vimos uma Serie B tão nivelada por baixo, e por conta disso o Santa Cruz que tem um elenco igual aqueles que estão desejando o acesso teria condições de atingir esse objetivo, mas da maneira como vai, isso não vai acontecer mesmo com a vaca tossindo.
Para os tricolores também uma noite de sofrência, sobretudo pelo seu time enfrentar uma equipe que vem evoluindo na competição, contemplando duas vitórias seguidas.
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