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Escrito por José Joaquim

Mal acabou e já está começando uma nova rodada da Série B Nacional. Os treinamentos estão sendo feitos em aviões, tudo por conta de um calendário apertado e sobretudo estrambelhado. As viagens muitas vezes são longas aumentando os desgastes.

Náutico e Santa Cruz estarão nos gramados em locais diferentes, e mais uma vez os seus torcedores terão uma noite de sofrência.

Na verdade já está existindo sinais de masoquismo, que é de torcer por times que não lhes dão a devida alegria.

O clube da Rosa e Silva nos 18 pontos disputados conquistou apenas 2, com aproveitamento de 11%. Além do pífio. Na verdade esse não se planejou para a competição ao não saber contratar um técnico com o conhecimento da situação, e que soubesse trabalhar com atletas da base e não famosos.

Clubes com dificuldades financeiras não são novidades em nosso país, mas um bom projeto pode mudar os seus parâmetros e torna-lo competitivo.

O líder da Série B é o Juventude de Caxias uma cidade do interior gaúcho, que com seus poucos recursos formatou uma equipe que vem dando certo em uma competição nivelada por baixo. O mesmo se deu com o Guarani de Campinas, clube que até o estádio foi leiloado, e que aos poucos vai ressurgindo das cinzas, assim como o Vila Nova, que tem uma boa torcida e que estava numa situação delicada, e hoje faz a melhor campanha nos seus oito anos de Série B.

Não vamos afirmar que todos estarão no G4 final, mas são exemplos de clubes com grandes dificuldades e que souberam dar a volta por cima.

O Náutico vive abraçado com uma divisão interna que está destruindo-o, e com o agravante de antecipar uma eleição para enfraquecer o atual comandante, que é uma pessoa séria de tradição alvirrubra, que deveria receber o apoio de todos, mas os egos são maiores. 

Como poderá haver harmonia quando esse tiver dois comandos, um real até o fim do ano, o outro virtual que assumirá em 2018, com o time na Série C, produto de toda essa autofagia alvirrubra.

O clube há vários anos vem atravessando momentos de agonia, com poucas presenças no Brasileirão e sobretudo um jejum de títulos que está influenciando na sua demanda, e nada se fez para tira-lo do atoleiro e leva-lo para uma estrada que possa dar-lhe um vislumbre de um futuro mais promissor.

O jogo de hoje contra o Paraná que começou bem e atrapalhou-se nas últimas rodadas, poderia ser o início de um novo momento, mas pelo que estamos acompanhando será mais uma noite de sofrência para os seus torcedores que estão abandonando-o. A Arena Pernambuco só contempla as mariposas que ficam voando perto dos seus refletores.

Enquanto isso, do lado do Santa Cruz, que começou a competição de forma positiva, nas duas últimas rodadas tropeçou e foi bater na 7ª posição, com 9 pontos (50%), o mesmo do seu adversário Ceará, que pelos critérios está na sexta.

O tricolor não tem os problemas na área interna do seu rival alvirrubro, mas está pecando pela falta de uma gestão mais centrada no futebol, onde a paixão das arquibancadas é dominante, além do amadorismo.

Por experiência própria um time com atrasos salariais tem dificuldades numa competição dura como essa, desde que tira o foco dos profissionais, e tal fato está acontecendo no Arruda.

A demissão do treinador foi equivocada, desde que esse estava lidando com atletas que estavam no vestiário discutindo não o jogo, mas as folhas salariais não pagas.

Voltamos a afirmar que nunca vimos uma Serie B tão nivelada por baixo, e por conta disso o Santa Cruz que tem um elenco igual aqueles que estão desejando o acesso teria condições de atingir esse objetivo, mas da maneira como vai, isso não vai acontecer mesmo com a vaca tossindo.

Para os tricolores também uma noite de sofrência, sobretudo pelo seu time enfrentar uma equipe que vem evoluindo na competição, contemplando duas vitórias seguidas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM FINAL DE SEMANA SEM VITÓRIAS

* A situação do futebol de Pernambuco está mais para a tragédia do que para a alegria.

Os clubes que estão disputando as quatro divisões nacionais não obtiveram uma única vitória, nesse final de semana. 

Foram cinco derrotas e dois empates, ou seja em 21 pontos disputados conquistaram apenas dois.

Uma pobreza franciscana.

Para quem analisa o futebol local com isenção, sem clubismo, tal fato não representa surpresa com relação aos resultados, desde que todos esses times perderam quatro meses do ano jogando um estadual com pouca expressão que até hoje não teve a sua decisão, e só os Deuses do Futebol sabem quando isso irá acontecer.  

Nunca passamos por um momento como esse, com sete clubes sem boas colocações em suas Séries, numa demonstração de que nos apequenamos com relação aos outros estados.

Os resultados assim o demostraram: 

SÉRIE A- VASCO 2x1 SPORT

SÉRIE B- SANTA CRUZ 1x3 LONDRINA,

INTERNACIONAL 4X2 SANTA CRUZ,

SÉRIE C- ASA 1X1 SALGUEIRO,

SÉRIE D- ATLÉTICO PE 2X2 ITABAIANA,

GLOBO RN 1X0 AMÉRICA e,

JUAZEIRENSE 3X0 CENTRAL.

Que fase!

NOTA 2- UMA DÉCADA DE LIDERANÇA DO CORINTHIANS NA MÉDIA DE PÚBLICO

* Apenas oito clubes se mantiveram na Série A do Brasileirão sem interrupção durante toda a década. Corinthians, São Paulo, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e Santos, mas no tocante a média de público nesse mesmo período o alvinegro dá de goleada.

Segundo dados do site Sr.Goool, o time do Parque São Jorge em 135 partidas como mandante arrastou nada menos do que 3.841.392 pagantes, com uma média de 28.455 por jogo. Em Itaquera essa é de 34.150. A seguir:

São Paulo- 136 jogos- 3.005.266 -média de 22.097,

Flamengo- 135 jogos- 2.967.580- média de 21.982, nesse caso tem o efeito da ausência do Maracanã,

Grêmio- 135 jogos- 2.818.951- média de 20.881,

Cruzeiro- 136 jogos- 2.665.424- média de 19.744

Atlético-MG- 136 jogos- 2.192.383- média de 16.120,

Fluminense- 136 jogos- 2.104.377- média de 15.473 e

Santos- 136 jogos- 1.276.660- média de 1.276.660

NOTA 3- A CORRUPÇÃO DO DOPING NO BRASIL

* A corrupção no Brasil não está apenas entranhada na política, desde que já contaminou outros segmentos, entre esses os esportes.

Entre esses o atletismo, quando os atletas desejam ganhar de todo o jeito, inclusive com processos espúrios.

Declarações dadas por diferentes atletas para a Agencia Brasileira de Controle de Doping (ABCD), entre 2014 e 2015 revelam corrupção e esquemas para driblar exames ao final das competições.

Os documentos já foram enviados para a Promotoria de São Paulo que estaria encarregada de investigar os casos. Os atletas que foram pegos em doping passaram a colaborar com o órgão, e explicaram como funcionava o sistema no país.

Segundo as denúncias existem vários métodos para burlar os exames, inclusive pagando altas quantias para a manipulação dos resultados quando esses davam positivos, com valores pagos até R$ 150 mil.

Por outro lado alguns atletas sequer eram testados, por conta das interferências dos treinadores.

A WADA- Agencia Mundial Anti-doping confirmou que estava investigando o Brasil por falta de controle de substâncias ilegais no esporte nacional.

No último domingo a TV alemã ARD revelou que existia no país uma rede clandestina que fornecia produtos proibidos para atletas, e citou como elo o médico de Piracicaba-SP, Júlio Cesar Alves, que é muito conhecido na área esportiva por ter muitos clientes.

Foi nesse programa que foi citado o nome de Roberto Carlos, ex-atleta da seleção do Circo, como ligado ao médico, e de ter usado as substâncias preparadas por esse.

Se houver uma investigação séria sobre esse assunto, os esportes brasileiros irão estremecer.

NOTA 4- O SOFRIMENTO DO GRÊMIO

* A torcida do Grêmio esperava mais uma goleada do seu time no jogo contra o Bahia, mas o que aconteceu foi bem diferente. O time gaúcho apresentou-se com pouca inspiração ofensiva, com poucas criações, e encontrou um adversário eficiente.

A realidade é que esse fez a sua torcida sofrer na noite de ontem quando foi surpreendido pela maneira de jogar do time baiano, e só encaminhou a vitória aos 40 minutos do segundo tempo.

Com esse resultado o time gremista assumiu a segunda colocação com 15 pontos ganhos, somente atrás do líder Corinthians que soma 16.

Na verdade se o Grêmio tivesse jogado com o time titular contra o Sport certamente estaria na liderança.

Diferentemente do que previa a torcida, faltou ao time o modelo impositivo quando joga na arena. A marcação do Bahia não permitiu o jogo com troca de passes tornando-o lento.

Quando se esperava mais intensidade no segundo tempo, esse continuou com as mesmas dificuldades. O gol saiu no final para alegria de uma torcida que já estava ficando impaciente.

Final de uma rodada com os dois melhores clubes na liderança do Brasileirão, obedecendo a lógica do futebol, que alguns dizem que não existe, mas se isso fosse verdade, o Avaí seria campeão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NA MATINAL O APITO AMIGO FUNCIONOU

* A matinal do Brasileirão teve um bom jogo, de clubes que podem ser considerados bons e baratos, por conta das suas folhas salariais e com relação ao bom futebol que estão apresentando. 

Botafogo e Coritiba premiaram o público que estava presente na Arena Nilton Santos com uma partida bem movimentada, que teve de tudo um pouco inclusive a ajuda do apito amigo, Flavio Rodrigues de Souza, ao marcar o segundo pênalti favorável ao Coxa que resultou no seu segundo gol. Na verdade Rildo atacante da equipe paranaense tropeçou nas pernas do zagueiro Carli do alvinegro carioca.

O mais grotesco é a presença do arbitro do fundo do gol, que é aquele que não sabe de nada, parecendo com o Brasil que foi assaltado e ninguém sabia, só os assaltantes.

O goleiro Wilson do Coritiba, foi protagonista de alguns milagres, inclusive um no final do jogo que poderia ter dado a vitória ao Botafogo.

Foi sem dúvida um jogo bom de se assistir.

NOTA 2- OS MÉRITOS DO CORINTHIANS, E AS LAMBANÇAS DA ARBITRAGEM  

* O Corinthians manteve a sua invencibilidade após seis jogos do Brasileirão, jogando um bom futebol, ao derrotar o São Paulo por 3x2. Somou 16 pontos dos 18 disputados.  

Até aonde vai esse time simples, sem estrelas, mas bem formatado não podemos definir, mas de uma coisa temos a certeza de que estará lutando pelo título no final da competição, desde que o coletivo de seu jogo está superando os rivais.

O terceiro gol desse jogo que foi realizado na Arena Itaquera, com mais de 40 mil torcedores, foi uma obra de arte, com uma tabela entre vários jogadores, como as que víamos nos gramados em décadas anteriores, e que foram substituídas pelas bolas aéreas.

Ouvimos um comentário afirmando que o alvinegro paulista estava sofrendo muitos gols, quatro nos dois últimos jogos, mas na verdade o seu ataque marcou oito, e mostra que o time guardou o ônibus e passou a jogar de forma mais aberta na busca da meta adversária.

Enquanto isso, o milionário Flamengo anda penando em seus jogos. Mais uma vez com uma fraca apresentação conseguiu apenas um empate (1x1) com o modesto Avaí, se compararmos as folhas salariais.

O encontro da Ressacada teve de tudo, futebol ruim e uma arbitragem grotesca, e que já era previsível desde que o árbitro Paulo Vollkcopf do Mato Grosso do Sul não tem a menor experiência para apitar jogos da Série A.  Só no Circo.

Marcou e desmarcou um pênalti favorável ao Leão de Santa Catarina, após ouvir o árbitro de linha. Com isso retirou o cartão amarelo dado ao atleta do rubro-negro.

Na verdade o apitador estava a mais de vinte metros de distância do lance, vinha correndo como uma tartaruga, e de longe marcou a penalidade, causando uma polêmica, que deixou de lado a péssima qualidade da partida. Somos sinceros, embora os zé-regrinhas afirmem que não foi pênalti, vimos várias vezes o lance e ficamos na duvida.

Em Salvador o Atlético-MG copiou o Sport Recife e ressuscitou o Vitória que o derrotou por 2x0. O time mineiro, mesmo jogando com metade do time reserva, vem em uma linha descendente e a cada rodada essa se acentua.

Em Campinas a Ponte Preta derrotou a Chapecoense por 3x2, mostrando o desgaste acentuado da equipe de Chapecó, por conta da overdose de competições que está enfrentando.

No período noturno tivemos dois encontros de pouca qualidade técnica, com a vitória do Cruzeiro por 2x0 sobre o Atlético-GO, e do Santos na Arena da Baixada também por 2x0 jogando contra o Atlético-PR que está bem colocado na zona do rebaixamento.

Alguns clubes abraçaram o mundo sem braços para tal, e estão sofrendo as consequências.

A rodada termina hoje à noite com o Grêmio recebendo a visita do Bahia, que vem melhorando na competição e que promete um bom jogo.

No final do domingo, os protagonistas mais uma vez foram os árbitros que estão acabando com o que resta de nosso futebol.

NOTA 3- JUVENTUDE CONTINUOU LÍDER DA SÉRIE B

* No último sábado foi encerrada a sexta rodada do Brasileiro da Série A, com a continuação do Juventude na liderança da competição.

O time de Caxias-RS somou 14 pontos dos 18 disputados, e somente numa rodada esteve fora da zona de acesso (2ª), nas demais teve cadeira cativa, mostrando firmeza.

A rodada foi invertida com maior número de vitórias dos visitantes (5), contra três dos mandantes e 2 empates. No cômputo geral os que jogaram em casa somaram 27 vitórias, os que visitam 15 e 18 empates, sendo que esse último item continua exagerado.

O Guarani que é a surpresa da Série B por ter vindo do acesso, manteve-se no G4, dessa vez no 2º lugar. O Internacional voltou ao grupo maior por conta de duas vitórias seguidas (3º), e o Vila Nova subiu para a 4ª colocação, posição essa que já tinha ocupado na 4ª rodada.

Santa Cruz e América-MG tiveram as maiores quedas na tabela de classificação, que continua embolada, com os disputantes bem próximos.

Do líder para o 4º colocado, a diferença é apenas de uma vitória, ou seja de três pontos ganhos. Para o 10º é de 6, ou seja não aconteceu nenhuma disparada.

O Náutico é o lanterna com 2 pontos, distando 12 do Juventude. A cada rodada e pela péssima performance do alvirrubro essa está se alargando.

Amanhã a farra continua, com uma vitória ou uma derrota, o quadro poderá ser modificado.

NOTA 4- MELANDO A PRÓPRIA FESTA

* O Brasileirão é comandando pelo Circo Brasileiro do Futebol (CBF), e por incrível que pareça esse continua melando a própria festa.

Já mostramos em algumas postagens que o maldito calendário é uma obra de um aloprado. Consegue não agradar a ninguém.

As Datas-Fifa não são respeitadas, e como mostramos em uma postagem anterior, tirou dos gramados mais de vinte atletas de vários clubes.

A entidade maior do futebol brasileiro tem a síndrome da mentira e de atos pirotécnicos que ficam no papel.

Em 25 de agosto de 2015, por meio do seu site oficial, essa anunciou que a partir de 2016, a Série A, principal competição brasileira, seria suspensa quando estivessem programadas Datas-Fifa.

Dois anos após os clubes entraram em campo sem os seus principais jogadores, que foram convocados para a seleção da Barra da Tijuca, e de vários países Sul-Americanos.

O prejuízo poderá ser muito maior quando forem disputadas em setembro e outubro as últimas quatro rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, como as últimas Datas-Fifa em novembro.

O segundo jogo da rodada dupla das eliminatórias será disputado dois dias antes das partidas de ida (7 de setembro) e volta (12 de outubro) da final da Copa do Brasil.

Na reta final do Brasileirão as Datas-Fifas afetarão a 33ª, 34ª e 35ª rodadas da competição, que não será interrompida.

Sem dúvida uma grande contradição, do dono da festa botar areia no seu ventilador.

NOTA 5- A BOA CAMPANHA DO VILA NOVA-GO

* O Vila Nova de Goiás está completando nessa temporada a sua oitava participação na Série B da era dos pontos corridos, com a melhor pontuação entre todas as disputadas.

Após a sexta rodada o clube tem a soma de 11 pontos, superando a sua pontuação de 2009 (10). A pior foi em 2014, com apenas um. Em 2006 conseguiu 6 pontos, 2008 (9), 2011 (8), e 2016 (4).

Um bom sinal de que está começando bem o atual campeonato.

Escrito por José Joaquim

Um assunto que temos debatido com todos os que visitam o blog é o da cultura nefasta que foi adotada pelo futebol nacional, e que vem acentuando-se cada vez mais em nossos clubes, quando o time vai mal, o único culpado é o treinador.

Os dirigentes ficam isentos de falhas, apesar de serem eles que o contratou. São blindados como um carro forte.

O Brasileiro das Séries A e B tem sido pródigo na dança dos seus treinadores. A cada rodada um deles é degolado, para dar lugar a um novo, com métodos diferentes e um recomeço forçado. O ano de 2017 não tem sido diferente, e a dança continua intensa.

Aliás a sociologia nos explica sobre esse contexto, que faz parte do pensamento da chamada elite brasileira, que sempre textualiza que os problemas nacionais são por conta da ¨ignorância do povo¨. O povo como os treinadores de futebol, são sempre culpados pelos erros de terceiros ¨inteligentes¨.

No sábado mais um técnico dançou, Vinicius Eutrópio, do Santa Cruz, por conta da derrota no jogo contra o Londrina. A torcida pediu e foi atendida, mas essa não vem participando dos jogos do clube, com os estádios ociosos.

Os clubes de Pernambuco são exemplos na demissão dos seus técnicos. O tricolor estava mantendo o seu profissional do início da temporada, mas os seus cartolas caíram na tentação e resolveram seguir os métodos dos rivais, Náutico e Sport que já estão na terceira substituição e continuam tropeçando nas suas respectivas competições.

Os treinadores dançam e os cartolas ficam.

Nos lembramos da era Tite no Corinthians em 2011, quando o clube foi derrotado pelo Tolima, da Colômbia na Copa Liberadores, fato esse jamais acontecido com um brasileiro. A diretoria bancou a sua permanência e em 2012 esse foi campeão dessa mesma competição e do Mundial de Clubes. 

Quem contrata o técnico?

Os dirigentes que se safam dos resultados pífios deveriam pelo menos avaliar com cuidado o perfil de quem está contratando, inclusive analisando o seu vestiário, para verificar se haverá a compatibilização dos atletas como o modo como esse trabalha.

O clube é uma empresa, queiram ou não, e tem que trabalhar como tal. A contratação de um profissional tem que ser feita segundo o planejamento que foi estabelecido para a temporada, mas na verdade isso não existe, e esse é contratado de forma aleatória, sem um estudo adequado.

Deveriam se lembrar que um novo comandante irá defrontar-se com um elenco indicado por terceiros, e que não poderá ter nada parecido com aquilo que desejava. Certamente uma combinação que tem de tudo para dar errado.

O empirismo e amadorismo estão conduzindo a queda de nosso futebol. A ausência de planejamento está levando-o ao fundo do poço.

Na realidade a dança da cadeira é o EXTASE DOS CARTOLAS.

Escrito por José Joaquim

Uma obra barroca que até hoje se discute a sua autoria, inclusive considerando que esse seja um anônimo, mas os livros que se encontram nas bibliotecas do mundo apresentam como responsável o Padre Antônio Vieira.

O titulo é bem sugestivo ¨A Arte de Furtar¨, escrita no século XVII, que destaca a variedade de furtos e ladrões, com instruções inclusive para que pudessem ser identificados.

Nos capítulos, o autor fala dos desvios de recursos que existiam na colônia portuguesa, com participação de segmentos da sua sociedade.

O atual momento brasileiro atolado em corrupção que afeta todos os escalões, sugere uma leitura desse livro que está atualizado com relação a vida de nosso país.

Tiramos um pequeno trecho para que os nossos visitantes façam as devidas comparações de algo escrito nos meados do século XVII com o que acontece no século XXI em que vivemos.

¨CAPÍTULO II¨

Como a arte de furtar é muito nobre

(...)  E para que não engasgue alguns escrupulosos nesta preposição, com a máxima de que não há ladrão que seja nobre, pois o tal ofício traz consigo de todos os foros da nobreza, declaro logo que entendo o meu dito, segundo o vejo exercitado tido e havido pelos melhores do mundo, que no cabo são ladrões, sem que o exercício da arte os deslustre, nem abata um ponto do timbre de sua grandeza (Vieira-p48-49)¨.

No livro o Padre Vieira usou a metodologia das unhas que eram usadas para roubar- políticas, disfarçadas, maldosas, sábias, ignorantes, entre outras coisas.

Na verdade a simbologia das unhas bate bem com a realidade nacional, e mostra que desde os anos mil e oitocentos essas são cravadas em diversos setores do então Brasil Colônia, continuando no Brasil Império e da República até os dias de hoje.

São as unhas que sonegam, que lavam dinheiro e se apropriam dos recursos públicos.

No esporte nacional a nobre arte de furtar também faz parte do seu contexto, onde existem também muitas unhas atuando e sorrateiramente enriquecendo às suas custas.

Fatos existem todos os dias, e muito recursos que deveriam ser aplicados no segmento, em sua boa parte são desviados pelas diversas unhas que se locupletam desses, apoiados pela impunidade existente desde o Brasil Colônia e que perdura até hoje.

O que falta no Brasil é um número maior de tesouras, para que essas sejam cortadas, e o país possa ter um futuro mais digno e decente, bem longe do que nos apresenta esse livro secular mas bem atualizado.