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Escrito por José Joaquim

Em todos os segmentos existentes no Brasil, o futebol foi um dos que mais sentiu o esgotamento do seu modelo, ultrapassado pelo tempo, e que os seus cartolas insistem em mantê-lo.

Um sistema alienado, com um formato medieval, com suseranos e vassalos, ou mesmo colonial, com os senhores e seus escravos.

Não existe democracia, são poucos participando das decisões, enquanto a maioria vive alienada do processo.

O modelo começou a esgotar-se ao abandonarem o processo de formação como base dos clubes. A ânsia venceu a paciência, sendo que a primeira é de curto prazo, e a segunda esse é mais longo, mas perene.

A maioria dos dirigentes são apaixonados, quer dizer, substituem a razão pela emoção.

O Circo Brasileiro do Futebol (CBF), há décadas tem o mesmo roteiro. No últimos anos as caras foram mudadas por conta da renuncia de Ricardo Teixeira, mas os que ficaram no seu lugar, um foi preso e o outro se borra com o FBI, foram os continuadores de sua obra, que sempre teve um cheiro de corrupção.

O futebol tornou-se um meio de vida, e o público terminou misturado com o privado. A transparência é tratada como uma doença fatal, e pouco se sabe o que acontece em seus intramuros.

O futebol brasileiro vive nos aparelhos de uma UTI, por falta de uma renovação, e de boa gestão. Sem público, a televisão com seu modelo autofágico deu uma contribuição para a ociosidade dos estádios.

A imprensa também entrou no mesmo processo, estacionou. Ficou tão apaixonada quanto o dirigente amador. Viver o mesmo clima que o torcedor e o dirigente, não é bom para o jornalista. Essa tem que ser fundamentalmente investigativa.

Sonhar como nós é possível, mas mudar o futebol nacional é uma obra quase impossível, desde que nesse impera a irracionalidade, mesmo sabendo que está afundando, os seus participantes vivem na Ilha da Fantasia.

A profissionalização está sendo feita de forma lenta, e esbarra nos cartolas, que adoram as mídias para acalentarem os seus egos.

As mudanças no mundo sempre aconteceram em um longo processo de maturação, e acreditamos que os seus consumidores irão provocar a ruptura, através da participação mais efetiva, exigindo as reformas necessárias e o afastamento daqueles que mataram o futebol de nosso país.

Resta aos que desejam as mudanças aguardar  o dia em que isso irá acontecer, com a queda da bastilha que degola o esporte da chuteira no país, embora o povo brasileiro seja o único no mundo que festeja os corruptos, e o Nordeste com mais intensidade.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- BONS JOGOS NO FUTEBOL EUROPEU 

* A televisão nos salva da mediocridade que reina no futebol brasileiro, e tal fato comprovamos na tarde de ontem com alguns jogos da Europa, e em especial o do Manchester City x Liverpool.

Há muito tempo não assistíamos uma partida tão emocionante, com diversas chances de gol para cada lado, e uma aula de bola das duas equipes.

O placar de 1x1 foi justo, pelo que apresentaram, desde que nenhum dos dois times poderia sair como vencedor.

Para coroar o evento, a arbitragem do maior nível de Jon Moss foi destaque pela sua serenidade, ajudado pelas atitudes dos jogadores em campo. O futebol agradece, ao nos mostrar que existem árbitros bons  pelo mundo afora.

Um outro bom jogo foi o da vitória do Tottenham por 2x1 contra o Southampton, que o deixou na vice-liderança com 59 pontos, 10 a menos do que o líder Chelsea, que está cada vez mais perto do titulo.

O técnico Mauricio Pochetino está deixando a sua marca no futebol inglês, por conta do excelente trabalho que está realizando nesse clube. Mais um argentino fazendo história no Velho Continente.

Um jogo fraco, sem qualidade, foi o do Manchester United x Middlesbrough, com o placar de 3x1 para o time de Mourinho, que foi sufocado o tempo todo, e quando o adversário estava perto do empate, o goleiro ao tentar chutar a bola escorregou, e deu chances para o terceiro gol que decidiu a partida.

Um time milionário jogando com um ônibus em sua defesa para garantir o resultado. Grotesco.

Na liga espanhola o Sevilla que vem caindo de produção,  sofreu mais uma derrota, dessa vez contra o Atlético de Madrid por 3x1.

No final da tarde, o Barcelona enfrentou o Valência em um jogo com duas partes.

Uma bem equilibrada, com o seu adversário saindo à frente do marcador, e logo após sofrendo o empate. O jogo foi bem movimentado.

No final da primeira fase um pênalti que existiu, culminou com a expulsão de um jogador do time da cidade de Valência, e com a virada do placar.

Daí em diante tudo mudou, e no segundo tempo a equipe da Catalunha dominou a partida, ampliando o placar para 4x2.

O futebol europeu salvou o domingo daqueles que gostam desse esporte.

NOTA 2- 263 PAGANTES

* Já cansamos de escrever e falar que existe uma necessidade premente de uma refundação de nosso futebol. Continuar como está é um suicídio coletivo.

Nunca em nossa vida esportiva vimos o Sport mesmo sem ser o mandante, mas jogando na cidade do Recife atuar para 263 testemunhas.

Algo constrangedor. 

A interiorização foi assassinada, quando os clubes estão jogando na capital. Nas suas cidades já tem poucos torcedores, imagine longe delas.

O rubro-negro colocou mais uma vez um time reserva, que agora é chamado de alternativo, com apenas dois titulares.

Se o principal não é lá grande coisa, quanto mais aqueles que não estão elencados nesse.

O jogo foi trágico, sem a mínima qualidade, com um time envergonhado por jogar em um estádio vazio jamais visto na história do clube.

O que estão fazendo com o futebol de Pernambuco é algo que supera a insanidade.

O mais grave é que não existe uma reação dos diversos segmentos, parecendo que tudo vai bem no reino da Dinamarca.

A televisão que é a maior culpada por tudo que está acontecendo, estava feliz com a transmissão direta do evento.

Não ouvimos um único comentário sobre o assunto, apenas o narrador afirmando que iria melhorar nas semifinais. Melhorar para quem?

O comentarista passa três minutos analisando um lance, contados por nós, mas não gastou trinta segundos com esse tema. É proibido falar.

E assim vai seguindo a caravana da miséria que contabilizou ontem um publico grotesco de um jogo em que o Sport estava envolvido.

Na década de 70, um amistoso com um time de motoristas de taxis jogando na Ilha do Retiro contra o rubro-negro, colocou nas arquibancadas sete mil torcedores.

O futebol de Pernambuco está atolado nos produtos dos esgotos sanitários.

Em um outro jogo da tarde, o time do Corinthians foi derrotado pela Ferroviária, que ocupa a lanterna da competição por 1x0. O jogo foi uma pelada paga. 

O interessante foi a torcida do time interiorano que estava no estádio com um bom número, mostrando que existem torcedores além dos chamados grandes paulistanos.

Fechando o domingo já no período noturno, tivemos um bom jogo, que é uma raridade em nosso futebol.

Santos e Palmeiras fizeram uma partida equilibrada, com os goleiros sendo as maiores figuras no campo.

O primeiro tempo foi igual para os dois lado, mas no segundo a equipe santista foi a dona da partida, e o goleiro Fernando Prass fazendo milagres, até que a bola entrou nas suas redes com muita dificuldade.

Parecia que a partida estava definida, quando aos 40 minutos o alviverde de São Paulo empatou, e aos 42 virou o placar, com dois erros fatais da defesa do time da Baixada.

O placar final de 2x1 foi injusto, mas no futebol quem não faz leva.

Fim de noite, com a tristeza de que o nosso futebol está morrendo, e com a visão do Arruda com apenas 263 testemunhas em suas arquibancadas.

É lamentável.

NOTA 3- MAIS UMA DAS ORGANIZADAS

* Uma das razões de 90% da população brasileira não frequentar os estádios de futebol, está ligada a presença de torcidas organizadas.

Em Natal graças a leniência da diretoria do América-RN, que permitiu a entrada no CT de 100 torcedores das facções ligadas ao clube, com um final triste, com agressões moral e física contra os atletas. 

Os culpados são os cartolas que alimentaram essas cobras e agora estão sendo engolidas por essas.

Qual a razão de uma permissão como essa, mesmo sabendo da periculosidade que envolve esse tipo de torcedor?

O propósito foi sem duvida a de pressionar o elenco, como já aconteceu em outros clubes. São coisas já manjadas.

O alvirrubro potiguar vai mal. Foi rebaixado em 2016 para a Série C, não disputou a final do primeiro turno do Campeonato, e foi eliminado da Copa do Nordeste, e tais resultados certamente acirraram os ânimos, e nesse item mora o pecado e a falta de responsabilidade da diretoria do time potiguar ao permitir tal ingresso.

No final emitiram uma Nota afirmando que iriam tomar as devidas providências.

A casa foi arrombada e agora querem colocar o cadeado. 

Grotesco.

NOTA 4- A METAMORFOSE DE CASEMIRO

* Casemiro foi formado nas bases do São Paulo, e atuou muito pouco pela equipe profissional. Quando o fazia era contestado pela torcida.

Em 2012 assistimos um jogo no Morumbi, quando Emerson Leão era o treinador do tricolor, escalou esse jogador. Os gritos dos torcedores protestando começaram quando o placar eletrônico anunciou a equipe. Durante o jogo uma perseguição total.

O atleta não aguentou e conseguiu um empréstimo com o Real Madrid, para jogar no time B. Algumas vezes foi convocado por José Mourinho para o principal.

Foi emprestado ao Porto de Portugal, onde se consagrou motivando o clube a comprar os seus direitos econômicos, mas como o clube madrilenho tinha a preferencia, pagou a equipe lusa 7 milhões de euros para o seu retorno.

Na temporada de 2015/2016 começou a ter chances no time principal, e com a chegada do técnico Zidane tornou-se uma das peças das mais importantes do time merengue.

Assistimos o seu último jogo contra o Athletic de Bilbao, onde foi o melhor jogador em campo, e autor do gol da vitória.

O menino vaiado tornou-se uma estrela, inclusive titular da seleção do Circo.

Sofreu em três anos uma metamorfose, tendo sido premiado pela persistência.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SALGUEIRO SALVOU O FUTEBOL DO SÁBADO 

* O sabadão do futebol começou com vários jogos dos campeonatos europeus, e os mais importantes foram realizados na Inglaterra e Espanha.

O Chelsea continua disparado na  Premier League, e a cada dia mais campeão.

Completou 12 jogos seguidos sem derrotas, sendo 10 vitórias e 2 empates. A sua última vitima foi o Stoke City, que lutou pelo empate de 1x1 até os minutos finais, quando sofreu o gol do desempate.

O Arsenal continua com a sua via crucis, e somou mais uma derrota. Dessa vez contra o West Bromwich, pelo placar de 3x1.

Enquanto isso o Leicester carimbou a terceira vitória seguida na Premier League após a saída de Claudio Raniere, aumentando para seis pontos a diferença para o primeiro da zona de rebaixamento.

A Cinderela voltou.

Na Espanha o jogo mais importante foi o de Athletic de Bilbao contra o Real Madrid, que conquistou mais três pontos em um jogo complicado que terminou com o placar de 2x1, mantendo-se na liderança da competição. 

Mais tarde começou a penitência ao assistirmos dois jogos paralelos.

Um envolvendo Santa Cruz x Central e o outro entre São Paulo x Ituano. Ambos trágicos para quem gosta de um bom jogo.

Com o Arruda vazio o tricolor goleou o Central por 5x1, um placar enganoso para quem não assistiu a partida. Tecnicamente uma pobreza franciscana que é o modelo de nosso futebol.

O Santa é um time limitado, e o Central de pelada.

Não sabemos de onde vieram esses jogadores da equipe do Agreste, são fracos e sem perspectivas de futuro. O clube do Arruda fez o seu papel, com uma goleada, sem provocar emoção na pequena torcida presente.

Por conta disso é que não temos público em nossos estádios.

Enquanto isso no Morumbi, a pelada foi maior do que a do Recife. O São Paulo completou o seu terceiro jogo sem vitória ao empatar com o Ituano em 1x1.

Poucas vezes assistimos um jogo tão ruim, com uma quantidade exagerada de erros de passes, e com o time de Itu bem superior ao tricolor do Morumbi, ou seja, errou menos, embora o futebol no geral tenha sido bem fraco.

Quando esses jogos foram encerrados, a única frase que tínhamos foi a seguinte: ¨TENDE PIEDADE DE NÓS¨.

No início da noite felizmente o Salgueiro salvou o futebol do sábado, com mais uma boa apresentação, derrotando o Náutico pelo placar de 2x0.

O time do Sertão Central veio ao encontro do que mostramos no artigo sobre a manutenção de elenco, e isso sem dúvida é a sua maior referência.

Dominou o primeiro tempo, e o placar de 1x0 foi justo.

Na segunda etapa o alvirrubro melhorou, a partida ficou mais equilibrada, mas a postura do Salgueiro continuou e conseguiu marcar mais um gol.

Na verdade é um time simples, jogando um futebol organizado, sem chutões, sem bolas alçadas, com trocas de passes. A sua colocação na liderança não é obra do acaso.

Só lamentamos a falta de apoio da população da cidade, que não participa dos jogos do seu clube, e no de ontem tivemos apenas 2.242 presentes ao estádio.

Se continuar com essa performance é um sério candidato ao título de campeão.

Pelo menos tivemos o Salgueiro nesse sábado de futebol mequetrefe, com o milionário Flamengo vencendo o pobre Resende no final do jogo por 1x0, com um futebol pior do que os que assistimos no período da tarde.

NOTA 2- SHAKESPEARE ESCREVENDO UM NOVO CONTO

* Shakespeare o mais importante dos dramaturgos, não iria recusar contar a história do Leicester, que sob o comando de homônimo (Craig e Não William) está de volta aos cenários dos contos de fadas, afastando os ares de tragédia que levaram a queda de Claudio Ranieri, que incorporou Brutus, um dos personagens da traição com relação a Julio Cesar.

O novo escritor tem a sua cara.

Na última terça-feira, o campeão inglês voltou a andar na sua carruagem de abobora, ao derrotar o Sevilla por 2x0 e passar para as quartas de final da competição mais importante do futebol mundial.

O Leicester agora está sonhando com uma final na Champions, que seria quase impossível, mas poderia acontecer por conta do milagre de transformação que o clube passou após a troca de comando. 

Da primeira para a segunda mão, as diferenças são gritantes no Leicester.

A equipe amorfa, sem inspiração perdeu o primeiro jogo por 2x1, sob o comando de Ranieri, causando a sua demissão, desapareceu, com os jogadores a aplicarem-se a fundo, garantindo mais uma vitória ao novo comandante.

No dia de ontem o Leicester conquistou a sua quarta vitória seguida, a terceira pela Premier League, ao derrotar o West Ham por 3x2, fugindo de forma bem tranquila da zona de rebaixamento.

Os vestiários do futebol são terríveis, e derrubam os seus treinadores, fato esse que aconteceu com o time inglês, que voltou a ser o que era. 

NOTA 3- A FORÇA DO FUTEBOL ESPANHOL

* O futebol espanhol mostrou a sua força com a classificação de três clubes para as quartas de final da UEFA Champions League, e na verdade poderia ter quatro, no caso o Sevilla, que perdeu um pênalti salvador no jogo decisivo contra o Leicester.

A Espanha mais uma vez tem a maioria nessa fase da competição, com Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid.

Essa é a quarta vez que esses clubes chegam juntos as quartas de finais de forma continua.  

O Real irá enfrentar o Bayern de Munique, jogo em que o vencedor poderá ser o campeão, o Barcelona jogará contra a Juventus, e o Atlético de Madrid terá como rival o Leicester que é único representante da Inglaterra.

A Alemanha terá dois clubes nessa fase, o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund, a Itália um, com a Juventus, e a França com o Monaco.

O futebol espanhol continua vivo.

NOTA 4- NOVE ESTADOS NA 4ª FASE DA COPA DO BRASIL

* A COPA do Brasil de 2017 começou com 80 clubes de 26 estados e do Distrito Federal.

Após três fases a competição foi reduzida a apenas 9 estados, e dez clubes que irão disputar a 4ª fase, ainda sem a presença dos ungidos que disputam a Libertadores, e dos campeões da Copa do Nordeste (Santa Cruz) e da Verde (Paysandu).

Entre os estados os paulistas são maioria com 2 clubes, Corinthians e São Paulo. Os demais terão apenas um representante cada um.

Por região o Sudeste terá quatro representantes, os dois de São Paulo, Fluminense do Rio de Janeiro e Cruzeiro, de Minas Gerais.

O Nordeste terá o Vitoria-BA e Sport Recife, e o Sul com o Joinville e Internacional, enquanto o Centro Oeste terá o Goiás. 

O décimo clube irá sair do jogo entre o Paraná e ASA de Arapiraca, cujo resultado poderá incrementar o Sul com mais um time, ou o Nordeste com o estado das Alagoas.

O novo modelo da competição serviu para premiar os maiores, e massacrar os menores.

NOTA 5- CRISTOVÃO BORGES

* Enfim chegou ao final a tragédia que envolvia Cristovão Borges e a torcida do Vasco da Gama.

O que tínhamos previsto após o jogo da equipe carioca contra o Vitória pela Copa do Brasil, ao mostrarmos que a guilhotina estava preparada para a degola do treinador, veio acontecer no outro dia. Tudo como mandava o figurino.

Não havia mais condições desse continuar à frente do Vasco, e o único caminho seria a demissão, e foi isso que aconteceu.

Na realidade existia uma perseguição que cheira a racismo contra Borges, e isso influencia em seu trabalho, que dobra o peso da responsabilidade sem comportar o mínimo de derrotas. Antes dos jogos os torcedores o vaiavam e pediam a sua saída.

Para continuar na profissão esse deveria esquecer grandes clubes, e procurar algo menor para que possa reiniciar a sua carreira.

Vários técnicos já procederam dessa forma, que é sem duvida o melhor caminho para ser seguido.

O seu filme está queimado nas grandes praças, e se insistir na permanência nessas, sem dúvida a sua carreira irá encerrar.

Futebol é momento, e esse não é bom para Cristovão Borges.

O grotesco é que o Vasco da Gama tem uma carta em suas mãos, que corresponde a contratação de Vanderlei Luxemburgo, o que sem dúvidas será uma renovação às avessas. Quem corre por fora é Milton Mendes, conhecido dos pernambucanos.

NOTA 6- MAIS UM ORÇAMENTO COM PREJUIZO

* Estamos acompanhando os orçamentos para 2017 dos clubes do Sul e Sudeste, desde que os nossos são inimigos da transparência, escondendo as suas finanças em uma caixa preta.

O último que analisamos foi o do Fluminense, e mais um com um traço negativo no final da temporada.

O tricolor tem uma previsão de um prejuízo de R$ 76 milhões. As receitas previstas para exercício é de 187,5 milhões, enquanto as despesas serão de R$ 263,5 milhões.

Parece o Brasil com o seu buraco orçamentário. Entre os itens das receitas existe alguns aleatórios que estão relacionados as vendas de jogadores, no total de R$ 34 milhões, além de R$ 18 milhões de patrocínios.

Verdadeiros ovos dentro da galinha.

Na verdade o futebol do Brasil perdeu o rumo, e os cartolas gestores dos cubes insistem na manutenção de despesas altas, quando poderiam reduzi-las com alguns cortes inclusive no futebol.

Para isso deveriam ter coragem para enfrentar tal problema, preferindo chutar a bola para cima na espera de um milagre.

O futebol brasileiro sofre por conta de péssimas gestões.

Escrito por José Joaquim

Não aguentamos mais o debate sobre as arbitragens nos jogos do futebol brasileiro, fato esse que há anos vem se tornando uma constante.

No encerramento das partidas esses personagens tornam-se protagonistas por conta das reclamações dos envolvidos no sistema.

Apitar um jogo no Brasil está se tonando um sacrifício. Os atletas perderam o respeito, reclamam de tudo, simulam faltas, quando são substituídos desabam no campo para ganharem tempo quando o seu time está na frente do placar.

O interessante é que assistirmos os diversos jogos do futebol europeu nada disso acontece. Trata-se de uma questão de civilidade, e sobretudo da falta de credito de quem comanda o futebol de nosso país, que não imprime o respeito necessário. Vivemos na casa da Mãe Joana.

Foram criados os zé-regrinhas para a análise dos árbitros, e com o vídeo tudo torna-se fácil para as suas explicações, desde que no momento do jogo muitas vezes não conseguem detectar o que acontece.

O mais interessante é que muitos desses fizeram muitas lambanças quando estiveram nos gramados.

Não somos anarquistas, que achavam como melhor forma de governo seria o de não ter governo. Aliás no Brasil de hoje isso poderia bem ser pensado, mas podemos aproveitar o modelo para sugerir que o Circo faça uma experiência nos seus jogos, para que esses se realizem sem a arbitragem, como nas boas peladas que aconteciam antigamente nos bairros.

Poderíamos verificar que sob o comando dos atletas o jogo teria uma maior evolução, não teríamos reclamações, nem o apito amigo, já que não existia os personagens para recebe-las, o cai-cai iria desaparecer, e teríamos um jogo de pelo menos 70 minutos.

Por outro lado as entrevistas no pós jogo seriam direcionadas para o evento e não para a arbitragem que é fraca no Brasil, acompanhando o seu futebol, mas que hoje está servindo para cobrir as mediocridades daqueles que fazem o espetáculo.

São cenas que tornaram-se rotineiras em nosso país, e quando assistimos aos programas que analisam as rodadas, os erros mostrados são tantos, que resolvemos dar essa sugestão para a introdução de um novo sistema, o do futebol sem árbitros, para que tudo posa voltar a normalidade.

Enfim o futebol daria uma brecha para o anarquismo provar a sua importância, que aliás nunca teve.

Escrito por José Joaquim

No dia de ontem foi realizado o sorteio para as oitavas de final da Copa do Brasil. As mídias deram a noticia, e a repercussão não saiu da sala do Circo. O torcedor não deu a menor importância.

No mesmo dia aconteceu o sorteio das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, que teve maior dimensão em nosso país do que a competição nacional.

Sempre estamos falando da internacionalização do futebol por conta do mundo ter se tornado plano, e com as barreiras derrubadas, e tal fato chegou ao nosso país de forma irreversível.

O jornalista Claudemir Gomes contou que esteve em dois lugares diferentes de nossa cidade, inclusive com patamares distintos, e o que esse ouviu foi a confirmação do que sempre escrevemos sobre o tema. A invasão do futebol europeu é uma realidade.

No Mercado de Boa Viagem a conversa não versava sobre o futebol nacional ou local, e sim sobre a competição europeia e os favoritos nos quatro jogos que serão realizados.

De um polo para o outro, em um café de alto nível com a presença de executivos para discutirem negócios, o tema era igual, e mais ainda qual seria o vencedor entre o Bayern de Munique e Real Madrid.

São detalhes que mostram de forma bem clara a penetração do Velho Continente em nosso país, e tudo isso pela qualidade dos seus times, pela organização das competições, e sobretudo o nível técnico dos jogos.

O futebol de nosso país perdeu o rumo há muito tempo, principalmente pela falta de bons gestores, e por uma entidade que representa tudo de ruim no segmento, sem crédito, e que é incapaz de formatar algo que possa ressuscitar esse esporte, que entrou em um processo de decadência, e com a gravidade, sem futuro.

Por outro lado, um segundo motivo deu impulso a essa queda vertiginosa do futebol nacional, que está representado pela televisão que tornou-se dona do segmento, graças a miséria dos clubes.

A sua participação é salutar, desde que coloca bons recursos nos cofres das agremiações, mas por outro lado chupa todo o sangue dessas como um vampiro insaciável, com uma overdose de torneios e jogos, horários indecentes que tiram os torcedores dos estádios.

Para a emissora o que importa são os torcedores das poltronas, e pouco está preocupada com a presença desses nas arquibancadas, afetando um setor bem importante para as receitas dos times que é a bilheteria.

O torcedor ao ficar em casa, certamente irá escolher um jogo de qualidade, que é escasso no país, e termina escolhendo um canal com eventos da Europa ou Estados Unidos.

Nesse inicio de temporada a ociosidade dos estádios é de 75%, ou seja a ocupação é de apenas 25%. 

É grotesco. 

Outro problema grave é a indecente distribuição de receitas, onde dois clubes levam muito, um pequeno grupo de forma mediana, e os demais gorjetas, que não conseguem dar a competitividade necessária.

O terceiro motivo está localizado em nossa imprensa esportiva, que vive em outro mundo, e não mostra a realidade que está inserida no futebol brasileiro.

A Rede Globo detém quase 100% das transmissões esportivas, e obvio que vende as suas cotas de patrocínios com altos valores, que impede qualquer critica aos jogos realizados.

Para os seus jornalistas vivemos em uma Ilha da Fantasia, quando a realidade é totalmente o inverso. São amordaçados por suas editorias. 

Em nosso estado reina o absurdo, quando todos assistem o enterro do futebol e não percebem que os seus gestores o estão matando.  

Não ouvimos ou lemos criticas a mentora que promove um estadual superado, pelo contrário de forma bem estranha ouvimos elogios, e ficamos sem entender.

Como podemos entender que o Belo Jardim tenha o seu mando de campo transferido para o Recife,  a fim de enfrentar o Sport no domingo, e não exista uma reação do jornalismo de nosso estado? Nem Freud explica.

Pelo conjunto da obra vamos continuar ouvindo o debate sobre os clubes europeus, com a formação de grupos de torcedores, que já somam milhões, enquanto um clube como o Sport com uma boa torcida jogou para 2.014 testemunhas, refletindo a decadência de um esporte que já foi grandioso e que vive hoje tempos sombrios.

Lamentável.