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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PROTAGANISMO DA ARBITRAGEM

* Não existe nada mais contraditório do que terminar um encontro futebolístico e o debate não ser focado no jogo, e sim nas bizarrices dos árbitros.

No último domingo os destaques foram os apitadores, por conta das lambanças cometidas que modificaram alguns dos seus resultados.

Um antigo ditado vindo do meio rural dizia que: ¨Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil¨.

A arbitragem brasileira está se tornando a saúva do futebol. Os atletas que são os artistas estão dando lugar aos árbitros que se tornaram protagonistas.

Um esporte que tem uma gestão da pior qualidade, obvio que refletiria nesse setor, que acompanha a mediocridade.

Toda a Federação que se preza tem um árbitro favorito, e no caso do Rio de Janeiro, Luiz Antônio da Silva é o ungido.

Com o apelido de Índio e o apoio da cartolagem carioca, tem feito lambanças nos jogos em que atua. Fraco, com pouca qualidade, passou um ano sem apitar por conta de uma operação, voltou com todo o apoio, e escalado para um clássico da maior rivalidade.

O Índio que não é aquele que quer o apito, viu uma mão de René, lateral do Flamengo, dentro da área, quando a bola de forma clara bateu em parte da sua barriga.

Estávamos assistindo o jogo e não ocasião vimos que a infração só aconteceu por obra e graça do nosso Juruna do apito, que contou com o apoio do auxiliar.

Antes desse lance, o nosso Cacique protagonizou algo tão grotesco, que caberia em um filme de humor pelo ridículo da cena.

A expulsão de Luiz Fabiano foi correta, mas a sua atuação no lance foi grotesca, ao fingir que tinha caído para trás por conta de um empurrão do atacante vascaíno. Não aconteceu.

Por outro lado, Vinicius Furlan que apitou São Paulo e Corinthians foi um show de incompetência quando deixou o jogo rolar com violência e fingindo que não estava observado.

No Campeonato Gaúcho no estádio Passo de Areia, o São José que foi derrotado pelo Internacional por 2x1, foi prejudicado por Roger Gulart, que não marcou um pênalti favorável à seu favor, contra o Colorado.

Uma festa de erros, que tomaram conta dos gramados, por conta de um segmento que não merece a atenção dos que fazem o futebol brasileiro.

Um conselho ao nosso Índio, que aproveite a reforma da Previdência e antecipe a sua aposentadoria.

NOTA 2- MAIS UMA EXPERIÊNCIA DO SPORT 

* A diretoria do Sport sofre da síndrome do Doutor Silvania, um cientista genial que confrontava com o Capitão Marvel.

Não bastasse a experiência que fizeram com Daniel Paulista que foi um fiasco, e deu no que deu, agora ressuscitaram um treinador que há um bom tempo estava fora dos gramados, e antes não teve boas passagens pelos clubes que dirigiu.

Ney Franco é um profissional sério, mas no banco dos gramados tem deixado muito a desejar.

Um bom cantor e violonista, mas como treinador foi aquele que teve tudo para se destacar, mas não conseguiu fazê-lo.

De experiência em experiência o rubro-negro da Ilha do Retiro vai sofrendo, junto com os seus torcedores.

Vamos rezar para que essa contratação traga bons resultados, e que Franco possa comer a canjica do São João.

NOTA 3- PERGUNTAR NÃO OFENDE?

* Qual a razão da Federação Pernambucana de Futebol não ter publicado o movimento financeiro do jogo Náutico x Belo Jardim que foi realizado no último sábado, e ter colocado no site o do Sport x Santa Cruz, que foi realizado um dia após? 

O que aconteceu?

Quem souber nos comunique.

NOTA 4- O SALGUEIRO O ÚNICO FATO NOVO EM NOSSO FUTEBOL

* O Salgueiro tem uma folha salarial mensal 50% menor do que o salário de um único atleta do Sport. Mesmo assim se transformou no único fato novo nesse futebol combalido.

A sua campanha é irretocável.

Faltando duas rodadas para o término do tal de Hexagonal do Título, nome grotesco e fora da ordem. o time do Sertão Central assumiu a liderança e não tem mais chances de ser alcançado.

Com 19 pontos ganhos em 8 jogos, seis a mais do que Santa Cruz e Sport que se dizem grandes, e sete para o Náutico.

Enquanto as equipes da capital somaram 3 vitórias na competição, o Salgueiro obteve 6, o dobro, o que mostra que a sua campanha não é por acaso, e sim pelo bom futebol que está jogando.

A sua única derrota foi de forma injusta contra o tricolor do Arruda, pelo placar de 1x0, quando foi bem melhor do que o seu adversário.

Contra números não existem argumentos contrários, e na verdade o time sertanejo foi o melhor até agora.

Nenhuma novidade, desde que a manutenção do elenco é bem importante para os seus resultados.

Esse bem que merecia uma melhor cobertura de nosso jornalismo juvenil.

Um bom exemplo para o Central que vive um momento de agonia, mesmo tendo como sede a mais importante cidade do interior de Pernambuco.

NOTA 5- MAIS UM BANHO DO CINEMA

* Não podemos deixar passar despercebido o que acontece na telona no Brasil, que a cada final de semana dá um banho no futebol brasileiro.

Aliás um esporte que tem Del Nero como comandante só poderia levar uma goleada de um entretenimento dirigido por profissionais sérios e competentes.

Em duas semanas de exibição, ¨A BELA E A FERA¨ já é o segundo filme mais assistido de 2017 no Brasil, segundo dados da ComScore, com 4,4 milhões de espectadores e arrecadação de R$ 73,3 milhões.

Só ficou atrás de ¨LOGAN¨, que está há quatro semanas em cartaz, e já arrecadou R$ 83 milhões, com 5,8 milhões de ingressos vendidos.

Na última semana a ¨BELA E A FERA¨ foi o filme que vendeu mais ingressos: 1,3 milhão, recolhendo R$ 24,1 milhões.

Os dois públicos somados são maiores do que 380 jogos do Brasileiro de 2016.

São coisas do cinema e do futebol, que perdeu a preferência para a Sétima Arte.

 

Escrito por José Joaquim

Separamos algumas frases que servirão para ilustrar esse artigo, sobre o silêncio dos cartolas brasileiros com relação ao pontapé no traseiro que levaram do Circo com a mudança dos seus Estatutos.

Na verdade não ficamos surpresos pela falta de uma reação maior, e para tal basta observar uma foto dos dirigentes de clubes à frente do Projac da Rede Globo com os seus familiares após a reunião para que pudessem conhecer a nova fórmula de distribuição das cotas à partir de 2019, com tudo pago pela emissora.

Sem duvida a cara do Brasil dos bonbonzinhos e pixulecos.

Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos, um dos maiores de sua história afirmou: ¨Pecar em silêncio, quando se deve protestar, transforma os homens em covardes¨.

Um dos mais importantes escritores da história, William Shakespeare, nos deixou uma outra frase marcante sobre a covardia: ¨Os covardes morrem várias vezes antes de sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez¨.

Um terceiro personagem que deixou também a sua marca na história do mundo, Mahatma Gandhi, disse que: ¨O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não¨.

O que estamos assistindo no futebol brasileiro é a repetição de fatos anteriores conhecidos no ano 2000, quando as denúncias de corrupção contra o Circo não foram investigadas, sem as devidas punições para os seus autores. Escaparam de duas CPIs. O silêncio dos não inocentes cartolas  foi constrangedor.

Em 2015 com o escândalo da FIFA, com o indiciamento de Ricardo Teixeira, a prisão de Marin, e com o atual presidente Del Nero sem poder sair do país, o silêncio continuou, com o agravante o apoio que é dado a essa cartolagem nefasta.

O silêncio sepulcral que observamos nos dirigentes dos clubes brasileiros, com raras e tímidas exceções, é de uma covardia que extrapola tudo que possa ser de racional.

Como uma Federação do Amapá que não tem clubes nas maiores divisões nacionais, pode ter 3 votos, enquanto agremiações de tradição, com títulos tem apenas dois ou um? Nem Freud poderia explicar. 

Quem dirige os clubes afetados por essa mudança indecente, certamente por conveniência fazem que não entenderam.

O buraco é profundo e todos desviam os seus olhos, alguns por motivos óbvios, outros por covardia que extrapola tudo que possa ser racional.

Del Nero está utilizando o bom momento de sua seleção para uma cooptação geral e está tendo um ótimo retorno. A única coisa que está faltando é a distribuição de títulos pelas Assembleias Estaduais, como faziam com Teixeira.

O nosso Brasil é um país doente, onde os bons são execrados, e os que não prestam exaltados.

O bonde da história está passando, e a hora de participar de sua viagem é essa, mas está trafegando nas portas dos diversos clubes do país, sem que nenhum personagem faça o sinal para que motorneiro possa parar para recebe-lo.

Será que os nossos dirigentes ainda não entenderam o mar de lama em que estão dando as suas braçadas, com o esporte perdendo a sua credibilidade, quando a sua entidade maior tornou-se um foco de corrupção?

Uma das maiores virtudes do ser humano é a coragem, e esta está faltando aos que fazem o futebol brasileiro, que já deveriam ter se pronunciado contra o que aconteceu na Assembleia tipo Diretório Estudantil, em que até a energia era cortada e as atas desapareciam pelas ruas.

Todos preferem o silêncio, na certeza de que esse é dos não inocentes.

Como está acontecendo na Lava Jato, não temos duvida que serão tragados pelo vendaval que se aproxima, e cedo ou mais tarde, Federações, clubes, agentes serão arrastados, e no final não restará pedra sobre pedra. Apesar de estarmos no Brasil, isso irá acontecer.

A atuação dos responsáveis pela existência do futebol, que são os clubes, é fundamental para que o processo de restauração do futebol enfim seja implantado, deixando de lado o medo e a covardia para que isso possa acontecer.

Escrito por José Joaquim

A estática é um componente da Mecânica que estuda corpos que não se movem, estáticos. Assim sendo, o futebol de Pernambuco está enquadrado na Lei de Newton, sendo um corpo sem movimento.

Quando fazemos um retrospecto desse esporte em nosso estado, verificamos que já por um bom tempo nada mudou, ou seja, está enquadrado na lei da física que estuda a estática.

Os clubes com mais recursos e mais dividas. O trabalho de base com raras exceções, sem projetar bons talentos, e para suprir as necessidades continuamos a importar aviões de atletas, sendo que alguns não são de boa qualidade.

Estática maior não existe.

O mais incrível é que as conversas são as mesmas, assim como os métodos das gestões. Dirigentes apaixonados, amadores, utilizando sempre a paixão no lugar da razão. São estáticos.

Planejamento estratégico é uma palavra desconhecida, e levam de roldão os princípios de uma boa administração, que no final reflete nas atividades dos seus clubes. Mais uma vez a influencia da estática.

Por outro lado, a Federação local é a própria  representante da estática. Nada faz, nada cria e nada transforma. Está paralisada no tempo e no espaço na espera da batida de um asteroide, enquanto o seu presidente finge que preside, e os clubes fingem que isso acontece.

A insistência nesse modelo do estadual é a maior forma de mostrar como o nosso futebol está estático. Não se criou mais nada para empurra-lo para o movimento.

Os estádios do interior do estado, com exceção do Salgueiro não sofreram nenhuma mudança, reformas ou melhorias. Continuam estáticos. Mesmo assim o Cornélio de Barros poderia ser bem melhor.

O maior exemplo vem do atual estadual, quando os clubes do interior vieram atuar na capital por não terem locais para os seus jogos.

E a arbitragem local? Nada mais estático. Aconteceu uma renovação muito tímida. Hoje não temos representantes no quadro da FIFA, o que demonstra que não houve evolução. Os jogos que apitam na Serie A Nacional são contados nos dedos.

Para enganar trazem um árbitro de outro estado para cobrir a lacuna, embora isso não provoque nenhum movimento.

Outro componente da estática é o público dos jogos.

Estagnou, retroagiu e o atual campeonato tem menos de mil torcedores por jogo. O público é tão repetitivo, que todos já se conhecem pelos nomes. São os mesmos torcedores em todas as partidas. Parece um encontro em um restaurante.

Não poderíamos deixar passar o jornalismo esportivo que também foi contaminado pela estática do nosso futebol. As noticias são repetitivas, no processo formal das mesmices.

Precisamos que surja alguém no universo futebolístico para dar um empurrão na bola, a fim de que possa entrar em movimento.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A DEMISSÃO DE DANIEL PAULISTA

* Daniel Paulista pressionado escolheu o lado errado, ao escalar o time titular do Sport contra o reserva do Santa Cruz.

A necessidade de ganhar um clássico e a esperança de continuar no cargo, o que não aconteceu, motivou o treinador a jogar com a sorte, e terminou dando um tiro pela culatra. 

No pós-jogo foi demitido pela diretoria do clube, fato esse que tínhamos previsto que iria acontecer há um bom tempo.

Se o rubro-negro tivesse ganho a partida, nada somaria no contexto geral, pois o time derrotado não era o titular. No caso de uma derrota ou empate, resultado esse que aconteceu (1x1) seria uma debacle.

Na verdade o Sport teve um domínio ilusório, mas com o mesmo futebol medíocre que vinha apresentando em seus jogos. Rogerio perdeu alguns gols e terminou marcando, enquanto André mais uma vez desfilou nas passarelas da Ilha do Retiro.

O jogo foi fraco tecnicamente, o Santa Cruz fez o que deveria fazer por conta de uma suposta diferença de qualidade, arrancou um bom resultado como incentivo para o jogo pela Copa do Nordeste, fato esse que será ao contrário para o time da Ilha do Retiro que joga contra um adversário perigoso, e com a desconfiança do seu torcedor que o vaiou no final da partida, e em especial o treinador demitido.

O número de faltas foi exagerado, mas a atuação da árbitra Deborah Cecilia foi boa, muito embora os atletas machistas tenham tentado intimida-la.

O público de quase 10 mil pagantes foi o melhor da competição.

Enquanto isso o Salgueiro ao derrotar o Central pelo placar de 1x0, conseguiu antecipadamente a primeira colocação do Hexagonal, e com isso irá disputar o segundo jogo da semifinal em seu estádio, o que será bem importante se conseguir um bom resultado no primeiro jogo na casa do adversário.

Um outro jogo importante aconteceu no Morumbi, com mais de 50 mil torcedores únicos, desde que em São Paulo os clássicos não recebem as duas torcidas.

O primeiro tempo foi trágico com o tricolor com a posse bola, tentando atacar, mas sem chutar ao gol, e o alvinegro se defendendo. O placar de 0x0 retrata o que aconteceu.

Na segunda fase houve uma melhora dos dois times. Aos cinco minutos o São Paulo abriu o marcador, e as 18 o Corinthians empatou, fazendo resultado final de 1x1. O resultado foi justo para os dois times.

A arbitragem de Vinicius Furlan não agradou nem aos gregos nem aos troianos.

No período noturno, mais um clássico do futebol brasileiro que foi realizado no Mané Garrincha em Brasília, envolvendo o Flamengo e Vasco da Gama, que terminou empatado em 2x2, graças ao apito amigo de Luiz Antônio que marcou um pênalti contra o rubro-negro no final da partida, com a bola batendo claramente na barriga de Rene, e considerada por esse como mão, e atestada pelos auxiliares.

Foi um jogo bem disputado, com o time vascaíno saindo á frente do placar, e com Luiz Fabiano sendo expulso por agressão ao árbitro, prejudicando o seu time que teve o marcador virado para o time da Gávea.

No final Luiz Antônio resolveu usar a camisa vascaína concedendo-lhe o empate.

São coisas do apito amigo.

NOTA 2- A CRISE NO FUTEBOL BRASILEIRO 

* Poucos clubes no Brasil estão em boa situação financeira. Contamos nos dedos aqueles que vivem bons momentos.

Palmeirase e Flamengo são exceções. O primeiro por conta de um patrocínio estranho que foge de todos os padrões, acima dos limites reais do setor, e o segundo por conta da sua boa gestão e do equilíbrio financeiro que foi implantado.

Temos exemplos bem claros, inclusive em nosso estado, com Náutico e Santa Cruz com problemas salariais, não apenas dos profissionais, com nas áreas administrativas.

No Sudeste o presidente do São Paulo apresentou alguns números que constam do seu balanço financeiro, e esses são trágicos, além de necessitarem de explicações.

O tricolor do Morumbi tem R$ 88,3 milhões de débitos com diversos bancos, R$ 78,2 milhões para clubes, R$ 33,3 milhões de dividas com pessoas físicas, R$ 83,7 milhões em impostos diversos e R$ 7,6 milhões para a reposição do caixa. A soma total é de R$ 212,9 milhões de débitos, sem contarmos com os juros.

Por outro lado, o Fluminense mesmo com a fase boa que atravessa. Campeão da Taça Guanabara, vindo de uma virada no seu jogo contra o Botafogo, e da vitória de contra o Macaé, vem enfrentando dificuldades. 

Dentro de campo tudo correndo bem, mas fora desse o clube está com três meses de atraso no direito de imagem dos seus atletas, que ainda não repercutiu, mas certamente as cobranças irão acontecer, desde que essa parte do contrato de trabalho é a de maior valor.

O tricolor rescindiu o contrato com a sua fornecedora de material, a Dryworld , e assinou um outro com a Under Armour que só começa a vigorar em julho.

Por conta disso está fabricando os seus uniformes na Rocamp do Paraná por conta própria, e está fazendo uma economia com os jogadores que só tem direito a dois uniformes. Quando um é usado, o outro vai para a lavanderia. 

Isso demonstra de forma clara que a vida não está florida mesmo para quem vai bem dentro de campo.

NOTA 3- A VOLTA DOS UFANISTAS

* Devagar que o santo é de barro.

Isso é um conselho para os ufanistas de plantão que já começam a gritar que a seleção do Circo será campeã em 2018 na Rússia.

Quantos exemplos já tivemos em anos anteriores, inclusive com Dunga que ficou um bom tempo invicto no comando do time, e o resultado nós conhecemos.

A seleção melhorou, mas não teve ainda um enfrentamento com uma  da Europa. Sabemos que o Velho Continente abriga o melhor futebol do planeta.

Por outro lado o esporte da chuteira é tão dinâmico, e essa melhora precoce com mais de um ano para a realização da Copa poderá ser prejudicial.

Quem garante que essa estará jogando no mesmo nível em 2018?

Quem irá garantir que os seus atletas terão os mesmos procedimentos daqui há um pouco mais de um ano?

O futebol nos dá muitas lições, e entre essas o sobe e desce dos clubes, que não permanecem o tempo todo numa linha ascendente.

Lemos e ouvimos as frases dos ufanistas, sobretudo pelos números de pontos conquistados nas 13 rodadas, que é o maior entre todas as eliminatórias.

Tal fato está acontecendo por conta da decadência de algumas seleções, em especial as do Chile e Argentina, que estão realizando campanhas fracas, muito embora o time portenho esteja na 3ª colocação.

No ano de 2002, em que o Circo foi campeão mundial, a seleção sob o comando de Scolari terminava essa mesma rodada na 4ª colocação.

Em 2006, a de Carlos Alberto Parreira estava na segunda colocação, e deu no que deu, eliminada. Em 2010 a equipe comandada por Dunga era a líder com 24 pontos, também deu no que deu.

O futebol é composto por detalhes.

A seleção do Circo melhorou, mas não é a favorita para a conquista em 2018, e sim uma entre várias.

Os ufanistas representam junto com o Circo, o lado ruim de nosso futebol.

NOTA 4- UM ELEFANTE BRANCO APÓS 86 ANOS

* O único estádio do mundo a ser declarado pela FIFA como monumento do futebol mundial, o Centenário, que abrigou na última quinta-feira o jogo da seleção do Circo e do Uruguai, passa por um período de quase esquecimento.

Construído em 1930 para a primeira Copa do Mundo, está se tornando um elefante branco e tornando-se irmão gêmeo de algumas arenas que foram edificadas no Brasil para a Copa do de 2014.

Nesse ano só tinha realizado antes do jogo da seleção apenas três encontros, dois pela Libertadores e um pelo Nacional.

O período de grande dificuldade começou em março do ano passado, quando o Peñarol seu principal inquilino inaugurou a sua própria arena mudando o local de mando das partidas.

Tem um custo de manutenção mensal de R$ 300 mil, e com a presença desse time recebia pelo menos 50 partidas no ano. A taxa de aluguel cobrada é de R$ 35 mil, sem gastos extras com segurança, luz e pessoal. 

Os clubes locais tem estádios próprios e realizam as suas partidas nesses, criando assim um belo trombudo albino.

São coisas das arenas e do futebol. 

NOTA 5- A FALTA DE CRIATIVIDADE

* Os clubes brasileiros sabem muito bem que atravessam uma grande seca na captação de novos torcedores.

Há dez anos que todas as pesquisas efetuadas mostram uma estagnação nesse segmento. Não existiu avanço, e sim queda para alguns.

Não existe um bom trabalho do setor de marketing para a aproximação com novos torcedores, que é muito importante para o futuro.

Aliás o marketing é bem incipiente e com ações que não repercutem nesse chamamento de jovens para os clubes.

Esses estão jogando com apenas 9% das capacidades dos estádios ocupadas, e poderiam utilizar uma parte para alunos das escolas publicas quando dos seus jogos à tarde como o de ontem, distribuindo pelo menos 2 mil ingressos, para que esses pudessem assistir um clássico local, inclusive educando o sistema de torcidas juntas.

Seriam jovens no máximo com 12 anos, que já começaram a descobrir a opção por um esporte.

Não existirá custo extra, desde que o estádio estará aberto, e irá assim receber um novo colorido.

Uma gestão seja ela em qualquer setor é para competentes e criadores de novas opções.

A ideia está posta, agora cabe aos cartolas a sua aplicação.

O problema é esse.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- QUAL O FUTURO DO NÁUTICO?

* O Clube Náutico tem uma rica historia no futebol nacional.

Teve um ano de ouro na década de 60, e projetando jogadores que eram provenientes de sua base ou da própria região Nordestina.

Há quase duas décadas vive numa eterna queda, sem conquistas, inclusive o estadual, numa gangorra na Série A, com um sobe e desce constante, sobretudo com a ausência de recursos para a sua sobrevivência. 

O último titulo conquistado foi o estadual de 2004. Em 10 anos de Brasileiro, esteve apenas por quatro vezes na Série A. Em 2017 irá completar o quarto ano  seguido na B.

São números que dificultam uma maior desenvolvimento do clube.

No final da semana os seus jogadores cobraram o atraso dos salários, não concentrando-se para o encontro com o Belo Jardim, que foi realizado ontem, com uma Arena vazia, e mais um prejuízo para os seu cofre. 

Um jogo de péssima qualidade, que terminou com vaias do pequeno público presente, e com um placar de 1x1; 

O alvirrubro, assim como os demais clubes pagam para jogar.

Estamos no final de março, e os atletas que chegaram nesse ano ainda não receberam os seus vencimentos, enquanto os funcionários estão esperando o do mês de dezembro.

Qual o futuro de um clube, com poucos recursos, poucos associados, e sobretudo com o afastamento de sua torcida?

Sem duvidas é preocupante, e com o agravante de não evoluir no número de torcedores, que vem reduzindo no decorrer dos anos. 

Hoje não existe mais o apego familiar, ou seja o filho segue o time do pai. A globalização mudou o sistema, as informações foram aceleradas, muitas vezes as escolhas seguem o rumo de times vitoriosos, e o fato repercute no da Rosa e Silva. 

Por conta de suas atuações perdeu algumas cotas, como a da Copa do Brasil e do Nordeste, e isso refletiu em seu caixa.

Os seus torcedores deveriam entender que o caminho traçado pelo clube é sombrio, e que o futuro aparece na bola de cristal de forma nebulosa.

Uma entidade centenária que vive um cenário de um filme de suspense.

Ou os alvirrubros acordam, ou em breve estarão chorando sobre o leite derramado.

NOTA 2- UM EX-CLÁSSICO DAS MULTIDÕES COM SOMBRAS COBRINDO O ESTÁDIO

* Sport e Santa Cruz realizam mais um ex-clássico das multidões, certamente com um estádio vazio como vem acontecendo nesse estadual de qualidade igual a carne brasileira.

O tricolor que está em segundo lugar na tabela, com 12 pontos, o mesmo número do rubro-negro, separados pelos critérios, deverá enviar à Ilha do Retiro um time que os técnicos infantis chamam de alternativo, mas que na verdade é de reservas.

No Sport existem dúvidas do treinador Daniel Paulista, ou seja, se coloca o titular ou o misto.

Aliás essa escolha é igual aquele ditado brasileiro: Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

Sabemos que esse profissional está na corda bamba, e se colocar a equipe titular e essa perder dos reservas do adversário, o caldeirão da Ilha irá ferver.

O interessante é que durante a partida, varias sombras de treinadores irão cobrir o estádio, e entre essas a de Ney Franco que vem sendo comentado nos bastidores rubro-negros para o lugar de Daniel Paulista.

Sem dúvidas mais um jogo do nada para o nada, desde que os clubes já são semifinalistas da competição.

NOTA 3- O PERFIL DO JOGADOR DO FUTEBOL POTIGUAR

* Recebemos uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais do Rio Grande do Norte, que foi publicada no blog do jornalista Marcos Lopes, que objetivou conhecer o perfil dos atletas dos clubes que disputam a divisão maior do Campeonato local.

Os números atestam a realidade da maioria dos clubes nordestinos e seus elencos.

Grau de escolaridade: 1ºgrau completo- 10%, 1º grau incompleto- 24,45%, 2ª grau completo- 38,75% e 2º grau incompleto- 20,41%,

Faixa Etária- 18 a 20 anos- 24,36%, 21 a 25 anos-41,01%, 28 a 30 anos 17,88%, Acima de 30- 16,73%,

Salário base- Mínimo legal- 21,17%, Entre R$ 1 mil a R$ 2 mil- 43,37%, Entre R$ 5 mil a R$ 9 mil- 23,32%, e Acima de 10 mil- 8,12%.

NOTA 4- EUA E SUIÇA INVESTIGAM SE BANCOS AJUDARAM OS CARTOLAS

* Segundo informações do jornal Estado de São Paulo, as autoridades Suíça e dos Estados Unidos investigam a participação de grandes bancos no escândalo de corrupção no futebol e na FIFA.

Em seu informe financeiro anual, publicado na última sexta-feira, o Credit Suisse admitiu que foi interrogado por investigadores de ambos os lados do Atlântico sobre o seu envolvimento no caso que eclodiu em 2015 e indiciou 41 dirigentes esportivos, entre eles os três últimos presidentes da CBF.

Isso está escrito no relatório. 

No total o esquema investigado pelo FBI e revelado em 2015 envolveu mais de 150 bancos, inclusive o Banco do Brasil com a sua sede no Paraguai.

Em 2016, o FBI detectou contas secretas controladas por pessoas bem próximas a Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, na Suíça e pediu oficialmente para a Justiça de Berna que repassasse aos EUA os detalhes das movimentações financeiras, extratos bancários e até mesmo pessoas que poderiam ter se beneficiados com o valor.

No total a Justiça suíça indicou que mais de 110 movimentações financeiras estão sob suspeita e que de fato congelou dezenas de contas. Segundo o jornal suíço Tages Anzeiger e o SRF, um canal público de Zurique, Teixeira é um que teve sua conta bloqueada.

A suspeita se refere ao dinheiro que ele recebeu no escândalo da ISL, empresa de marketing que vendia os direitos de TV das Copas do Mundo.

No indiciamento da Justiça norte-americana, em 3 de dezembro, o nome de Teixeira também aparece em uma citação sobre uma propina da Nike, compartilhada com outro brasileiro o empresário José Hawilla.

Cerca de US$ 40 milhões que foram transferidos para uma conta na Suíça e dividida entre os dois. 

E o governo brasileiro o que tem feito sobre o assunto?

É uma vergonha que essa gente ainda esteja solta.

NOTA 5- PAULO AUTUORI O ÚLTIMO DOS MOICANOS

* Paulo Autuori técnico do Atlético-PR é o último dos moicanos em sua profissão.

Esse foi o único profissional da bola a criticar o Circo pela manobra dos Estatutos, ao afirmar no dia de ontem em uma entrevista coletiva, que estava preocupado com Del Nero e a possibilidade de ficar até 2027.

Criticou a vulgarização do futebol, quando no dia do jogo da seleção, tivemos jogos do Campeonato Paulista,  e no Rio, Fluminense x Botafogo, com públicos pequenos.

¨É acintosa como a CBF faz as coisas. Não avisou a imprensa que teria a situação na CBF, dando mais poderes as Federações e vem falar de democracia? Eles pensam que nós somos otários-criticou Autuori.

Ainda bem que temos pessoas como esse profissional em um meio tão alienado e subserviente.

Tite tem a cara de bonzinho, faz o papel de bom moço, mas convive numa entidade desqualificada, por conta do seu ego e dos milhares de reais em sua conta no final de cada vez.  

Essa é a cara do futebol brasileiro.