blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Os problemas do futebol brasileiro são produtos de sua má gestão, cujo sistema vem de cima para baixo, começando pelo Circo e terminando nos clubes.

Esse esporte tem demanda, e vem suportando a asfixia que os cartolas utilizam no seu dia a dia para mata-lo.

O jogo do Flamengo contra o San Lorenzo-ARG foi um exemplo de que existe vida no setor quando se tem bons administradores. O rubro-negro da Gávea está colhendo os frutos de uma árvore que foi plantada em 2013.

A sua diretoria apostou no Maracanã, investindo recursos próprios para recupera-lo, no que foi entendido por sua torcida, que lotou o estádio com 54.052 torcedores, o maior público da temporada, atestando que existe a demanda no setor.

O que falta são bons dirigentes.

Estivemos analisando alguns clubes de nosso futebol como o Santa Cruz, Náutico, Portuguesa, Juventude de Caxias, Payssandu, Remo, Botafogo-PB, Treze de Campina Grande, Campinense, América-RN, e tantos outros que vivenciaram dias de glórias e ao mesmo tempo dias de tragédias, sendo que alguns desapareceram do cenário nacional, e outros apesar dos problemas ainda contam com uma excelente demanda, que o fazem pulsar. Estão vivos.

A má distribuição de receitas, e as péssimas gestões os levaram a tais oscilações. O futebol é como uma empresa, e isso temos repercutido muito em nossos artigos. Quantas sumiram pela falta de gestão que pudesse acompanhar a modernização e tecnologia que o mundo alcançou, e foram ultrapassadas pela concorrência pronta para atender uma massa de consumidores. 

O problema não é apenas recursos, e sim a forma de como utiliza-los. Um bom exemplo vem da Chapecoense, um time do interior do estado de Santa Catarina, que tem um projeto sustentável, e que apesar de tudo que aconteceu continua dando resultados.

Uma boa gestão tem que acompanhar as inovações oferecidas pelo mundo, as novas tendências, e o futebol não fica isento de tais fatos, desde que é um produto comercializado e tem que ser bem gerenciado para a obtenção do sucesso.

O mercado futebolístico ainda leva uma vantagem, por ter uma demanda fiel, que apesar de tudo ainda dá um suporte para a manutenção dos seus clubes, entretanto para tudo tem um limite, e mesmo a paixão por esses, a tendência é a da busca de outros eventos que irão substituir os jogos do futebol local, inclusive adotando outros países.

O importante para uma gestão moderna, é o investimento nos recursos humanos, captando profissionais qualificados, para que possam dar o rumo necessário a um esporte que foi grandioso no passado.

Um clube com uma boa gestão, que é o caso do Flamengo, com pessoas capazes e modernas em seus pensamentos, tem tudo para dar certo, em um país onde os esportes fazem parte da vida de sua população.

Nunca esse segmento necessitou de pessoas preparadas, ilibadas e incorruptíveis, para levar avante a faxina geral que necessita.

Mirem-se no exemplo do Flamengo.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COMUNICADO

* Alguns amigos que visitam o blog tem reclamado das dificuldades que estão encontrando para postagem dos comentários, estranhando que outros o fazem, o que é realidade.

Conversamos com o nosso suporte que nos informou que tudo estava normal nesse setor.

Começamos a pesquisar e descobrimos que o google Chrome em vários computadores de amigos que nos ajudaram, vem apresentando problemas no tocante aos comentários.

Utilizamos como teste o Explorer e Firefox, e os resultados foram positivos sem  nenhuma restrição.

Por conta disso sugerimos que no momento de mandarem os seus comentários, não utilizar o Chrome até que a situação seja resolvida, e devidamente informada.

NOTA 2- FORA CRISTOVÃO

* A Copa do Brasil teve a sua continuidade na noite de ontem, com três partidas.

O Vasco da Gama em um dos piores jogos da competição, empatou aos 47 minutos do segundo tempo na cobrança de um pênalti, conseguindo o empate de 1x1 contra o Vitoria-BA, cujo gol também foi através de uma penalidade. A partida foi realizada no São Januário, estádio da equipe cruzmaltina.

O time vascaíno não soube aproveitar a superioridade numérica durante todo o segundo tempo por conta da expulsão de um atleta do rubro-negro baiano, e atuou de forma desordenada e com pouca qualidade.

Os torcedores revoltados gritavam o ¨Fora Cristovão¨, além de outras ofensas ao treinador. O presidente Eurico Miranda também foi premiado com o coral das arquibancadas. O Vitória leva uma boa vantagem para o jogo de volta.

O segundo encontro foi uma outra pelada, envolvendo o Criciúma x Fluminense, que terminou com o empate de 1x1, resultado esse que foi bom para o tricolor das Laranjeiras, que poderá empatar em 0x0, e eliminar a equipe catarinense no Rio de Janeiro.

Na Arena Pantanal, o Corinthians formou o placar do seu jogo contra a Luverdense, com 2x0, ficando assim com uma boa situação para o jogo de volta em casa.

Pela Copa Libertadores, o Grêmio sem brilhantismo, conquistou uma boa vitória de 2x0 na Venezuela, no seu encontro contra o Zamora. Somou três pontos importantes.

O melhor jogador gremista foi o veterano Leo Moura, que marcou o primeiro gol de sua equipe. É impressionante um jogador de 38 anos jogar o tempo todo, e com nível alto.

No outro jogo, o Santos sofreu para empatar com o Sporting Cristal na cidade de Lima no Peru, por 1x1. O time santista está desorganizado, bem diferente do ano anterior, mas foi prejudicado pela arbitragem em dois lances capitais.

Um impedimento no gol do Sporting Cristal, mas com um atenuante, desde que somente pela televisão poderia ser visto, e um gol de Ricardo Oliveira no final do jogo, que foi anulado sob a alegação de uma falta do zagueiro David Braz no goleiro adversário.

No geral os times brasileiros nos seus primeiros jogos foram razoáveis em seus resultados.

NOTA 3- ROGERIO CENI O NOVO NO FUTEBOL

* O Brasil é um país que adora a mesmice. Isso em todos os seus segmentos.

Tal fato não iria ficar longe do futebol, que é o mais chato dos chatos quando a bola rola nos gramados. A mesma coisa, a mesma praça e o mesmo jardim.

De repente surgiu algo de novo nesse horizonte, o São Paulo de Rogerio Ceni, com uma formatação tática na busca de gols, objeto hoje um pouco esquecido.

Quando assumiu o São Paulo, os olhares dos ¨entendidos¨ da matéria foram enviesados, mais ainda por conta dos estrangeiros que chegaram para auxilia-lo.

Quem gosta de futebol encontra no tricolor paulista uma nova visão de jogo, com a troca de passes, e a velocidade pelas beiradas, que tem Luiz Araújo um produto da base como a sua referência, e o peruano Cueva como o pensador.

São nove jogos de forma invicta, uma máquina de fazer gols, embora as suas redes estejam sendo vazadas fora do padrão, mas nesse último jogo contra o ABC pela Copa do Brasil, já mostrou uma melhora grande.

Na verdade estávamos precisando de um inovador, de algo para despertar os torcedores e servir de lição de que a alma do futebol é o gol, como no basquete é a cesta.

Rogerio realmente preparou-se para ser treinador, e irá obter sucesso.

NOTA 4- A PREVISIBILIDADE NO FUTEBOL

* O futebol é previsível por conta das diferenças entre os clubes participantes.

Quando existe o equilíbrio financeiro os resultados podem pender para qualquer lado, a não ser que o jogo seja apitado por um certo árbitro alemão, que poderá leva-lo a outro destino.

A Copa do Brasil é o maior exemplo, quando os clubes menores chegaram no seu limite, ou seja na terceira fase da competição.

Nos jogos de ida realizados ontem e na quarta-feira, não aconteceu nenhuma surpresa, a previsibilidade imperou.

Aqueles mais qualificados ganharam, com resultados que lhes garantem práticamente a passagem para as oitavas. Tudo dentro do programado pelo Circo.

Gurupi, Murici, Sampaio Corrêa, Boa Vista, Cuiabá, ABC e Luverdense  foram derrotados, e se tudo acontecer de forma normal estarão fora da competição na próxima semana, nos jogos de volta. O Criciúma que empatou em 1x1 jogando em casa contra o Fluminense também corre o risco de ser degolado.

O modelo que foi adotado pelo Circo é seletivo, e não permite que uma equipe de menor porte possa chegar a uma final, como aconteceu várias vezes nessa Copa.

NOTA 5- ISSO É LIBERTADORES!

* Não existe maior baboseira do que o bordão utilizado pelo jornalismo da Região Sudeste, com referência a Copa Libertadores.

ISSO É LIBERTADORES. 

O mais grave é que os treinadores e jogadores falam a mesma coisa, e na última quarta-feira após o jogo do Palmeiras x Huracan, ouvimos as palavras de Felipe Melo, dizendo que ninguém ia ganhar do seu time pela força, entre outras baboseiras.

Achamos que esse não leu o jogo que participou, e a única violência foi de Victor Hugo, atleta do seu clube.

Na verdade a Libertadores joga com as regras do futebol que são utilizadas em todos os campeonatos, os atletas usam chuteiras, os árbitros apitam os jogos, alguns metem a mão, e as torcidas cantam nas arquibancadas.

Assistimos vários jogos e tudo dentro da normalidade, e com a qualidade do futebol Sul-Americano, abaixo da media da Europa.

Obvio que essa competição não chega nem de perto da Liga dos Campeões, principalmente na fase de mata-mata onde se joga no alto nível.

É um penitência para quem assiste os jogos da Europa, e logo após acompanhar a Libertadores. 

O futebol nacional que faz parte do contexto é isso que temos, como dos países vizinhos, e dá para o gasto.

Alguns estádios dessa Copa são trágicos, como o que vimos na última quarta feira, em Cochabamba, na Bolívia, o Felix Capriles, do Jorge Wilstermann. Um campo de pelada.

Isso realmente pode ser alocado ao  bordão ¨Isso é Libertadores¨, desde que aqueles utilizados na Liga dos Campeões são de excelente nível.

O problema que isso já minou todos os clubes participantes, e as palavras do técnico do Palmeiras após o jogo retratam bem o fato: ¨Eles aprenderam o que é Libertadores.

Grotesco.

NOTA 6- ACREDITE SE QUISER

* O futebol de Pernambuco precisa ser repensado com a máxima urgência, desde que já chegou ao fundo do poço.

O maior exemplo é o Atletico Pernambucano, clube de um só dono que torce por outra agremiação, e sem um único torcedor.

Não tem estádio, vive como um beduíno vagando pelo deserto. Foi fundado em 2006, e jogou em Camaragibe, Limoeiro, Timbaúba, Agua Preta, Carpina, retornado nessa temporada ao Estádio Paulo Petribú nessa última cidade.

Com todo esse ¨currículo¨ jogou na Primeira Divisão estadual, e teve uma campanha que irá entrar no livro dos recordes, acumulando 13 derrotas seguidas, e nenhuma vitória em 2017.  Empatou os três primeiros jogos na primeira fase, e depois só foram derrotas.

Acabou de ser rebaixado, junto com o Serra Talhada para a Segunda Divisão, depois de disputar o ridículo Hexagonal da Permanência, com dez derrotas em dez partidas disputadas.

Há anos que existe a promessa de um estádio, mas nada aconteceu. Foram palavras e mais palavras no vazio.

A sua campanha teve sete derrotas em casa, e seis fora. Marcou oito gols e tomou 32. Teve o menor número de vitórias, o maior número de derrotas e a pior defesa. Só teve um jogo com bilheteria, em Carpina, com 74 testemunhas, os demais por conta dos laudos do estádio foram de portões fechados.

Qual a contribuição para o estadual de Pernambuco?

Na realidade ajudou a reduzi-lo mais ainda. Na verdade temos um novo IBIS na praça. 

Que futebol é esse?

O IBIS QUE SE CUIDE.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O IMPOSSÍVEL E O APITO AMIGO 

* Somente o arbitro da partida entre o Barcelona e PSG que foi realizada ontem no Camp Nou sabia que o time catalão iria conseguir o impossível. Deveria ser investigado.

A equipe espanhola entrou em campo com a vontade de virar o placar adverso de 4x0, e dominou o primeiro tempo que foi totalmente de um time só.

Com o placar de 1xO o apito amigo começou a trabalhar, não marcando o pênalti de Mascherano que fez uma jogada de libero do voleibol, salvando um cruzamento com as mãos. O inicio do golpe.

A primeira fase terminou com o placar de 2x0 à seu favor. Aos quatro do segunda etapa o Barcelona marcou o terceiro gol, de um pênalti inexistente, ficando mais perto do impossível.

O técnico do time francês não atendeu os jornais de Paris e resolveu entrar com muitos brasileiros, fato esse que não aconteceu no primeiro encontro, e no momento que tirou Lucas que não jogou nada e colocou Di Maria a sua equipe melhorou na marcação e o ataque conseguiu marcar um gol através de Cavani.

O Camp Nou emudeceu, desde que o time catalão necessitava de três gols para alcançar a vaga nas quartas de final da competição.

Tudo caminhava para um final feliz para o PSG que não tinha apresentado nada parecido com o futebol, quando Neymar de falta, marcou um bonito gol, aumentando o placar para 4x1, mas a equipe da França ainda estava classificada.

Aos 45 minutos mais um pênalti Mandrake para o Barcelona, e Neymar marcou aumentando o placar para 5x1, que ainda era negativo para o seu time. O apito amigo voltou a funcionar e deu 5 minutos de descontos, e aos 49 surgiu o gol salvador de Sergio Roberto formando o placar necessário para a classificação da equipe catalã.

Apesar de todas as trapalhadas da arbitragem a vitória épica foi de um time que queria jogar, contra um covarde e retrancado.

Para os Deuses do Futebol o impossível acontece, e isso foi confirmado no Camp Nou, com uma ajudinha do árbitro, que foi o melhor goleador do jogo.

São coisas do futebol.

NOTA 2- O BOM INICIO DO FLAMENGO

* No festival de futebol que tivemos na noite de ontem um jogo tinha algo de especial, o do Paraná contra o Bahia, ainda pela segunda fase da Copa do Brasil.

A razão disso foi por conta de Pedro Paulo Lima, cartolinha do Circo, com o cargo de supervisor dessa competição, que na ocasião do sorteio do mando de campo considerou o tricolor baiano já classificado, mesmo faltando esse jogo que tinha sido adiado.

O time paranista deu o troco e eliminou o Bahia com o placar de 2x0, derrotando o sistema do Circo do Futebol. Nos outros jogos do horário das 19h30, o São Paulo derrotou o ACB por 3x1 e o Goiás goleou o Cuiabá por 4x0.

Enquanto isso, no mesmo horário o Atlético-MG fez sua estreia na Copa Libertadores com um fraco futebol no seu jogo contra o time argentino Godoy Cruz, cujo resultado final foi de 1x1. Embora jogando fora, o time mineiro pouco produziu, e terá que melhorar muito para alcançar um objetivo maior.

Nos outros jogos pela Copa do Brasil, os resultados estavam no figurino por conta das diferenças técnicas dos clubes. O Joinville derrotou o Gurupi por 3x1, Murici 0x2 Cruzeiro, Sampaio Corrêa 1x4 Internacional e Boa Vista 0x3 Sport.

Fechando o festival, tivemos dois jogos pela Copa Libertadores, com o Palmeiras empatando em Tucuman pelo placar de 1x1, contra o Atlético de Tucuman, que foi um bom resultado por ter a equipe alviverde jogado com 10 jogadores, por conta da expulsão do zagueiro Victor Hugo de forma justa. Na verdade antes disso o time de São Paulo não vinha jogando bem.

O melhor da noite foi o Flamengo, com a companhia do Maracanã com mais de 40 mil torcedores. Um primeiro tempo amarrado, que terminou em 0x0. O segundo mudou o panorama e o rubro-negro deu uma goleada no San Lorenzo pelo placar de 4x0.

Um bom inicio de Libertadores.

NOTA 3- UMA CAMISA PESADA E RESPEITADA

* A Chapecoense é o time do povo brasileiro.

Uma camisa como o peso de uma tragédia, sabe ser digna nos novos enfrentamentos. Nunca vimos algo tão solidário com o que está acontecendo com o elenco da equipe verde de Chapecó. A sombra do acidente persiste.

A primeira viagem longa deve ter causado algo diferente com a delegação do clube. Dentro de campo, em Maracaibo na Venezuela o time jogou com uma entrega sem limites, com o desejo de reverenciar os antigos jogadores que morreram no desastre.

Foi impecável no primeiro tempo, no segundo recuou um pouco, mas teve a oportunidade de ampliar o marcador. O adversário também era noviço, mas a Chapecoense ao derrota-lo mostrou que está saindo das cinzas como uma Fênix.

Muitos clubes grandes de nosso país penam quando jogam fora de casa, e receberam um recado de um grupo simples, que está lutando por princípios e por uma cidade ainda dolorida.

Só a Sociologia poderia explicar o final do jogo, a emoção, o choro dos jogadores, comissão técnica, e o respeito dos adversários que sentiram o momento e mesmo derrotados se congratularam com a equipe vencedora.

Torcemos pelo time de Chapecó, desde que esse representa a pureza do futebol e quem sabe o seu futuro, longe das atuais mazelas.

A transmissão do gol, pelo jornalista Rafael Henzel, sobrevivente da tragédia, mostrou bem a emoção que convive quando a equipe da Chapecoense está atuando.

Ainda bem que temos  momentos como esses, nesse futebol tão estrambelhado.

NOTA 4- O LADO PERVERSO DA BOLA

* Mostramos em vários artigos que 5% dos atletas profissionais no Brasil estão locados na faixa dos grandes salários. Os demais penam, e alguns quando encerram as suas carreiras não tem formação cultural, não pouparam e passam privações.

No dia de ontem tomamos conhecimento de algo triste em relação a um dos atletas mais festejados do futebol cearense, no caso, Clodoaldo, que está em um presidio por conta da falta de pagamento da pensão alimentícia.

Sem recursos, os seus amigos estão com uma vaquinha na internet para tentar conseguir R$ 52 mil, que é o valor a ser pago para a sua liberação. Conseguiram até agora R$ 5 mil, bem distante do que é pretendido.

O atleta foi ídolo e artilheiro do Fortaleza, Ceará, Icasa e Guarany de Juazeiro. Participou de cinco títulos pelo tricolor, e dois pelo alvinegro.

Alguns dirigentes e jornalistas contribuíram, mas os clubes não fizeram nenhum movimento para ajuda-lo, como a Federação de Futebol que tem um único prazer, o de cobrar as suas taxinhas.

Esse é o retrato real do futebol brasileiro, rico para uma minoria e miserável para a maioria.

Lamentável.

NOTA 5- OS CARTOLAS NÃO LARGAM O OSSO

* O futebol cearense há anos que não tem um time na Série A Nacional.

O Ceará penou na Série B de 2016, o Fortaleza continua na Terceira Divisão.

Apesar disso, a cartolagem continua achando que tudo vai bem na terra de Iracema.

Acabaram de reeleger Mauro Carmélio presidente da Federação Cearense para o seu terceiro mandato. Irá permanecer no poder até 2021, se o esporte da chuteira local ainda estiver vivo.

Os cartolas adoram o ¨sacrifício¨ de dirigir uma entidade de futebol. Reclamam que sofrem um desgaste, mas na hora de largar o osso, nem que a vaca tussa isso acontece.

Pobre futebol cearense.

Escrito por José Joaquim

Existem dois segmentos nos clubes de futebol que nunca se declaram culpados pelos erros cometidos: os cartolas e os treinadores.

Esses nunca erram. Ou os jogadores, a arbitragem, a imprensa e até a geografia paga pelos erros cometidos. As famosas coletivas do nada para o nada, refletem bem o sistema.

Vivenciamos o futebol há um longo tempo. Conhecemos os intramuros dos clubes, e o problema maior desse está atrelado a vários pecados, que privam os dirigentes de reconhecerem que não planejaram de forma correta, e cometeram diversos erros. A troca dos treinadores durante o ano é o maior reflexo. Esses tem o pecado do ORGULHO.

No futebol um pecado bem latente é a ausência de uma boa gestão administrativa e financeira, que leva os clubes ao fundo do poço, e os exemplos são bem claros. Existe um pecado chamado PREGUIÇA de gestão.

Um outro pecado é o da SOBERBA, e atua com muita intensidade, com dirigentes que se acham onipotentes e onipresentes, e se fecham em suas salas, sem consultar as pessoas que poderiam contribuir com ideias e trabalhos. Até os profissionais contratados não estão à altura, para que não possam fazer sombra. 

Conhecemos de perto um desses, que considerava que tudo de bom que o seu clube tinha, era produto de sua gestão.

Outro grande pecado, e que pode levar o clube para as portas do inferno, é o da OMISSÃO, ao não cobrarem os treinadores, que são tratados como deuses, mandam, desmandam, escalam errado, indicam estranhas contratações, muitas vezes imprestáveis, e quando são demitidos arrancam muito dinheiro dos seus caixas.

A GULA faz parte de nosso futebol, e tem como reflexo aquele dirigente que deseja ter mais poder do que o necessário, e torna-se presidente, diretor-financeiro, diretor administrativo e de futebol. No final torna-se muito guloso, e esperto.

Lógico, que com tantos poderes, mesmo com a maior inteligência do mundo, não teria condições de atender tantas demandas. É o pecado da GULA, desde que quer provar de tudo.

Como para a Igreja Católica existem sete pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça, sentimos que alguns desses estão embutidos nas administrações dos nossos clubes de futebol.

Os verdadeiros culpados não assumem as culpas, e como estamos na moda, já existe um terceirização do setor.

O futebol conseguiu criar um culpado terceirizado.

Escrito por José Joaquim

Esperamos a reação de nossas mídias esportivas com relação a comemoração do técnico Tite da seleção do Circo, com o gol do Corinthians contra o Santos. Estava abraçado com o coordenador Edu Gaspar, que também é corintiano.

Na ocasião em que vimos a cena, uma pergunta ficou em nossa mente: E se fosse Dunga com a mesma alegria, vibrando com um gol do Internacional? Seria massacrado, e disso não temos duvidas.

Certamente as críticas que lemos e ouvimos seriam mais contundentes com o ex-treinador. Nesse caso abrandaram, mesmo  sendo um gesto que feriu a ética profissional, por ser esse comandante de uma seleção que agrega profissionais de todos os clubes. 

O que acharam os torcedores santistas? Será que irão recebe-lo com festa na Vila Belmiro?

Tite tem algo que não gostamos, o de querer ser o politicamente correto, e isso realmente não condiz com a realidade, desde que tem o seu filho como assistente na seleção, fato que cheira a nepotismo.

Por outro lado é um profissional ligado a uma entidade cujo presidente não consegue sair do país por conta do FBI. Essa história que a seleção representa o Brasil é uma farsa grotesca. Aliás pode ser a cara do atual país, mas nunca da verdadeira nação.

Como qualquer ser humano que gosta de futebol, obvio que poderia ter o seu clube predileto, mas ao ocupar um cargo abrangente, esse sentimento deveria ser deixado de lado, sendo substituído por uma atitude institucional.

A presença no camarote do presidente do Corinthians já foi um erro grotesco. Se tinha pretensões de acompanhar os atletas que estavam em campo que fosse para um outro local mais reservado, e sem os obas, obas de sempre.

A convocação de Fagner tem alguma coisa como esse amor corintiano? Essa é a pergunta que mais ouvimos de alguns amigos.

Trata-se na realidade de um bom jogador, igual aos muitos que tem por ai, mas está sendo valorizado.

A boa ética junto com a moral são responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do ser humano, determinando o seu caráter e virtudes, e ensinar a melhor forma de agir a de se comportar em sociedade.

Nesse último item é que enquadra-se o erro do técnico da seleção do Circo. Por maior que seja o amor ao Corinthians a cena da comemoração não poderia acontecer. Foi uma mistura de alhos com bugalhos, e só não houve uma reação maior por conta da sua campanha à frente do time do Circo.

O homem público tem que ter o discernimento de servir de espelho para a sociedade.

Todo jornalista esportivo tem seu clube de coração, e pode declarar tal fato, mas por uma questão ética não deve narrar um jogo ou comenta-lo com a sua camisa. Perde a credibilidade.

Dirigimos o futebol de Pernambuco por muitos anos, e nunca misturamos o fato de termos sido dirigente do Sport com o cargo que ocupava. Assistíamos os jogos nas cadeiras, no meio dos torcedores e jamais nos levantamos para comemorar um gol rubro-negro.

No camarote da Federação era proibido camisas de clubes, desde que a entidade era de todos.

O problema maior é que Tite por ocupar o cargo de uma seleção que os ufanistas gostam de chama-la de Brasileira, quando na realidade é do Circo, colocou na sua cabeça uma auréola de santo, e procede como tal.

Trata-se de um bom treinador, aplicado, mas não está acima dos ditames da ética.

Voltamos a repetir: Se fosse Dunga o que estariam dizendo?