No dia de ontem fomos cobrados por conta da ausência de um artigo sobre a Assembleia do Circo Brasileiro do Futebol (CBF), quando de uma maneira sub-repitícea modificou o seu Estatuto, no artigo sobre o processo eleitoral.
Tomamos conhecimento do fato no mesmo momento, mas como temos uma linha de orientação de só tratar temas importantes como esse, após lermos e ouvimos a reação dos diversos segmentos envolvidos, que na verdade foi tímida, sem a expressão de revolta que faz parte da submissão que existe nesse futebol, quando já se acostumaram a viver na podridão.
Os cartolas pouco repercutiram. A imprensa também com raras exceções
O Brasil é um pais que tão tem jeito. Os corruptos o destruíram, ainda lutam para a permanência no poder com projetos que poderão salva-los da cadeia, se é que um dia tal fato possa acontecer, e no futebol os cartolas trabalham pela suas eternidades no comando, mesmo sabendo que esse se encontra no fundo do poço.
Sem transparência, a Assembleia foi convocada com o conhecimento apenas das Federações e da cúpula do Circo, ou seja as partes interessadas no continuísmo, de forma ilegal, desde que pelo artigo 22 da Lei Pelé os clubes das Séries A e B deveriam participar e isso não aconteceu.
Por essa razão, as mudanças aprovadas não poderão fazer o efeito desejado e poderão ser contestadas na Justiça.
Na manhã da última quinta-feira foi realizada na sede da entidade, uma reunião da comissão criada para analisar o Estatuto e opinar sobre as mudanças no processo eleitoral.
O mais grotesco é que essa foi formada por figuras menores do nosso futebol, com os presidentes das Federações da Bahia, Goiás, Amapá, Maranhão e Mato Grosso, quando aprovaram o estelionato eleitoral.
Ampliaram o colégio de eleitores no cumprimento da legislação, colocando os 20 clubes da Série B, que somados aos da A, totalizaram 40 votantes, enquanto a entidade ficaria com 27, e ao mesmo tempo deram um golpe.
O artigo 23 da Lei 1.355 de agosto de 2015 (Profut) prevê a valoração do voto, mas não fez a devida dimensão. Os que fazem a entidade acharam uma fórmula para desiquilibrar a balança, colocando o peso de três votos para as Federações estaduais, dois para cada clube da divisão maior, e um para segunda.
Sendo assim as entidades que vivem das mesadas do Circo, como seus dirigentes, somou 81 votos, contra 60 daqueles que são os donos do futebol, garantindo com isso uma permanência ad-perpertuam.
Por outro lado é que no meio dessa tramóia existe um fato que está passando despercebido para todos, é que o novo estatuto permite a Marco Del Nero mais dez anos no comando do Circo, que agora estipulou só uma reeleição, mas a partir do término do mandato atual em 2019, e poderá repetir uma nova reeleição em 2023.
Na realidade são fatos como esses que tolhem o desenvolvimento do esporte da chuteira do Brasil, e o que vem acontecendo é o maior exemplo, com estádios vazios, sem credibilidade, mas vivendo na Ilha da Fantasia com o comando de uma CASA DA MÃE JOANA.
Nem a Velhinha de Taubatá acredita mais no Brasil.
Essa é a cara de um país desgovernado.
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