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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é uma nave sem rumo perdida no tempo e no espaço, e que não conseguiu voltar para a Terra. O piloto é o chefe do Circo da Barra da Tijuca.

Chegamos ao final do primeiro semestre com um atraso nas duas maiores competições, que realizaram 169 jogos (89 da Série A e 80 da B), por conta da Copa América. 

Assistimos vários desses, e até agora temos dificuldades de anotar cinco partidas que apresentaram algo perto do bom futebol. Além disso com mais de 1.100 jogadores atuando nos gramados, também não vislumbramos um diferenciado, escolhendo alguns razoáveis que também são poucos.

Essa paralização forçada nos motivou a pensar e repensar o esporte da chuteira no Brasil, e a analise realizada nesse período chegamos ao que sempre temos dito e repetido por várias vezes, o torcedor do futebol é vitima dos ilusionistas que vendem ilusões.

 O futebol de hoje não tem brilho, é opaco. O jogo é feio e sem alegria, e  mais ainda, qualquer ¨cabeça de bagre¨ se torna craque quando manipulado por um agente, e um assessor de marketing.

O futebol brasileiro é pragmático e de resultados, com as táticas planejadas para o sistema defensivista. Nos dias de hoje, muito mais se precisa de um jogador que tenha uma boa condição física, boa velocidade, e que seja duro na defesa para intimidar os adversários.

O craque é a ararinha azul, em extinção.

O jogador do passado embora não fosse uma celebridade, salários longe dos padrões atuais, quando estava em função do seu trabalho, só pensava nele. Os do presente, quando estão no seu dia a dia, ficam pensando em novos contratos, nas namoradas e baladas da noite, e muito pouco nos seus clubes.

Para mostrarmos o atraso no tempo e no espaço do esporte da chuteira no Brasil, selecionamos alguns jogadores do passado, todos em nível de seleção, e que formando-se um time, entre dois ou três atletas atuais teriam vagas, talvez no banco de reservas.

Eram craques de verdade, sabiam jogar futebol e encantavam. Não tinham tatuagens.

Goleiros- Barbosa, Castilho, Gilmar, Felix, Manga, e em um passado remoto, Oberdan e Batatais.

Laterais- Djalma Santos, De Sordi, Carlos Alberto, Nilton Santos e Altair.

Zagueiros Centrais (como se chamava na época)- Mauro, Belline, Juvenal. Centro médios (também chamados à época)- Clovis, Formiga, Dias, Waldemar Fiume, Brandãozinho, Aldemar, Orlando Peçanha, Mirim e Zózimo.

Volantes- Dequinha, Carlinhos, Clodoaldo, Zito, Dudu, Zequinha e Falcão. Meias armadores (hoje não existe)- Jair, Tim, Didi, Gerson, Zizinho, Rivelino, Sócrates, Ademir da Guia, e Dirceu Lopes.

Pontas- Jairzinho, Jair da Costa, Julinho, Luizinho, Garrincha, Claudio, Tezourinha, Rodigues, Canhoteiro, Vevé e Pepe.

Atacantes- Leônidas, Servilho, Coutinho, Ademir, Tostão, Vavá, Pelé, Pagão, Careca e Zico.

Na verdade tínhamos outros nomes, mas o espaço não daria, mas esses citados representam os verdadeiros craques e que infelizmente a nova geração que frequenta os estádios de futebol não tiveram a menor oportunidade de conhecer e vê-los jogando.

Alguns desses tivemos a chance de assistir alguns jogos com suas presenças, e realmente davam um brilho bem diferente  dos atuais que vagam em nossos gramados.

Éramos felizes e não sabíamos.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A CRIMINALIZAÇÃO DE MAGRÃO 

* Estamos observando uma manobra da direção do Sport em jogar a torcida contra o goleiro Magrão.

Isso está bem visível através das notícias publicadas.

O mais grave é que uma grande parte da imprensa esportiva está engolindo as peruas que estão sendo divulgadas.

Por nossa experiência tem várias vacas nos postes.

Se o atleta não tinha a menor razão de ingressar na Justiça, que o clube comprove que existe de verdade um acordo com esse, e o nosso jornalismo deveria solicitar a documentação comprobatória.

Sem essa comprovação fica bem claro que Magrão tem inteira razão, e obviamente está lutando por seus direitos.

Tentar criminalizar um profissional com 14 anos de clube, com um comportamento acima de qualquer suspeita, não se coaduna com a história do Sport que sempre lutou por seus direitos com dignidade. 

NOTA 2- MODELO DE TRANSPARÊNCIA

* No Brasil os clubes escondem os valores das negociações que são realizadas nas transferências de seus atletas. Sem duvida é uma verdadeira caixa preta.

O modelo das Sociedades Anônimas Desportivas que fazem parte do futebol português é sem duvida exemplar quando acontecem vendas de jogadores para outros clubes.

O Benfica recebeu uma proposta excelente do Atlético de Madrid para a aquisição de João Felix.

O anúncio do interesse da equipe espanhola foi feito no dia de ontem pelo clube luso, através de uma comunicação enviada a CMVM.

No documento o clube encarnado oficializou a proposta de aquisição a título definitivo no valor de R$ 126 milhões de euros, um valor acima da cláusula de rescisão.

De acordo com o efeito do disposto no artigo 248º-A do Código dos Valores Mobiliários, ¨A Sport Lisboa Benfica-Futebol SAD, esclarece que a venda do passe do internacional português renderá um total de 126 milhões de euros, que contempla o custo financeiro indexado ao pagamentos a prestações¨.

Sem duvida um exemplo verdadeiro de transparência, quando todos tomam conhecimento do que acontece nos clubes de Portugal.

Enquanto isso no Brasil do futebol essas negociações fazem parte do velho sistema da esculhambação geral, onde todos metem as mãos.

NOTA 3- MAIS UMA VÍTIMA DO HIGENAMINE

* Thiago Heleno e Camacho, ambos atletas do Athletico Paranaense estão suspensos das atividades futebolísticas por conta do uso de um produto indicado pelo próprio clube, que continha a substância Higenamine proibida pela Agência Mundial de Doping.

No dia de ontem mais um atleta brasileiro foi flagrado no exame antidoping pelo uso dessa mesma substância, que foi encontrada na amostra de sua urina no jogo do seu clube, Goiás contra o CSA no dia 27 de maio, pela sexta rodada do Brasileiro.

Como o clube solicitou a contraprova do caso, e até o seu resultado, Daniel Guedes, que foi emprestado pelo Santos ao time goiano irá continuar trabalhando normalmente.

O jogador alega jamais ter feito uso de nenhuma substância que pudesse beneficia-lo, e o Goiás afirmou através do seu presidente que essa não foi prescrita pelo departamento médico do clube.

Na realidade, mesmo com todas as condições dadas pela tecnologia no preparo de atletas de alto nível, alguns insistem na utilização de medicamentos para ajudar os seus desenvolvimentos.

O número de dopings no Brasil está crescendo em todos os esportes.

NOTA 4- A DANÇA DAS CADEIRAS NA SÉRIE C

* O futebol brasileiro é encantador, surreal, e tem como a sua alegria a famosa dança das cadeiras, que é realizada em todas as divisões. O orgasmo dos cartolas acontece quando demitem um técnico.

No dia de ontem a música parou, e o treinador Julinho Camargo, do Sampaio Corrêa, ficou sem cadeira. Foi degolado após a derrota do time maranhense por 3x0 contra o rival Imperatriz.

O Sampaio é o quinto colocado do Grupo A da Série C Nacional, com os mesmos 14 pontos do Confiança, quarto colocado na zona de classificação.

Para o seu lugar foi contratado o técnico João Brigatti, que estava sem trabalhar desde que deixou o Paysandu, clube do qual foi demitido de forma estranha, quando o time estava invicto, e 75% de aproveitamento.

O futebol brasileiro está internado no Sanatório Geral.

Vive no sistema de uma insanidade total, e demitir técnicos faz parte do processo.

NOTA 5- O SANTA CRUZ RESSUSCITOU O TREZE 

* A quinta do futebol começou com o primeiro jogo das quartas de final do Mundial Feminino.

Em um ótimo jogo, a Inglaterra obteve uma bonita vitória contra a forte Noruega pelo placar de 3x0, mostrando a excelente evolução que começou em 2015, quando foi a terceira colocada no Mundial desse ano.

Quinto jogo e 100% de aproveitamento.

As norueguesas tiveram chances de diminuir o placar, sendo duas dessas salvas pela boa goleira inglesa, Karen Bardsley.

O time inglês foi o primeira a passar para a fase da semifinal, cujo jogo será realizado na próxima terça-feira. A adversária sairá hoje do encontro entre os Estados Unidos e França.

Pela Série C do Brasileiro, assistimos um jogo da pior qualidade, sem o menor conteúdo e que deu sono. 

Uma pelada nordestina, entre Treze e Santa Cruz, que terminou com a vitória do time de Campina Grande por 2x0, de forma justa desde que foi o menos ruim entre os dois disputantes.

Um verdadeiro bumba-meu-boi, com chutões, passes errados, um sofrimento para quem o assistiu.

O tricolor ressuscitou o Galo da Borborema que só tinha uma vitória nos nove jogos realizados, e ainda perdeu três pontos previsíveis, que farão falta no final da primeira fase.

Para que se tenha ideia da realidade, o goleiro do time de Campina Grande não agarrou uma única bola. O futebol de Pernambuco é grotesco.

No último evento esportivo da noite, a Selecirco conseguiu passar pelo Paraguai na bacia das almas na cobrança de pênaltis, após um empate de 0x0 no tempo normal.

Um jogo ruim, com um time atabalhoado, sem imaginação e com um adversário no segundo tempo com 10 jogadores.

O Encantador de Jornalistas esteve à beira da demissão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SANTA CRUZ ABRE O RETURNO 

* Na noite de hoje teremos o início da 10ª rodada da Série C, o primeiro jogo do returno envolvendo o Santa Cruz e o Treze de Campina Grande.

Dois times totalmente opostos, com o tricolor fazendo uma boa campanha, classificado na segunda colocação da tabela com 16 pontos, enquanto o Galo da Borborema é o vice-lanterna, com apenas 6 pontos conquistados.

Sem duvida um encontro para o Santa Cruz subir mais na tabela e ficar perto dos 30 pontos necessários para obter a sua classificação para a segunda fase da competição.

O Treze só tem uma vitória em 8 jogos, o que demonstra a sua fragilidade e por conta disso tornou-se um sério candidato ao rebaixamento.

Se jogar com toda seriedade a equipe do Arruda certamente irá conseguir esses três pontos tão importantes.

Só mesmo uma grande zebra poderá tirar a vitória do time de Pernambuco.

NOTA 2- O INACREDITÁVEL ACONTECEU 

* Tem assuntos no futebol que torna-se difícil de entender.

Algo inacreditável aconteceu no futebol cearense, quando pela segunda vez na sua carreira, o técnico Marcelo Vilar deixa o comando do Ferroviário. Em 2017 ele saiu do Tubarão e foi para o Moto Clube, e agora com o time liderando voltou a entregar o posto antes do inicio do returno.

Nem Freud poderia decifrar uma atitude desproporcional como essa, que pegou de surpresa a diretoria do clube.

O Ferroviário vem liderando a Série C por várias rodadas, e é o candidato mais forte do Grupo A como o favorito a uma das vagas para a segunda fase da competição.

O mais estranho foi o destino do técnico, o São Caetano, time do interior paulista que foi eliminado na primeira fase da Série D do Brasileiro, e no momento está jogando uma competição sem a menor expressão, a Copa Paulista.

Algo que não se pode entender, a de deixar uma possibilidade de levar o seu time para uma divisão maior, se valorizando no mercado, e escolher um time que está disputando um torneio que vai do nada para o nada.

Achamos que a escolha está acoplada aos salários.

A diretoria coral agiu rápido e acertou com Leandro Campos, que já foi técnico do clube.

A saída de Marcelo Vilar poderá prejudicar a boa performance do time cearense.

Como comandante do Ferrão, Vilar esteve á frente do time em 46 jogos, com 23 vitórias, 9 empates e 14 derrotas, um título importante, o da conquista da Série D de 2018.

Agora é só esperar.

NOTA 3- UM CLUBE DEPRESSIVO

* O São Paulo na primeira década de 2000 era a referência do futebol brasileiro. 

Uma grande estrutura, finanças bem estruturadas, conquistou três títulos nacionais (2006/07/08), uma Copa Libertadores (2005) e um Mundial de Clubes da FIFA (2005).

De 2009 em diante a única conquista foi a Copa Sul-Americana de 2012. No resto dos anos passou totalmente em branco, e começou a sua queda livre.

Vítima de gestões desastradas o tricolor do Morumbi tornou-se um clube depressivo, sem caixa para a cobertura das suas obrigações. Tem negociado jogadores da base para cobrir algumas das suas necessidades, mas os valores recebidos não conseguem cobrir os rombos.

A atual diretoria que deu a continuidade na sua queda livre, por conta de salários atrasados no elenco (6 meses de direitos de imagem), teve de solicitar ao Conselho uma autorização para tomar um empréstimo de R$ 37 milhões para a quitação da folha salarial.

Hajam despesas financeiras.

A sua cartolagem vive rezando para que o Ajax negocie David Neres, para que possa ter uma participação de acordo com mecanismo solidário. No período de doze anos o clube que era orgulho não apenas dos seus torcedores, mas de todos os brasileiros rolou a ladeira, e sempre com a velocidade sendo aumentada.

Isso é a cara de um futebol que tem a sua entidade rica, e os filiados desesperados e depressivos.

É Lamentável.

NOTA 4- INVESTIGAÇÃO CRIMINAL NO CRUZEIRO

* O Ministério Público de Minas Gerais divulgou na tarde de ontem que instaurou uma investigação sobre as supostas irregularidades praticadas pela atual gestão do Cruzeiro.

Os promotores receberam diversos documentos referentes às irregularidades do clube no decorrer de 2018.

A diretoria do time Celeste está sendo acusada de cometer irregularidades em transações que foram realizadas na última temporada.

Por outro lado a Policia Civil de Minas Gerais também abriu inquérito por suposta lavagem de dinheiro.

Na realidade fatos graves como esses acontecem em outros clubes e ficam guardados em seus intramuros sem nenhuma reação.

O Internacional de Porto Alegre deu o chute inicial ao solicitar do Ministério Público gaúcho uma investigação sobre a gestão de Vitório Pifero, que está em andamento, sendo que esse e alguns dos seus diretores já foram suspensos por oito anos de qualquer atividade no clube, pelo seu Conselho Deliberativo.

Com atitudes como essas só assim iremos matar esse modelo corrupto que ainda existe no futebol nacional.

Temos um amigo que sempre diz,  que: quando se acompanha essa modalidade de perto, perde-se o estômago para torcer.

NOTA 5- PARAGUAI É ESPECIALISTA EM SE CLASSIFICAR SEM VITÓRIAS

* O Paraguai é o adversário da Selecirco nas quartas de final da Copa América. A equipe teve o pior desempenho entre os times classificados, e ainda não conseguiu uma vitória nessa competição.

Em um levantamento do site O gol.com, ficou constatado que os paraguaios estão acostumados a avançar sem necessitar de vitórias.

Há um grande paradoxo quando se analisa as participações do time do Paraguai na Copa América. A seleção paraguaia só venceu uma partida desde 2011, apesar disso foi a uma final e uma semifinal, além de ter deixada a Selecirco pelo caminho por duas vezes.

Na verdade não existe explicação para tal.

A tendência paraguaia pela futebol de retranca começou em 2011. Depois de três empates, incluindo o time do Circo, a seleção avançou para as quartas em terceiro do seu grupo. Pegou a seleção brasileira na fase seguinte, e depois de um 0x0, venceu na cobrança de pênaltis. Passou pela Venezuela nas semifinais nos pênaltis, e chegou na final sem ter vencido um jogo sequer. Perdeu para o Uruguai.

Em 2015, ao menos venceu um jogo, contra a Jamaica, na fase de grupos. Encontrou nas quartas a Selecirco, e mais uma vez a eliminou. Caiu nas semifinais para a Argentina com um placar de 6x1. Na edição seguinte, caiu na fase de Grupos, sem uma vitória sequer mais uma vez.

A sequência sem vencer no tempo regulamentar chegou aos 10 jogos na Copa América, com dois empates e uma derrota na atual competição. Mesmo assim classificou-se com dois pontos para mais uma quarta de final com o time do Circo.

O nosso Encantador de Jornalistas tem que se cuidar, desde que as recordações não são melhores para o seu time.

Escrito por José Joaquim

Certamente a Conmebol não estudou a situação financeira e a herança maldita deixada pelos governos anteriores do Brasil, quando estabeleceu os valores dos ingressos da Copa América acima da realidade nacional.

O IBGE publicou dados do ano de 2017, mostrando que 21,5  mil empresas fecharam suas portas nesse ano, mesmo com o país saindo da recessão.

Segundo o levantamento, o país perdeu 363.125 empresas em relação ao patamar do período pós-recessão em 2013. No mesmo período, foram extintos 3,227 milhões de empregos. A recuperação será lenta e gradual.

Por outro lado a previsão do PIB nacional para 2019 é de um pequeno crescimento de no máximo 1%, mostrando de forma clara que a situação econômica ainda continua no fundo do poço.

E o que o futebol tem com esses fatos? É uma pergunta que poderia ser feita por nossos visitantes.

Na verdade, a resposta é bem simples, pois o esporte hoje é um negócio do setor de entretenimento e faz parte da economia brasileira, dependendo de uma aceleração para o seu crescimento, e realizar maiores investimentos.

Um crescimento como esse irá resvalar nos fluxos de caixa dos clubes, e como consequência imediata na sua capacidade de gastar.

Um bom exemplo vem das dificuldades encontradas para a contratação de patrocínios, e isso já vem acontecendo nos últimos tempos, quando as empresas certamente terão que conter os seus gastos para sobreviverem, refletindo nas suas participações no futebol.

Quando um número como esse é anunciado, se forma uma equação, cujo resultado final também chega ao esporte. Com a economia lenta, o primeiro segmento afetado é a mão de obra.

As oportunidades diminuem, os salários caem por conta da demanda que se sobrepõe a oferta, e com isso o consumo é afetado, pois torna-se seletivo, e diminui as lucratividades das empresas, que por sua vez realinham os seus orçamentos, inclusive nos investimentos nos esportes. Tal fato afeta também a bilheteria dos jogos.

Em momentos como esse, existe a necessidade de uma gestão racional e planejada, para evitar que a farra dos últimos anos possa continuar, e com um controle de gastos para atender as necessidades reais e globais das agremiações.

Um clube tem que ser pensado a longo prazo, e certamente os dirigentes terão que aprender que a estrutura do futebol tem que ser melhorada, de forma profissional, sob o comando de pessoas que tenha uma visão macro do que acontece em seu entorno sobretudo na sua economia, que é a mola mestra do desenvolvimento.

Para os esportes e em especial o futebol, o momento será o de se gastar bem e de forma correta, evitando as insanidades cometidas pelos cartolas que só pensam no presente e esquecem do futuro, que pelo menos nos próximos dois anos no Brasil a situação ainda será de dificuldades.

Todo cuidado é pouco.

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro está caracterizado nos gramados dos seus estádios, um dos fatos mais marcantes na Copa América, com reclamações de todos os lados.

Isso comprova que a gestão desse esporte não tem a menor capacidade para gerencia-la. O Circo do Futebol esgotou-se como responsável pelo sistema e por conta disso abre-se um bom espaço para que se possa discutir a formação de uma Liga de verdade, não como a Primeira Liga que foi enterrada no dia de ontem.

No modelo atual a individualidade se sobrepõe ao coletivo, quando clubes desejam ganhar mais do que outros. Uma Liga atende ao coletivo e não ao individual.

Tivemos dois momentos históricos para a abertura de um bom debate sobre o tema, quando da prisão de José Maria Marin, em Zurique, na Suíça, e do banimento de Marco Polo Del Nero pela FIFA. Todos enfiaram as suas cabeças na terra, como avestruzes humanos.

Vivemos no meio de uma sociedade que emudeceu quando uma organização criminosa assaltou os cofres públicos. Uma vergonha.

Uma Liga não é um meio de um clube isolado atingir os seus objetivos, pelo contrário, o sistema contempla a todos, e não o individual.

Uma das maiores Ligas do Mundo é um exemplo do coletivo e do sucesso. A NFL tem uma receita quase três vezes maior do que a maior do futebol mundial, a Premier League.

Entre os 50 clubes mais ricos do planeta estão as suas 32 franquias, o que demonstra que o futebol americano como é chamado, tornou-se o mais rentável entre os demais.

Esse esporte era marginalizado nos Estados Unidos, mas a partir do ano de 1970, com a introdução do sistema chamado de ¨league think¨, quando as franquias abriram mão de sua individualidade para dar lugar ao seu conjunto, tudo mudou, quando o pensamento coletivo passou a imperar, fortalecendo a Liga, transformando-a em um sucesso comercial e esportivo.

Os recursos oriundos dos direitos de transmissão dos jogos são divididos de forma igualitária entre todos os disputantes, e não existe monopólio, com quatro canais os transmitindo. Todos os contratos são negociados em conjunto e não no modelo individual indecente como é realizado no Brasil.

Infelizmente a atual cultura esportiva brasileira é pautada pelo egoísmo, o de cada um por si, e reflexo disso está bem claro em nosso futebol, com um desnivelamento, aliado a uma pobreza franciscana. 

Os nossos cartolas são uns verdadeiros gênios, enquanto os norte-americanos estão errados em todos os seus conceitos, muito embora a Liga seja um sucesso mundial.

São coisas do futebol brasileiro.