O futebol brasileiro é uma nave sem rumo perdida no tempo e no espaço, e que não conseguiu voltar para a Terra. O piloto é o chefe do Circo da Barra da Tijuca.
Chegamos ao final do primeiro semestre com um atraso nas duas maiores competições, que realizaram 169 jogos (89 da Série A e 80 da B), por conta da Copa América.
Assistimos vários desses, e até agora temos dificuldades de anotar cinco partidas que apresentaram algo perto do bom futebol. Além disso com mais de 1.100 jogadores atuando nos gramados, também não vislumbramos um diferenciado, escolhendo alguns razoáveis que também são poucos.
Essa paralização forçada nos motivou a pensar e repensar o esporte da chuteira no Brasil, e a analise realizada nesse período chegamos ao que sempre temos dito e repetido por várias vezes, o torcedor do futebol é vitima dos ilusionistas que vendem ilusões.
O futebol de hoje não tem brilho, é opaco. O jogo é feio e sem alegria, e mais ainda, qualquer ¨cabeça de bagre¨ se torna craque quando manipulado por um agente, e um assessor de marketing.
O futebol brasileiro é pragmático e de resultados, com as táticas planejadas para o sistema defensivista. Nos dias de hoje, muito mais se precisa de um jogador que tenha uma boa condição física, boa velocidade, e que seja duro na defesa para intimidar os adversários.
O craque é a ararinha azul, em extinção.
O jogador do passado embora não fosse uma celebridade, salários longe dos padrões atuais, quando estava em função do seu trabalho, só pensava nele. Os do presente, quando estão no seu dia a dia, ficam pensando em novos contratos, nas namoradas e baladas da noite, e muito pouco nos seus clubes.
Para mostrarmos o atraso no tempo e no espaço do esporte da chuteira no Brasil, selecionamos alguns jogadores do passado, todos em nível de seleção, e que formando-se um time, entre dois ou três atletas atuais teriam vagas, talvez no banco de reservas.
Eram craques de verdade, sabiam jogar futebol e encantavam. Não tinham tatuagens.
Goleiros- Barbosa, Castilho, Gilmar, Felix, Manga, e em um passado remoto, Oberdan e Batatais.
Laterais- Djalma Santos, De Sordi, Carlos Alberto, Nilton Santos e Altair.
Zagueiros Centrais (como se chamava na época)- Mauro, Belline, Juvenal. Centro médios (também chamados à época)- Clovis, Formiga, Dias, Waldemar Fiume, Brandãozinho, Aldemar, Orlando Peçanha, Mirim e Zózimo.
Volantes- Dequinha, Carlinhos, Clodoaldo, Zito, Dudu, Zequinha e Falcão. Meias armadores (hoje não existe)- Jair, Tim, Didi, Gerson, Zizinho, Rivelino, Sócrates, Ademir da Guia, e Dirceu Lopes.
Pontas- Jairzinho, Jair da Costa, Julinho, Luizinho, Garrincha, Claudio, Tezourinha, Rodigues, Canhoteiro, Vevé e Pepe.
Atacantes- Leônidas, Servilho, Coutinho, Ademir, Tostão, Vavá, Pelé, Pagão, Careca e Zico.
Na verdade tínhamos outros nomes, mas o espaço não daria, mas esses citados representam os verdadeiros craques e que infelizmente a nova geração que frequenta os estádios de futebol não tiveram a menor oportunidade de conhecer e vê-los jogando.
Alguns desses tivemos a chance de assistir alguns jogos com suas presenças, e realmente davam um brilho bem diferente dos atuais que vagam em nossos gramados.
Éramos felizes e não sabíamos.
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