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Escrito por José Joaquim

A teoria do equilíbrio competitivo é um dos pontos mais importantes para a evolução de um time de futebol, que é aplicada nos grandes clubes europeus, e tem como base a distribuição de receitas, que hoje é um dos maiores gargalos para a evolução do futebol no Brasil.

Essa teoria é utilizada nos Estados Unidos através de suas grandes Ligas, vem dando certo, pois todas estão entre as maiores do mundo, ou seja algo que tem que ser copiado.

A teoria do equilíbrio competitivo tem como base de sua estrutura um estudo que mostrou que o interesse dos espectadores e, portanto a renda gerada, são proporcionais à incerteza dos resultados, e essa incerteza é bem maior quanto mais igualdade houver entre os times concorrentes.

Uma teoria simples e racional, e quando observamos os resultados do futebol brasileiro, verificamos o quanto estamos distantes de que isso possa acontecer, desde que a concentração de receitas não permite que algo de novo apareça, os personagens continuam os mesmos e nunca em sua história foi tão previsível.

Não se pode entender que  vários clubes com potencial não sejam fortalecidos, criando assim mais emoções nas competições, e com isso a maximização da renda.

Existe uma mentalidade perversa entre nossos principais clubes, com o apoio da detentora dos direitos de transmissão, que desejam ganhar tudo, mesmo com a morte de times que poderiam dar uma boa contribuição ao sistema, por terem boa estrutura, demanda e capacidade de competição mais linear.

O beisebol, basquete, hóquei sobre o gelo, o futebol americano e o futebol que é chamado de soccer, nos Estados Unidos, aplicam a teoria do equilíbrio competitivo, e o próprio futebol europeu já vem sentido esse reflexo, quando começou a adotar um sistema mais correto de distribuição de receitas, não o socialista norte-americano, mais um meio termo, dando condições maiores aos seus clubes de menor porte.

Enquanto isso, no futebol brasileiro, os cartolas sequer ouviram falar dessa teoria, e continuaram na sua marcha autofágica de destruição do futebol.

Na realidade nunca leram o livro ¨A Bola não entra por acaso¨, da autoria de Ferran Soriano, ex-CEO do Barcelona e hoje do City, que fez uma citação a tal teoria, e que nos motivou a estuda-la.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEIS PONTOS PARA O NÁUTICO 

* O Náutico terá pela frente um encontro que vale seis pontos e sua volta ao Grupo de classificação. Nos Aflitos irá enfrentar o Botafogo-PB no jogo que seria realizado na 8ª rodada e foi adiado.

O Belo da Paraíba é o vice-líder da competição e vem fazendo uma boa campanha, enquanto o alvirrubro é o sétimo colocado na tabela de classificação, e vem alternando os seus resultados em altos e baixos, sem a estabilidade necessária para garantir a sua vaga no grupo dos quatro.

Uma vitória sobre o time paraibano o levará a quarta colocação com a mesma pontuação do rival Confiança, mas desempatando pelos critérios técnicos.

Uma derrota, embora continue com chances de classificação, poderá complicar a sua trajetória.

Um jogo difícil por conta do adversário, mas o mando de campo terá o seu peso e decidir a partida.

NOTA 2- EUA E A QUINTA FINAL DA COPA DO MUNDO 

* Um bom jogo de futebol pela Copa do Mundo feminina de futebol, envolvendo as seleções dos Estados Unidos e Inglaterra.

O primeiro tempo foi um primor, em especial da parte do time norte-americano que deu uma aula do esporte da chuteira. Parecia um vídeo-game. A equipe inglesa mostrou a sua boa evolução e foi uma grande surpresa do Mundial.

As americanas confirmaram o favoritismo e derrotaram a Inglaterra por 2x1. A sua pressão no inicio da partida, redundou na abertura do placar, com uma assistência de O'Hara para Chrsiten Press, que de cabeça vazou a meta da adversária.

A Inglaterra acordou e reagiu, e na primeira jogada de perigo, Ellen White empatou. Nos minutos finais, Akex Morgan voltou a colocar os Estados Unidos na frente.

O segundo tempo foi truncado e com muitas faltas dos dois lados. A equipe americana criou as melhores chances, mas foram as inglesas que marcaram empatando o jogo. Foi acionado o VAR que descobriu uma ponta da chuteira que dava a jogadora inglesa como impedida. O gol foi anulado.

Aos 35 minutos o VAR marcou um pênalti contra os Estados Unidos, que a capitã inglesa bateu muito fraco no canto direito, e  bola ficou nas luvas da goleira.

Os minutos finais e com uma jogadora a mais, a seleção do Tio Sam administrou a vantagem e vão em busca do quarto titulo mundial, no dia 7 de julho em Paris.

Na verdade essa seleção é maravilhosa, e joga um futebol do mais alto nível.

Enquanto isso, no estádio do Mineirão a Selecirco derrotou a seleção da Argentina por 2x0, em um jogo de dois times decadentes.

Não conseguimos assistir essa partida de forma integral desde que o primeiro tempo nos espantou, e somente na manhã de hoje tomamos conhecimento do resultado.

Os ufanistas voltaram, o Encantador de Jornalistas ficou emocionado agradecendo a trave por salva-lo, e Cebolinha não jogou nada.

O melhor da Selecirco foi Daniel Alves que um veterano desse esporte, e o árbitro que estava com atuando com a camisa amarela.

NOTA 3- O REBAIXAMENTO DA COPA AMÉRICA

* A Copa América não irá deixar nenhum legado.

Além da falta de público nos estádios, a ausência de qualidade nos jogos, gramados pornográficos, a organização foi precária.

No Egito, onde estavam acompanhando as rodadas iniciais da Copa Africana de Seleções, o presidente da FIFA, Gianni Infatino, e parte de seu estafe tem análise unânime: o elogiado torneio organizado pela CAF é considerado mais bem organizado do que a Copa América.

A Copa Ouro, a competição de seleções da Concacaf e que está sendo disputada nos EUA, também tem recebido mais elogios da FIFA.

Na verdade tais considerações não trazem nenhuma novidade, desde que as seleções visitantes reclamaram das falhas que prejudicaram o andamento da competição.

A Conmebol e o Circo do Futebol tiveram as suas notas rebaixadas.

Os bananeiros não tem o menor sentido de organização, desde que são hospedes do Sanatório Geral.

Uma vergonha mundial. 

NOTA 4- NEYMAR NÃO JOGARÁ A PARTIR DOS 30 ANOS

* Zé Roberto que abandonou as chuteiras no ano passado quando estava jogando no Palmeiras, demonstrou preocupação por Neymar. Em entrevista ao jornal Suddeutsche Zeitung analisou o momento conturbado do compatriota, que tem sido apontado a um possível retorno ao Barcelona.

¨Precisa de haver uma mudança profunda, trata-se da cabeça dele. Está a caminho de perder o momento ideal para dar o passo em frente e assumir o papel de protagonista que já devia ter, tendo em conta o talento que é¨ declarou.

¨As lesões não ajudaram, mas a cabeça dele também não está 100 por cento no futebol. Se continua assim, não jogará a partir dos 30 anos¨, acrescentou Zé Roberto, antes de referir que Neymar ¨quer voltar para o Barcelona¨ e estabelecer uma comparação entre esse e Cristiano Ronaldo e Messi.

¨O dinheiro e a tentação sempre existiram no futebol. Mas se olharmos para Cristiano e Messi, eles vivem de maneira diferente, concluiu.

Uma entrevista perfeita e que mostra a realidade desse atleta.

Não conseguimos entender como o Barcelona irá gastar milhões de euros nessa contratação, desde que Neymar e seu pé direito não garantem uma estabilidade nos gramados.

Quando a Nike está estudando uma chuteira para a sua proteção, é que algo de estranho está acontecendo.

Duas contusões seguidas são alarmantes.

NOTA 5- O VAR É CABULOSO

* O VAR sem duvida deu um destino diferente a um jogo de futebol. Vai buscar nas entranhas das imagens o que aconteceu de errado, e altera os resultados.

Um bico de chuteira que nenhum olho humano consegue visualizar, o árbitro de vídeo descobre e anula um gol que poderia dar a vitória a um dos contendores.

Um lance como esse jamais seria reclamado pelo time que teve as suas redes vazadas.

No caso dos pênaltis, o árbitro de vídeo tem marcado alguns sem a certeza de que esses aconteceram. No jogo de ontem entre a Estados Unidos e Inglaterra, mesmo repetindo várias vezes não vimos a penalidade marcada contra a seleção americana.

O VAR demitiu os auxiliares, que só tem hoje uma função, marcar os laterais e em alguns casos os escanteios. O resto quem decide é o olho mágico eletrônico.

Achamos que o apito eletrônico é útil para o futebol, mas em alguns lances os árbitros deveriam se impor através de suas interpretações.

Da maneira que estamos seguindo, brevemente não vamos precisar da arbitragem durante os jogos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT NECESSITA DE EQUILÍBRIO

* A situação do Sport não é boa e todos sabem dessa realidade, mas o Presidente do clube, Milton Bivar, não pode e não deve perder o equilíbrio.

Em uma pisada de bola declarou numa rádio local, que um repórter estava recebendo dinheiro de Magrão para defende-lo, atingindo de forma direta todos os que fazem a cobertura do clube.

Se o fato aconteceu, deveria declarar o seu nome.

O rubro-negro vive um momento grave. Todos os dias uma penhora da Justiça do Trabalho é procedida. No dia de ontem os refletores do Estádio Adelmar da Costa Carvalho foram penhorados.

O comandante de um barco não deve perder a cabeça para que seja evitado o seu naufrágio, e uma declaração como essa só serve para aumentar o fogo que está consumindo o clube.

Não é a primeira vez que o Sport vive uma tormenta financeira, e sempre soube sair das cinzas como uma Fênix, mas para que isso possa acontecer é necessário um boa gestão, e sobretudo dirigentes equilibrados.

Lamentável.

NOTA 2- A RETA DE CHEGADA DA SÉRIE C

* A Série C tem uma partida atrasada, mas completou 55.5% dos seus jogos na última rodada, e encontra-se na sua reta de chegada. Náutico e Botafogo tem um jogo a menos, os demais já atuaram por dez vezes.

A 10ª rodada que foi encerrada no último domingo é o espelho da luta pela classificação que irá levar os disputantes para a segunda fase. Dos cinco jogos realizados, quatro desses tiveram resultados iguais, e apenas uma vitória do Treze sobre o Santa Cruz.

São quatro vagas para sete clubes que tem chances de fechar a prova inicial entre o quarteto dos melhores. Vários jogos serão de confrontos diretos, com todos os clubes jogando quatro partidas fora e quatro em casa.

Um erro grotesco e que os analistas não observaram aconteceu quando da formatação da tabela, e que mostra a incompetência do Circo do Futebol, quando colocaram o jogo entre Náutico e Santa Cruz na última rodada.

Algo insano e irreal, dois clubes do mesmo estado se encontrando no encerramento da competição.

Fizemos um novo estudo sobre as chances de cada um dos clubes pretendentes:

Ferroviário- 94%,

Botafogo-PB- 90%,

Santa Cruz- 59%,

Náutico- 47%,

Imperatriz- 35%,

Confiança- 30% e,

Sampaio Corrêa- 28%.

Uma chegada que promete emoções.

NOTA 3- O TÉCNICO DANÇOU APÓS UM AMISTOSO

* O futebol brasileiro é sem duvida uma piada nas suas atitudes.

Acompanhamos esse esporte há vários anos, e pela primeira vez vimos um técnico dançar após um amistoso.

Vamos repetir o que sempre estamos afirmando nas postagens, que os cartolas deveriam ser internados no Sanatório Geral. Algo hilário.

A proeza de tal atitude foi o CSA, cuja diretoria resolveu que Marcelo Cabo não segue mais no comando do time. A música parou, e o técnico ficou sem a cadeira.

O clube alagoano é o maior favorito ao rebaixamento, não por conta do seu comandante e sim pelo seu time que é de Série B ou talvez de C, disputando a maior competição nacional.

O Alviazulino foi derrotado pelo Sport pelo placar de 3x1, em uma autêntica pelada, quando Marcelo Cabo fez 10 substituições.

A diretoria não gostou.

Esse comandou o time alagoano em 79 jogos, somou 29 vitórias, além do acesso a Primeira Divisão.

Lisca vem ai. 

Não falta mais nada ao futebol brasileiro.

NOTA 4- UMA SEMIFINAL DE SELEÇÕES DECADENTES

* Alguns ufanistas gritam à pleno pulmões que o encontro entre a Selecirco e a Seleção Argentina é o maior clássico do planeta.

Algo que já colocamos no Livro sobre a Era da Imbecilidade.

Vamos e venhamos essa Copa América com dois gatos instalados, Japão e Catar, é o atestado de óbito do futebol sul-americano, que está em uma curva descendente há muito tempo.

O bom jornalista Augusto Mafuz, do Jornal Tribuna do Paraná, foi cirúrgico na analise dessas semifinais quando escreveu: ¨Em estado de pobreza técnica e individual, nossas bandas não passam de satélites que, ainda, conseguem jogar um pouco de luz no futebol europeu. Não há esperança de que Brasil, Argentina, Chile e Peru nas semifinais consigam mudar essa ideia¨.

Na realidade os torcedores não devem se enganar com relação ao jogo de hoje, desde que o Brasil de Tite vende mais ilusões pela locução de Galvão Bueno, do que pelo jogo de Coutinho, Casemiro, Daniel Alves, Firmino e Jesus.

No período da tarde no Brasil, teremos a primeira semifinal da Copa do Mundo Feminina, com o encontro entre as seleções dos Estados Unidos e Inglaterra, com o favoritismo do time norte-americano, que já escolheu um hotel para se hospedar na espera do jogo final.

Uma arrogância sem limite. 

NOTA 5- A CLASSIFICAÇÃO NO BRASILEIRO REFLETE AS FOLHAS SALARIAIS DOS CLUBES

* O líder Palmeiras tem a maior folha salarial do Brasileiro, e o Avaí que é o lanterna tem a menor. Obvio que aquele que tem mais recursos levam vantagem na composição do grupo.

O elenco alviverde custa por mês aproximadamente R$ 18 milhões, seguido de muito perto pelo Flamengo com gastos de R$ 17 milhões. Nesta conta, estão incluídos salários, direitos de imagem e encargos de jogadores e comissão técnica.

Cruzeiro e Santos fecham o G4 de gastos.

Dos chamados grandes, o Fluminense é o que tem a menor folha, em 15º lugar com R$ 2,7 milhões.

AS FOLHAS SALARIAIS DOS TIMES DA SÉRIE A

1º- Palmeiras- R$ 18 milhões, 2º- Flamengo- R$ 17 milhões, 3º- Cruzeiro- R$ 15 milhões, 4º- Santos- R$ 12 milhões, 5º-Grêmio- R$ 11 milhões, 6º- Corinthians- R$ 10,4 milhões, 7º- São Paulo- R$ 10,2 milhões, 8º- Atlético-MG- R$ 8,5 milhões, 9º-Internacional- R$ 7,5 milhões, 10º- Chapecoense- R$ 5 milhões, 11º- Vasco- R$ 4 milhões, 12º- Athletico PR- R$ 3,6 milhões, 13º- Bahia- R$ 3.3 milhões, 14º- Botafogo- R$ 3 milhões, 15º- Fluminense- R$ 2,7 milhões, 16º- Ceará- Fortaleza, Goiás- R$ 2,5 milhões, 19º- CSA- R$ 1,8 milhão e , 20º- Avaí, R$ 1,7 milhão.

Muito dinheiro para pouco futebol.

* Fonte: Blog de Jorge Nicola

Escrito por José Joaquim

O jornalista Mauro Cezar Pereira, um dos poucos pensadores sobre o futebol, em um programa do último domingo na ESPN-Brasil disse que a Copa América e o Futebol Sul-Americano são duas porcarias. 

Temos o mesmo pensamento e as postagens que publicamos sobre o assunto, mostram que o futebol brasileiro perdeu a sua essência, e com isso a sua antiga qualidade. Além disso perdeu as suas raízes históricas, quando os craques proliferavam nos gramados, e o futebol era um espetáculo, e não o evento grotesco que assistimos no dia de hoje.

O mercantilismo tirou a magia desse esporte, que era constituída fundamentalmente por grandes jogadores que desfilavam em nossos gramados, com a maioria formada em casa, ou das próprias regiões.

O trabalho a ser desenvolvido, além de uma limpeza na cartolagem, será o de trazer de volta a magia futebolística, que foi destruída pela falta de competência e criatividade dos cartolas.

O físico passou a dominar, superando a parte técnica. Os brucutus tomaram conta, instigados muitas vezes por seus treinadores. Hoje o jogador mais badalado é Everton, o Cebolinha, que há anos atrás iria brigar por uma vaga em qualquer bom time.

O volume de recursos que chega ao futebol é mal aproveitado nesse sistema de mercantilismo, que ajudou bastante para a penetração da corrupção.

Criou-se no futebol ¨moderno¨ uma nova fórmula de jogo, a de não querer ganhar e também o de não perder. Esse esporte virou uma prova de Fórmula 1, onde quem corre mais ganha. Os gramados ficaram pequenos por conta do defensivismo. Vários ônibus são postados à frente das defesas.

O cabelo, as baladas, as namoradas dos jogadores representam para os marqueteiros, muito mais do que esses apresentam em campo. Vivemos em uma época em que o marketing é grande, e o futebol bem pequeno.

O improviso desapareceu, os atletas se transformaram em robôs. As táticas dos novos professores motivaram essas transformações.

O futebol tornou-se previsível em seus resultados, quando hoje se disputa uma competição, sabemos quem vai ganhar ou perder, tornando-se quase impossível que um clube menor tenha condições de chegar disputando a final de um grande campeonato.

Todos jogam de forma igual, mas parecendo os presos das cadeias norte-americanas, e a criatividade deixou de existir. Até as camisas dos clubes foram estupradas, perderam as suas verdadeiras cores, e deram os seus lugares ás ¨obras de arte¨ dos marqueteiros, com um verdadeiro arco-íris.

Na realidade, o que gostaríamos seria o retorno aos bons tempos, quando o futebol era um espetáculo, com as bolas vazando as redes, um lazer que foi transformado em uma grande enganação.

Mauro Cezar tem inteira razão, esse transformou-se em uma grande porcaria.

Escrito por José Joaquim

O Brasil é um país surreal, e o futebol é ainda mais surrealista.

Tivemos um presidente do Circo do Futebol que não saia do Brasil, não justificava a razão, mas todos conheciam os motivos e fingiam que não sabia. Deu no que deu, foi defenestrado pela FIFA. Uma atitude surreal.

Quando um atleta marca um gol, o seu gesto mostra que o autor foi Deus, como se esse estivesse torcendo por seu clube. Depois todos ficam de joelhos levantando os dedos para o céu. Surreal.

Nas entrevistas, tudo que aconteceu foi em nome de Deus. Não é nada estranho, desde que tivemos um Ministro dos Esportes (hoje Secretaria) um pastor. Surreal. Não conhecia nada sobre o setor.

Quer maior surrealismo no ¨Eu Acredito¨ que foi criado pela torcida do Galo Mineiro e copiado pelo resto do Brasil, como se isso fosse influenciar no resultado da partida. No jogo do último sábado a televisão focou um torcedor com a placa contendo esses dizeres, e logo após veio o empate do ABC. Deu no que deu o Náutico perdeu cinco pontos. 

Uma boa parte dos torcedores vai ao estádio torcer para que seus clubes não sejam rebaixados, e não pela conquista do título, ou de uma melhor classificação. Bem surreal.

Por conta das diferenças dos recursos, alguns clubes entram na Série A do Brasileiro fazendo contas, com os números estatísticos do rebaixamento nas mãos dos cartolas. Surreal.

Um verdadeiro surrealismo esportivo, em que o torcedor sai de casa com um terço nas mãos, uma bíblia se for evangélico, ou ainda se for um ateu comunista com um chaveiro com a foice e o martelo (ave rara), para rezar por um bom resultado do seu clube, com o intuito de não vê-lo rebaixado.

Realmente esse fato é muito difícil de assimilar, pois esses não torcem por vitórias, e sim para que não tenham derrotas. Certa vez, a esposa do jornalista Claudemir Gomes lhe fez uma pergunta sobre esse assunto, desde que não entendia a razão de um torcedor ir a um jogo torcer apenas para que o seu clube não seja levado pela Caetana.

Em nosso Nordeste sofrido, e abandonado pelos Deuses do Futebol, a única alegria vai além do surrealismo, e beira à anarquia, é de ser campeão estadual, em campeonatos obsoletos e jurássicos, que não levam a nada, mas quem não tem filé se contenta com um osso.

Trata-se de uma visão real e surreal do problema, e que infelizmente os cartolas dos clubes menores ainda não perceberam que com um bom planejamento, mesmo com recursos mais baixos poderiam levar os seus clubes a melhores participações, desde que a época atual é de um futebol nivelado pela pobreza franciscana.

Um esporte com fatos surreais, quando se vibra com a manutenção de um clube na divisão maior, e não por um boa colocação.

Nem Jean Paul Sartre poderia explicar.