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Escrito por José Joaquim

Os estaduais estão sendo concluídos deixando uma certidão de óbito para centenas de clubes, e desemprego para milhares de jogadores, e uma montanha de jogos tediosos, que representam a verdade de um modelo que está superado e vive somente para atender a cartolagem das diversas Federações.

Um reduzido número de clubes continuarão nos gramados até o final da temporada, enquanto a grande maioria irá para as cavernas para as suas hibernações.

O futebol brasileiro é autofágico, e o distanciamento cada vez maior entre os grandes e os menores alongou-se nos últimos anos, tornando as competições totalmente desequilibradas.

Na realidade os cubes que tornam-se sazonais durante a temporada dificilmente tem um trabalho de base, que é o fundamental para se tornarem perenes.

A cada ano montam uma equipe, com atletas rodados, muitos sem qualidade, dando, assim, motivação as suas fracas performances. As competições findam e ficam com nada, só débitos.

Esse é o debate que deve ser aberto, e que exige a participação de todos os segmentos, com a mobilização de empresários, prefeituras locais, profissionais capacitados, que poderão delinear o futuro dos clubes de suas cidades.

Não adianta viver três ou quatro meses e depois desaparecer, pois com isso não terão as condições necessárias de conseguir patrocinadores ou mesmo investidores, e sem tais participações tornam-se inviáveis.

O trabalho de base é fundamental, e isso requer recursos, que demanda a participação de todos os segmentos da cidade. Esse deverá ser feito à partir do sub-15, que poderá ir definindo os atletas do futuro, um bom ativo para futuras negociações.

Para que isso possa acontecer poderiam fazer convênios com as escolas locais, que forneceriam uma boa quantidade de futuros talentos, além de garimpagem nas escolas de cidades vizinhas. Para tal, necessitam de profissionais competentes e com capacidade de levarem com sucesso um projeto desse tipo. A escola é o maior celeiro não somente para o futebol, como para os outros esportes.

Sabemos que não é fácil, mas não custa tentar, saindo da mesmice que hoje existe, e se somarem o que gastaram com as suas equipes para a disputa das competições sem um retorno positivo, poderão verificar que se tivessem canalizado tais recursos para um bom trabalho de formação a situação certamente seria bem diferente.

Não pode continuar o que assistimos hoje no Brasil, onde crianças já são incorporadas a divisões de base dos clubes, com compromissos com procuradores e dirigentes, com a anuência dos responsáveis que os entregam por uma cesta básica.

Alguns desses jovens sem uma educação básica necessária, que é outro ponto fundamental do trabalho, abandonam a escola na ânsia de se tornarem estrelas, não conseguem acabando em subempregos, e até na marginalidade.

Temos a convicção de que a implantação de um trabalho de base sério, cientifico, em um clube de menor porte, o perenizará para sempre.

É duro realizar, mas não impossível.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A CRUELDADE NA PREMIER LEAGUE

* No início da tarde de ontem assistimos aquilo que está faltando ao Brasil, um futebol de qualidade e do mais alto nível.

O Liverpool entrou no Anfield com a necessidade de uma vitória para não deixar o City na liderança, e o Tottenham querendo os três pontos por conta de quatro partidas sem sucesso.

Nos primeiros 30 minutos o dono da casa acelerou o jogo, com os Spurs sustentando a defesa, mas aos 15 minutos Roberto Firmino de cabeça abriu o marcador para o Liverpool. Depois disso teve muitas chances de aumenta-lo.

Na segunda fase aconteceu a inversão da situação com o domínio do Tottenham, com 77% de posse de bola, e aos 24 minutos o brasileiro Lucas empatou.

A pressão da equipe comandada por Mauricio Pochettino  continuou e pelo menos três gols certos foram perdidos, um desses cara a cara com o goleiro Allison.

Nos acréscimos numa bola alçada na área, Salah cabeceou, o goleiro Lloris defendeu, e no rebote bateu no zagueiro do Tottenham entrando lentamente na sua meta.

Uma crueldade com um time que não merecia perder, mas os Deuses do Futebol não entenderam.

Um belo espetáculo que mostrou o nível do futebol inglês, enquanto o nosso que é medíocre sempre termina em confusão.

NOTA 2- UM FUTEBOL EXTERMINADO DE BAIXO PARA CIMA

* O futebol brasileiro está sendo exterminado de baixo para cima. No último sábado aconteceu mais um fiasco de uma seleção brasileira de base.

Dessa vez foi a Sub-17 que foi eliminada ainda na primeira fase ao perder para a Argentina por 3x0. As nossas mídias mais uma vez ficaram silenciosas, e não produziram uma matéria sobre o tema.

Antes aconteceu com a Sub-20, agora uma outra, retratando o nível de nossa formação que está a cada dia descendo a ladeira. Um futebol sem base não tem futuro, e na verdade é o que está acontecendo em nosso país.

Enquanto tivermos a atual cartolagem o destino será sem duvida o Grand Canyon.

Como não lemos nada no Brasil sobre essa derrota, temos que nos contentar com um bom artigo do jornal argentino Olé, que questionou a debacle da seleção e o futuro do futebol em nosso país.

A reportagem ressalta de forma clara que o Brasil só estará no mundial da categoria porque vai sediar o evento, o que lhe garante a vaga. Essa competição seria realizada no Peru.

O jornal colocou em duvida o que irá acontecer ao futebol brasileiro quando citou que os problemas da base não parece ser exclusividade da sub-17, ao lembrar da queda da Sub-20 no Sul-Americano da categoria, e que pela segunda vez não irá participar do Mundial.

Estamos entre os poucos que sempre estão chamando a atenção para a nefasta gestão do esporte da chuteira no pais, que nos levou a um futebol de baixa qualidade e com a gravidade sem público.

Ou a Lava Jato atua nesse setor, ou o futuro desse esporte é de uma morte lenta numa UTI.

NOTA 3- NO BRASIL TUDO QUE É BOM PASSA A SER AVACALHADO

* Em todo o mundo futebolístico onde o VAR está sendo utilizado esse é bem recebido. No Brasil é o contrário, está sendo avacalhado.

Nós somos um país que não gosta do que é bom, preferindo o mal, ou mesmo a pilantragem como acontece na politica. Aqui se bate palmas para os corruptos, e se persegue os honestos.

Tivemos polemicas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, por conta das decisões do VAR, que sem duvida é um seguro de vida para os árbitros, evitando os seus possíveis erros.

Quem melhor analisou esse tema foi o ex-arbitro Carlos Eugenio Simon, comentarista da FOX-Sports, quando afirmou que essa tecnologia é a melhor amiga dos árbitros, mas é obvio que existe a necessidade de muitos treinamentos.

Para que se tenha uma ideia sobre o assunto, a Premier League está estudando o sistema por dois anos e somente na próxima temporada irá implanta-lo. É um país sério.

No Brasil houve um açodamento.

A tecnologia adotada não foi devidamente explicada para os treinadores e jogadores, nem mesmo para a maioria dos árbitros, e deu no que está dando, reclamações diversas, confusões nos jogos que estão utilizando o equipamento.

Na verdade estão tentando desmoralizar o VAR para o retorno da arbitragem com seus erros alterando os resultados. O problema não é a tecnologia, e sim dos responsáveis por essa.

NOTA 4- CORINTHIANS VENCE O SANTOS, E O FLAMENGO CONQUISTA A COPA RIO

* O jogo entre Corinthians e Santos nos sete minutos iniciais parecia que seria bom de se assistir. O placar marcava 1x1, com o alvinegro saindo à frente com um gol de cabeça de Manoel, e o time santista empatando com um gol de Derlis graças ao goleiro amigo Cassio.

O desempate veio através de uma lambança do zagueiro do Peixe, Luiz Felipe, falhando duplamente ao tentar sair jogando, quando poderia afastar a bola que ficou com Clayson, quando esse marcou um belo gol.

O Santos continuava com a posse de bola, mas não conseguia passar pelo autocarro corintiano. Um bom período da segunda fase o jogo foi insosso, chato de ser assistido.

O Corinthians tomou conta do jogo depois dos 15 minutos, teve várias oportunidades de ampliar o marcador e o time da Vila Belmiro apenas trocando passes e sem reação.

A vitória corintiana foi justa, entretanto a partida ficou dentro da média do atual futebol brasileiro, sem gosto.

No Rio de Janeiro, mesmo atuando com os reservas, o Flamengo venceu o Vasco nos pênaltis por 3x1, após empatar a partida no último ataque do segundo tempo, nos acréscimos.

Com a vitória conquistou a Taça Rio que não vale um tostão furado, desde que teremos mais dois jogos de outras duas semifinais e uma final para que se conheça o time campeão.

O primeiro tempo foi tão ruim que deveriam devolver metade do valor do ingresso. Os goleiros dormiram embaixo das traves.

Na segunda etapa, os times acordaram e fizeram um jogo sem qualidade, embora com boa movimentação. Aos nove minutos o jovem vascaíno Tiago Reis abriu o placar, e Arrascaeta aos 48 minutos empatou.

Com a conquista da Taça Rio pelo rubro-negro carioca, o Fluminense foi ressuscitado e pela terceira vez irá enfrenta-lo, e o Vasco mais uma vez irá jogar contra o Bangu.

É o resultado da fórmula Dilma, que vai do nada para o nada, ou seja quem ganha perde, e quem perde ganha. Uma zorra total.

O futebol brasileiro é grotesco.

NOTA 5- A FARRA DAS COMISSÕES DOS AGENTES DO FUTEBOL NO BRASIL

* Segundo o jornalista do Uol, Marcel Rizzo, os dados do Circo Brasileiro do Futebol sobre as comissões recebidas e declaradas pelos agentes do futebol, mostraram que 40 clubes do Brasil pagaram aos intermediários por negociações com os profissionais da bola entre abril de 2018 e março de 2019- R$ 202 milhões.

Obvio que muitos não comunicaram a entidade os seus recebimentos.

Algo assustador, desde que tais valores são referentes a contratações e renovação de contratos.

O futebol é o único setor do mundo que paga aos intermediários, desde que em outras atividades quem dispende é a parte interessada em ser negociada.

Um exemplo: Quando um corretor vende um imóvel, recebe a sua comissão do proprietário e não do comprador. Pagar comissão por renovação do contrato é algo que beira a insanidade.

O livro Football Leaks mostra o que acontece com essas transações, inclusive a lavagem de dinheiro pelo mundo afora.

O Corinthians foi o que mais desembolsou com comissões, com o valor de R$ 34.516.402,16, e o de menor dispêndio foi o Flamengo com R$ 6.455.413,27.

OS DEZ MAIORES PAGADORES

Corinthians- R$ 34.516.402,16,

Palmeiras- R$ 32.882.666,80,

São Paulo- R$ 25.314.850,18,

Grêmio-R$ 16.995.379,70,

Internacional- R$ 14.547.681,66,

Atlético-MG, R$ 14.227.913,80,

Cruzeiro- R$ 11.386.907,50,

Santos- R$ 6.758.631,12,

Atlético Paranaense- R$ 6.507.000,55 e,

Flamengo- R$ 6.453.415,32.

A Receita Federal deveria fazer um cruzamento com esses valores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A CLASSIFICAÇÃO DO NÁUTICO  

* O Santa Cruz já estava classificado e com um Arruda vazio obteve uma vitória contra o Confiança por 2x0, ficando na segunda posição do grupo A, desde que o Fortaleza ao derrotar o ABC por 1x0 ficou na primeira.

Os demais classificados desse grupo foram o Vitória que empatou com o Náutico em 1x1, e o CRB que teve também um empate com o Botafogo-PB (1x1).

O jogo do alvirrubro foi fraco, mas manteve a sua invencibilidade por 15 jogos. O Barradão estava entregue as mariposas. Ficou na quarta posição e irá enfrentar o Ceará em Fortaleza.

O rubro-negro baiano saiu à frente no placar, e o Náutico empatou. O Salgueiro que ainda sonhava com a classificação, foi derrotado pelo Ceará por 3x1 e terminou na 5ª colocação.

Na Série B, o primeiro lugar ficou com o Ceará, com 18 pontos, seguido pelo Botafogo-PB com os mesmos 18, CSA que derrotou o Altos-PI por 2x1 em 3º com 16 e o Náutico em 4º com 15 pontos.

O Bahia que era considerado como favorito ao título da competição sofreu uma derrota de 1x0 para o lanterna Sampaio Correa.

Alguns fatos interessantes nessa competição devem ser discutidos.

O Vitória se classificou com 7 pontos, produtos de sete empates, e poderá ser campeão empatando, desde que o Regulamento é grotesco ao não considerar as performances dos clubes.

Se acontecer um empate no mata-mata haverá a disputa em pênaltis, ou seja o Fortaleza que será o seu adversário só leva a vantagem de jogar em casa.

Uma chuva de cangalhas caiu na Liga do Nordeste.

Outro fato que teria que ser estudado está nas pontuações do Bahia (12) , ABC (12) e Moto Clube (11), todos eliminados e que foram maiores do que as do CRB (9) e Vitória (7), que irão continuar na Copa.

Só Freud poderia explicar. 

NOTA 2- OS MATEMÁTICOS E O ESTADUAL CARIOCA

* Como não conseguiram falar com Dilma Rousseff para decifrar a fórmula do estadual carioca, o jornal Extra-RJ convidou a mestra em Matemática da Universidade Estácio, Maria Imaculada Cabanas, para decifrar o segredo.

Depois que a mestra leu o Regulamento teve que solicitar o apoio da colega Messala Reis para concluir a tarefa.

O mais interessante foi que a lousa quase não tinha espaço para todos os cenários descobertos, por conta de tantas possibilidades de classificação.

De acordo com Cabanas, não existe nenhum conceito matemático complexo por trás. A dificuldade está no excesso de alternativas na formatação final.

Na realidade a matemática é simples, trata-se de uma ciência exata, mas para os matemáticos o difícil foi entender o Regulamento que é um verdadeiro quebra-cabeça.

Vamos e venhamos nem a mestra em matemática entendeu o sentido de que um clube ganha dois turnos e não é considerado campeão, ou então um que não faturou nenhum dos turnos pode ser campeão, ou um terceiro que tenha que perder para disputar o título.

Só mesmo no Brasil surreal, quando se recorre aos matemáticos para que possam interpretar um Regulamento de um campeonato.

Nem Freud explica.

NOTA 3- PROBLEMAS DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Ontem ouvimos algo bem interessante sobre o futebol brasileiro, com um questionamento sobre a posição assumida pelos jogadores no aquecimento, que ficam sempre de costas para o campo de jogo, alheios a tudo que está acontecendo nas suas quatro linhas.

Quando são chamados pelos técnicos são incapazes de pensar sobre o jogo. Na verdade os conceitos desse esporte mudaram muito.

No futebol antigo quando acabava um treino, os participantes ficavam nos vestiários discutindo o que tinha acontecido, e que poderá acontecer no jogo. O mesmo se dava nos dias de jogos. No momento atual o pensamento está ligado as gratificações pelas conquistas.

Hoje quando acaba o treinamento ou uma partida oficial, pegam seus carrões e desaparecem com uma velocidade de Fórmula 1.

Por outro lado os estudiosos dos esportes afirmam que a qualidade do jogo depende da capacidade intelectual dos jogadores. Quanto mais eles pensarem, mais condições de discutirem com seus técnicos e emitirem opiniões de como proceder, levando assim suas equipes às conquistas.

Isso hoje não acontece mais no futebol brasileiro, quando já tivemos jogadores que pensavam o jogo, trocavam ideias com os treinadores e eram tratados como adultos.

Atualmente os atletas são bonequinhos de estimação, e estrelas nas páginas de celebridades. No Brasil os técnicos odeiam aqueles que pensam, desde que podem descobrir que os seus comandantes não entendem do riscado, e por conta disso o futebol brasileiro definha.

NOTA 4- AS MULTAS DA CONMEBOL

* A Conmebol não perdoa a irresponsabilidade dos seus filiados e usa com muita avidez as multas, e por conta disso já arrecadou de 21 clubes na Libertadores um total de R$ 1,4 milhão.

Cartões amarelos, vermelhos diretos, vestiário de antidopagem sem ventilador, patch da Libertadores muito perto do patrocinador, falha no envio de listas de jogadores inscritos e também dos uniformes a serem utilizados.

O Atlético-MG é recordista com R$ 243 mil (17,3%).

Na semana que findou o Galo foi acionado mais uma vez pelo Tribunal Disciplinário da Conmebol, tudo por conta da questão do patch da Libertadores colocado perto de um dos patrocinadores (MRV) na manga das camisas.

O time mineiro cometeu o erro quatro vezes, sempre na fase pré-grupos da competição. A reincidência aumenta as multas, e chegou a ser de 20 mil dólares na última quinta-feira.

Na realidade os clubes Sul-Americanos, em especial os brasileiros, detestam respeitar as normas, e o único recurso está nas multas que a entidade não perdoa.

O futebol do Continente gosta da anarquia.

NOTA 5- INTERNACIONAL BATE RECORDE DE SÓCIOS

* O Internacional divulgou o número do seu quadro social: 117.325 associados. 

Trata-se de um recorde.

É o efeito Libertadores, onde o time largou bem e lidera o seu grupo com duas vitórias.

A previsão de faturar R$ 90 milhões com os sócios nesta temporada pode ser superada.

Só a televisão dará mais dinheiro: R$ 145 milhões.

Nesse item de sócios os clubes gaúchos são imbatíveis.

NOTA 6- A METAMORFOSE DO SÃO PAULO

* O Morumbi colocou em suas dependências 43 mil torcedores.

Devemos ressaltar que no futebol paulista os jogos entre os times chamados de grandes é de torcida única. Na verdade um retrocesso.

Pela terceira vez seguida o time do Morumbi fez uma boa partida por conta de seus jovens que estiveram muito bem em campo.

Anthony mais uma vez deu trabalho a defesa do adversário, Pablo com uma cabeçada na trave e Igor Gomes ganhando para Felipe Melo. Everton Felipe fez o melhor jogo com a camisa do São Paulo e foi aplaudido pela torcida.

O Palmeiras que era o favorito para uma vitória sentiu que tinha pela frente um adversário organizado, e o jogo ficou de igual para igual.

Um primeiro tempo tricolor, e um segundo melhor para alviverde que também teve uma bola na trave de um chute de Dudu.

O árbitro Vinicius Furlan marcou um pênalti cometido por Reinaldo ao segurar o ombro de Dudu, que foi anulado posteriormente pelo VAR que a todo jogo no Brasil está sendo avacalhado. O lance foi interpretativo, e para nós aconteceu a falta. Esse foi chamado para observar a jogada, numa medida equivocada, desde que a orientação é a de utilizar o vídeo em lances objetivos, não de interpretação. 

O Palmeiras continua favorito para chegar a final da competição, mas o São Paulo teve uma metamorfose nos seus últimos jogos e deve ser respeitado.

NOTA 7- O IMPARÁVEL MESSI

* Mais uma vez uma brilhante atuação de Lionel Messi na La Liga. Esse decidiu o jogo e foi responsável pela vitória do Barcelona sobre o Espanyol por 2x0, no Camp Nou.

Mesmo sem fazer uma grande partida de forma coletiva, o Barcelona teve muitas chances de abrir o placar ainda no primeiro tempo. O Espanyol neutralizava como podia o jogo do adversário, e um empate seria comemorado como vitória.

No segundo tempo, sem sofrer pressão, Ernesto Valverde optou por reforçar o ataque, substituindo Arthur por Malcom, que entrou bem no jogo. Coutinho mais uma vez esteve apagado.

O encontro chegou aos 70 minutos de ataque conta a defesa, e o gol não saia, até que Messi teve uma cobrança de uma falta, e com uma cavadinha em câmera lenta abriu o placar. Um gol da genialidade.

No final do jogo, com um toque de primeira de uma bola de Malcom, o argentino ampliou o placar, e completou a 17ª partida do Barcelona sem derrota.

Messi na verdade é imparável.

Escrito por José Joaquim

Robinson de Castro, presidente do Ceará em uma entrevista afirmou que os dirigentes do Sport e Vitória pediram a ajuda para a solução de alguns problemas que afetam os seus clubes.

Vamos e venhamos, o alvinegro cearense que conseguiu na bacia das almas a sua permanência na Série A da presente temporada, sendo chamado para socorrer a equipe rubro-negra de Pernambuco que atravessa um período difícil  por conta de péssimas administrações, é algo inédito e surreal.  

O Ceará hoje tem uma boa gestão mas falta muito para uma consolidação, posto que não tem a certeza de que o próximo gestor continue com os procedimentos atuais.

O futebol nacional tem uma disparidade financeira que terá que ser reduzida para que possa evoluir. Existem regiões que ainda impera o semiprofissionalismo, desde que as condições que são ofertadas não atendem o mínimo das necessidades inerentes ao esporte nacional, o que demanda a necessidade de uma maior assistência para que possam pelo menos atingir uma nova etapa e assim participarem com mais intensidade das competições de maior nível.

A falta de objetivos de alguns clubes fica bem patenteada, quando a sua maioria vive apenas de uma competição de noventa dias, o estadual, e que param na espera do ano seguinte para um recomeço.

Essa é a vida real do futebol brasileiro, e quando participam de um evento mais forte como a Copa do Brasil, principalmente após a mudança efetuada pelo Circo, apresentam as suas identidades de times sem a menor perspectiva.

Sabemos que o malfadado calendário nacional é destruidor para as agremiações  de menor porte, mas torna-se também necessário separar o joio do trigo, com uma revisão geral na filiação dessas, pois muitas não tem receitas comprovadas, quadro social, sede, centro de formação da base, e vivem apenas de sonhos e sem futuro.

O país é continental, e necessita ser analisado como tal.

A região Norte, e vamos colocar dois estados do Nordeste no mesmo contexto, Piauí e Maranhão, tem que ser bem estudada, para que possam sair alternativas para as suas recuperações. Essa já teve boa participação no futebol do país através de seus clubes, que entraram em franca decadência.

Os que fazem os esportes no Brasil, inclusive o governo, deveriam preparar um projeto de restauração de estádios, em cidades com boa densidade demográfica que seria sem duvida o ponto de partida para uma nova etapa do futebol dessa região.

Deveriam mandar profissionais da área para iniciarem um processo de preparação de gestores que possam levar adiante o planejamento efetuado. Teria que ser iniciado um processo focado nas bases, porque a renovação é fundamental, e por outro lado os estados dessa região sempre revelaram talentos.

Para que o futebol das regiões menos favorecidas, e aí entra o Nordeste e Centro-Oeste, torna-se necessário que os clubes tenham uma garantia de atividades pelo menos de dez meses do ano, o que se tornariam competitivos e trazendo no bojo, o crescimento do próprio futebol.

Voltamos a falar sobre a Série E para que essa seja repensada pelos dirigentes do Circo, ou então dividir o pais em Conferências.

Não existe a menor condição de continuarmos brincando de fazer futebol, apenas para divertimento de noventa dias, e com o abismo se aprofundando na separação dos maiores com os menores, desde que sonhar é um direito de todos, mas se iludir com o sonho é um devaneio.

As diferenças irão tragar os clubes de menor porte, inclusive o Ceará de hoje. Nos centros maiores jogadores são contratados por valores que superam as receitas da maioria das agremiações brasileiras, e o fato vai se acentuando, mesmo com os chamados grandes com as suas estruturas trincadas.

O Brasil precisa mais do que temos. Em muitos dos nossos casos, vivemos de devaneio. 

Escrito por José Joaquim

Terminamos o ano de 2018 com 296 mil acessos, que para um blog local é algo que se deve comemorar, principalmente por tratarmos os esportes de forma diferente e profissional, sem as mesmices diárias que rondam as mídias esportivas.

Algumas vezes pensamos em desistir por conta da passividade da sociedade brasileira em todos os setores, inclusive no esporte da chuteira.

O blog ainda está vivo por conta dos amigos que o visitam e como vimos não são poucos, mas ser blogueiro é abraçar um trabalho árduo, cansativo e cujo retorno é o amor e o ódio nas mais diversas proporções, principalmente numa sociedade capitalista, onde os detentores do dinheiro e do poder acham que conseguem comprar as consciências das pessoas.

A humanidade vive no binômio já citado, entre o amor e o ódio  desde os primórdios da civilização e, por conta disso, nunca conseguiremos agradar a todos, mas temos a certeza de que está sendo realizado um trabalho sério e consciente, que nos move a continuar. Gostamos de um bom combate, principalmente no campo das ideias. Uma luta árdua.

Depois de nove anos de existência o blog conseguiu chegar em 2018 a um número de acessos grandioso. Nunca tivemos a síndrome do avestruz, que enfia a cabeça na terra para não tomar conhecimento do seu entorno, e sim o discernimento de analisar e postar artigos que vão de encontro a nossa apodrecida realidade.

Não aceitamos os patrocínios para não perdermos a independência necessária, desde que isso sempre gera cobranças. O blog tem credibilidade por ser isento de paixões. As analises são dentro da realidade.

Esse site nos fez repassar aos nossos visitantes uma experiência esportiva de longos anos, onde acumulamos conhecimentos e que hoje estamos dividindo-os com aqueles que nos seguem e, ao mesmo tempo, aprendendo quando recebemos os comentários.

Tudo que é produzido é feito com toda a tranquilidade, sabendo da repercussão que terá, mas sempre na linha adotada ao deixar de lado as pessoas, e sim aquilo que elas representam para o esporte. Nada é pessoal e sim coletivo.

O maior prazer que temos é certamente de sermos lidos e ouvidos, e recebermos criticas ou elogios com civilidade. Esta será sempre a nossa maneira de viver, sem medo da verdade, independência e sem nos vendermos aos poderosos.

A vida para manter um blog desse nível é dura, desde que existe um acompanhamento nos esportes de todo o mundo, mas temos a certeza que estamos prestando um bom serviço para a nossa sociedade, e sempre na luta contra a corrupção e os corruptos, que não são poucos em nosso país.